Balanço da SSP/TO mostra que homicídios tiveram redução de 5,08% e os feminicídios caíram 25%; roubos chegaram ao menor nível da série histórica
Por João Guilherme Lobasz e Hiago Muniz
A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins apresentou nesta segunda-feira, 28, o balanço com os resultados do primeiro semestre de 2025 na área de segurança. As ações de combate à criminalidade resultaram em uma queda acentuada nos principais indicadores de crimes violentos, como os homicídios e os crimes de natureza sexual.
A realização de grandes operações contra as principais facções criminosas que atuam no estado levou ainda a reduções expressivas na quantidade de crimes contra o patrimônio, principalmente roubos, que chegaram ao menor nível da série histórica iniciada em 2020. Os dados foram divulgados em coletiva de imprensa realizada na Delegacia-Geral da Polícia Civil, em Palmas.
Para o secretário de Segurança Pública do Tocantins, Bruno Azevedo, o resultado é reflexo do compromisso da Polícia Civil do Tocantins em garantir tranquilidade e segurança. “A atuação dos nossos policiais contra lideranças de organizações criminosas foi essencial para os resultados alcançados. São ações que atingiram a capacidade de diferentes grupos criminosos de agir de forma coordenada. Isso torna nossas ruas mais seguras e permite que o cidadão possa circular com a garantia de que há uma força policial atuante e atenta”, comentou o secretário.
A base comparativa de todos os dados é o primeiro semestre de 2024 com relação ao mesmo período deste ano. Os números apontados refletem o total de vítimas e não o total de boletins de ocorrência, uma vez que um único boletim pode registrar mais de uma vítima.
Homicídios e feminicídios
Em Porto Nacional foi realizada a maior apreensão de cocaína do Estado - Foto - ASCOM PF
No caso dos homicídios, a queda foi de 5,08%. Enquanto no primeiro semestre de 2024 houve 137 casos, no mesmo período de 2025 foram 129. No caso dos feminicídios, o número reduziu 25%, de oito para seis casos no mesmo período.
Crimes sexuais
O crime de estupro apresentou redução de 10,11% no primeiro semestre, indo de 89 casos no primeiro semestre de 2024 para 80 no mesmo período deste ano. A redução foi ainda mais expressiva com relação ao crime de estupro de vulnerável. Nos seis primeiros meses deste ano foram 403 casos em todo o estado, ante 464 no primeiro semestre de 2024. Isso representa uma queda de 13,15%
Nesta categoria também aparecem os crimes de assédio e importunação sexual. Para os casos de assédio a queda foi de 5,41%, indo de 37 para 35 casos entre um ano e outro. Já os casos de importunação sexual reduziram 7,36%, de 163 em 2024 para 151 em 2025.
Crimes contra o patrimônio
A implantação do novo sistema biométrico integra a modernização dos serviços públicos - Foto: Divulgação SSP/TO
A melhoria na segurança pública é ainda mais perceptível nos índices de crimes contra o patrimônio. Os casos de roubo, quando há o emprego de violência para a subtração do bem, despencaram 20,79%, indo de 1.169 no primeiro semestre do ano passado para 926 casos em 2025. Este é o menor número da série histórica que começa em 2020, quando o sistema de estatísticas da Polícia Civil foi consolidado e também é a primeira vez dentro deste período que o primeiro semestre do ano tem menos de mil ocorrências do tipo.
Já os furtos, quando a subtração do bem é feita sem o emprego de violência, apresentou redução de 1,8%, indo de 7.045 casos nos primeiros seis meses de 2024 para 6.918 este ano. Houve ainda redução de 3,61% nos casos de estelionato, indo de 6.954 casos para 6.703.
Operações de destaque
Ao longo do semestre diversas operações foram realizadas no âmbito da Polícia Civil, dentre elas destacam-se a Operação Asfixia, realizada em cidades do Tocantins e São Paulo, que desarticulou uma organização criminosa dedicada ao tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e envio de armas ilegais, resultando na prisão de 15 pessoas e bloqueio de contas bancárias.
Também foi realizada a Operação Adsumus, na zona rural de Palmeirante, focada no cumprimento de mandados relacionados a conflitos de terra. A ação prendeu cinco pessoas em flagrante por posse ilegal de munições e armas caseiras.
A Operação 1ª Coríntios 15:33 visa desarticular organizações criminosas de forte atuação no Estado - Foto - Luiz de Castro Governo do Tocantins
No contexto da Operação 1ª Coríntios 15:33, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão em cidades do Tocantins, Goiás, Rio de Janeiro e Pará contra uma organização criminosa envolvida com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Durante a operação, 11 pessoas foram presas, e foram apreendidos aproximadamente 6 kg de entorpecentes, armas de fogo, munições, veículos, aparelhos eletrônicos, documentos, dinheiro e cartões bancários. A ação contou com apoio de diferentes forças policiais e deu continuidade a investigações iniciadas em 2023, além de uma primeira fase da operação que resultou em prisões e apreensões em vários estados.
Na Operação Alforria, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão, com foco na desarticulação de organizações criminosas envolvidas com tráfico de drogas, homicídios e restrição da liberdade. A ação resultou em prisões em flagrante e teve como objetivo restabelecer a segurança na região, além de combater crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.
Na Operação Criminalis Littera, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em unidades prisionais de Palmas, Araguaína e Cariri, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que planejava ataques contra autoridades e o patrimônio público, além de uma fuga em massa por meio de rebelião com reféns. As investigações identificaram a atuação de líderes do grupo a partir do interior dos presídios, e os fatos apurados envolveram crimes como organização criminosa, ameaça, apologia ao crime, falso alarme e tentativa de abolir o estado democrático de direito.
A Operação Asfixia foi resultado de uma atuação coordenada e baseada em investigações criteriosas - Foto - Luiz de Castro Governo do Tocantins
Na Operação Serra Gerais, foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 35 mandados de busca e apreensão em oito estados, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e na lavagem de dinheiro. As investigações identificaram o uso de fazendas no Tocantins como base logística para pousos clandestinos de aeronaves carregadas com cargas de entorpecentes, além da movimentação de cerca de R$ 70 milhões por meio de empresas de fachada. A operação também resultou no bloqueio de bens, veículos, aeronaves e propriedades rurais ligadas ao esquema criminoso.
Na Operação Perfídia, a Polícia Civil do Tocantins prendeu quatro pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa responsável por desviar cerca de R$ 12 milhões de duas empresas da Capital. As investigações revelaram que o grupo era composto por funcionários das construtoras e seus cônjuges, que simulavam compras de combustíveis, materiais de construção e locação de máquinas, desviando valores milionários para adquirir veículos de luxo, imóveis e outros bens. Foram cumpridos mandados de prisão, busca e apreensão de bens, incluindo quatro veículos avaliados em mais de R$ 1 milhão.
Em Nova Olinda, a Polícia Civil resgatou três meninas de seis, sete e dez anos vítimas de violência sexual praticada pelos próprios familiares. A operação resultou na prisão preventiva da mãe, do padrasto e do irmão do padrasto. As investigações foram conduzidas pela 33ª Delegacia de Polícia, com apoio da Delegacia de Repressão a Roubos de Araguaína, após denúncia do Conselho Tutelar.
Em Porto Nacional, no âmbito da FICCO/TO, foi realizada a maior apreensão de cocaína do Estado, com mais de 565 kg da droga, e cinco pessoas foram presas em flagrante por tráfico internacional de drogas. Durante a operação, foram apreendidos veículos usados no esquema e cinco armas de fogo ilegais, incluindo pistolas e carabinas com numeração suprimida.
Em Gurupi, a Polícia Civil do Tocantins, por meio da DRCOT, deflagrou a Operação Orange contra uma organização criminosa especializada em fraudes fiscais. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e bloqueados R$ 3,5 milhões em patrimônio dos investigados, incluindo 21 veículos e valores em contas bancárias. A investigação identificou que o grupo usava laranjas para ocultar a propriedade de empresas no ramo de bebidas e alimentos, acumulando dívidas tributárias e simulando vendas fraudulentas.
Durante o mês de maio, o Tocantins reforçou os investimentos em proteção à infância com a realização da Operação Caminhos Seguros, ação integrada que mobilizou forças federais, estaduais e municipais no enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes. Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação foi executada em áreas mapeadas como prioritárias, unindo fiscalização, inteligência, ações educativas e atendimento humanizado às vítimas. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Atuação Integrada de Segurança Pública e demonstra o compromisso do Estado com políticas públicas de prevenção e proteção social.
Novas medidas
Em Nova Olinda, a Polícia Civil resgatou três meninas de seis, sete e dez anos vítimas de violência sexual - Foto: Divulgação/PCTO
Na coletiva de imprensa que apresentou os resultados, a cúpula da Polícia Civil também anunciou algumas medidas para o segundo semestre deste ano.
Em agosto será realizado um mutirão para coleta de material genético de famílias de desaparecidos. A iniciativa é uma parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e busca ampliar um banco de dados já existente, montado a partir de coletas feitas em outros dois mutirões do tipo e também ao longo das investigações.
Ao mesmo tempo, a Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (POLINTER - Palmas) receberá reforço de efetivo por parte de policiais que estavam lotados em funções administrativas.
Também em agosto, será realizada uma nova edição da Operação Shamar, que combate a violência contra a mulher e que une esforços de vários setores da segurança pública.
O secretário Bruno Azevedo anunciou ainda a implantação de uma unidade da Delegacia de Repressão a Roubos (DRR). A experiência de sucesso em Araguaína, onde a DRR conseguiu excelentes resultados no combate a este tipo de crime, inspirou a instalação em Palmas. A medida entra em vigor ainda no segundo semestre deste ano.
Confiabilidade
Casa da Mulher Brasileira passa a oferecer suporte jurídico, psicológico e social para vítimas de violência Foto: Edis Pereira/Governo do Tocantins
O Núcleo Especializado de Análises Forenses do Laboratório de Química Forense (NEAF/LQF) do Instituto de Criminalística da Polícia Científica do Tocantins participou pelo terceiro ano consecutivo do Ensaio de Proficiência em Análise de Drogas, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com o Inmetro.
O ensaio avalia a capacidade dos laboratórios forenses em identificar com precisão substâncias em amostras de drogas. Nas três edições, o laboratório do Tocantins apresentou resultados precisos, confirmando a confiabilidade e a qualidade dos laudos periciais emitidos, fundamentais para garantir a segurança pública e a correta aplicação da lei.
Sob a gestão do secretário Bruno Sousa Azevedo, a SSP/TO tem investido na modernização das forças policiais, no uso de tecnologia e inteligência e na integração das operações no combate à criminalidade. Os indicadores divulgados seguem a metodologia da Organização das Nações Unidas (ONU), permitindo comparações técnicas e seguras entre os estados.
Investimentos
O governo do Tocantins implementou nos municípios do Estado o novo formato biométrico para a emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). O processo passou a ser realizado pelo Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (Abis), eliminando a necessidade da fotografia 3x4, coleta de impressões digitais e assinatura manual, com os dados capturados diretamente no sistema digital durante o atendimento.
O novo sistema já está em operação em Palmas e em estações nos municípios de Arraias, Taguatinga, Dianópolis, Natividade, Formoso do Araguaia e Gurupi, e foi expandido para a região norte, em Araguaína, e para o extremo-norte, abrangendo Araguatins e Tocantinópolis. A expectativa é de que o serviço seja implantado em todas as regionais de atendimento do Estado.
Além disso, seis novos rabecões foram incorporados à frota do Instituto Médico Legal do Tocantins, com unidades destinadas aos municípios de Palmas, Araguaína e Gurupi. Os veículos incluíram três camionetes 4x4 modelo Hilux e três 4x2 modelo Saveiro, todas adaptadas com baú para o transporte de corpos.
O Governo do Tocantins também avançou em importantes investimentos por meio do Consórcio Brasil Central (BrC), com destaque para a aquisição de dois helicópteros que reforçarão a atuação integrada das forças de segurança e demais órgãos públicos do Estado. As aeronaves fazem parte de uma compra compartilhada entre os estados do consórcio, por meio de pregão internacional, que vai garantir mais eficiência operacional e economia de recursos.
Casa da Mulher Brasileira
Foi inaugurada a Casa da Mulher Brasileira em Palmas, um espaço que integra diversos serviços especializados para o enfrentamento da violência contra a mulher. Na unidade, o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Segurança Pública, instalou a 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24 horas, e a Central de Atendimento à Mulher 24 horas (CAM), garantindo atendimento contínuo para mulheres em situação de violência.
Além disso, a Casa oferece acolhimento e triagem, apoio psicossocial, juizado especializado em violência doméstica, assistência jurídica gratuita pela Defensoria Pública, acompanhamento dos casos pelo Ministério Público, cursos de capacitação e encaminhamentos para o mercado de trabalho, promovendo a autonomia financeira das mulheres. O espaço conta também com um abrigo temporário para garantir segurança a mulheres em situação de risco iminente.
Com investimento Federal e parceria da Prefeitura, a Casa oferece suporte jurídico, psicológico e social integrados, fortalecendo as políticas públicas de proteção e assistência às mulheres, além de promover a rede de apoio necessária para enfrentar a violência e garantir direitos.
Sete dos indiciados estão presos preventivamente; grupo era especializado no golpe do falso advogado
Por João Guilherme Lobasz
A Polícia Civil do Tocantins, por meio da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC - Palmas), concluiu na manhã desta quarta-feira, 23, o inquérito policial relacionado à Operação Espada de Themis, deflagrada no último dia 10 em cidades dos estados do Ceará e Alagoas, que desarticulou um grupo criminoso especializado no golpe do falso advogado.
Ao todo, a polícia indiciou 47 pessoas. Os indivíduos vão responder pela prática dos crimes de estelionato mediante fraude eletrônica, lavagem de capitais, falsa identidade e organização criminosa.
A investigação foi instaurada no início do ano de 2024, quando 20 vítimas, todas clientes de escritórios de advocacia e residentes em Palmas, foram ludibriadas por indivíduos que fingiam ser advogados na internet. Seis das vítimas eram idosas e tiveram seus patrimônios atingidos. Somado, o prejuízo foi de aproximadamente R$ 150 mil.
A operação foi deflagrada com o objetivo de cumprir dez mandados de prisão temporária e nove de busca domiciliar. Após os cumprimentos, a autoridade policial ingressou com nova representação, pedindo a conversão das prisões temporárias em prisões preventivas. O pedido foi deferido pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Palmas.
O delegado titular da DRCC, Lucas Brito Santana, destacou que apesar da complexidade e do grande volume de ocorrências analisadas no âmbito do inquérito policial, o trabalho investigativo foi exitoso. “O resultado para a população é o desmantelamento de uma organização criminosa, constituída em torno da modalidade fraudulenta. A atuação da Polícia Civil reforça a confiança na credibilidade do sistema de persecução penal como um todo”, explica.
Ao todo, sete indivíduos já foram presos no âmbito da operação e outros três permanecem foragidos. As conclusões investigativas foram remetidas ao Poder Judiciário e serão submetidas ao crivo do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO).
Criminoso agia sempre durante as madrugadas e pulando muros para ter acesso às casas, de onde levava objetos
Por Rogério de Oliveira
A Polícia Civil do Tocantins, por intermédio da 63ª Delegacia de Paraíso, prendeu na manhã desta terça-feira, 15, um homem apontado como autor de uma série de furtos a residências naquele município.
Conforme explica o delegado regional, José Lucas Melo, titular da 5ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Paraíso, o suspeito, que tem 28 anos e uma longa ficha criminal, foi detido enquanto tentava se esconder em uma casa no Setor Santa Clara.
Os crimes praticados por ele, sempre durante a madrugada, ocorreram nos setores Jardim América e Pouso Alegre. Para concretizar os delitos, o indivíduo se valia da escalada como forma de adentrar aos imóveis pulando os muros, o que torna os crimes qualificados.
O delegado regional, que também responde pela 63ª DP, ressalta que a prisão representa mais um duro golpe contra a criminalidade, uma vez que o homem era contumaz na prática de crimes contra o patrimônio. “Trata-se de uma prisão de enorme relevância, uma vez que as investigações das equipes da 63ª DP revelaram que esse suspeito pode ser considerado um dos maiores riscos ao patrimônio alheio de Paraíso, até a data de hoje, pois era especializado na prática de furtos tendo praticado inúmeros casos no município”, frisa.
Após a detenção, o indivíduo foi levado até a sede da 9ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Paraíso e após a realização dos procedimentos legais cabíveis, recolhido à Unidade Penal Regional local, onde permanece à disposição do Poder Judiciário.
“Essa é mais uma ação que revela o comprometimento da Polícia Civil de Paraíso no combate aos crimes contra o patrimônio que causam enormes prejuízos a toda a população e trazem um clima de insegurança para os cidadãos de Paraíso. Nesse sentido, as equipes da 5ª DRPC não têm medido esforços no sentido de identificar, localizar e prender os autores para que eles possam responder conforme determina a lei”, concluiu o delegado Regional, José Lucas Melo.
Durante o evento, foram divulgados detalhes dos procedimentos realizados
Por Rogério de Oliveira
A Secretaria de Estado da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) realizou, no início da tarde desta quinta-feira, 10, uma coletiva de imprensa com o objetivo de divulgar um balanço da operação ‘Espada de Themis’, deflagrada nas primeiras horas da manhã de hoje pela Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC).
A operação interestadual teve por objetivo dar cumprimento a 10 mandados de prisão provisória e nove de busca e apreensão em endereços de pessoas envolvidas no chamado ‘golpe do falso advogado’. As equipes da DRCC apuraram que o grupo criminoso aplicava a fraude em pessoas que aguardavam resultados de demandas judiciais e administrativas.
A coletiva foi aberta pelo secretário Bruno Azevedo que fez um breve apanhado dos resultados alcançados e agradeceu o empenho e a dedicação dos policiais civis que atuaram nas ações, tanto em municípios do Estado do Ceará, quanto em Maceió, capital do Estado de Alagoas.
Dos 10 mandados de prisão temporária, seis já foram cumpridos e outros quatro seguem em diligências.
Como funcionava o golpe
O gestor da SSP -TO ressaltou que o golpe do falso advogado consiste basicamente em um grupo de criminosos que encaminhava mensagens, via WhatsApp, para determinadas vítimas que possuem processos visando recebimento de valores. O grupo informava que elas efetivamente ganharam a causa, mas que para receber os valores eles precisavam pagar algumas taxas impostas.
Nesse sentido, eles encaminharam contas bancárias para que os valores fossem destinados a esse pagamento fictício, depois os valores eram desviados a outras contas. Por meio das investigações da DRCC, foi possível apurar que o grupo criminoso tinha um modus operandi bem delineado, uma vez que eles mandavam mensagem para as vítimas com levantamento de dados de processos públicos e a partir de engenharia social, eles conseguiam convencer as vítimas de que elas tinham que pagar taxas.
O delegado geral da Polícia Civil do Tocantins, Claudemir Luiz Ferreira, informou que o esquema criminoso prejudicou dezenas de pessoas no Estado do Tocantins e causou prejuízos, estimados em mais de R$ 150 mil reais.
A operação Espada de Themis envolveu mais de 90 policiais civis do estado do Tocantins, sendo que a PC/TO contou com o apoio operacional dos estados de Alagoas e também do Ceará.
O delegado geral da PC/TO também explicou que a operação tem um cunho pedagógico, porque não só combate essa organização criminosa, mas também joga à luz a esse tipo de fraude e tem por objetivo conscientizar a população.
“Ao receber mensagem de advogado ou de escritórios de advocacia, é imprescindível que a pessoa procure checar a informação antes de fazer qualquer tipo de repasse e também faça o contato com o seu advogado, não com aquele número que fez que encaminhou a mensagem, mas com o seu advogado mesmo, para verificar a situação do seu processo”, frisou o chefe da Polícia Civil.
Ao final da coletiva, o secretário Bruno Azevedo classificou a ação como muito exitosa.
“Essa operação é muito importante não apenas pelo caráter criminoso desse grupo que vem atuando constantemente no Estado, mas também pelo aspecto de preservar a credibilidade do sistema judicial. Além do volume de mandados que foram cumpridos hoje, nós tivemos a possibilidade de alertar a população sobre esse golpe, que vem sendo praticado de forma recorrente contra vítimas que possuem processos judiciais para recebimento de valores”, concluiu.
O delegado-geral da PC/TO ressaltou que trata-se de mais uma grande operação da Polícia Civil, que gera e demonstra o trabalho de excelência, realizado pela Divisão de Crimes Cibernéticos no combate a essa modalidade criminosa. “Tenho certeza que o resultado advindo dessa fase da operação são muito exitosos e nos ajudarão a identificar se ainda há mais vítimas dos golpes e outros suspeitos envolvidos que poderão ser presos futuramente”, disse.
Foto 1, Secretário Bruno Azevedo e delegado-geral, Claudemir Luiz Ferreira falam sobre a operação Espada de Themis
Foto 2: Durante a coletiva, foram revelados detalhes sobre a operação
Foto 3: 19 mandados judiciais foram cumpridos durante a operação Em coletiva de imprensa, Segurança Pública divulga balanço da operação Espada de Themis
Estado executou mandados, apreendeu armas, drogas, realizou prisões e atividades preventivas
Por Larissa Mendes
A Polícia Civil do Tocantins participou da Operação Narke IV com ações em diversas regiões do Estado, reforçando o enfrentamento ao tráfico de drogas. As atividades ocorreram durante o mês de junho e envolveram unidades especializadas em repressão ao narcotráfico de todo o Brasil, sob coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (DIOPI/SENASP/MJSP), em alusão ao Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico de Drogas, celebrado em 26 de junho.
No município de Pedro Afonso, os policiais civis cumpriram cinco mandados de busca e apreensão, resultando na prisão de três pessoas. Durante a ação, foram apreendidos entorpecentes como maconha e crack, além de dinheiro em espécie e veículos.
Em Palmas, a 1ª Divisão Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc - Palmas) incinerou aproximadamente 200 quilos de entorpecentes. Na região sul da capital, os agentes da 1ª Denarc também desarticularam um ponto de venda de drogas, localizado no setor Taquari. No local, um adolescente de 16 anos foi apreendido e com ele foi encontrado uma pistola calibre 40 com mira laser, além de 450 gramas de substância análoga à cocaína, 22 munições de diversos calibres e duas balanças de precisão.
Em Porto Nacional, a Polícia Civil promoveu palestras educativas com foco na prevenção ao uso de drogas e no fortalecimento de vínculos comunitários.
“A Operação Narke IV demonstra o comprometimento da Polícia Civil do Tocantins com a repressão qualificada ao tráfico de drogas, além do investimento em ações preventivas. A integração com as demais forças fortalece nossa capacidade de resposta e amplia os impactos contra o crime organizado”, afirmou o delegado da 1ª Denarc, Alexander Pereira da Costa.
Resultados da Operação Narke IV em todo o Brasil
A operação foi executada de forma simultânea em todas as unidades da federação. De acordo com balanço do Ministério da Justiça e Segurança Pública, 664 pessoas foram presas, 5,8 toneladas de entorpecentes foram apreendidas, 128 veículos foram recolhidos, e dezenas de documentos e valores em espécie foram interceptados.
Além disso, cerca de 65 toneladas de drogas foram incineradas, com um prejuízo estimado de mais de R$ 155 milhões às organizações criminosas. A Operação Narke IV reforça a importância da atuação integrada das Polícias Civis estaduais e contribui para o fortalecimento da Rede Nacional de Unidades de Enfrentamento ao Narcotráfico (RENARC), demonstrando uma resposta efetiva frente ao tráfico de drogas em nível nacional.