Partido Comunista informa que o dinheiro será destinado a políticas de enfrentamento ao surto de covid-19 para seus filiados
Por Cristyan Costa
O Fórum das Centrais Sindicais do Brasil recebeu US$ 300 mil (R$ 1,7 milhão, na cotação atual) do Partido Comunista da China (PCC). A entidade nacional reúne CSB, CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST. Conforme o governo estrangeiro, o dinheiro será destinado às ações de enfrentamento ao surto de covid-19. O aporte internacional foi feito através da Federação dos Sindicatos da China, ligado ao PCC.
“Os sindicatos dos dois países insistiram em pôr a saúde e a segurança dos trabalhadores e dos povos em primeiro lugar, eliminando todos os tipos de ruído político e realizando ativamente a cooperação pragmática, o que serve como um exemplo da cooperação no combate à pandemia para o movimento sindical internacional”, informou Jiang Guangping, vice-presidente da organização asiática, em carta divulgada na segunda-feira 29.
ATUAÇÃO DOS SINDICATOS
Reportagens da Revista Oeste mostraram as mais recentes ações dos sindicatos brasileiros. Uma delas é investir em campanhas publicitárias na grande mídia de modo a prejudicar iniciativas do governo federal. A CUT, por exemplo, investiu pesado em campanhas antiprivatizações e, mais recentemente, contra a reforma administrativa.
RECURSOS ESCASSOS
Desde a aprovação da reforma trabalhista, em 2017, o chamado imposto sindical deixou de ser obrigatório. Um ano após a aprovação da medida pelo governo Michel Temer, as entidades perderam 90% da contribuição, de R$ 3,64 bilhões em 2017 para R$ 500 milhões em 2018. Em agosto de 2020, 3 milhões de pessoas deixaram de ser sindicalizadas.
Em nota oficial, presidente confirmou trocas nas pastas; veja quem assume
Com Agências
O presidente Jair Bolsonaro oficializou nesta segunda-feira, 29, seis trocas no governo. Em nota, foram confirmadas as demissões do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e da Advocacia-Geral da União, José Levi, que contrariaram os interesses do presidente, e a nomeação da deputada Flávia Arruda (PL-DF) como ministra da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Palácio do Planalto com o Congresso.
O ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, também foi demitido. Sua saída vinha sendo cobrada dentro e fora do governo. Na visão de parlamentares, especialistas e empresários, a atuação do chanceler na pasta, considerada ideológica, prejudicou o País na obtenção de insumos e vacinas para combater a covid-19. Em seu lugar entrará o diplomata Carlos Alberto Franco França, ex-cerimonialista da Presidência.
Quem sai e quem entra
No Ministério da Justiça, Bolsonaro trocou André Mendonça, que volta a comandar a AGU, seu antigo cargo, e colocou no lugar o delegado da Polícia Federal Anderson Torres. Até então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres havia sido cotado para assumir a diretoria-geral da Polícia Federal em ao menos três oportunidades, e agora deve assumir um cargo hierarquicamente superior. Ele é próximo da família do presidente.
As outras mudanças foram apenas de nomes que já integravam o governo e foram realocados: o general Walter Braga Netto assume o Ministério da Defesa e o general Luiz Eduardo Ramos vai para o seu lugar, na Casa Civil, abrindo a vaga para Flávia Arruda na Secretaria de Governo.
A deputada é próxima ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), que na semana passada cobrou uma mudança de postura do governo federal no enfrentamento da pandemia. Na ocasião, alertou que a declaração era um "sinal amarelo" do Congresso ao chefe do Executivo e, sem citar o impeachment, disse que o Legislativo possui “remédios políticos amargos”, alguns “fatais”.
No mês passado, Bolsonaro já havia acomodado um nome do Centrão no governo, com a nomeação de João Roma (Republicanos-BA) no Ministério da Cidadania.
As trocas ocorrem no momento mais agudo da pandemia de covid-19 no País, com recordes diários de mortes pela doença e colapso na rede de saúde de diversas cidades. Ao mesmo tempo, pesquisas apontam queda na popularidade do presidente.
Desavenças
Como mostrou o Estadão, a demissão no Ministério da Defesa ocorreu após Azevedo se recusar a garantir um alinhamento automático e a manifestar apoio das Forças Armadas a posições do presidente que caracterizariam o envolvimento direto dos militares com a política.
No caso de Levi, a demissão ocorreu após o chefe da AGU se recusar a assinar uma ação do Palácio do Planalto no Supremo Tribunal Federal contra o toque de recolher determinado por governadores do Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul. A peça foi assinada apenas por Bolsonaro, mas rejeitada pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Leia a nota oficial na íntegra
O Presidente Jair Bolsonaro alterou a titularidade de seis ministérios nesta segunda-feira (29). As seguintes nomeações serão publicadas no Diário Oficial, a saber:
•Casa Civil da Presidência da República: General Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira;
•Ministério da Justiça e Segurança Púbica: Delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres;
•Ministério da Defesa: General Walter Souza Braga Netto;
•Ministério das Relações Exteriores: Embaixador Carlos Alberto Franco França;
•Secretaria de Governo da Presidência da República: Deputada Federal Flávia Arruda;
•Advocacia-Geral da União: André Luiz de Almeida Mendonça.
General do Exército foi escolhido por Bolsonaro ainda na transição de governo em 2018. Motivo da saída e nome do substituto não foram informados.
Por Carla Araújo
Apontado como um dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, entregou o cargo nesta segunda-feira (29). Sem maiores explicações para a razão de sua saída, em uma nota oficial divulgada pela assessoria da pasta, o ministro agradece ao presidente Jair Bolsonaro e aos comandantes das Forças e diz que sempre atuou para que as Forças Armadas fossem preservadas como instituição de estado.
"Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado. O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira", diz a nota. "Saio na certeza da missão cumprida", finaliza.
O pedido de demissão do general, sem maiores justificativas por ora, pegou de surpresa algumas fontes em Brasília, que estavam envolvidas nas tratativas para fechar um substituto para o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que também informou sua decisão de sair do governo ao presidente.
Com a saída de Ernesto e Azevedo, no mesmo dia, o presidente Jair Bolsonaro perde dois importantes expoentes de alas diferentes do governo: um da ala ideológica e outro da ala militar.
Novas mudanças
Fontes do Palácio do Planalto afirmam que outras mudanças podem ainda ser anunciadas hoje.
Segundo um general ouvido pela coluna, existe a possibilidade de o atual ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ir para o comando da Defesa, o que poderia abrir espaço político para o cargo de articulação.
Ministro avisou sobre sua decisão a assessores próximos, mas governo ainda não confirma a saída oficialmente. Situação política de Ernesto se deteriorou nos últimos dias, com críticas de deputados e senadores
Por Felipe Frazão
O embaixador Ernesto Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 29, e entregou seu cargo. A informação foi repassada ao Estadão por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler. Ernesto passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo. Na visão de parlamentares, especialistas e empresários, a atuação do chanceler na pasta, considerada ideológica, prejudicou o País na obtenção de insumos e vacinas para combater a covid-19.
Ernesto cancelou compromissos nesta segunda-feira com autoridades estrangeiras para discutir seu futuro. E foi chamado de última hora por Bolsonaro no Palácio do Planalto. Na reunião, segundo aliados, o ministro disse ao presidente estar disposto a deixar o cargo para não ser mais um problema para o governo na relação com o Congresso. Auxiliares diretos do ministro consideram que a situação é “irreversível”. Uma nova reunião está prevista para o fim da tarde.
Apesar de Ernesto colocar o cargo à disposição, Bolsonaro ainda não escolheu o substituto. O nome mais forte no Palácio do Planalto é o do almirante Flávio Rocha, atual secretário de Comunicação Social e da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Rocha, que tem o apoio do ministro das Comunicações, Fabio Faria, é considerado habilidoso, já cumpriu missões em nome de Bolsonaro na Argentina e na China em momentos delicados na relação com esses países e fala cinco idiomas. É atribuída ao militar todo o recuo que o presidente faz quando radicaliza o discurso.
No Itamaraty e na Marinha, contudo, há resistências porque sua nomeação colocaria um almirante da ativa na linha de frente do governo. A situação seria semelhante a de Eduardo Pazuello, que assumiu o Ministério da Saúde como general da ativa e, nesta condição, não teve condições de contrariar o presidente em momentos importantes da pandemia.
No período da ditadura (1964-1985), seis nomes passaram pelo Itamaraty, mas apenas um deles foi militar. O general Juracy Magalhães ocupou o cargo de janeiro de 1966 a março de 1967. É dele a célebre frase: "O que é bom para os Estados Unidos, é bom para o Brasil". Ele também tinha uma carreira político e já havia sido antes governador da Bahia.
Uma ala do Palácio Planalto, porém, defende um político para o cargo, de preferência um senador, a exemplo do que ocorreu no governo de Michel Temer. Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e José Serra (PSDB-SP) comandaram a pasta de Relações Exteriores.
Uma terceira opção é promover alguém da carreira diplomática. O nome cogitado é o do embaixador do Brasil na França, Luiz Fernando Serra. O diplomata, porém, indicou a colegas que não gostaria de deixar Paris neste momento para voltar ao País.
Pressão após briga com Kátia Abreu
A pressão sobre Ernesto aumentou neste domingo, depois que o ministro acusou a senadora Kátia Abreu (Progressistas-TO) de fazer lobby de chineses durante almoço no Itamaraty. Com o gesto, ele forçou novo embate entre o governo Bolsonaro e o Congresso Nacional. Presidente da Comissão de Relações Exteriores, a senadora disse apenas ter defendido que não haja discriminação à China no leilão da tecnologia 5G, que vem sendo discutido no governo, e chamou o ministro de “marginal”. Ela recebeu apoio expressivo de congressistas que já cobravam a demissão de Ernesto.
A tese dos interesses chineses por trás da queda de Ernesto, e não por sua atuação na pasta, já vinha sendo apontada nos bastidores por aliados do ministro no governo e por militantes conservadores nas redes sociais.
A declaração do ministro, no Twitter, foi interpretada como gesto “suicida” por diplomatas, e uma forma de construir uma versão para justificar sua saída do cargo. Parlamentares e diplomatas avaliam que o ministro teve apoio do clã Bolsonaro nessa contra ofensiva. Ele tem apoio público do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), o filho do presidente que mais interfere na política externa.
No ano passado, Ernesto se envolveu em polêmicas com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Em novembro, o chanceler defendeu Eduardo Bolsonaro, que havia associado o governo chinês à “espionagem” por meio da tecnologia 5G. O presidente Jair Bolsonaro elogiou o ministro pela iniciativa. O chanceler também já se referiu à covid-19 como “comunavírus”, o que incomodou os chineses.
A relação do chanceler com representantes do país asiático foi abalada ao ponto de Ernesto ficar fora de negociações para destravar a importação de vacinas para o Brasil, no início do ano. Na ocasião, a interlocução com os chineses ficou a cargo dos ministros Fábio Faria (Comunicações), Teresa Cristina (Agricultura) e Eduardo Pazuello (Saúde). Este último demitido na semana passada.
A estratégia vem após o presidente perder apoio inclusive nas redes sociais, um de seus trunfos nas eleições de 2018
Por Ingrid Soares
O presidente Jair Bolsonaro tem visto sua popularidade cair em meio à falta de planejamento para combater a pandemia da covid-19 e por causa da lentidão na imunização contra o vírus, que já provocou mais de 310 mil mortos. Mesmo assim, ele confia na recondução ao Planalto, em 2022, porque já conta com apoio de cerca de 30% do eleitorado, composto por radicais, evangélicos e antipetistas, conforme avaliam especialistas.
Uma prova do abalo na popularidade de Bolsonaro vem das redes sociais, espaço que, em grande parte, o ajudou a chegar à Presidência da República. O pronunciamento em cadeia nacional, realizado na última semana para tentar melhorar a imagem, não convenceu, e as menções positivas ao presidente caíram. Mas, com a extrema direita, ele segue em alta e, por isso, não perde a oportunidade de afagar esse grupo.
Mesmo agora, sob pressão do Senado, Bolsonaro admite afastar do cargo o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, um dos representantes mais radicais no governo, mas busca uma saída honrosa para ele, com o objetivo de não desagradar à ala ideológica de apoiadores. Martins foi flagrado fazendo um gesto interpretado como sendo de supremacistas brancos, durante sessão de debates no Senado em que acompanhou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. O próprio chanceler está na lista do Centrão para deixar o governo, mas o chefe do Planalto resiste em abrir mão dele, por ser um dos representantes da extrema direita no Executivo.
O analista político Creomar de Souza, da Consultoria Dharma, ressalta que há uma disputa, no governo, entre a ala reacionária, simbolizada por Martins e Araújo, e um grupamento mais conservador não radical. “Esse embate está muito claro hoje. Fato é que o presidente, até aqui, se apoiou muito em termos de diálogo com o eleitorado que tem mais simpatia com essa lógica radicalizada de discurso, e ele aposta nisso para chegar competitivo à eleição”, aponta.
No entanto, para Vera Chemim, especialista em direito constitucional e mestre em administração pública pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo, mesmo uma parcela dos radicais ficou abalada com a aliança entre Bolsonaro e Centrão. Ela lembra que, com a continuidade do auxílio emergencial, o chefe do Executivo espera reaver parte do eleitorado.
“Diante desse jogo enigmático, até os radicais de direita estão relativamente enfraquecidos e desmotivados com Bolsonaro, a partir do momento em que ele pegou uma carta da manga, há algum tempo, para apoiar o Centrão, tendo em vista a sua autoproteção em relação aos pedidos de impeachment que chegam à Câmara”, diz. “Bolsonaro moderou o seu comportamento, mas ainda enfrenta as consequências de seus atos e palavras totalmente fora de contexto, procurando fugir de situações constrangedoras que ele mesmo criou para si e se arvorando, desesperadamente, no suposto apoio dos presidentes das duas Casas Legislativas e na continuidade do auxílio emergencial, em decorrência da crise do coronavírus”, emenda. Ela faz referência a Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Arthur Lira (PP-AL), que chegaram ao comando do Senado e da Câmara, respectivamente, com o apoio do Planalto.
O cientista político Rodrigo Prando, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, reforça que o presidente, ao longo de dois anos, tem mantido cerca de 30% de apoio no país. “Analistas que trabalham com dados quantitativos dizem que os bolsonaristas mais radicais, que defendem intervenção militar, fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, não passam de 20%, e que os outros 10% têm muito do antipetismo, da aversão à esquerda, no geral, e a Lula, em particular. A grande questão é que essa base dele de apoio mais radical é muito resiliente e coesa”, salienta.
Ele destaca a reciprocidade entre os simpatizantes do governo e Bolsonaro, mas — enfatiza — o grupo não basta para garantir a reeleição. “Esses radicais apoiam o presidente, e ele dá afago positivo quando utiliza discurso de ruptura com valores democráticos, faz ataques à mídia e aos cientistas. Esse grupo sozinho é suficiente para ganhar a eleição? Não. A eleição de Bolsonaro tinha esse grupo lava-jatista, ‘morista’ (apoiadores do ex-juiz Sergio Moro), contingente dos que tinham aversão ao PT no pior momento”, completa.
Polarização
Prando explica, porém, que, num cenário com Lula candidato ao Planalto, a polarização será reforçada, e Bolsonaro terá condições de ir para o segundo turno. “A grande questão é quem vai ser a figura de centro. Será que teremos um nome ou uma liderança que consegue se afastar de Bolsonaro, de Lula e convencer o eleitorado de que é uma alternativa eleitoralmente e de poder político viável? Existe chance do Bolsonaro nem ir para o segundo turno? Em política, existe. Nos últimos dias, ele se sentiu acuado e moderou o tom”, afirma.
O analista ressalta que “Bolsonaro fez uma escolha e, agora, está vindo para a conta dele tudo o que disse e fez, além do resultado da pandemia”, que recrudesceu no Brasil. “Foi uma escolha deliberada dele de dobrar a aposta e negar-se a compreender a importância da situação. Ele tem no bolsonarista extremista um apoiador de primeira hora e sempre fez de tudo para mantê-lo”, frisa. “Na maioria das vezes, dá um passo atrás para, na sequência, pelo menos na retórica, dar dois passos à frente. Ele mantém sempre esse grupo de radicais eletrizado com as declarações.”
Investigação
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que a Polícia Legislativa vai apurar o gesto de Filipe Martins. “Imediatamente, determinei à Secretaria-Geral da Mesa que colhesse as imagens e as encaminhasse à Polícia Legislativa, para que, através de um procedimento próprio, investigue o fato, materialize a conduta através das provas a serem constituídas, identifique a autoria e avalie a tipicidade penal do fato”, afirmou, na quinta-feira. No dia seguinte, ele informou ao presidente Jair Bolsonaro sobre o início da investigação.
Dividido
O presidente Jair Bolsonaro passou a defender a vacinação em massa contra a covid-19 e tem usado máscara em eventos, mas não desiste de fazer apologia a tratamentos sem eficácia comprovada contra o vírus nem de criticar lockdown. Ele também insiste no embate com governadores e prefeitos que decretam medidas para conter a disseminação do vírus.
Avaliação do governo
Levantamento realizado pelo banco Modalmais e pela consultoria AP Exata apontou que cerca de 43,7% avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro como “ruim e péssimo”, com oscilação de 0,1 ponto porcentual para menos em relação à última semana.
O estudo leva em consideração as pesquisas de opinião e publicações em redes sociais. O porcentual de pessoas que vê a gestão como positiva é de cerca de 31,6%, apresentando uma queda de 0,3 p.p desde a última pesquisa. Já aqueles que consideram o governo regular chegam a 25,8%, com aumento de 1,5 p.p.
De acordo com o levantamento, se a tendência negativa na aprovação se mantiver nas próximas semanas, é possível que a marca fique abaixo dos 30%. As menções positivas não ultrapassaram os 30% por dois dias, apesar da recuperação de 6 p.p na média semanal.