Segundo dados do instituto, população desocupada média em 2024 foi de 7,4 milhões de pessoas
Por Vinícius Nunes
A taxa média de desemprego no Brasil caiu para 6,6% em 2024, alcançando o menor patamar da história. É o que mostram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (31).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o Brasil tem 7,4 milhões de pessoas desocupadas, com uma queda de 13,2% em relação a 2023, quando foram registrados 8,5 milhões de desocupados.
Ou seja, em 2024, haviam mais de 103,3 milhões de pessoas com emprego no Brasil – uma alta de 2,6% em relação ao ano anterior. É o maior nível de ocupação da história.
No trimestre encerrado em dezembro, a taxa média de desocupação chegou a 6,2%. Conforme o IBGE, pessoas "desocupadas" são aquelas que não trabalham, mas estão ativamente atrás de uma oportunidade.
Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o terceiro mandato, a taxa média de desemprego era de 7,8%, sendo o menor patamar desde 2014.
Confira os dados da evolução da taxa média do desemprego:
+ 2012 - 7,4%;
+ 2013 - 7,3%;
+ 2014 - 7%;
+ 2015 - 8,9%;
+ 2016 - 11,7%;
+ 2017 - 12,6%;
+ 2018 - 12,2%;
+ 2019 - 11,8%;
+ 2020 - 13,8%;
+ 2021 - 14%;
+ 2022 - 9,6%;
+ 2023 - 7,8%;
+ 2024 - 6,6%.
Subutilização
Há 17,8 milhões de pessoas subutilizadas, que são pessoas que estão desempregadas, trabalham menos do que poderiam ou não procuraram emprego mesmo que estejam disponíveis.
Parlamentar direcionou milhões de reais em emendas para diversos municípios tocantinenses, principalmente Araguaína, Paraíso e Lavandeira
Da Redação
O Senador Irajá Abreu (PSD) está sendo investigado pela Polícia Federal por desvio de emendas parlamentares. O inquérito foi remetido ao Supremo Tribunal Federal e está sob relatoria do Ministro Flávio Dino.
Irajá, que é Senador desde 2019, destinou milhões de reais em emendas suspeitas, principalmente para a cidade de Araguaína, na região Norte do estado, Paraíso do Tocantins na região central e pequenos municípios na região sudeste do Tocantins, como Combinado e Lavandeira, na divisa com Goiás.
O processo contra o senador foi protocolado no Supremo no último dia 23 de janeiro. Em nota o senador nega irregularidades e afirma que ainda não teve acesso ao inquérito, que segue em segredo de justiça.
Desde 17 de janeiro o dólar não fecha um dia em alta. Em janeiro a divisa acumula queda de 5,27%
Com site Terra
Num dia de ganhos para os ativos brasileiros, a bolsa de valores subiu quase 3% e atingiu o maior nível desde dezembro. O dólar teve a nona queda seguida e atingiu o menor valor em mais de dois meses.
O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta quinta-feira (30) aos 126.913 pontos, com alta de 2,82%. O indicador foi impulsionado por ações ligadas ao consumo. Isso porque o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) não deu pistas sobre o que o Banco Central (BC) fará com a Taxa Selic (juros básicos da economia) depois da reunião de março.
O Ibovespa está no maior nível desde 11 de dezembro. A possibilidade de que o BC suba os juros menos que o esperado animou a bolsa de valores. Taxas mais baixas estimulam a migração de investimentos em renda fixa para o mercado de ações.
No mercado de câmbio, o dia também foi marcado pelo alívio. O dólar comercial fechou vendido a R$ 5,852, com queda de R$ 0,014 (-0,24%). A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,93 por volta das 9h15, mas inverteu o movimento e recuou. Em janeiro, a moeda norte-americana cai 5,27%.
Diferentemente dos últimos dias, em que as notícias do governo Donald Trump influenciavam o mercado financeiro, o cenário internacional não pesou tanto. O novo presidente norte-americano reafirmou a intenção de impor uma tarifa de 25% sobre as importações do México e do Canadá, mas a ameaça não repercutiu no mercado brasileiro.
Além da possibilidade de que o Banco Central diminua o ritmo de aumento da Selic, a divulgação de que o déficit primário em 2024 ficou em R$ 43 bilhões, resultado melhor que a previsão de rombo de R$ 55,4 bilhões, segundo a pesquisa Prisma Fiscal, feita pelo Ministério da Fazenda.
Reajute de 6,27% vale para docentes que trabalham 40 horas semanais em creches, pré-escola, ensino fundamental e médio em todo o País
Com Agência Brasil
O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), anunciou na noite desta quinta-feira, 30, um reajuste de 6,27% no piso salarial dos professores da educação básica em todo o Brasil. O piso, válido para jornadas de 40 horas semanais, passou de R$ 4.580 para R$ 4.867,77.
O reajuste é retroativo a 1º de janeiro, como prevê a Lei do Magistério, de 2008. A cada início de ano, o Ministério da Educação (MEC) define e anuncia qual é o reajuste e o valor do piso para aquele ano. A educação básica é aquela que engloba a creche, a pré-escola e os ensinos fundamental e médio.
Em resposta ao anúncio do ministro na rede X (antigo Twitter), a maioria das respostas publicadas por internautas eram reclamações de que muitos Estados e municípios não respeitam essa remuneração mínima.
"A gente quer é uma alteração na lei do piso para que os Estados e municípios que não paguem o piso sofram punição", escreveu um internauta. "De que adianta aumentar a nível federal se Estados e municípios não cumprem o piso salarial?", questionou outro.
Por outro lado, gestores dos governos locais, sobretudo prefeituras, reclamam que a Lei do Piso pressiona o orçamento das pequenas cidades.
Deputada pode recorrer e segue no cargo por enquanto
Por Gabriela Coelho
Por cinco votos a dois, em sessão realizada nesta quinta-feira (30), o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) concluiu o julgamento de uma ação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e cassou seu diploma. A decisão deixou a parlamentar inelegível por oito anos a partir das eleições de 2022. Zambelli pode recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O tribunal reconheceu o uso indevido dos meios de comunicação e a prática de abuso de poder político. A ação foi apresentada pela também deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL). A alegação era de que Zambelli divulgou informações falsas sobre o processo eleitoral de 2022.
O julgamento começou no ano passado, em dezembro, quando já havia formado maioria pela cassação. Na época, o julgamento foi suspenso após um pedido de vista da juíza Maria Cláudia Bedotti.
O relator do caso, desembargador José Antonio Encinas Manfré, afirmou em seu voto que as ações da deputada influenciaram a livre vontade do eleitor e que ela praticou abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Manfré foi seguido pela maioria.
Conforme o relator, a parlamentar fez publicações para provocar o descrédito do sistema eleitoral e a disseminação de fatos inverídicos. O magistrado citou algumas publicações feitas nas redes da parlamentar em 2022, com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao sistema eleitoral brasileiro.
“As veiculações não foram meras transposição de notícias, mas configuraram abuso da liberdade de expressão e ato de evidente má-fé. Não é demasiado se reconhecer que as condutas da representada alcançaram repercussão e gravidade aptas a influenciar na vontade livre e consciente do eleitor e em prejuízo da isonomia da disputa eleitoral. Portanto, realidades justificadoras da cassação do diploma de deputada federal e da declaração de inelegibilidade, sanções a ela impostas”, disse.
Ao apresentar o voto nesta quinta-feira, a juíza Maria Claudia Bedotti entendeu não caracterizados o abuso de poder político e o uso indevido dos meios de comunicação social e votou para rejeitar a ação. Segundo ela, “no que toca ao abuso de poder, não há provas de que os vídeos publicados pela deputada e mencionados no processo foram suficientes para comprometer a lisura das eleições e a igualdade entre os candidatos”.
Sobre o uso indevido dos meios de comunicação, ela argumentou que não ficou provado a gravidade da conduta. “Já em relação ao uso indevido dos meios de comunicação social, há entendimento do Tribunal Superior Eleitoral no sentido de que é essencial que se analise o número de programas veiculados, o período da veiculação, o teor deles e outras circunstâncias relevantes que evidencie a gravidade da conduta”, disse. Bedotti foi seguida pelo juiz Régis de Castilho.