Congresso Nacional derrubou vetos do presidente Lula a trechos que aumentavam o custo da conta de energia
Com CNN
A estratégia de posicionamento Palácio do Planalto diante da derrubada de vetos presidenciais que encarecem a conta de luz ainda não foi definida, informou o ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. Na avaliação do chefe da pasta de Minas e Energia, a solução desse impasse não cabe ao MME.
“Não tem nenhuma decisão tomada. É uma decisão de governo. Não é uma decisão do ministério”, afirmou o ministro nesta quarta-feira (25).
Os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aos "jabutis" no marco legal das eólicas offshore foram derrubados na semana passada pelo Congresso Nacional. Calcula-se que a decisão dos congressistas pode ter um custo adicional de R$ 197 bilhões nas tarifas de energia nos próximos 25 anos.
Silveira disse que não poderia adiantar qual decisão será tomada pelo governo em relação ao tema, mas destacou que o presidente derrubou os “jabutis” por não concordar com o aumento da conta de energia.
“O próximo passo do jogo democrático é o governo decidir o que vai fazer. Estamos nessa fase do jogo democrático. Quem é responsável pela articulação com o Congresso Nacional e pelo diálogo institucional com os Poderes da República é a SRI e a Casa Civil. Tomada uma decisão em relação aos vetos, isso se tornará público em um período curto de tempo”, disse Silveira.
A postura do governo diante da decisão do Congresso em derrubar os vetos foi um dos estopins para o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautasse o decreto legislativo que suspende a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para ser votado nesta quarta-feira (25), segundo apuração da CNN.
Entre as ações estudadas pelo Palácio do Planalto, está a edição de uma nova medida provisória (MP) para "sanar" os possíveis aumentos na conta de luz provocados pela derrubada de vetos presidenciais, segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).
Projeto São João Vem de Berço tem como objetivo resgatar e valorizar as tradições juninas entre os jovens
Por Iolete Marques
Com muita música alegre, no compasso da sanfona e no brilho dos figurinos coloridos, teve início, nesta quarta-feira, 25, a 33ª edição do Arraiá da Capital, que já conquistou lugar cativo no coração e no calendário cultural de Palmas. A abertura oficial da festança do maior encontro de juninas do Tocantins foi marcada pelo espetáculo das apresentações de 12 escolas da rede municipal de ensino, que integram o projeto ‘São João Vem de Berço’, promovido pela Prefeitura, por meio da Fundação Cultural de Palmas (FCP) e da Secretaria Municipal da Educação (Semed), com apoio do Instituto Pizada da Butina e da Federação de Quadrilhas Juninas do Tocantins (Fequajuto).
Idealizado no período pós-pandemia, o projeto tem como objetivo resgatar e valorizar as tradições juninas entre os jovens. Com a participação de mais de 400 estudantes, a iniciativa promove o conhecimento e o interesse pela cultura das festas de São João, fortalecendo não apenas a preservação dessa herança cultural, mas também incentivando o aprendizado, a expressão artística e a integração comunitária.
A noite foi marcada por verdadeiros espetáculos de criatividade, cores e coreografias, apresentados pelos alunos das Escolas de Tempo Integral (ETI) Almirante Tamandaré, ETI Eurídice Ferreira de Mello, ETI Luiz Gonzaga, ETI Anísio Spínola Teixeira, ETI Daniel Batista, ETI Caroline Campelo, ETI Padre Josimo Morais Tavares, ETI Margarida Lemos além das escolas Beatriz Rodrigues, Darcy Ribeiro, Jorge Amado e Lúcia Sales Pereira Ramos.
Espetáculos
O primeiro espetáculo ficou a cargo da ETI Almirante Tamandaré, que levou para a arena a temática da vaquejada e a figura do vaqueiro nordestino, encenada por 32 integrantes. O coreógrafo Jherpherson Teixeira contou que a equipe se dedicou intensamente na preparação para o evento: “Nossa apresentação promete ser alegre e cheia de representatividade cultural. Vamos falar um pouco sobre a vaquejada, com músicas e danças alegres que falam da vaquejada e do vaqueiro nordestino”.
A quadrilha da Escola Municipal Lúcia Sales Pereira Ramos se destacou de forma especial por ser a única junina formada por crianças da primeira fase do ensino fundamental. Conduzida com muita graça e carisma pelo casal de noivinhos Kethenlly Santos e Heitor Soares, a apresentação encantou o público e arrancou aplausos.
Kayo Hallexander Bandeira, garoto junino da ETI Eurídice Mello, também encantou o público e foi intensamente aplaudido. Sua junina levou para a arena uma explosão de cores, brilho e alegria, destacando a temática dos elementos da natureza: fogo, água, terra e ar. “Foi muito importante para mim porque eu danço quadrilha há quatro anos, mas esta é a primeira vez que saio como destaque junino”.
Cleonice Soares, avó de Sara Rocha, integrante da ETI Caroline Campelo, falou com muita emoção e alegria do orgulho de ver a neta se apresentando no Arraiá. Ela contou que Sara estava muito ansiosa, ensaiando diariamente para fazer bonito no palco. “Eles fizeram uma apresentação muito linda”, disse.
Valorização da cultura
A secretária-executiva da Semed, Maria Diniz, celebrou a abertura do Arraiá falando da importância do projeto junino envolvendo alunos do ensino fundamental. Segundo ela, a iniciativa tem gerado benefícios como integração, valorização da cultura e engajamento dos participantes. “O comprometimento das equipes escolares, a alegria e a participação das crianças são contagiantes”, ressaltou, acrescentando que a expectativa é ampliar o projeto para mais escolas no próximo ano. “Este projeto tem trazido muitos benefícios para nossos alunos, entre eles a integração e o resgate da cultura”, concluiu.
A primeira-dama, Polyanna Siqueira Campos, acompanhou até o fim as apresentações da noite, demonstrando apoio e carinho pelos alunos participantes. Ela elogiou a beleza das apresentações e destacou a importância do projeto ‘São João Vem de Berço’ na promoção da cultura popular dentro das escolas: “Foi uma noite especial e diferente, com grande participação das famílias e um público expressivo desde cedo, mesmo sendo durante a semana”.
Decisão foi tomada em inquérito que investiga advogado de um dos réus na ação penal do golpe. Segundo a polícia, advogados de Bolsonaro tentaram contato com a família de delator.
Por Márcio Falcão, Reynaldo Turollo Jr, TV Globo
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) ouça o ex-assessor e ex-advogado de Jair Bolsonaro, Fábio Wajngarten, e o advogado do ex-presidente Paulo Costa Bueno em investigação sobre uma possível "prática dos crimes de obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa".
Em uma rede social, Wajgnarten disse que recebe "com tranquilidade" a notícia de que terá de prestar depoimento. "Tão logo tenha acesso aos autos do inquérito, que não seja através da imprensa, voltarei a me manifestar", afirma.
A decisão foi tomada em um inquérito aberto na semana passada para apurar se o réu Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o advogado dele, Eduardo Kuntz, tentaram obstruir as investigações da tentativa de golpe.
A ordem de Moraes partiu após a PF entregar ao STF informações obtidas em um celular que pertencia a uma das filhas do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid. De acordo com os investigadores, o conteúdo mostrou que Kuntz não foi o único advogado a procurar a filha de Cid.
"Outro advogado que também atua – ou atuava – na defesa do ex-Presidente Jair Messias Bolsonaro, Fábio Wajngarten, igualmente, fez intensa tentativa de falar com a família e com Mauro Cid", diz a PF.
Já Bueno é mencionado pela PF como tendo participado de uma tentativa de contato com a mãe do delator.
"Não bastasse as várias investidas sobre a filha e esposa de Mauro Cid, a defesa dos corréus investiu também sobre sua mãe, Agnes Barbosa Cid, quando em eventos realizados na Hípica de São Paulo, o Dr. Luiz Eduardo Kuntz , uma vez acompanhado pelo Dr. Paulo Costa Bueno, cercaram-na no sentido de demover a defesa então constituída por Mauro Cid, conforme declaração particular que também acompanha a presente", diz a Polícia Federal.
Kuntz enviou ao STF na semana passada conversas que afirma ter mantido com Mauro Cid por meio de um perfil no Instagram. O advogado pediu a anulação do acordo de delação de Cid sustentando que, nas conversas, o ex-ajudante de ordens disse que se sentiu pressionado a fazer a delação. Para o advogado, o acordo deveria ser anulado por falta de voluntariedade do delator.
Em entrevista ao programa Estúdio I, da GloboNews, Kuntz disse que conversou com Cid porque foi procurado por ele, e que jamais o procurou, e também porque pretendia realizar uma "investigação defensiva" como parte da estratégia de defesa de seu cliente, Marcelo Câmara.
Ao mandar abrir o inquérito para apurar o caso, Moraes viu indícios de que Câmara e Kuntz tentaram atrapalhar as investigações. Em trechos da conversa com Cid, Kuntz perguntava ao tentente-coronel o que ele falou nos depoimentos à Polícia Federal.
Moraes determinou a prisão de Câmara por entender que ele violou uma medida cautelar que o proibia de manter contatos com outros investigados — no caso, Mauro Cid — mesmo por meio de terceiros.
O vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, recebeu nesta quinta-feira, 26, uma mensagem de agradecimento assinada pelo diretor institucional da Fazenda da Esperança, Adalberto Calmon, por seu apoio contínuo à luta contra as drogas e à recuperação de dependentes químicos
Da Assessoria
No texto, enviado especialmente ao parlamentar por ocasião do Dia Internacional de Combate às Drogas, Adalberto destacou a importância do apoio do senador às ações da entidade. “Caríssimo senador Eduardo Gomes, hoje no Dia Internacional de Combate às Drogas quero dizer o nosso muito obrigado por sua unidade e apoio na luta contra as drogas e também na recuperação dos usuários e dependentes químicos. Seu gesto e apoio é de suma importância para a salvação de todos que sofrem com esse mal. Deus te abençoe e proteja sempre!!!”, escreveu.
Eduardo Gomes é um grande apoiador da Fazenda da Esperança e mantém relação próxima com o fundador da instituição, Frei Hans Stapel. No mês de abril deste ano, por ocasião de seu aniversário, o senador organizou uma ação solidária que arrecadou mais de R$ 500 mil destinados à manutenção e expansão das atividades da entidade.
Ao comentar a mensagem recebida, o senador destacou a relevância do trabalho desenvolvido pela Fazenda da Esperança. “A Fazenda da Esperança é uma obra de amor, de fé e de transformação. Apoiar essa missão é uma honra e um compromisso que assumo com gratidão. Cada vida recuperada é uma vitória coletiva contra um dos maiores males da sociedade. Receber essa mensagem me fortalece ainda mais nessa caminhada”, afirmou.
A Fazenda da Esperança é reconhecida nacional e internacionalmente pelo trabalho de recuperação de dependentes químicos, com unidades espalhadas por diversos estados brasileiros e em outros países.
O cenário político do Tocantins começa a ganhar contornos decisivos para 2026. Em meio a movimentações intensas e disputas internas, um nome chama atenção pelo contraste entre potencial e hesitação, a senadora Professora Dorinha. Reconhecida por sua trajetória técnica e política consistente, ela corre o risco de desperdiçar o capital acumulado caso não assuma de forma clara, imediata e determinada sua pré-candidatura ao governo do estado
Por Por Edson Rodrigues e
Edivaldo Rodrigues
Aliados atentos ao xadrez sucessório relembram o erro do ex-deputado federal Ronaldo Dimas, que manteve-se em cima do muro por tempo demais, esperando que o tabuleiro se ajustasse em torno dele. A falta de atitude, de articulação e de humildade custou-lhe caro. Dorinha, segundo apoiadores, começa a repetir esse enredo. Ainda dá tempo de virar o jogo, mas o relógio político não perdoa indecisões prolongadas.
Silêncio que inquieta
Deputado Amélio Cayres, senadora Dorinha Seabra e Laurez Moreira
Eleitores, aliados e simpatizantes da senadora vivem um momento de apreensão. Enquanto outros pré-candidatos como o vice-governador Laurez Moreira, o deputado Amélio Cayres, o empresário Ataídes Oliveira e o ex-governador Mauro Carlesse percorrem o estado em ritmo de campanha, Dorinha segue em silêncio. A ausência de gestos mais firmes e simbólicos preocupa.
O favoritismo de Amélio
Governador Wanderlei Barbosa e Amélio Cayres
Nos bastidores do governo Wanderlei Barbosa, a proximidade crescente entre o governador e Amélio Cayres é vista como um sinal de que o presidente da Assembleia Legislativa pode ser o escolhido oficial. São 20 deputados estaduais ao seu lado, além de uma ampla base de prefeitos e apoio da máquina estadual. Se Dorinha quiser ser a candidata do grupo, precisa se movimentar agora. Em agosto, programas robustos de governo entrarão em execução com a chancela do governador. Esse momento exigirá uma candidatura à altura do projeto político de continuidade.
União Brasil e Progressistas
Outro alerta importante é uma candidatura pura de União Brasil e Progressistas, com Dorinha ao governo e Carlos Gaguim e Vicentinho Júnior ao Senado, é considerada insustentável. Falta espaço para composição, diálogo com outras forças, diversidade política. Sem agregar nomes de fora da bolha partidária, a candidatura tende ao isolamento.
O perigo de perder o bonde da história
Está marcado para julho uma reunião decisiva em Brasília entre União Brasil e Progressistas para tratar do desembarque do governo Lula. Desta forma, tanto Dorinha quanto Laurez Moreira, podem atrair o eleitorado descontente com o Planalto. Laurez por sua vez dialoga com setores do agro e do empresariado. Aliás, Laurez vem costurando alianças sólidas em Araguaína, na região central e em Palmas.
Eduardo Gomes
Vice-presidente do Senado, presidente estadual do PL e candidato à reeleição, Eduardo Gomes é um dos aliados mais próximos do governador Wanderlei Barbosa. Embora já tenha manifestado publicamente simpatia pela eventual candidatura da senadora Professora Dorinha ao governo do Tocantins, é evidente que Gomes torce por um entendimento entre Dorinha e Wanderlei. No entanto, o próprio senador terá que definir, em breve, de que lado estará no tabuleiro sucessório. Uma coisa, porém, já está clara: Eduardo Gomes não abre mão de sua aliança com Wanderlei Barbosa. Já o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres, não deixa margem para dúvidas e tem reafirmado com firmeza que é “soldado do governador” e seguirá sua liderança até o fim.
Carlesse no retrovisor político
Nos últimos 45 dias, Mauro Carlesse vem recebendo caravanas de vereadores, prefeitos, lideranças e até potenciais candidatos majoritários que não se sentem representados por nenhuma das pré-candidaturas postas. A candidatura de Carlesse hoje pode parecer discreta, mas sua construção lembra a trajetória do atual prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, que começou como coadjuvante e virou protagonista.
A família Abreu
No campo das mágoas políticas, pesa o sentimento de exclusão da ex-senadora Kátia Abreu, do senador Irajá e do ex-vereador Iratã Abreu. Preteridos na eleição de 2022 em favor de Dorinha, há um desejo não declarado de revanche. Esse grupo, historicamente influente, poderá ter papel relevante em 2026, mesmo que apenas nos bastidores.
Brasília não elege governador, a Assembleia sim
O empoderamento da Assembleia Legislativa, com as emendas impositivas e apoio do governo, tornou a Casa uma das instituições mais influentes do estado. Historicamente, candidatos oriundos da AL conquistaram o governo: Marcelo Miranda, Mauro Carlesse, Wanderlei Barbosa e, indiretamente, Carlos Gaguim e Sandoval Cardoso. A história pode se repetir com Amélio Cayres.
Programas de governo
A partir de agosto, a gestão estadual vai colocar em prática três grandes programas:
Coordenado pela primeira-dama Karynne Sotero, o pacote social fortalecerá a imagem do governo e será um ativo importante para o candidato apoiado pelo Palácio Araguaia.
A hora da virada é agora
A senadora Professora Dorinha é qualificada, tem serviços prestados, respeito institucional e força eleitoral. Mas não basta esperar o cenário ideal. É preciso calçar a sandália da humildade, dialogar com outras forças políticas, buscar o apoio do governador e das bases estaduais e, sobretudo, liderar. O tempo é agora. Agosto pode ser tarde demais! No xadrez da sucessão, quem move as peças com firmeza constrói o tabuleiro. Quem espera demais, assiste o jogo da plateia.