Preço médio de venda da gasolina passa de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, uma alta de 18,8%; valor do diesel sobe de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, aumento de 24,9%.
Com Agências
A Petrobras anunciou nesta quinta-feira que vai elevar o preço da gasolina e do diesel, após 57 dias sem reajustes. Para a gasolina, a alta será de 18% e, para o diesel, de quase 25%. Os novos valores começam a ser praticados nesta sexta-feira (11).
“Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento”, disse a empresa em nota.
Com isso, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”, diz.
Para o diesel, o preço médio vai de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. “Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro”.
“A redução na oferta global de produto, ocasionada pela restrição de acesso a derivados da Rússia, regularmente exportados para países do ocidente, faz com que seja necessária uma condição de equilíbrio econômico para que os agentes importadores tomem ação imediata, e obtenham sucesso na importação de produtos de forma a complementar o suprimento de combustíveis para o Brasil”, disse a companhia por meio de nota.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes calcula que, com o aumento anunciado nesta quinta-feira, o litro da gasolina nos postos deve subir para média de R$ 7,02 no país, contra a média atual de R$ 6,57 por litro.
O preço do petróleo no mercado internacional já vinha em alta e a situação se gravou de maneira dramática nos últimos 15 dias, em decorrência do conflito entre Ucrânia e Rússia, que é um importante produtor de petróleo e gás natural. O preço do petróleo Brent — referência nacional, tem sido negociado acima dos US$ 105 e a expectativa é que continue subindo no curto prazo.
Nesta semana, a situação se agravou ainda mais com a decisão dos Estados Unidos de proibir a importação da commodity. O movimento influencia os preços no Brasil, já que a Petrobras segue a paridade internacional.
GLP também é reajustado
O valor do GLP (gás liquefeito de petróleo), conhecido como gás de cozinha, também sobe nesta sexta-feira. O preço médio de venda do insumo passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
O último ajuste de preços do GLP foi feito há 152 dias. “Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia”, diz a nota da Petrobras.
Vale ressaltar que, na véspera, Receita Federal publicou uma instrução normativa zerando alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins sobre o botijão de gás de cozinha de 13 quilos (kg) de uso doméstico. A medida incide sobre a importação e a receita de comercialização do produto.
Ficam reduzidas a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação incidentes sobre o gás liquefeito de petróleo (GLP) que será, posteriormente à operação, envasado em recipientes de até 13 kg e destinado ao uso doméstico, diz a norma.
Defasagem se mantém
Mesmo com o aumento, a defasagem estimada do preço da gasolina se mantém. De acordo com cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, essa defasagem fica em 20% ante 31,6% anteriormente.
Já no diesel, fica em torno de 19% ante 34,1%.
O deputado estadual Valdemar Júnior esteve reunido na manhã desta quinta-feira, dia 10, em seu gabinete, com o Reitor da Universidade Estadual do Tocantins – Unitins, Augusto Rezende, para tratar da implantação de 15 novos Polos da Unitins, em municípios que ainda não possuem instituições de ensino superior.
Da Assessoria
O deputado adiantou que a região Sudeste será contemplada com o campus da Universidade nos municípios de Taguatinga, Natividade e no Jalapão em Ponte Alta do Tocantins.
A previsão é de que a implantação desses novos Polos ocorra ainda neste ano. Serão ofertados os cursos de Tecnólogo em Gestão Pública, Tecnólogo em Turismo, Tecnólogo da Informação e Tecnólogo em Pedagogia.
“A Unitins vai disponibilizar cursos que venham de encontro com a realidade local da região e que atendam as demandas de empregabilidade nestes municípios. São cursos que vão promover o desenvolvimento regional, beneficiando centenas de pessoas. Isso representa um grande avanço na educação, com a democratização e expansão do ensino superior público, principalmente nas cidades que ainda não dispõem de universidades”, avaliou.
Ainda de acordo com Valdemar, a implantação desses novos Polos está sendo possível graças ao empenho dos parlamentares junto ao governo do Estado. “É uma luta nossa, são esforços e articulações dos deputados estaduais junto ao governador Wanderlei Barbosa que tem se empenhado para levar o ensino superior público aos municípios que ainda não possuem universidades”, assegurou.
21 dos 24 deputados estaduais divulgaram nessa quarta-feira, 09/03, um MANIFESTO AO POVO TOCANTINENSE, às vésperas da votação pelo Plenário da Assembleia Legislativa da denúncia que pede o impeachment do Governador Mauro Carlesse.
No manifesto, os parlamentares signatários declaram apoio ao governador em exercício, Wanderley Barbosa, em uma antecipação de que a denúncia será aceita por ampla maioria, quiçá pela unanimidade dos parlamentares.
Entre as razões aventadas para o Manifesto está “oferecer a estabilidade necessária ao governo Wanderley Barbosa” e conclamam as bancadas na Câmara e no Senado Federal a seguirem o mesmo caminho.
Os bastidores do processo sucessório no Tocantins, neste meio de semana, ecoam as decisões vindas da Capital Federal, Brasília, de onde todo o poder emana, em um desenrolar ainda indefinido, sem a regras finais para as eleições de outubro próximo.
Por Edson Rodrigues
Neste início de semana, os principais líderes políticos governistas e oposicionistas estiveram, justamente, em Brasília. O governador em exrecício, Wanderlei Barbosa, acompanhado do presidente da Assembleia legislativa, deputado estadual Toinho Andrade, seu companheiro e amigo, do secretário de Governo, César Halum, cumprindo compromissos extra-agenda. De acordo com informações obtidas pelo Observatório Político de O Paralelo 13, houve um café da manhã com dois dirigentes partidários e o encontro de uma autoridade federal com o governador.
Em Brasília está, também, o presidente do MDB tocantinense, ex-governador Marcelo Miranda que, depois de ter almoçado com o senador Eduardo Gomes, líder do governo federal no Congresso Nacional, conforme o apurado pelo nosso Observatório Político, Marcelo também se encontrou com o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, candidatíssimo ao governo do Estado.
Outros políticos tocantinense, pré-candidatos a deputado estadual, alguns deles com mandato na atual legislatura, também estiveram ou estão em Brasília, na busca de alinhar as conversações para a disputa da eleição de outubro próximo.
Só na manhã desta quarta-feira, o Observatório Político de O paralelo 13 contou nada menos que 12 líderes políticos tocantinenses perambulando nos corredores e gabinetes do Congresso nacional.
AGREGANDO
Ao nobres políticos tocantinenses buscam agregar em torno de suas candidaturas aos legislativos estadual ou federal, ingredientes que somem positivamente em suas postulações. A imensa maioria deles não está 100% fechado com nenhuma candidatura ao governo, ao Senado ou à Câmara Federal, pois nas eleições de outubro, o voto não será coligado e o eleitor estará livre para votar, de presidente a deputado estadual, independente dos partidos dos demais componentes da chapas, o que faz das eleições deste ano uma das mais fragmentadas da história política brasileira.

Bancada do Tocantins em Brasilia
O sucesso das candidaturas a deputado estadual e federal vai depender da força política individual de cada um dos postulantes ao cargos, em especial para aqueles que estão com suas campanhas profissionalmente organizadas, das “dobradinhas” que candidatos a estadual, federal e até senadores, farão em cada região do Estado e no palanque que cada um vai prestigiar para governador, baseado nas pesquisas de intenção de votos, realizados por institutos de credibilidade junto ao eleitores.
Além disso tudo, deve cuidar para estar em partidos que ofereçam boa infraestrutura de campanha, com suporte para cumprir compromissos, um ótimo marketing político com abrangência nos principais veículos de comunicação do Estado.
Vale ressaltar que as eleições deste ano não foram feitas para amadores. Mesmo tendo rios de dinheiro à disposição, a fragmentação dos votos vai exigir trabalho dobrado na conquista de cada um deles.
WANDERLEI GARANTE O REPUBLICANOS EM BRASÍLIA
Tanto os candidatos à reeleição e para os candidatos de primeiro mandato ou de retorno à vida pública, todo cuidado é muito pouco.
Ninguém, muito menos o governador em exercício Wanderlei Barbosa, quer ficar refém de um partido, e, por isso, todos buscam uma legenda para chamar de sua. E foi com essa ponto principal para uma filiação em mente, que Wanderlei trouxe na bagagem, direto de Brasília, o comando do Republicanos no Tocantins, pegando de surpresa o deputado federal Carlos Gaguim, que faz parte do grupo político do senador Eduardo Gomes e da deputada federal Dorinha Seabra, e acabou de se filiar ao mesmo republicanos.
A chegada de Wanderlei, a convite do presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, é apenas a primeira surpresa dessa procissão de políticos tocantinense em Brasília, nesta semana.
O certo é que, a partir de agora, Wanderlei está tranqüilo para colocar seu nome sob a apreciação dos eleitores tocantinense, na busca por uma reeleição, aguardando, apenas, a resolução do destino de Mauro Carlesse, se será mesmo abatido pelo processo de impeachment ou se renunciará. Dois destinos que enterram as possibilidades da volta de Carlesse ao comando do Palácio Araguaia neste ano de 2022.
FUTURO DE CARLESSE AINDA INDEFINIDO
O pedido de impeachment contra Mauro Carlesse (PSL) chegou a um momento decisivo. Amanhã, quinta-feira (10), pela primeira vez na história política do Tocantins, os deputados estaduais se reunião para votar o afastamento de um governador. Carlesse está afastado do cargo desde outubro do ano passado, e o prazo definido pelo Superior Tribunal de Justiça vai até o mês de abril.
Se a AL decidir aprovar o parecer que recomenda o prosseguimento, o prazo do afastamento se renova por mais 180 dias, o que praticamente eliminariam as chances de retorno ao governo. Carlesse ainda teria que passar pelo crivo de um Tribunal Misto, composto por parlamentares e desembargadores. Desse novo julgamento pode resultar a perda definitiva do mandato e também a inelegibilidade.
A definição do futuro político de Carlesse e outras grandes surpresas ainda estão por ser anunciadas nas próximas 72 horas.
Que Deus nos abençoe!!
Investigar e elucidar crimes de desvios de recursos públicos, pedofilia, corrupção, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e cibernéticos, contrabandos, tráfico de drogas e armas, bem como exercer funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras. Essa é parte das funções exercidas pela Polícia Federal, que neste mês de março completa 78 anos.
Com metropoles.com
Para ter ideia da importância do trabalho desenvolvido pela PF, para cada real investido na instituição, R$ 5,30 são retornados aos cofres públicos.
Um exemplo é o trabalho de apreensão, recuperação e prevenção de prejuízo de dinheiro público que devolve à União cerca de R$ 43 bilhões anuais. Porém, ao contrário do que se imagina, o dinheiro recuperado em operações não é investido para melhorar o desempenho da Polícia Federal.
O policial federal trabalha em regime de dedicação exclusiva, sem benefícios extras, auxílio moradia ou qualquer outro tipo de bonificação. Em muitos casos, ele acaba pagando para trabalhar, já que é comum deslocamentos em missões sem diária suficiente para cobrir os custos de hospedagem, alimentação e transporte.
Além disso, por falta de efetivo, o sobreaviso mensal – situação que deveria acontecer em caráter excepcional e é aquela em que o policial é previamente escalado para ficar em alerta para retornar ao trabalho fora do horário normal – também é uma prática muito comum na categoria, mas sem qualquer remuneração extra ou compensação de horário. A falta de delegacias de plantão é outro problema instaurado.
Os pontos citados e outros problemas enfrentados no exercício da função no dia a dia comprometem a eficácia maior das estratégias da instituição. Por isso, as três principais entidades de classe de servidores da Polícia Federal se reuniram e lançaram a campanha nacional “Valorização da PF já”. A ação tem por objetivo evidenciar contribuições, responsabilidades e riscos enfrentados pelos profissionais. O movimento vem no momento em que se debate a reestruturação do órgão e das demais carreiras ligadas ao Ministério da Justiça, entre outras medidas que a categoria entende como necessárias para a valorização dos policiais federais.
“Há muitos anos a Polícia Federal se paga, por isso não estamos falando de gasto e sim de investimento com retorno garantido para a sociedade. Uma polícia bem estruturada impacta em uma corporação mais qualificada, com mais atuação e maiores resultados e benefícios para o país e para população.”
Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)
Outro argumento que os servidores debatem na campanha é de que hoje um policial que morre no exercício da função, em muitos dos casos, deixa a família desamparada com pensão de 60% do subsídio.
“Nos deparamos com traficantes de armas e drogas, garimpeiros ilegais e armados, pedófilos, entre outros, e quem atua somos nós, os policiais federais. Não tem nada de glamoroso na troca de tiros, na erradicação de drogas, nas horas de campana, nas imagens de pornografia infantil”, ressalta Marcus Firme, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
“A campanha também é uma forma de valorizar aqueles policiais que sacrificam a vida, que enfrentam uma série de dificuldades nos mais variados cantos do país e que a população não vê e não sabe. Trazer um pouco da realidade do nosso dia a dia é muito importante para que as pessoas possam conhecer mais sobre o nosso trabalho e como é a realidade longe dos holofotes”, afirma Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF).
Defasagem de contingente
Além das condições de trabalho, a categoria aponta que há um imenso déficit de policiais nos quadros da instituição. “Contamos com menos de 12 mil policiais e temos 15 mil vagas, o que resulta em uma defasagem de pelo menos 3 mil cargos, fora o que precisaria para a atuação de uma polícia com tantas competências e de dimensões continentais”, enfatiza Leiro. Ele ainda ressalta a necessidade do aproveitamento dos candidatos aprovados no último concurso.
A situação se reflete diretamente no desempenho das atividades, com enorme desgaste físico e mental, além de contar com servidores sobrecarregados sem assistência de planos de saúde nem acompanhamento psicológico.
Em uma profissão com peculiaridades e particularidades tão específicas, não é à toa os altos índices de suicídio e de licença para tratamento de distúrbios psiquiátricos – um dos maiores entre todos os órgãos federais. A instituição conta apenas com 13 psicólogos no quadro para o atendimentos de todos os policiais federais do Brasil, sendo que a maioria sequer trabalha na atividade fim de apoio psicológico aos profissionais.
“O trabalho da polícia vai além do combate ao crime. Prender um traficante de drogas não implica somente em retorno financeiro, existe também a parte social. Tirar uma criança da rua que esteja envolvida com o tráfico vai muito além de exercer o nosso papel. Estamos, de certa forma, ajudando a sociedade na formação de cidadãos.”
Marcus Firme, presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef)
Competitividade e valorização da profissão
Ao longo dos anos, os policiais federais tiveram muitas perdas e quase nenhum avanço. O impacto disso se dá em uma carreira com pouca atratividade perante o mercado privado e também outras carreiras públicas como Receita Federal, Defensoria Pública, AGU, entre outras. Nesse sentido, o próprio Presidente da República reconheceu publicamente que é fundamental corrigir as injustiças históricas que assolam algumas carreiras da segurança pública, deixando claro o quanto é necessária e pertinente a valorização dos policiais da União.
“Para uma polícia forte, precisamos de estrutura, de ciência, de tecnologia, de investimento. Não existe milagre. Não é privilégio, é necessidade.”
Marcos Camargo, presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF)
Hoje, o Brasil vive um período de valorização da ciência, e embora seja de extrema importância na saúde pública, ela também deve estar presente em outras áreas, assim como na segurança pública. O trabalho da perícia, por exemplo, se faz necessário e essencial para trazer cientificidade para o processo penal e com isso garantir justiça e clareza dos fatos.
“Contamos com profissionais altamente gabaritados como cientistas de dados, analistas de sistemas, técnicos da informações, entre outras áreas requisitadas por empresas privadas. Muitas vezes, o policial opta por continuar na carreira, mesmo com salário mais baixo, para oferecer um trabalho importante para a sociedade. Sem uma carreira de trabalho atrativa, que o mantém como servidor público da Polícia Federal, quem perde é a sociedade”, reforça Camargo.
Recorde de operações na pandemia
Apesar de todas essas dificuldades, os policiais federais não pararam de trabalhar e, durante esse período de pandemia, estiveram nas ruas, seja para garantir a distribuição de vacinas ou evitando que bilhões em recursos públicos, previstos para a compra de remédios e equipamentos para tratamento da Covid, fossem desviados pela corrupção.
Além disso, é importante ressaltar que, em 2020, o número de operações da Polícia Federal bateu recorde, exatamente por conta dos desvios ligados ao combate do coronavírus. Foram 129 operações e mais de 1.800 mandados de busca e apreensão cumpridos em todo o Brasil, em contratos que somavam mais de R$ 4,6 bilhões.