Da Assessoria
A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, que manteve o governador Wanderlei Barbosa no exercício do cargo, traz um necessário sopro de ordem ao cenário político do Tocantins. A estabilidade das instituições é o alicerce que permite ao estado manter seu ritmo de trabalho, sem soluços que afetem quem mais precisa de políticas públicas funcionando: a população.
Preservar a normalidade administrativa é essencial para avançarmos em projetos estruturantes, fortalecer serviços públicos e garantir segurança jurídica. Essa decisão resguarda a continuidade governamental e contribui para esse ambiente de confiança.
Senadora Professora Dorinha Seabra
Placar foi de 227 votos a favor e 170 contrários; eram necessários 257 votos favoráveis para perda do mandato
Por Gabriela Vieira
A Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira (10) a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O placar foi de 227 votos a favor e 170 contrários à perda do mandato, além de 10 abstenções. Eram necessários 257 votos favoráveis para cassação.
Mais cedo, a Comissão de Constituição Justiça (CCJ) da Casa se manifestou pela cassação ao rejeitar o relatório do deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), que apresentou voto pela preservação do mandato da parlamentar. Na ocasião, o colegiado foi contra o texto por 32 votos a 27.
Diego Garcia afirmava que Zambelli era vítima de "perseguição política" e negou participação da parlamentar nos ataques ao Conselho Nacional da Justiça (CNJ).
Acrescentou, ainda, que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia baseado a condenação em um "testemunho dúbio e alguns arquivos recebidos por e-mail".
Com a decisão, houve a aprovação de um novo relatório, de Cláudio Cajado (PP-BA), que votou pela perda do mandato, alegando que Zambelli está "impedida fisicamente" de comparecer ao plenário.
Ele também defendeu que não houve perseguição política, como declarou Garcia.
Entenda o caso
Zambelli foi condenada duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal.
A primeira foi pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do CNJ, com a participação do hacker Walter Delgatti, que resultou em uma sentença de 10 anos de prisão em regime fechado.
A segunda foi por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, quando a deputada ameaçou um homem na véspera do segundo turno das eleições em 2022. Nesse caso, o STF fixou pena de 5 anos e 3 meses, em regime inicial semiaberto.
Nas condenações, o STF também determinou a perda de seu mandato. No entanto, Zambelli fugiu do país e se refugiu na Itália, onde está presa até o momento.
Diante do pouco tempo para análise no Senado, o presidente da Casa apresentou uma saída a parlamentares
Por Rute Moraes
Em virtude da proximidade do início do recesso parlamentar, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), apresentou uma solução aos colegas para que a Casa possa votar o projeto alternativo à anistia ainda este ano.
Há pouco, ele anunciou que o Senado votará o parecer do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) assim que a Câmara analisar o projeto. O texto consta na pauta de hoje da Câmara.
A fala de Alcolumbre despertou fortes críticas do presidente da CCJ do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), que ressaltou que o projeto precisa passar pela análise da comissão.
Alcolumbre então sugeriu despachar o projeto à CCJ ainda hoje, assim que a Câmara votasse o texto. Dessa forma, na quarta-feira, a comissão poderia designar um relator, que apresentaria um parecer no mesmo dia.
Assim, haveria tempo de dar um prazo para um pedido de vista e a comissão poderia votar já na próxima semana o projeto. Nesse caso, o plenário do Senado votaria o texto no mesmo dia e a proposta seguiria para a sanção do presidente Lula (PT).
Otto, contudo, ponderou que os trabalhos no Senado na próxima semana serão remotos. A oposição apela para um esforço concentrado nos trabalhos.
Da Assessoria
O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos, participou da inauguração da primeira etapa da Avenida Governador José Wilson Siqueira Campos, em Araguaína, e destacou a emoção de ver o nome do pai eternizado em uma das maiores obras de infraestrutura urbana do Tocantins.
“Nenhum outro lugar deste estado fez uma homenagem tão linda ao meu pai como Araguaína. Eu cheguei imaginando algo grande, mas encontrei algo extraordinário. Estou profundamente lisonjeado de viver esse momento”, afirmou Eduardo.
O prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues, também destacou o impacto da obra para a cidade. “Estamos entregando um sonho antigo da população. Foi uma obra complexa, que exigiu muito esforço da nossa equipe, mas que agora se transforma em mais mobilidade, segurança e desenvolvimento para Araguaína”, disse.
A primeira etapa da avenida tem cerca de 3 quilômetros de extensão, com aproximadamente 6 quilômetros de vias, considerando as duas pistas. O trecho liga a Via Norte (Jardim Goiás) à Avenida Castelo Branco, cruzando os setores Noroeste, Vila Rosário e Setor Couto Magalhães.
A obra inclui canalização do Córrego Neblina, mais de 2.300 metros de macrodrenagem, calçadas acessíveis, ciclofaixa e arborização. Também foram construídas 11 novas travessias no lugar de antigas pontes, além de quatro novos pontos de ligação viária com os bairros.
O investimento nesta etapa foi de R$ 87 milhões e gerou mais de 750 empregos diretos e indiretos.
A segunda etapa da obra já está em andamento. Ela vai ligar a Avenida Castelo Branco aos setores Universitário, Vila Santiago, Bela Vista e Vila Norte, com previsão de entrega para o primeiro semestre de 2026.
Governador de São Paulo ressaltou sua lealdade ao filho 01 de Bolsonaro e afirmou que esta era uma questão 'inegociável' para ele
Por Sofia Pilagallo
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se manifestou pela primeira vez, nesta segunda-feira (8), sobre a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) anunciou, na semana passada, ter sido o escolhido do pai para disputar o Planalto em 2026.
Em entrevista coletiva em Diadema (SP), após evento realizado em celebração do aniversário da cidade, Tarcísio ressaltou sua lealdade a Bolsonaro e disse que esta era uma questão "inegociável" para ele. O ex-presidente foi o principal cabo eleitoral do governador, que derrotou Fernando Haddad (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
"Flávio vai contar com a gente. Flávio tem uma grande responsabilidade a partir de agora. Ele se junta a outros grandes nomes da oposição que já colocaram seus nomes à disposição", afirmou Tarcísio, que, em setembro, descartou disputar a presidência para concorrer à reeleição.
"A gente tem Romeu Zema [governador de Minas Gerais, do Novo], Ratinho Júnior [governador do Paraná, do PSD], todos extremamente qualificados. A responsabilidade que recai sobre os ombros dele [de Flávio] agora é discutir o futuro do Brasil", acrescentou.
Também nesta segunda-feira, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), se manifestou sobre a pré-candidatura de Flávio. Ele questionou a viabilidade da pré-candidatura do senador, sugerindo que ele pode não ser o melhor nome para unificar o centro e a direita e derrotar a esquerda em 2026.
A declaração foi dada em coletiva de imprensa em Curitiba (PR), onde Nogueira se reuniu com pré-candidatos da federação que une o PP e o União Brasil. Era esperado que o senador viajasse à noite para Brasília para se reunir com Flávio, com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e com lideranças do centrão.
No domingo, Flávio admitiu que há a possibilidade de "não ir até o fim" com sua pré-candidatura, mas que a desistência teria um "preço". Perguntado objetivamente por jornalistas se a anistia era o preço de sua candidatura, sugeriu que sim, mas ressaltou que não era "só isso".
Segundo apurou a jornalista Amanda Klein, âncora e colunista do SBT News, o preço exigido por Flávio para abrir mão de sua candidatura dificilmente será pago pelo centrão. A pauta da anistia continua "sem clima" para avançar na Câmara dos Deputados, mesmo após ter sido colocada claramente como moeda de troca nas negociações.