Ministro Paulo Guedes faz balanço da economia em palestra na Associação Comercial
Com Correio da Manhã
O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi o convidado do evento promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), nesta quarta-feira, 14, na sede da Casa de Mauá. O ministro foi recebido pelo presidente da ACRJ, José Antonio (Josa) do Nascimento Brito, e o presidente em exercício da Firjan, Luiz Césio Caetano. Guedes assinou o tradicional “Livro de Vizitas” e em seguida fez uma palestra para uma plateia formada por empresários, parlamentares, dirigentes da ACRJ e da Firjan, entre outras entidades.
O ministro fez um balanço das ações do Governo Federal, citou alguns programas, como o Auxílio Brasil, e destacou o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022. Comentou ainda sobre algumas previsões dos analistas a respeito da inflação, que, segundo ele, era de 7,4%, mas que já está próximo de 6% ao ano. De acordo com ele, o teto de gastos foi “mal desenhado”. “Esqueceram de fazer as paredes, que são as reformas”, disse.
José Brito abordou a questão da geração de emprego no Brasil, que continua sendo uma tarefa difícil, cara e pesada para os empresários. “Quase 50% da força de trabalho no Brasil é informal ou sem carteira assinada”, disse. Paulo Guedes afirmou que o mercado brasileiro de trabalho está surpreendendo pelo vigor, mas precisa remar contra a maré. “Tínhamos um problema dramático de desemprego em massa. Com a pandemia, salvamos os invisíveis com o auxílio emergencial e partimos para a geração de novos empregos, cerca de cinco milhões formais”, completou.
Carlos Fernando Gross (esq.) e Carlos Erane de Aguiar (dir.), da Firjan, com presidentes Josa e Luis Caetano
Luiz Caetano elogiou a parceria com a Associação Comercial e destacou que “o ano de 2022 tem trazido dados muito positivos e melhores do que tivemos em 2021. “Exemplo disso são as projeções da Firjan para o PIB. De acordo com os dados, fecharemos o ano com crescimento de 1,5% para o Brasil e de 2% para o estado do Rio”, comemorou. Também mencionou a queda na taxa de desemprego de 2% no acumulado do ano. “Um crescimento líquido de 1 milhão e 300 mil empregos formais”, afirmou.
ALTO ASTRAL - Paulo Guedes estava de altíssimo astral no seu encontro com os empresários do Rio, na sede da ACRJ. Descontraído, cumprimentou todo mundo na sala VIP e ouviu pacientemente algumas reivindicações pontuais. Sempre interagindo com os interlocutores, estava se sentindo em casa.
PIB CRESCEU - O alto astral de Paulo Guedes continuou no auditório, lotado, com mais de 400 convidados. A primeira pergunta, realizada pelo presidente da Associação Comercial do Rio, José Antônio (José) Nascimento Brito, descontraiu ainda mais o palestrante: "Todos os empresários sabiam que haveria crescimento do PIB, porém, as agências de riscos apontavam um crescimento inferior a 1%. Ele vai chegar a 3%. Por que este pessimismo das agências?"
EXEMPLO - O ministro falou uma hora e meia e conclamou os empresários a terem fé no Brasil. "Quem imaginaria que o Brasil tivesse uma inflação menor do que os Estados Unidos, França, Alemanha e outros países da Europa?" Perguntou Guedes a uma plateia, que o aplaudia com vigor.
ÍDOLO - Os quarenta empresários que fazem parte do grupo de jovens da ACRJ ficaram entusiasmados com a franqueza do ministro e as fundamentações das suas respostas. A turma chegou de cara amarrada e depois cercou Guedes para perguntas sobre as suas explanações e fotos. Tem sido assim os encontros do ministro com os mais jovens. Ele é cristalino e honesto nas respostas, o que cria empatia com uma geração cansada de blá-blá-blá.
UNIÃO - O sucesso da presença de Paulo Guedes no encontro promovido pela Firjan e Associação Comercial faz parte de uma estratégia de aproximar as grandes entidades empresariais, iniciada na gestão de Josa Nascimento Brito, e com o apoio de Eduardo Eugênio e Antônio Queiroz. Ganha o Rio com a unificação das agendas. Há muito tempo que este clima de paz não ocorria.
No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 2,09%
Por Andreia Verdélio
A atividade econômica brasileira registrou alta em julho deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou aumento de 1,17% em julho de 2022 em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período).
Desde o ano passado, os resultados do IBC-Br vêm oscilando. Em abril e maio teve queda, em junho apresentou crescimento de 0,69% e, agora, mais uma alta.
Em julho, o IBC-Br atingiu 145,55 pontos. Na comparação com julho de 2021, houve crescimento de 3,87% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo, em 2,09%.
O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia, a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar a evolução da atividade econômica. Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2021, o PIB do Brasil cresceu 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. No primeiro semestre de 2022, o indicador já avançou 2,5%.
Ex-ministro Joaquim Barbosa aconselhou TSE a manter o "olho vivo" na intenção das Forças Armadas de fazer apuração paralela das eleições
Por Igor Gadelha
O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa foi às redes sociais, nas últimas horas, com um alerta indireto para o atual comando do TSE: “Olho vivo” nas Forças Armadas.
O sinal foi feito por Barbosa ao comentar a intenção dos militares de fazer uma “apuração paralela” das eleições deste ano por amostragem, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
“Permitir que militares interfiram nesse tema vital à institucionalidade nacional equivale a fraquejar, ceder, abdicar aos sagrados deveres constitucionais. O que eles querem é criar o mínimo pretexto para perpetrar o golpe. Olho vivo neles!”, escreveu Barbosa no Twitter.
Na sequência, o ex-presidente do STF afirmou também que não é o TSE que cria conflito ao negar que os militares participarão do processo de apuração dos votos nas eleições deste ano.
“Peraí. É o TSE quem vem há meses gerando balbúrdia no processo eleitoral? Imaginem as tensões constantes geradas por essa despudorada investida dos militares sobre o TSE. É vergonhoso”, defendeu.
O ex-ministro disse ainda que o TSE está “certíssimo” ao não permitir que as Forças Armadas tenham acesso a qualquer dado fora do escopo que qualquer cidadão terá.
“No Brasil, organizar eleições, apurar os resultados e julgar os conflitos que elas geram são tarefas que a Constituição e as leis atribuem à Justiça Eleitoral”, afirmou.
Eduardo responde
Diante das críticas de Joaquim Barbosa, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho 03 do atual presidente da República, saiu em defesa das Forças Armadas.
Em vez de argumentar sobre o papel dos militares nas eleições, o parlamentar lembrou a atuação do ministro Luís Roberto Barroso, então presidente do TSE, contra a PEC que implementava o voto impresso no Brasil.
Eduardo ainda defendeu que os militares foram chamados para comissão que averiguou a segurança das urnas eletrônicas, implementada pelo ministro Edson Fachin.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na 3ª feira (13.set.2022) que a imprensa mudou a narrativa sobre um crime em São Paulo porque um homem que matou o filho e a mulher tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tatuado no braço.
“Dificilmente seguirão dando destaque, prova de que a preocupação nunca foi com as vítimas”, escreveu Bolsonaro em seu perfil no Twitter.
ASSASSINATO
Na tarde de 2ª feira (12.set), no parque São Rafael, zona leste de São Paulo, Ezequiel Lemos Ramos, de 39 anos, matou a ex-mulher, Michelli Nicolich, de 37 anos, e o filho mais novo, de 2, em frente a uma escola infantil. O mais velho, de 4 anos, também estava no local, mas não foi atingido.
Com registro de CAC (grupo de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores), o homem foi inicialmente identificado pela imprensa como apoiador de Bolsonaro. Porém, ele tem uma tatuagem com o rosto de Lula no braço esquerdo.
Ramos teve a prisão em flagrante convertida em preventiva na tarde de 3ª feira (13.set). Foi acusado de duplo homicídio doloso qualificado, feminicídio e tentativa de homicídio.
PT REPUDIA
Em nota divulgada na 3ª feira (13.set) no site do partido, a presidente da sigla, Gleisi Hoffman, criticou o governo Bolsonaro pela flexibilização da compra de armas e condenou o ataque.
“O incentivo à violência e a liberação, pelo governo federal, da compra, posse e porte de armas estão na raiz de crimes e tragédias como a que ocorreu ontem no Parque São Rafael, em São Paulo”, escreveu Gleisi. “Condenamos toda forma de violência, qualquer que seja a orientação política de quem a comete.”
Estado tem estimativa de variação positiva de 6,1%, com impulso de números do comércio, segundo o Banco do Brasil
Por Talita Melz
O Tocantins está em segundo lugar nas estimativas de variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, com percentual de 6,1%, conforme avaliação de relatório apresentado pelo Banco do Brasil. Esse número é impulsionado principalmente pelo volume de vendas no comércio, que teve resultados positivos no Estado, com aumento de 5,3% em relação ao ano anterior.
No Brasil, a economia cresceu 2,5% no primeiro semestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Esse relatório do Banco do Brasil estima que o Mato Grosso tenha o maior crescimento econômico, com 8%, seguido pelo Tocantins com 6,1%, Roraima com 5,9%, Alagoas com 5,9% e Paraíba com 5,1%.
Comércio
A variação do volume de vendas no comércio entre os primeiros semestres de 2021 e 2022, com base no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou em 5,3% no Tocantins. Segundo o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Carlos Humberto Lima, o setor teve um crescimento elevado com relação a anos anteriores e isso é um reflexo de políticas públicas do Estado do Tocantins.
“O Tocantins é o quinto estado que mais cresceu no primeiro semestre no setor do comércio, como reflexo de ações do Estado. Dentre elas podemos elencar a estratégia de descentralização dos recursos, como o Programa de Fortalecimento e Geração de Emprego e Renda, que levou R$ 2 milhões para cada um dos 139 municípios, que foi estratégico, porque fez com que os municípios pudessem fortalecer suas atividades comerciais, aquecendo o setor e resultando neste crescimento expressivo”, explica Carlos Humberto Lima.
Outro número positivo no setor do comércio do Tocantins é que o Estado vem com bons números de empregabilidade. O IBGE mostra que o Estado está entre as três unidades federativas com melhores números do setor de comércio, que tem as menores taxas de desemprego, com 6,8%, empatado com o Mato Grosso do Sul e abaixo apenas de Santa Catarina, com 5,3%.
“Esse programa e outros que impulsionam o setor do comércio continuam em andamento, com tendência a alavancar ainda mais os números. O Estado tem atualmente uma política clara de desenvolvimento econômico. Nossa expectativa é manter os indicadores positivos da economia tocantinense, com o estado entre os primeiros do Brasil na geração de emprego e renda para a população”, finaliza o secretário Carlos Humberto.