Fala foi registrada em evento no Rio de Janeiro, ao lado de Hugo Motta

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Congresso Nacional nesta quarta-feira (15), durante cerimônia de comemoração do Dia do Professor, no Rio de Janeiro.

 

Ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula disse que o parlamento vive um momento de “baixo nível” por causa dos políticos de direita e afirmou que a atual legislatura representa “o pior Congresso da história”.

“O Hugo [Motta] é presidente desse Congresso. Ele sabe que esse Congresso nunca teve a qualidade de baixo nível como tem agora. Aquela extrema-direita que se elegeu na eleição passada é o que existe de pior. A gente não pode ter um presidente que nega que existiu a Covid, que nega a vacina”, comentou.

 

Segundo Lula, soberania significa qualidade de vida para a população.

“Só vocês podem consertar esse país e quero que vocês saibam que eu estou nessa. Eu vou tentar lutar até o fim da minha vida, porque eu quero que meu neto, o neto de vocês, o bisneto de vocês tenham aquilo que eles têm direito. Quem é pai, quem é mãe, sabe que a gente não deseja riqueza para o filho. A gente sonha que o filho da gente tenha uma boa educação, uma boa formação profissional, para ele viver independente a vida inteira“, afirmou Lula.

 

Antes, Motta foi vaiado, e o público gritou “sem anistia” durante a sua fala.

Oposição reage

Após as declarações do presidente, o líder da oposição na Câmara, Zucco (PL-RS), repudiou a fala do petista e a classificou como irresponsável e antidemocrática, além de revelar o “autoritarismo de um governo que não tolera oposição”.

 

“É inconcebível que o presidente da República, em pleno exercício do cargo, ataque o Congresso Nacional e desrespeite a representação popular, chamando este de ‘o pior Congresso da história’”, afirmou Zucco.

Segundo o deputado, se há algo de “pior” no Brasil hoje, é a gestão petista, citando as fraudes nos benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o aumento de impostos. Zucco reforçou ainda que a fala de Lula viola o espírito republicano e a democracia.

 

“Pior é um governo que persegue opositores, nomeia amigos como ministros do Supremo Tribunal Federal para blindar seus próprios interesses e desrespeita as instituições da República”, completou.

 

 

Posted On Quinta, 16 Outubro 2025 06:32 Escrito por

 

Por Edson Rodrigues

 

 

 

Com a aproximação das eleições de 2026, o Tocantins se prepara para uma das disputas mais acirradas de sua história política: a corrida pelas duas vagas ao Senado Federal. Nomes como Eduardo Gomes, Irajá Abreu, Vicentinho Júnior e Carlos Gaguim já se movimentam nos bastidores, articulando alianças e consolidando suas bases eleitorais.

 

EDUARDO GOMES: FAVORITISMO CONSOLIDADO

 

 

Atual vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL) é apontado como o nome mais forte na disputa. Com ampla capilaridade política, lidera as pesquisas de intenção de voto e é reconhecido por sua atuação na liberação de emendas impositivas, implantação da Codevasf no estado e investimentos em infraestrutura, saúde e pavimentação. Gomes mantém uma postura conciliadora e evita confrontos políticos, o que lhe garante apoio transversal entre prefeitos e lideranças regionais.

 

IRAJÁ ABREU: RECONSTRUÇÃO E ARTICULAÇÃO

 

 

Irajá Abreu (PSD), filho da ex-senadora Kátia Abreu, ressurge com força após um período de baixa visibilidade. Com apoio da mãe — figura influente em Brasília e próxima ao presidente Lula — Irajá tem se destacado pela distribuição de recursos aos municípios e pela construção de um palanque alinhado ao governo federal. Sua reeleição é considerada viável, especialmente com o apoio de Laurez Moreira, governador em exercício, e da base petista.

 

 VICENTINHO JÚNIOR: ENTRE O BOLSONARISMO E O PRAGMATISMO

 

 

Vicentinho Júnior (PP) enfrenta um dilema político. Embora tenha serviços prestados e presença consolidada no interior, sua autonomia partidária foi comprometida após a incorporação do PP à federação com o União Brasil — que traz a senadora Dorinha Seabra apoiando, declaradamente, Eduardo Gomes à reeleição e  o deputado federal Carlos Gaguim em sua eterna busca à Casa Alta.

 

Para viabilizar sua candidatura ao Senado, Vicentinho depende muito mais da janela partidária de abril, quando poderá mudar de legenda sem perder o mandato, do que de qualquer trabalho de convencimento improvável dentro da federação à qual, no momento, pertence.

 

O desafio maior, no entanto, é sua identidade política: historicamente ligado ao bolsonarismo, Vicentinho Jr. foi o único parlamentar tocantinense a defender publicamente Jair Bolsonaro. Agora, aproxima-se de Laurez, Irajá e Kátia Abreu — todos alinhados ao presidente Lula. Essa mudança de palanque pode gerar ruído entre seus eleitores conservadores, exigindo uma explicação clara sobre sua posição ideológica e partidária.

 

CARLOS GAGUIM: SEM COMENTÁRIOS

 

 

Apesar de estar no jogo, Carlos Gaguim (União Brasil),  Observatório Político do Paralelo 13 se abstém de traçar comentários sobre este parlamentar errante do Tocantins.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Se as eleições fossem hoje, Eduardo Gomes seria reeleito com folga. A segunda vaga, no entanto, permanece em aberto, com Irajá Abreu e Vicentinho Júnior disputando voto a voto. O fator decisivo será a clareza de posicionamento político — especialmente para Vicentinho Jr., que precisa definir se continuará representando o eleitorado bolsonarista ou se integrará o palanque lulista.

 

Em um estado onde o eleitorado é dividido entre conservadores e progressistas, a coerência ideológica e a capacidade de articulação partidária serão determinantes para conquistar uma das cadeiras no Senado.

 

 

 

Posted On Quarta, 15 Outubro 2025 14:08 Escrito por

À CNN, ministra diz que, após avaliar indicações de deputados que votaram para enterrar MP do IOF, vai analisar 60 parlamentares que se ausentaram

 

 

 

Com CNN 

 

 

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse à CNN Brasil que o governo pretende concluir até a próxima semana o pente-fino nas indicações políticas de deputados que votaram contra o Palácio do Planalto na medida provisória que tratava do aumento do IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras).

Segundo Gleisi, a primeira etapa da revisão atinge 251 deputados que votaram pela retirada de pauta da MP 1303. Depois dessa fase, o governo vai avaliar o grupo de 60 parlamentares que se ausentaram da votação.

 

“Primeiro estamos cuidando dos 251 que votaram contra. Depois vamos avaliar a relação com esses 60 que não votaram. Acho que dá para ter uma conversa e aproximar com a base. Então, em relação a eles, por enquanto, nós não vamos tomar nenhuma medida", disse a ministra.

De acordo com Gleisi, a manutenção de cargos no governo dependerá da postura dos parlamentares nas votações de interesse do Planalto, independentemente da legenda.

 

“Eu tenho dito e repetido que o parlamentar que quer participar do governo, ter cargo com o governo, tem que votar com o governo. Não pode ser contra o governo, principalmente em matérias de interesse do país, como era a MP 1303. Não tem problema o partido, a legenda. Se o deputado tiver uma postura de defesa do governo e votar com o governo, ele pode e deve participar do governo sim”, afirmou.

Gleisi afirmou que a reorganização da base aliada deve ser concluída após a checagem de cargos e cruzamento de informações sobre as indicações. “Já avançamos bastante, mas acredito que na semana que vem a gente consiga fechar a maior parte”, afirmou.

 

A ministra das Relações Institucionais afirmou ainda que tem mantido reuniões com líderes da base para recompor a articulação política após a derrota do governo na votação da MP do IOF.

 

“Já estive com o Antônio Brito, do PSD, e com o presidente (da Câmara) Hugo Motta (Republicanos-PB). Assim que a gente terminar esse processo das demissões, vamos fazer mais conversas com os líderes para reorganizar a base”, disse.

Lira na base

À CNN Brasil, a ministra das Relações Institucionais negou que o deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, tenha buscado o governo na tentativa de manter cargos-chave para o Centrão em meio ao pente-fino feito pelo Planalto nas indicações de parlamentares que votaram pela retirada de pauta da MP do IOF.

 

Segundo ela, Lira a procurou para tratar da sua relação com o governo, reafirmar que integra a base do presidente Lula e que está disposto a ajudar o Palácio do Planalto.

 

"Lira não veio negociar comigo em nome de nenhum partido ou conjunto de partidos. Ele veio conversar sobre a situação dele no governo, reafirmar que integra a base e que quer ajudar, mas não veio para negociar [para partidos] não", afirmou a ministra.

 

 

Posted On Quarta, 15 Outubro 2025 14:01 Escrito por

Parlamentares tentam acordo sobre os 63 dispositivos barrados pelo Planalto na Lei nº 15.190/2025, enquanto frentes empresariais pressionam pela derrubada das restrições

 

 

Com Correio Braziliense

 

 

O Congresso deve analisar nesta quinta-feira o veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei Geral do Licenciamento Ambiental (Lei nº 15.190/2025), sancionada em agosto. O texto, originado do PL 2.159/2021, foi aprovado pelo Legislativo com mais de 400 dispositivos, dos quais 63 foram vetados pelo Executivo. Entre os pontos rejeitados, está a possibilidade de que o Licenciamento Ambiental Especial (LAE) fosse realizado em fase única, mecanismo que visava acelerar a liberação de empreendimentos considerados estratégicos.

 

O governo justificou os vetos por razões técnicas e ambientais, argumentando que o modelo monofásico poderia fragilizar o controle e comprometer a segurança jurídica do processo de licenciamento. O Ministério do Meio Ambiente defende que a LAE deve manter o formato trifásico, com análise prévia, licença de instalação e licença de operação, de modo a garantir a integridade socioambiental.

 

A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) recebeu, nesta terça-feira, representantes de diversas frentes parlamentares e entidades do setor produtivo para discutir o veto presidencial.

 

O objetivo, segundo os organizadores, foi buscar uma posição unificada antes da votação. "Vamos tentar essa conversa com o governo até o fim. Ainda não há decisão final sobre o posicionamento das frentes", afirmou Passarinho.

 

Representando o PT, o deputado Zé Neto (PT-BA) defendeu um debate técnico e sem extremismos. "A questão ambiental é uma preocupação real do planeta, e não podemos nos afastar desse debate internacional. É possível modernizar, dar mais eficiência e celeridade, sem abrir mão do equilíbrio", disse. Para ele, o diálogo entre governo e setor produtivo é essencial: "Aqui não há adversários. Nenhum setor produtivo pode dizer que o nosso governo foi danoso — ao contrário, muitos avanços ocorreram justamente nos nossos mandatos".

 

Entre os vetos, um dos pontos mais controversos foi a exclusão da possibilidade de tramitação em fase única para o Licenciamento Ambiental Especial (LAE), proposta vista como estratégica para destravar investimentos em infraestrutura e energia.

 

Nesta terça-feira, o Instituto Livre Mercado (ILM) e mais de 80 entidades — entre elas CNI, CNA, Fiesp e Única — divulgaram um manifesto pedindo a derrubada integral dos vetos. Segundo o documento, as mudanças reintroduzem burocracia e comprometem a segurança jurídica. "O Brasil precisa de regras claras e proporcionais, que assegurem previsibilidade e estimulem o investimento sem comprometer a preservação ambiental", diz o texto.

O xadrez do licenciamento ambiental

O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) reforçou que o objetivo não é confrontar o governo, mas restabelecer o consenso construído ao longo de duas décadas de debate. "Queremos recuperar a lei de licenciamento ambiental, destravar investimentos e promover o desenvolvimento sustentável. São 88 entidades dos mais diversos setores representadas aqui — do agro à energia, do saneamento ao comércio. […] O clima é de unidade e uma disposição de construção", afirmou.

 

O senador Beto Faro (PT-PA) defendeu os vetos do presidente. Segundo ele, o texto aprovado pelo Congresso "era permissivo e inconsequente" e colocaria o Brasil em posição vulnerável às vésperas da COP30, que será realizada em Belém (PA). "Os vetos do presidente Lula foram absolutamente necessários. Caso contrário, o país estaria declarando ao mundo que não tem compromisso com o meio ambiente e a sustentabilidade. A manutenção dos vetos evita um dano extremo à imagem e à credibilidade do país", afirmou.

 

Para o especialista John Wurdig, gerente de transição energética do Instituto Internacional Arayara, o governo ainda não apresentou, com clareza, as diretrizes da nova LAE. "O cenário sobre as diretrizes da Licença Ambiental Especial ainda não foi apresentado pelo governo federal à sociedade brasileira. Como estamos a menos de 30 dias da COP30, talvez seja estratégico para o governo esperar o término da conferência mundial do clima e somente depois passar a 'boiada de projetos' que serão contemplados pela LAE", avaliou.

 

Segundo ele, a nova modalidade pode acabar "contemplando a expansão da indústria fóssil", especialmente "a exploração de petróleo na foz do Amazonas e a inclusão de novas usinas termelétricas a gás e óleo".

 

A coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo, também expressou preocupação com a possível derrubada dos vetos. "Se os vetos da Lei Geral do Licenciamento Ambiental entrarem em pauta, a tendência é a derrubada. Ou seja, o retorno de retrocessos muito sérios na nossa legislação. Vão voltar inconstitucionalidades e insegurança jurídica", afirmou.

 

Segundo Suely, os trechos originalmente vetados incluem medidas que "facilitam o autolicenciamento com larga aplicação, criam conflito com direitos indígenas e quilombolas e reduzem o controle ambiental sobre empreendimentos financeiros e petroleiros". Para ela, o risco maior é o de "voltar a um modelo de licenciamento marcado por interferências políticas e fragilização dos mecanismos de proteção ambiental", finalizou.

 

 

Posted On Quarta, 15 Outubro 2025 06:52 Escrito por

Da Assessoria 

 

 

 

Novos investimentos articulados pelo vice-presidente do Senado e presidente do PL Tocantins, Eduardo Gomes, garantem o avanço de obras de infraestrutura em Araguaína e consolidam a conclusão de pontes e galerias em Paranã. Somados, os repasses do Ministério da Agricultura e Pecuária ultrapassam R$ 2,67 milhões, reforçando o compromisso do senador com a melhoria da mobilidade e do escoamento da produção no Tocantins.

 

Em Araguaína, foi efetuado o pagamento da segunda parcela, no valor de R$ 764 mil, referente ao convênio de R$ 1,91 milhão destinado à construção de pontes no município. As estruturas vão beneficiar comunidades rurais e facilitar o transporte de produtos agrícolas e o deslocamento da população.

 

Em Paranã, o pagamento de R$ 1,91 milhão corresponde à última parcela do convênio no valor total de R$ 4,77 milhões. A verba quitou o saldo final da obra que já foi concluída e inaugurada — a Ponte São Domingos, com 125 metros de extensão, além de uma ponte de 45 metros sobre o córrego Riacho Fundo e três galerias, melhorando a mobilidade e o escoamento da produção local.

 

O senador Eduardo Gomes destacou que os investimentos em infraestrutura são essenciais para impulsionar o desenvolvimento regional.

 

“Essas pontes representam mais do que obras físicas. Elas ligam pessoas, encurtam distâncias e abrem caminhos para o crescimento econômico e social do Tocantins”, afirmou.

 

 

Posted On Terça, 14 Outubro 2025 15:03 Escrito por
Página 5 de 1001