As eleições de 2018 serão um marco na mudança das campanhas em que o ambiente virtual terá mais impacto nos resultados do que qualquer outra estratégia. Essa é a análise dos especialistas em marketing político. Eles afirmam que, nas redes sociais, na prática, a campanha já começou. A batalha pelos cargos envolverá não só ações de valorização da imagem do candidato, mas também ataques para desconstrução do adversário. A avaliação é que são grandes as possibilidades de divulgação de notícias falsas para conseguir vantagens eleitorais, como aconteceu nos Estados Unidos com Donald Trump e na França com Marie Le Pen.
A votação do ano que vem coincide com o aniversário de dez anos da eleição de Barack Obama para presidir os Estados Unidos, que ainda hoje é o principal caso de estudo do uso das plataformas para buscar votos. De lá para cá, as redes sociais ganharam importância por aqui, mas não a ponto de serem decisivas para o resultado.
Só o Facebook conta hoje com 99 milhões de usuários no Brasil, e a postura dos pré-candidatos à Presidência em seus perfis é de quem já está em campanha eleitoral, segundo avaliação do especialista em marketing político Marcos Iten. “Esse contato direto com o eleitor, proporcionado pelas redes sociais, faz com que os pré-candidatos já se posicionem de forma a conseguir votos. A maior exposição ocorre em transmissões ao vivo, postagens com comentários. Tudo isso já é uma postura de campanha”, avalia Item.
Em entrevista a Isto É, Dória garante: “Há um desgaste da classe política”
A revista Isto É publicou uma entrevista com João Doria. Conforme o Jornal, Dória nunca havia disputado uma eleição e logo na estreia elegeu-se prefeito de São Paulo , no primeiro turno, com mais de 3 milhões de votos. Foi um fenômeno eleitoral. Fez parte da onda azul, que varreu o PT do mapa. Agora, há sete meses na prefeitura, já sente-se em condições de pleitear a vaga dos tucanos para concorrer ao Planalto.
O senhor venceu a eleição em primeiro turno porque representava o novo, como gestor e não-político. O senhor acha que esse perfil prevalecerá também para a eleição presidencial de 2018?
Há um sentimento da população de muita contrariedade com a classe política, muitas vezes até de forma injusta. Mas isso tem provocado uma opinião muito adversa dos eleitores. Temos que reconhecer que há desgaste da classe política e provavelmente em 2018 também haverá essa reação em relação ao voto.
Os políticos, que já estavam desgastados com a Lava Jato, ficaram com a imagem ainda mais arranhada com a delação da JBS. O senhor acha que políticos citados nas delações terão dificuldades em 2018?
Terão mais dificuldade, com certeza.
Os candidatos de seu partido, como Aécio, Serra e Alckmin, que estavam bem cotados, foram atingidos pelas delações. A candidatura do PSDB a presidente pode, com isso, cair no seu colo?
A minha responsabilidade é ser prefeito de São Paulo. E tenho procurado ser um bom prefeito. Tenho trabalhado muito, sendo inovador, transformador, fazendo enfrentamentos e agindo com decência e transparência.
O senhor defendia que o candidato a presidente do PSDB deveria ser lançado o quanto antes. Mantém a posição?
Eu tinha essa visão. Mas depois do episódio da JBS, o Brasil vive cada dia com uma agonia e a nova crise mudou um pouco o calendário. A data foi empurrada para dezembro. Primeiro precisamos resolver a crise Temer.
O PSDB acabou não desembarcando do governo. O partido deveria ter saído, em sua avaliação?
O momento do desembarque passou. Face às circunstâncias, o PSDB deve fazer uma avaliação diária desse quadro e manter o apoio às reformas.
Sentença que condenou Lula vai entrar para a história', diz presidente do TRF-4
Thompson Flores compara a decisão de Moro com a do caso Herzog: ‘É tecnicamente irrepreensível’
O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, disse, em entrevista ao Estado, que a sentença em que o juiz Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, “é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil”.
Ele comparou a decisão de Sérgio Moro à sentença que o juiz Márcio Moraes proferiu no caso Vladimir Herzog - em outubro de 1978, quando condenou a União pela prisão, tortura e morte do jornalista. “Tal como aquela, não tem erudição e faz um exame irrepreensível da prova dos autos”, disse. O TRF-4 é a segunda instância de julgamento dos recursos da operação Lava Jato. Até a última quinta-feira, em três anos e cinco meses de Lava Jato, 741 processos já haviam chegado lá, 635 dos quais baixados. Entre os que estão na iminência de dar entrada está a apelação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a sentença de Sérgio Moro, a ser julgada pela Oitava Turma, composta por três desembargadores.
Bolsonaro lidera em número de seguidores
Na corrida por seguidores, o deputado federal Jair Bolsonaro (PEN) larga na frente. Ele conta com mais de 4 milhões de curtidas e, entre os políticos que anseiam utilizar a faixa presidencial a partir de 2019, é o mais popular no Facebook. Em segundo lugar aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quase 3 milhões de seguidores.
Para o governo de Minas, os líderes são o atual governador, Fernando Pimentel (PT), com mais de 220 mil seguidores, e o ex-deputado, Dinis Pinheiro (PP) aparece em segundo com mais de 134 mil curtidas. Porém, o número alto de seguidores não representa expressão nas urnas.
“Já estamos vendo alguns erros sendo cometidos por alguns pré-candidatos, como a hiperexposição. O limite do que é uma boa forma de comunicação e o que se torna uma exposição pedante está sendo ultrapassado por alguns políticos, e isso se torna um tiro no pé”, avalia o especialista em marketing digital Marcos Item.
Protagonismo é do seguidor
Uma mudança proporcionada pela entrada das redes sociais na campanha política é que o candidato tem que deixar o protagonismo de lado para atender as demandas dos seguidores.
“Aquele cenário em que o político chega como estrela, sobe em um palanque, discursa o que quiser e sai aplaudido não existe na internet. Aqui, a preocupação principal tem que ser atender o que os seguidores querem. O protagonismo é do eleitor”, afirma o professor de marketing político Daniel Machado. Nas eleições passadas, ele trabalhou para dez candidatos e conseguiu eleger oito.
Daniel destaca que uma forma de dar protagonismo ao eleitor é criar equipes segmentadas para trabalhar com determinados públicos.
“Foi exatamente isso que Barack Obama fez em sua campanha em 2008. Ele criou uma equipe para trabalhar as questões LGBT, outra para mulheres, outra para a população negra, outra para imigrantes. E essas equipes usavam as plataformas para trabalhar interesses desses grupos e fortalecer a campanha”, explica.
O especialista em marketing digital Marcos Item destaca que mesmo que a campanha no ambiente virtual seja barata, ainda assim, ela precisa de uma grande equipe. “Já temos pré-candidatos com dezenas de pessoas trabalhando em suas redes sociais”, destaca.
GILMAR DISCUTE REFORMA POLÍTICA COM TEMER E SAÚDA SAÍDA DE JANOT DA PGR
O ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) esteve com o presidente Michel Temer, na noite deste domingo (6), para discutir reforma política. “Temos feito sugestões às comissões do Congresso e batido muito na necessidade da cláusula de barreira e proibição de coligação. Tenho batido muito na necessidade de pensar um semi-presidencialismo”. Ele defende para o Brasil um parlamentarismo nos moldes do francês e do português, onde o presidente tem obrigações de Estado e o primeiro-ministro chefia o governo.
Gilmar foi ao encontro de Temer tão logo retornou de Manaus, onde acompanhou o primeiro turnio da eleição para governador do Amazonas, na qual Amazonino Mendes se saiu vencedor, com 38% dos votos, e vai para o segundo turno com Eduardo Braga (PMDB), que teve 25%.
“Dos quatro presidentes da nova República, só dois terminaram o mandato integralmente”, lembrou ele em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, esta noite. “Toda vez que temos crises mais profundas, vem a discussão sobre impeachment ou fórmulas desse tipo. Temos que separar a Presidência da questão da governabilidade mais geral. Já temos hoje um modelo muito parlamentarizado. Se houver necessidade de troca, que seja sem tantos traumas.”
Os pára-quedistas que não se enganem, pois presidente da República vai privilegiar quem esteve com ele desde o início
Por Edson Rodrigues
Quando, em abril de 2016 o jornal O Estado De São Paulo profetizou que amigos de longa data do, então, vice-presidente Michel Temer estariam com ele caso chegasse ao poder, não fazia idéia do quão certa estava essa previsão.
Dizia a matéria: “considerado homem que ouve mais do que fala, o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) costuma cercar-se de pessoas de sua confiança não só para discutir política, mas também para falar sobre cinema, livros e cultura. É a este seleto grupo que ele recorre para os mais confiáveis conselhos neste momento em que está na iminência de assumir a presidência da República, caso o processo de impeachment de Dilma Rousseff passe no Senado.
O costume de reunir amigos e colegas de profissão (Temer é advogado) vem desde o tempo da faculdade.Participam desses encontros ex-ministros do Supremo Tribunal Federal como Eros Grau, Carlos Ayres Britto e Cezar Peluso e juristas como Celso Antonio Bandeira de Mello, Antonio Carlos Mariz de Oliveira, Gastão Toledo, Eduardo Muylaert, Manoel Alceu Affonso Ferreira, Rui Fragoso e Paulo Lucon, entre outros. “Conversamos sobre tudo, menos política”, disse Eros Grau. Deste grupo certamente sairá o ministro da Justiça caso o peemedebista assuma a Presidência”.
Pois bem. Salvo raros nomes, são esses ungidos que permanecem sussurrando aos ouvidos de Temer como agir em meio à crise, e isso vem dando mais que certo.
Isso serve de exemplo de como os velhos companheiros são importantes no aconselhamento, principalmente por conhecerem de perto o aconselhado e suas maneiras de agir e pensar.
Tem muito governador que segue a mesma cartilha e Marcelo Miranda não está fora desse seleto grupo. Precisa apenas ouvir um pouco mais.
CONSEQUÊNCIAS DA VITÓRIA DE TEMER
Todo poder ao “centrão”
A líder do PSB orientando voto contra mas avisando que votaria a favor de Temer sintetiza o que foi a apreciação da primeira denúncia contra o presidente da República pela Câmara: os partidos valem nada. Ao menos como representação política. Tanto que o grosso da barganha feita pelo Planalto para sustentar o chefe não foi com lideranças partidárias, mas com bancadas temáticas: ruralistas, sindicalistas, sonegadores.
Partidos negociam legendas para candidaturas, coletam verbas do fundo partidário e distribuem tempo de propaganda eleitoral. Só. Não têm mais nem pudor de aparentar unidade. O líder do PSDB orientou sua bancada a votar contra Temer, mas o autor do relatório a favor do presidente é tucano, assim como quatro ministros. O PT pregou contra, mas um seu governador demitiu secretários para que eles ajudassem o presidente na votação.
Sempre que o Planalto entra pesado para aprovar ou brecar uma proposta, as bancadas partidárias se dissolvem. A negociação é voto a voto, grupelho a grupelho, financiador a financiador. E, nisso, a Turma do Pudim não tem concorrência. O PT pagava mais caro e sofria muito mais para conseguir maioria. O PSDB idem. Não é à toa que o maior vencedor de ontem não foi nenhum partido ou indivíduo, mas uma massa amorfa de letrinhas intercambiáveis.
Define-se pela posição geográfica, traduzida no apelido coletivo de “Centrão”. Reúne deputados que podem estar hoje em uma sigla e amanhã em outra, sem que isso faça diferença sobre como votarão ou sobre suas chances de reeleição. É dando que recebem. Estão sempre no centro, ou seja, apoiando o governo, mas ameaçando constantemente debandar se não forem recompensados.
Esse grupo tomou das mãos indecisas do PSDB o papel de fiador do governo, ganhou status e vai cobrar cada vez mais caro por isso. Se a espada do poder não escapou do punho de Temer foi graças ao cabo trançado entre PSD, PTB, DEM e outras legendas similares. De cara, o “Centrão” vai tentar coletar ministérios que estão com os tucanos. Nada mais natural, dada sua fidelidade e a inconstância tucana. Mas não vão se contentar com isso.
Animados pelo protagonismo repentino, já sonham com as eleições majoritárias de 2018. Falam até em uma chapa presidencial encabeçada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (depois de zanzar por PSDB, PMDB e pelo governo Lula, ele está filiado ao PSD de Kassab). Falta ainda combinar com o eleitor – afinal, a recuperação econômica é um feto numa gestação de risco.
Reforma ministerial à vista
O presidente Michel Temer chamou nesta quinta-feira (3) ministros e líderes do governo para fazer um "estudo" de cargos de segundo e terceiro escalão ocupados por indicações de deputados federais.
O objetivo de Temer é, uma vez feito o mapa de cargos nos estados, selecionar as disputas locais que são "simbólicas", nas palavras de um auxiliar de Temer, entre os deputados. E, assim, autorizar a redistribuição de cargos para fortalecer aliados em suas bases eleitorais.
Os deputados querem os cargos pois argumentam que essas vagas na administração federal refletem na eleição de 2018: alegam precisar da estrutura de poder nas bases para fazer campanha no ano que vem.
O presidente quer, com isso, retomar o controle da base aliada: garantir apoio futuro dos parlamentares – em relação à reforma da Previdência – além de pagar a fatura aos apoiadores do Planalto que deram voto contra a denúncia por corrupção passiva na última quarta-feira (2).
Participaram da reunião, além de Temer, os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e os líderes Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e André Moura (PSC-SE).
Temer disse aos aliados que é uma "questão de honra" avançar na reforma da Previdência.
Dyogo: placar da denúncia dá mais segurança para avanço nas reformas
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, avaliou nesta sexta-feira (4) que o placar da votação esta semana da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer, na Câmara mostra uma "força muito grande" do governo na casa e dá a equipe econômica mais segurança para avançar com a agenda de reformas, disse em rápida entrevista a jornalistas após fazer palestra em evento da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em São Paulo.
Ele afirmou que a reforma da Previdência é a principal agenda da equipe econômica e o ideal é que as medidas sejam votadas pelos parlamentares o mais rápido possível. "O governo está colocando essa reforma como prioridade da agenda do Congresso também. Vamos tratar a questão dos tempos, dos momentos, nas próximas semanas com as lideranças da Câmara."
Dyogo disse que a reforma da Previdência é a medida mais importante para a melhora da situação fiscal do Brasil. "Sem estabilização fiscal, corremos sérios riscos na área econômica e de desenvolvimento ao longo do futuro do País", disse ele, ressaltando que as mudanças na aposentadorias são fundamentais para a continuidade do crescimento econômico. "Há consciência disso no governo, nas lideranças políticas."
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse na quinta-feira (3) que a expectativa é que a reforma da Previdência seja aprovada até outubro. Nesta sexta, Dyogo afirmou que considera esse prazo factível.
PSDB delega a Temer destino de ministros
Ao fechar um acordo sobre o processo de eleições internas no PSDB, os senadores Aécio Neves (MG) e Tasso Jereissati (CE), presidentes licenciado e interino respectivamente da sigla, delegaram ao presidente Michel Temer o destino de seus ministros tucanos. A legenda saiu rachada do processo de votação na Câmara dos Deputados sobre o prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o peemedebista.
"Vamos reavivar o partido. Se tem ministro (do PSDB no governo), se não tem ministro, isso é problema do presidente. Não é nosso problema", afirmou Tasso durante entrevista coletiva no Senado ao lado de Aécio.
O senador mineiro também minimizou a permanência no governo Temer. "(Continuar no governo) é uma questão, para nós, absolutamente secundária. Essa questão de cargos e ministérios pertence ao presidente da República, que fará aquilo que achar mais adequado em relação aos cargos do PSDB. Isso não é uma preocupação que nós temos", disse Aécio.
Agora o partido ficará focado em escolher seus dirigentes. Em encontro na casa do senador mineiro, em Brasília, horas antes da coletiva, Aécio fez um "apelo" para que Tasso continue à frente da sigla: "Ao meu ver, é a pessoa que tem as melhores condições (de conduzir o partido). Fiz a ele um apelo em nome da unidade do partido".
O acordo possibilitou também a Aécio continuar como presidente licenciado mesmo sendo denunciado em processo no Supremo Tribunal Federal. Antes do encontro, Tasso manifestava a interlocutores o interesse de entregar o cargo de interino por não concordar com as articulações paralelas de Aécio com o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
A avaliação dos cabeças pretas, movimento que defendia o fim da aliança, também foi positiva. O deputado Daniel Coelho (PSDB-PE) ligou para Aécio para elogiar o gesto pela "união do partido". Na avaliação de alguns deles, manter Tasso no comando da legenda é uma sinalização de reverência. "É um gesto para todos nós que estamos pensando em sair do governo", disse.
Alguns tucanos avaliam que o único derrotado teria sido o governador Geraldo Alckmin (SP), que atuou pela derrota do governo. Entre os deputados paulistas, 11 de 12 votaram pelo prosseguimento da denúncia. "Esse acordo entre Aécio e Tasso foi feito com o Alckmin. Ele teve participação direta e era um dos mais preocupados com a divisão do partido", disse o deputado Silvio Torres (SP), principal aliado do paulista na Câmara e secretário-geral do PSDB.
Segundo a Folha UOL, partidos da base aliada de Michel Temer que votaram em massa a favor do presidente na quarta-feira, 2, derrubando a denúncia da Procuradoria-Geral da República, aumentaram a pressão por cargos ocupados por "infiéis".
Da Redação
Eles ameaçam travar a discussão da reforma da Previdência e até retirar apoio ao presidente na votação de uma provável segunda denúncia apresentada pela PGR.
O principal alvo das reclamações é o PSDB, que ocupa quatro ministérios e cargos em escalões inferiores, mas entregou menos da metade de seus 46 votos a favor de Temer.
Horas depois da vitória do governo na Câmara, dirigentes do PMDB e de siglas do chamado centrão mandaram recados ao Planalto para exigir uma recompensa imediata pela fidelidade demonstrada no placar de 263 votos.
Além do partido do presidente, o bloco formado por PP, PR, PSD, PTB, PRB e outras legendas reclama de "sinais trocados" enviados pelo Planalto nos últimos dias, que demonstrariam um recuo em promessas de reorganização dos cargos ocupados pela base.
Essas siglas alegam que votaram por Temer sob a condição de que teriam suas demandas atendidas de imediato. Parte delas, inclusive, ameaça abrir processos internos para punir quem se posicionou contra o presidente.
O PR quer, por exemplo, indicar aliados de Magda Mofatto (GO), que votou a favor do presidente, nos cargos hoje ocupados pelo deputado Delegado Waldir (GO), que se manifestou contra Temer. Os caciques do PP, em que o apoio ao presidente foi de 85%, reclamam que o Planalto liberou "milhões" em emendas para Waldir Maranhão (MA) e ele votou contra Temer.
Já o Podemos negociou nomeações para as diretorias de Administração e Saúde Ambiental da Funasa. Nos bastidores, os partidos da base afirmam que, se não forem atendidos, vão interditar o debate sobre a reforma da Previdência, bandeira prioritária de Temer após a superação da denúncia no plenário da Câmara. Dirigentes do centrão tratam como "piada" a tentativa do governo de retomar essa discussão antes do pagamento dessas faturas.
Na quinta, 3, Temer consultou líderes da base sobre a possibilidade de iniciar a votação do projeto na primeira quinzena de setembro e finalizá-la na Câmara e no Senado até o final de outubro. Há resistências entre deputados governistas tanto em relação ao conteúdo como ao calendário. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a aliados que será necessário "muito esforço" para cumprir o cronograma.
Nas conversas desta quinta, Temer reconheceu a necessidade de reorganizar a base antes dessa votação.
O presidente cobrará fidelidade dos partidos governistas e pretende retirar cargos de segundo e terceiro escalões de deputados infiéis. Contudo, para garantir o apoio do PSDB e do PSB, que ficaram rachados na votação, o governo não pretende fazer mudanças na cúpula da Esplanada dos Ministérios.
Escolas da Regional de Palmas debatem orientações pedagógicas com equipe gestora
Viando promover a aproximação da gestão central das escolas estaduais da Diretoria Regional de Palmas (DRE), a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc) está promovendo, nesta quinta-feira, 3, e sexta-feira, 4, a Seduc Descentralizada, que já percorreu outras sete Regionais. No primeiro dia, o grupo gestor da Pasta se reuniu com a equipe de técnicos da DRE, com os diretores e coordenadores Pedagógicos das escolas pertencentes à DRE de Palmas, que envolve, além da Capital, unidades escolares de outros nove municípios.
Alianças na Câmara
De acordo com o G1, depois de barrar a denúncia contra Temer por corrupção, o governo diz que vai conseguir aprovar a reforma da Previdência e o ministro da Fazenda já fixou um prazo: outubro. Até lá, vai precisar engrossar o apoio político que salvou o presidente na Câmara, enquanto busca alternativas para tentar tapar o buraco que ele mesmo abriu nas contas públicas. Uma das medidas, o aumento de impostos sobre combustíveis, foi suspensa. A queda de braço com o contribuinte continua.
Agenda de reformas
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que espera que a reforma da Previdência seja aprovada até outubro. Mas a agenda de reformas depende do aumento do número de aliados do governo. "Não é simplesmente uma questão de quem contra ou a favor do governo, vai muito além disso", afirmou Meirelles.
Rombo no orçamento
O governo federal vai abrir mão de mais de R$ 10 bilhões em arrecadação nos próximos anos com a medida provisória publicada pelo presidente Michel Temer que concedeu benefício a produtores rurais. O benefício foi anunciado antes da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara.
Aumento suspenso
A Justiça Federal em Macaé (RJ) suspendeu a alta no imposto dos combustíveis em todo o país. Para tentar aumentar a arrecadação, o governo aumentou o litro do combustível em R$ 0,41, em média. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que irá recorrer hoje.
Grazi e Rafael Cardoso ‘flagrados’ em cenas de sexo no TO
Um anônimo fotografava a natureza no Morro do Limpão, no Tocantins, quando de repente se deparou com uma cena que irá ao ar a partir de outubro na Rede Globo: dois atores, que ele diz serem Grazi Massafera e Rafael Cardoso, estavam como vieram ao mundo, em uma sequência picante na caçamba de uma caminhonete. Trata-se se uma cena dos primeiros capítulos de O Outro Lado do Paraíso, folhetim de Walcyr Carrasco que sucederá A Força do Querer, de Gloria Perez, na faixa das nove.
Os 88 sinais de traição da base: confira como cada partido votou
Placar da votação mostra que praticamente metade da bancada do PSDB votou pela abertura de processo contra Temer. Já o DEM, de Rodrigo Maia, teve um índice de fidelidade ao Planalto de 76%.
Os números da vitória do presidente Michel Temer no plenário da Câmara, na noite de quarta-feira, são mais significativos do que o resultado em si. Enquanto os mais conservadores no Planalto esperavam pelo menos 280 votos favoráveis, os mais otimistas, como o deputado Beto Mansur (PRB-SP), estimavam mais de 300 sinalizações de apoio. O governo chegou a 263 votos e, agora, com o mapa dos votos na mão, poderá punir os traidores. Entre as legendas da base, 88 deputados votaram contra o presidente, desses, seis são do próprio PMDB, que ameaçou os parlamentares com perda de cargos, de espaços e até da expulsão do partido.
Alckmin volta a defender desembarque do PSDB após reformas
Segundo a Agência Estado, no dia da votação do parecer favorável ao arquivamento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a afirmar que o desembarque tucano do governo deveria ocorrer após aprovação das reformas atualmente em debate no Congresso. "Nós defendemos completar as reformas. Daqui a dois meses, no máximo, 45 dias, se não fizer a reforma política, não vai fazer mais porque tem o princípio da anualidade. Então você tem que votar até setembro. A reforma da Previdência, se não votar logo, também fica difícil. Então nós defendemos que, encerrado esse período, se depender de mim, nós não teremos cargos no governo, aliás o que eu defendi lá trás", afirmou o governador, durante entrega de casas populares na cidade de Monte Mor, na região de Campinas.
O governador defendeu ainda mudança na legislação para que o Legislativo não tenha prerrogativa para autorizar investigação contra chefes do Executivo. "Eu acho que, primeiro, não deveria ter que ser necessário autorização da Câmara (admitir denúncia contra presidente). Se o procurador entende que é uma denúncia, a encaminha ao Judiciário. O Judiciário a aceita ou não, como é para prefeito ou governador, quando ninguém precisa pedir autorização", afirmou.
Temer pede a aliados 'mapa das traições' na votação da denúncia na Câmara
O presidente Michel Temer escalou aliados para mapear os deputados que traíram o governo durante a votação da denúncia na Câmara na quarta-feira. Temer conseguiu barrar a denúncia com 263 votos, mas previsões de integrantes da base aliada apontavam que esse número poderia chegar a 300 deputados. A matéria foi veiculada pela Agência Estado. Os responsáveis por fazer esse levantamento serão o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e o vice-líder Beto Mansur (PRB-SP).
Janot pede ao Supremo inclusão de Temer em inquérito que investiga o PMDB
Temer está no Palácio do Jaburu com advogado Mariz e Padilha
Os líderes também vão buscar descobrir o motivo de cada um dos 16 deputados que se ausentaram do plenário e não participaram da votação. Há nomes que eles já sabem o porquê, como o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que ainda está magoado com o governo depois de ter sido demitido do Ministério da Justiça.
Segundo Beto Mansur, a ideia não é fazer uma "caça às bruxas", mas ter uma noção real do tamanho da base aliada após a votação. "Nós vamos fazer uma análise, não é uma caça às bruxas de jeito nenhum, até porque não é minha função fazer isso. Vamos fazer um levantamento para saber o tamanho da base e nos prepararmos para votações futuras", disse.
FHC avalia que Temer obteve 'vitória de Pirro' na Câmara
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nessa quinta-feira (3) que o resultado obtido pelo presidente Michel Temer na Câmara na última quarta-feira foi uma “vitória de Pirro”, referindo-se à expressão usada para definir conquistas obtidas a alto preço e com sequelas irreparáveis. “Foi uma vitória de Pirro, porque não adianta nada para o país. Adianta, claro, para o presidente Temer. Mas, para o país, essa não era a grande questão”, afirmou o tucano.
Para ele, a retomada do crescimento, o fortalecimento da democracia e a redução da desigualdade social são os reais problemas do país. Sobre Temer ter obtido a vitória com a ajuda do centrão, FHC disse que não concorda com o grupo “como estilo político”.
Câmara começa a votar ‘bolsa eleição’ na terça1 Josias de Souza 04/08/2017 04:03 Compartilhe Imprimir Comunicar erro Num instante em que o governo trombeteia que sua prioridade voltou a ser a reforma da Previdência, os aliados .
Segundo matéria veicula pelo site, Diário do Poder, passou despercebido, mas com dez ausentes e 269 votos, sendo uma abstenção, 150 favoráveis ao presidente da República, Michel Temer, e 118 pela aprovação da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), não havia mais possibilidade de vitória da oposição.
Às 20h10, havia 488 deputados na Câmara, mas apenas 405 marcaram presença e poderiam votar. Mesmo que os 136 deputados restantes votassem contra Temer, a oposição só teria 254 votos, e ainda que os demais 83 registrassem presença e fossem votar a favor da denúncia, seriam 337 votos, cinco a menos do que os 342 necessários.
Já estava sacramentada a vitória do governo, mas ninguém no plenário percebeu o momento exato. Apenas cerca de 10 minutos depois, quando o governo tinha 160 votos e havia 12 ausentes, os deputados governistas comemoraram a vitória.
A votação foi encerrada às 21h51, com o placar favorável a Temer: 263x227 votos, com 19 ausências e duas abstenções.
Exclusivo: Kassab recebeu R$ 18 milhões de propina da JBS pela empresa de um irmão
O ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab, do PSD, recebeu R$ 43,4 milhões em propina da JBS, de acordo com documentos inéditos obtidos por ÉPOCA. Os papéis, entregues pelos executivos da empresa à PGR, corroboram o que eles disseram na delação premiada da JBS. Do total, R$ 18 milhões foram pagos por meio de uma empresa da família de Kassab, a Yape Consultoria e Debates Ltda. Foram 58 pagamentos entre agosto de 2013 e julho de 2016. A família de Kassab tem uma outra empresa, de transportes, que presta serviços para a JBS. A Yape, porém, não realizou nenhum serviço, segundo os delatores.
PGR pede Temer, Padilha e Franco no inquérito do ‘quadrilhão do PMDB'
Conforme a Agência Estado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) sejam incluídos no rol de investigados de um inquérito já instaurado contra membros do PMDB na Câmara dos Deputados no âmbito da Operação Lava Jato. Janot afirma que a organização criminosa investigada a partir da delação da JBS é apenas um “desdobramento” da que já era investigada no inquérito que engloba 15 parlamentares, ex-parlamentares e assessores do PMDB.
A reportagem procurou as assessorias da Presidência da República, de Padilha e Moreira Franco para se manifestarem sobre o pedido de Janot e ainda aguarda resposta.
No caso de Temer, que já era alvo de inquérito no STF sob a suspeita de participação em organização criminosa, Janot esclareceu que “não se trata de uma nova investigação contra o presidente da República, mas de uma readequação daquela já autorizada no que concerne ao crime de organização criminosa”. De acordo com o que foi pedido pela PGR, a outra linha de investigação que existe contra o presidente, pelo suposto crime de obstrução à investigação de organização criminosa, seguirá tramitando em um outro inquérito, separadamente.
“O avanço nas investigações demonstrou que a organização criminosa investigada no Inquérito 4.483 na verdade, ao que tudo indica, é mero desdobramento da atuação da organização criminosa objeto dos presentes autos. Por isso, no que tange a este crime específico (organização criminosa), mostra-se mais adequado e eficiente que a investigação seja feita no bojo destes autos [do Inquérito 4.327] e não do Inquérito 4.483”, disse Janot.
O presidente Michel Temer (PMDB) fez um breve pronunciamento após a Câmara dos Deputados decidir pelo arquivamento da denúncia por corrupção passiva apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer disse que o resultado “não é uma vitória pessoal” e o classificou como uma “conquista do estado democrático de direito, da força das instituições e da própria Constituição”. O relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que pedia para o plenário enterrar a acusação, foi aprovado por 263 votos contra 227. Dezenove parlamentares estiveram ausentes e dois se abstiveram de votar.
“O poder da autoridade, tenho repetido com muita freqüência, emana da lei. Extrapolar o que a Constituição determina é violar a democracia. Todos devem, vou dizer o óbvio, obedecer à lei e à Constituição. São os princípios do direito que nos garantem a normalidade das relações pessoais e institucionais. Hoje, esses princípios venceram com votos acima da maioria absoluta na Câmara dos Deputados”, afirmou Temer.
O peemedebista afirmou que usará o apoio manifestado na Câmara para seguir adiante com as reformas que pretende aprovar. Embora tenha superado a contagem da oposição, o governo acreditava que venceria a denúncia com pouco mais de 300 votos.
Entenda como fica a denúncia contra Temer no STF após rejeição pela Câmara
“É diante dessa eloqüente decisão que posso dizer que, agora, seguiremos em frente com as ações necessárias para concluir o trabalho que meu governo começou, convenhamos, há pouco mais de um ano”, afirmou Temer. “É urgente colocar o país nos trilhos do crescimento, da geração de empregos, da modernização e da justiça social.”
A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira, 2, a denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. Com isso, a acusação contra Temer ficará parada no Supremo Tribunal Federal. O entendimento do STF é que o caso só poderá ser retomado quando Temer deixar a Presidência, em 31 de dezembro de 2018, momento em já não será mais necessária autorização de um órgão externo para que o Judiciário acolha a denúncia e abra o processo. A matéria foi veiculada pela G1.com
Nesse período de paralisação, o relator do caso no Supremo, ministro Edson Fachin, deverá determinar também a suspensão do prazo para a prescrição.
Nesse ato, fica interrompido, portanto, o tempo no qual a demora para o julgamento elimina a possibilidade de punição.
Quando Temer estiver fora da Presidência, e sem o chamado foro privilegiado, caberá a um juiz de primeira instância analisar a denúncia. Tal procedimento costuma ser mais rápido e simples, já que a decisão é individual. O juiz será designado pelo STF, após avaliação de onde teria ocorrido o delito.
Assim como no Supremo, não existe na primeira instância um prazo definido para a instrução criminal e o julgamento final.
A diferença é que, após a condenação em primeira instância, o réu pode recorrer a mais três instâncias: o Tribunal de Justiça ou Regional Federal; o Superior Tribunal de Justiça; e o próprio Supremo.
Nos processo no STF, a palavra final é da própria Corte, sem possibilidade de recursos a outras instâncias.
Tocantins
ASSUNTO: Posicionamento do governador Marcelo Miranda sobre votação na Câmara dos Deputados de denúncia contra o presidente Michel Temer.
NOTA
O governador Marcelo Miranda vê como um passo positivo, e muito importante para o Brasil, o resultado da votação realizada nesta quarta-feira, 02, na Câmara dos Deputados, que decidiu, por maioria, pelo arquivamento da denúncia contra o presidente da República, Michel Temer.
Para Marcelo Miranda, a vitória do presidente Temer, tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quanto no Plenário da Câmara, representa para o País a superação de uma grave crise de incertezas – políticas, econômicas e sociais - que só colabora para a perda da esperança e da confiança do povo brasileiro em sua Nação.
Por fim, o governador Marcelo Miranda espera que o exemplo do exercício da democracia, visto pelos milhares de brasileiros neste dia, contribua para que a governabilidade, a estabilidade e a soberania do Brasil possam se reerguer e colocar, de fato e de direito, o País nos trilhos do desenvolvimento.
O Governo do Tocantins continuará parceiro do Governo Federal, como defende o governador Marcelo Miranda. Continuará ao lado de todos os tocantinenses e, sobretudo, ao lado de um Brasil sempre melhor para trabalhar e viver.
Assessoria de Imprensa do Governador Marcelo Miranda
Palmas (TO), 02 de agosto de 2017.