Presidente da República confirmou que o Progressistas se tornou uma possibilidade de filiação
Por Bárbara Baião
A possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retornar ao Progressistas (PP) para disputar uma possível reeleição em 2022 provoca desconfianças em lideranças da sigla. Ouvidos de forma reservada pela CNN, parlamentares pontuam que o líder do Executivo tem demonstrado intenção de controlar as siglas com as quais tem negociado aderir.
A conduta de Bolsonaro já rachou o partido pelo qual ele se elegeu, o PSL, e o Patriota, ao qual tentou se filiar. No entanto, o PP é conhecido por desprezar dogmas e ter um grande alinhamento entre os seus integrantes, até na discrição.
De uma dezena de políticos ouvidos pela CNN, apenas um se dispôs a falar, o senador Esperidião Amin (PP-SC). Ele torce pela junção do presidente à sigla, apesar de considerar cedo para a relação evoluir.
"Ninguém se perde no caminho de volta para casa", diz, fazendo menção à filiação passada de Bolsonaro à legenda.
"Quanto ao momento de uma escolha de um partido, especialmente de um importante como o Progressistas, creio que isso deve ser bem medido e avaliado, em função das possíveis repercussões com outros partidos da base de apoio."
Aliados do PP
Além de estar alinhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), Bolsonaro confirmou que o presidente nacional do PP, o senador Ciro Nogueira (PI), será nomeado ministro-chefe da Casa Civil.
O presidente da República também admitiu nesta sexta-feira (23) que o Progressistas é uma possibilidade de filiação para uma provável disputa das eleições presidenciais de 2022. Porém, ele não chegou a confirmar que participará da corrida eleitoral.
"Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu. E se for disputar a presidência, [é preciso] ter o domínio do partido e está difícil, quase impossível. Então o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa", disse em entrevista à rádio 92.1 FM, do Mato Grosso do Sul.
Manifestantes também carregam faixam pedindo a aceleração da vacinação
Por Agência O Globo
Manifestantes no centro do Rio de Janeiro pedem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro
Manifestantes foram às ruas em pelo menos 10 capitais do Brasil para protestar contra o presidente Jair Bolsonaro . Entre as reivindicações, estão o impeachment do presidente, mais celeridade no plano de vacinação e aumento do valor do auxílio emergencial , que hoje varia entre R$150 a R$375.
Manifestantes em Goiânia
Frases como "Fora, Bolsonaro", ou gritos como “Vacina no braço” e “Comida no prato” fazem coro na manifestação que acontece em meio à mudanças no governo e acusações de corrupção na compra de vacinas.
Capitais com registro de ato:
Rio de Janeiro
Recife
Salvador
Belém
Curitiba
Palmas
Teresina
Goiânia
Campo Grande
Boa Vista
No Twitter, a #24JForaBolsonaro já soma 81 mil Tweets, sendo o 4º assunto mais falado do momento, atrás das Olimpíadas.
No Rio de Janeiro, a concentração do ato teve início por volta das 10h na Avenida Presidente Vargas, em frente ao monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares. De lá, eles seguiram em caminhada rumo à Praça da Candelária. Veja:
Segundo o jornal Estado de São Paulo, a ameaça do ministro da Defesa, general Braga Netto, contra a realização das eleições aumentou a aderência aos protestos. O ministro teria dito à congressistas que "sem voto impresso não haveriam eleições em 2022".
É possível notar faixas pedindo que o presidente da Câmara, Arthur Lira, analise os mais de 120 pedidos de impeachment de Bolsonaro.
Segundo o G1, a maioria dos manifestantes usam máscara como medida de proteção contra o coronavírus. No entanto, em alguns momentos, houve aglomeração.
Deputado rebateu fala da petista, que afirmou que “Brasil precisa se livrar de Bolsonaro”
Com Poder360
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) rebateu nesta 6ª feira (23.jul.2021) uma publicação no Twitter da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), sobre o encontro do congressista com a deputada alemã Beatrix von Storch. Segundo ele, a “abstinência de corrupção” faz petista ter “devaneios”.
Eduardo Bolsonaro trocou farpas no Twitter com senadora Gleisi Hoffmann© Wilson Dias/Agência Brasil Eduardo Bolsonaro trocou farpas no Twitter com senadora Gleisi Hoffmann
Na publicação, Gleisi chamou de “deplorável” o encontro, que também teve a presença da presidente da CCJ e deputada Bia Kicis (PSL-DF). Beatrix von Storch é uma das líderes do partido de extrema-direita AfD. Ela também afirmou que o “Brasil precisa se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo”.
“Encontro de deputados bolsonaristas com parlamentar alemã nazista é deplorável. Combinam em tudo, xenofobia, discurso de ódio e postura antidemocrática. Não podemos deixar esse tipo se política se consolidar por aqui. O Brasil precisa livrar-se de Bolsonaro e do bolsonarismo”, escreveu Gleisi mais cedo.
Ao rebater a petista, o filho do presidente Jair Bolsonaro relembrou a história de que beneficiados pelo escândalo da Odebrecht tinham apelidos para ninguém desconfiar para quem ia o dinheiro de contratos superfaturados. O nome da deputada federal apareceu em delações de ex-executivos da empresa. Gleisi chegou a se tornar réu em inquérito da Lava Jato, mas foi absolvida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em junho de 2018.
“É um prazer receber insultos de uma pessoa que tem o nome na lista de propina da Odebretch(Amante/Coxa). Se o PT não tivesse roubado tanto dinheiro e fechado tantas UTIs teríamos melhores condições de combater a pandemia. A abstinência de corrupção a faz ter devaneios”, disse Eduardo.
Após revés no Patriota, o presidente também tem mantido conversas com o PSC, PTB e Pros, além do PL. Mas a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil aumenta a chance de acerto com o PP
Por Ingrid Soares
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta sexta-feira (23/7), que sua filiação ao Progressistas é uma "possibilidade". A declaração foi feita em entrevista à rádio Grande FM. O mandatário destacou, ainda, que gostaria de ir para um partido sobre o qual tivesse domínio, mas disse que isso "está difícil".
"Tentei e estou tentando um partido que eu possa chamar de meu e possa, realmente, se for disputar a Presidência, ter o domínio do partido. Está difícil, quase impossível. Então, o PP passa a ser uma possibilidade de filiação nossa", relatou.
Porém, o presidente afirmou que ainda não tem nenhum partido certo para ingressar. "Infelizmente, ainda não tenho. Gostaria de tê-lo, mas por enquanto não apareceu nenhum partido. A busca de um partido é algo bastante normal."
Bolsonaro já afirmou que, na próxima semana, fará uma "pequena reforma ministerial", na qual está prevista a ida do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil. O general Luiz Eduardo Ramos, que atualmente comanda a pasta, irá para a Secretaria-Geral, e Onyx Lorenzoni deixará esse cargo para ocupar o novo Ministério do Emprego e Previdência, a ser criado.
O presidente também minimizou, ontem, a aliança com o Centrão, sacramentada com a indicação do senador Ciro Nogueira para a Casa Civil. O mandatário defendeu que a nomenclatura "Centrão" é um nome pejorativo, e admitiu fazer parte do bloco.
Ciro Nogueira é um dos expoentes da ala do Centrão e, atualmente, preside o Progressistas (PP). A ida dele para a Casa Civil vai preparar o caminho para a filiação de Bolsonaro, atualmente sem partido. Além disso, aliados acreditam que Nogueira pode ajudar na interlocução de Bolsonaro com o Centrão em um momento de fragilidade da relação do governo com o Congresso.
Ao jornal O Globo, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) afirmou que a proximidade que o presidente e Ciro passarão a ter diariamente facilitará a migração para a legenda. Bolsonaro também já foi filiado ao partido por 16 anos. No entanto, o filho "01" do chefe do Executivo lembrou à publicação que o PP mantém alianças com o PT em estados do nordeste.
"O PP é um grande partido que sempre nos acolheu muito bem. Mas o convite ao Ciro não tem a ver com a possível ida para o PP. Ocorreu porque Ciro é um excepcional nome, que transita muito bem no Congresso. Tem a nossa confiança. O próprio Ciro já tinha falado, antes do convite para a Casa Civil, que estava aberto para conversar sobre a ida do Bolsonaro para o PP. Pela proximidade, já que passará a estar mais próximo na rotina do dia a dia, o PP tende a estar em conversas mais próximas para a filiação do presidente Bolsonaro do que os outros partidos com os quais há conversa", observou.
No último dia 20, o presidente afastado do Patriota, Adilson Barroso, afirmou ao Correio que o presidente Jair Bolsonaro não mais se filiará ao Patriota por conta da mudança no comando da sigla. O chefe do Executivo tem mantido conversas com os partidos PSC, PTB e Pros, além do PP e do PL.
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) relatou nesta quinta-feira (22) ter sofrido um incidente na madrugada de domingo (18) em seu apartamento funcional em Brasília. Segundo a parlamentar, exames constataram cinco fraturas no rosto, uma na coluna e diversos traumas pelo corpo
Com Estadão
Em nota, a assessoria de imprensa da parlamentar afirma que Joice acordou "já caída no chão do corredor, entre o quarto e o banheiro, com o rosto em uma poça de sangue, sem saber exatamente o que aconteceu."
Os exames, de acordo com o comunicado, constataram traumas no joelho, na costela, no ombro e na nuca, além de cinco fraturas no rosto e uma na coluna. "Os médicos descartaram a possibilidade de uma queda acidental", continua a nota. "A parlamentar está medicada, amparada e se restabelecendo rapidamente. A expectativa, no momento, é que não seja necessária cirurgia por conta das fraturas."
Segundo a assessoria, o Departamento de Polícia Legislativa foi acionado e investiga o caso. Procurado pela reportagem, o Depol não respondeu.
Questionada sobre o episódio, Joice afirma que "infelizmente, tudo indica" que tenha sido um atentado, conforme relatou mais cedo ao jornal O Globo e ao SBT News. "Não vou acusar meus detratores e quem já me ameaçou de morte. Mas é impossível tantas fraturas com uma simples queda", afirmou à reportagem.
Ao jornal O Globo, a deputada disse que sua última lembrança da noite de sábado era de estar assistindo a uma série. Quando acordou, afirmou Joice à publicação, estava envolta por uma poça de sangue no chão do closet, com os hematomas e fraturas, além de um dente quebrado e queixo cortado.
Quando acordou, segundo o relato ao jornal, disse ter ligado ao marido, que a socorreu. A parlamentar diz ter feito exames na terça-feira (20) no hospital Sírio-Libanês, em Brasília, que constatou as lesões. Joice disse ter relatado o caso ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que colocou o Depol à disposição.