Aos gritos de “fora PT” terminou a reunião em que o PMDB Nacional decidiu, por aclamação, o rompimento total e o desembarque do governo Dilma Rousseff, do PT.
Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira
Foi um movimento esperado, mas não foi um movimento digno da forma com que foi articulado. Enquanto os que irão levar vantagens com o novo posicionamento do partido, fora do governo do PT, boa parte dos presentes fez papel de palhaço, ficando à mercê de uma sociedade, hoje, altamente politizada, que sabe muito bem o que aconteceu.
Primeiro porque o PMDB participou de todos os governos do PT e esteve, do primeiro ao último escalão, presente ou ciente de todos os malfeitos do governo que agora repudia.
Não discutimos, aqui, a legitimidade do processo de impeachment que corre contra a presidente na Câmara Federal. Discutimos o quanto essa saída do PMDB do governo vai contribuir para que a hemorragia política, econômica e institucional que o Brasil enfrenta, continue.
O País sofre com a corrupção desenfreada e com o desvio de verbas públicas que atingem diretamente a vida do cidadão. Empresários estão quebrando com os maiores juros da história, que geram uma inadimplência igualmente recorde e, enquanto isso, quem quer tirar Dilma do poder? Eduardo Cunha, valorosíssimo presidente da Câmara federal e suas contas não declaradas na Suíça? Renan Calheiros, a fênix da presidência do Senado, que já foi defenestrado e que voltou, com mais e mais acusações contra ele? Políticos mil que figuram nas listas do Odebrecht?
Caso Dilma caia, via impeachment, assume Michel temer, seu vice que, caso viaje – ou caia também – deixa a vaga para Eduardo Cunha, que, neste momento, encontra-se em Portugal, dançando fados na cara da sociedade brasileira e que, diga-se de passagem, terá de quatro a cinco ministérios em um possível governo de Michel Temer.
Se Dilma for afastada do governo por causa das pedaladas fiscais, vale ressaltar que vários e vários governadores e prefeitos teriam que seguir o mesmo caminho, pois “beberam da mesma água”.
REAÇÃO DO PT?
Essa debandada do PMDB da base de apoio ao governo do PT pode serra chance do partido da estrela se reinventar, de fazer uma limpa em suas hostes e tentar fugir da pecha de “partido corrupto”. Claro que temos que saber quantos petistas se salvariam, pois o engendramento dos processos de corrupção no partido envolve desde peixes pequenos até grandes tubarões.
O certo é que, por enquanto, não há nada comprovado contra Dilma Rousseff. Por enquanto, seu único pecado e ter sido extremamente fiel ao seu criador, Luís Inácio Lula da Silva.
Esse mesmo PMDB que tanto fala, agora, contra Dilma, jamais poderá vestir a fantasia de grande benfeitor, pois a simples debandada da base aliada, não o redime dos anos que passou usufruindo das benesses do poder.
Politicamente, a forma com que o PMDB encontrou para se descolar das acusações contra o governo de Dilma Rousseff é vergonhosa, pois é tão responsável quanto o PT pela situação em que o Brasil se encontra.
Aos olhos dos principais analistas políticos, essa saída do PMDB da base aliada é tão oportunista que chega a ofuscar as tratativas do impeachment.
KÁTIA DÁ EXEMPLO
Surpreendentemente, quem sai fortalecida de toda essa situação é a senadora e ministra Kátia Abreu, que manteve sua palavra, seu posicionamento e comprovou seu caráter de extrema lealdade ao optar por permanecer ao lado da presidente Dilma Rousseff, mesmo sob o risco de ser expulsa do PMDB, assim como deve acontecer com todos os demais membros do partido que não deixarem seus cargos no governo federal.
Seu mandato pertence à ela e a mais ninguém. Ela pode escolher qual partido deseja fazer parte em caso de expulsão. Sua ação, seja como senadora, seja como ministra, sempre foi em benefício do povo tocantinense e, ao fazer a escolha de permanecer ao lado de sua amiga pessoal e responsável por sua indicação à ministra, ela apenas comprova o principal traço de sua personalidade, que é a fidelidade canina e uma lealdade de fazer inveja.
O PMDB deixa a base aliada ao governo Dilma. Essa já era uma situação previsível. O que não se pode prever é quais são as intenções reais do PMDB ao tomar essa atitude, como o partido vai equilibrar a presença de alguns de seus principais quadros em planilhas e denúncias de corrupção, como ficará a sua situação caso Michel Temer caia, via TSE, caso Eduardo Cunha seja cassado, caso Renan Calheiros afunde novamente no lodaçal da corrupção e, finalmente, como o partido vai fazer para justificar à sociedade uma nova aliança com quem quer que seja, de qual partido for, que assuma a presidência do País.
Aguardem as cenas dos próximos capítulos....
Por Tânia Caldas
O Parque Estadual do Cantão é uma unidade de conservação de proteção integral que faz parte do Sistema Estadual de Unidades de Conservação do governo do estado do Tocantins. No Estado órgão responsável pela gestão do Parque é o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Com mais de 90 mil hectares, o Parque Estadual do Cantão foi criado em 1998. A unidade de conservação fica em Caseara, a 260 km de Palmas e está inserida em uma área de transição entre os biomas Cerrado e Floresta Amazônica, além de conter elementos representativos do pantanal
Segundo registros informados pelo Instituto Araguaia, foram identificadas 55 espécies de mamíferos, 453 de aves, 301 de peixes, e 63 espécies de répteis. Animais como ariranhas, onças e harpias são vistos na UC, tornando o parque uma área de grande relevância para sua preservação.
Passeios
As trilhas de ecoturismo do Parque Cantão para visitas serão o circuito Cega-Machado, composto por um grupo de trilhas com 7.500 metros ao redor dos lagos da Benta, das Três Pernas, do Cega-Machado e da Cabana. Esse circuito pode ser dividido em dois trechos: a trilha ao redor do Lago da Benta (A) com 3.500 metros; e a trilha ao redor dos lagos Três Pernas, Cega-Machado e Cabana (B), com 4.000 metros.
O Parque do Cantão tem entrada gratuita e deve ter a visitação agendada pelos turistas.
Ato improvisado foi marcado por fogos de artifício, vaias, queima de bandeiras do PT
Aproximadamente 8 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, protestaram na Praça dos Três Poderes contra a presidente Dilma Rousseff, na noite desta quinta-feira (17/3). As duas vias da Esplanada dos Ministérios foram bloqueadas e o gramado em frente da Esplanada dos Ministérios ficou ocupado durante cinco horas. No final do ato, manifestantes projetaram a palavra "Fora" na faixada do prédio do Congresso Nacional.
O ato improvisado foi marcado por fogos de artifício, vaias, queima de bandeiras do Partido dos Trabalhadores e peregrinação com velas e caixões estampados com a estrela do PT. Em diversos momentos os manifestantes cantaram palavras de ordem e gritaram "renuncia".
Por precaução, a polícia isolou toda a periferia do Palácio do Itamaraty, que já sofreu com depredações em outras manifestações. A Força Nacional ficou a cargo de proteger o prédio do Ministério da Justiça, mas mesmo com policiamento ostensivo manifestantes entraram no espelho d'água, que fica na frente do prédio. Policias dispersaram os manifestantes com tiros de bala de borracha na água.
O momento mais tenso ocorreu na frente do Palácio do Planalto, quando manifestantes enfrentaram um pequeno grupo pró-PT. A briga foi dispersada rapidamente com a intervenção de policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo. Um militante petista foi hostilizado e detido sob acusações de de ser "baderneiro e infiltrado". Apesar do tumulto, as pessoas que participaram do protesto aplaudiram a atuação dos policiais que fizeram a segurança do ato.
Com informações de Bernardo Bittar
Encarado pelo Palácio do Planalto como liado central do governo no Congresso, o presidente do Senado, Renan Calheiros, assumiu pela primeira vez que participa de articulação política para buscar uma saída constitucional para interromper o mandato de Dilma Rousseff.
Renan fez isso num jantar com o Aécio Neves e outros seis senadores do PSDB. O evento aconteceu na casa do tucano Tasso Jereissati e terminou no início da madrugada desta quinta-feira (10). Segundo o UOL, Renan esteve com Lula pela manhã. À tarde, conversou com Dilma. À noite, foi recepcionado na casa de Tasso com ironias sobre sua disposição para o diálogo. O senador, entrando no clima respondeu: "Pois é, estive com o Lula e a Dilma. No final, estou aqui, onde me sinto mais em casa." Ele estava acompanhado de outros dois caciques do PMDB no Senado: o líder da bancada Eunício Oliveira e Romero Jucá. Além de Aécio e do anfitrião Tasso, participaram do encontro o líder Cássio Cunha Lima, José Serra, Aloysio Nunes Ferreira, Antonio Anastasia e Ricardo Ferraço, pelo PSDB. Os tucanos afirmaram a Renan que não enxergam saídas para a crise com a permanência de Dilma na Presidência. Mencionaram uma obviedade: sem o PMDB, o pedido de impeachment não tem chance de prosperar. E perguntaram francamente ao presidente do Senado se ele cogita manter o apoio a Dilma. Mesmo que entre os presentes houvesse uma aparente maioria favorável ao impeachment como fórmula menos traumática para afastar Dilma, a reunião não foi conclusiva sobre o caminho a ser seguido e nem era essa a pretensão do tucanato ao organizar o jantar. O alagoano Renan revelou durante o jantar um dado que diz ter retirado de pesquisa de opinião que mandou fazer na capital de Alagoas, Maceió. Dilma aparece na sondagem com uma taxa de 61% de péssimo. "Não é ruim e péssimo, é apenas péssimo", Renan enfatizou.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, repudiou nesta quarta-feira, 16, as declarações do ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner a seu respeito.
Em conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, gravada por escuta telefônica da Operação Lava Jato, o então ministro chama Lamachia de "o filha da puta da OAB". "Os termos usados nesse áudio não se coadunam com a linguagem que altas autoridades da República deveriam ter ao se referir a uma instituição que, há 85 anos, presta importantes serviços à nação e à sociedade brasileira e, hoje, representa quase um milhão de advogados. É inaceitável essa terminologia", disse. Lamachia também defendeu que a divulgação dos áudios contribui para que as pessoas possam formar uma opinião mais consistente sobre a atual crise política. "A sociedade tem, agora, acesso a informações sobre a alta cúpula da República. Cabe às autoridades avaliarem o conteúdo desses áudios para saberem o que eles significam", afirmou.