Dispararam os alarmes. O embate entre o Governo do Tocantins e a Polícia Civil do Estado não é apenas uma guerra fria, trata-se de um desentendimento no qual conseguimos ver apenas a ponta do iceberg. Nesta briga não há vencedores, ambos os lados sairão perdendo, e é preciso uma intervenção imediata para que o cidadão tocantinense não seja o maior prejudicado
Por:Edson Rodrigues
Essa disputa caminha para uma situação sem limite, sem controle, e é momento de diálogo, reflexão. Representantes de entidades classistas devem agir, sair da zona de conforto e contribuir para o fim deste embate. Uma possível Comissão de Paz, formada por membros da Procuradoria, Assembleia Legislativa, Ordem dos Advogados do Brasil para intermediar um pacto federativo para que ambas as partes possam conviver e encontrar um ponto de equilíbrio.
Exoneração
Em um tom impositivo, o Governo do Tocantins emitiu outra nota à imprensa para abordar sobre a exoneração dos 12 Delegados Regionais, publicada no Diário Oficial do Estado, na sexta-feira, 16.
O Executivo destaca a importância da adequação na Lei de Responsabilidade Fiscal. Este é, conforme o Palácio Araguaia o motivo que levou a exoneração dos cargos dos 12 Civis. Sobre a entrega dos cargos, que aconteceu nesta segunda, na Secretaria de Segurança Pública (SSP), o Executivo declarou que as vagas serão ocupadas por profissionais do setor, e que, a exoneração a pedido, da cúpula da secretaria não afetará a normalidade dos serviços prestados.
A nota traz ainda duas informações pertinentes. O governo diz que estes profissionais podem seguir com os trabalhos de investigação, mas não explica como isso seria possível sem um chefe de setor para dar seguimento ao trabalho.
A segunda e não menos importante foi o fato de lembrar que “a troca de cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, é uma prerrogativa exclusiva do governador do Estado”, ratificando a sua decisão em extinguir os cargos e exonerar os 12 delegados regionais.
Investigação
A exoneração publicada no DOE ganhou tanto destaque na imprensa do Estado e também nacional, que o caso do lixo, o inquérito investigativo sobre o lixo hospitalar armazenado de forma incorreta deixou de ser a prioridade. A conclusão deste inquérito, mesmo que traga a público muitos outros nomes conhecidos do cidadão tocantinense precisa ser feito. Este processo “cabeludo” não pode parar por exonerações, ou envolvimento de qualquer cidadão que seja.
Repercussão
O Tocantins mais uma vez ganha repercussão nacional, e internacional, alguns veículos de outros países noticiaram a situação atual. Cheio de curvas fora do nível, o momento é de muita gravidade, haja visto que as manifestações públicas trazem uma imagem negativa sobre o Estado mais novo da Federação.
O delegado declarou em sua rede social que é vítima de retaliação política. O governo por sua vez se limitou a dizer que trata-se de uma ação emergencial para sanar os problemas financeiros do Tocantins, já o deputado Olyntho Neto, suposto dono do galpão onde está alojado o lixo hospitalar disse não ter relação com o caso. O pai, o ex-juiz João Olinto Garcia, que é um dos donos da empresa responsável por fazer a coleta do lixo, é considerado foragido. Mais algum nome para aparecer?
Trégua
Já sangramos outras dezenas de vezes na imprensa nacional. Não há outro caminho que não seja um entendimento republicano entre o Governo e a Polícia Civil. Mas isso está longe de acontecer, principalmente se não houver uma iniciativa de entidades classistas, para que mediem as declarações que só tem inflamado o ânimo de ambas as partes.
Esta trégua pode ser medida dentro das investigações por parte do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público Estadual (MPE) que podem pedir que a Polícia Federal dê seguimento nas investigações e conclua este inquérito que é de interesse público.
O tocantinense cansou de pagar o preço de atitudes de uma minoria. Não podemos continuar assistindo este embate e a inércia das entidades classistas. O Tocantins sangra, a população clama por socorro! A meu ver, hoje na atual conjuntura a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é a instituição mais bem preparada para intervir no caso, com sabedoria, conhecimento e imparcialidade.
Porto Nacional, 20 de novembro de 2018
Governador reeleito esteve em Brasília, onde se reuniu com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, e começa a traçar estratégias para enxugar a máquina estatal
Por Edson Rodrigues
O governador Mauro Carlesse esteve em Brasília, onde participou de reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro e com vários dos indicados paras os ministérios do futuro governo. Da reunião, Carlesse tirou a lição de que o corte de despesas, a austeridade e o equilíbrio financeiro será essencial para que o Tocantins se enquadre na filosofia do novo governo federal e volte a ter condições de receber empréstimos nacionais e internacionais.
A adequação do Tocantins à Lei de Responsabilidade Fiscal já era uma das premissas de Carlesse quando assumiu interinamente o governo e, agora eleito para um mandato de quatro anos, fará desse objetivo a principal razão do seu governo, uma espécie de legado para as futuras gerações.
O governo já adiantou a criação de uma comissão de técnicos e especialistas para formatar as propostas a serem colocadas em prática a partir de janeiro de 2019. A ideia gira em torno de uma estrutura mínima, com poucos cargos em comissão, extinção de cargos comissionados, fusões e extinções de secretarias e um corte radical nas despesas, sem comprometer a governabilidade ou os serviços essenciais.
DEMISSÕES
Fica claro para o governo que a única maneira do Tocantins poder voltar a crescer, a investir em infraestrutura e na melhoria dos serviços é apertando o cinto, cortando na própria carne e colocando as contas estaduais em dia, de acordo com a LRF.
Como não é possível fazer uma omelete sem quebrar os ovos, muitos dos trabalhadores que hoje prestam serviços ao Estado por contrato ou comissionamento, perderão suas funções. Esse será o sacrifício e a parte mais dura desse enquadramento, mas impossível de ser evitado.
Vale lembrar que a situação é tão caótica que o Estado não vem fazendo os repasses ao Igeprev para manter a folha salarial do funcionalismo em dia, assim como os repasses aos demais poderes.
Essa não é uma situação cômoda, mas, sim, a única saída encontrada pela equipe governamental. A ideia é que, com a economia gerada pelo corte de despesas e o reenquadramento à Lei de Responsabilidade Fiscal, o Tocantins possa voltar a investir em obras, atrair empresas e indústrias e a gerar empregos, mitigando a situação dos servidores que forem demitidos.
Carlesse já foi presidente da Assembleia Legislativa e conhece a situação econômica do Estado como poucos. Ele sabe que o remédio será amargo e irá gerar certo desgaste em sua administração, mas ele espera ter a oportunidade de mostrar para o povo que o primeiro a se sacrificar será ele próprio, se condicionando a trabalhar com poucos assessores, cortando despesas desnecessárias, carros alugados, viagens, diárias e outros penduricalhos que, de tostão em tostão, oneram as contas do governo.
Para o governo, o sonho de ver o Tocantins novamente na lista dos Estados com capacidade de endividamento, podendo negociar financiamentos com o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES e instituições financeiras internacionais, deve ser sonhado de olhos abertos e junto com cada cidadão tocantinense. Sofrendo o que tiver que sofrer para, no fim, poder comemorar.
A volta de obras, como o Hospital de Gurupi e a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional e a volta da geração de empregos serão os primeiros indícios de que as coisas começam a melhorar. Mas isso só vai ser possível, se todos concordarem em se sacrificar.
Cabe a nós dar esse voto de confiança ao governador, fiscalizar, cobrar, ajudar e, principalmente, torcer para que tudo dê certo e que dias melhores venham para cada um de nós, cidadãos tocantinenses!
Inelegibilidade seria menor em casos de abuso de poder econômico
Com Agência Senado
Alguns senadores tentaram aprovar hoje (19), em regime de urgência, o projeto que flexibiliza a Lei da Ficha Limpa. No entanto, o esforço esbarrou na resistência de parlamentares que discordavam da urgência e da possibilidade de reduzir o período de inelegibilidade para políticos condenados por abuso de poder econômico pela Justiça Eleitoral antes de 2010.
Em meio a polêmicas, a discussão e votação ficaram para a amanhã (20).
Com a urgência, o projeto tem prioridade e passa na frente de outros para ser votado. O projeto que altera a Lei da Ficha Limpa foi proposto pelo senador Dalírio Beber (PSDB-SC) e já está na pauta da sessão desta terça-feira (20).
Para impedir que o assunto seja novamente discutido, são necessárias 41 assinaturas dos 81 parlamentares. O senador José Reguffe (sem partido-DF) passou parte do dia recolhendo assinaturas dos colegas. “Há uma decisão do Supremo [Tribunal Federal], já tomada, que não deve ser alterada por esta Casa, na minha opinião. Portanto, sou contra esse projeto", afirmou Reguffe.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) disse que não havia necessidade de urgência para a proposta. Para ela, as mudanças na proposta fragilizam a Lei da Ficha Limpa. Segundo Ana Amélia, há risco de retrocesso. A senadora lembrou que a Lei da Ficha Limpa nasceu “como ação popular” e que tal iniciativa tem de ser respeitada.
Proposta
A proposta (PLS 396/2017) do senador Dalírio Beber determina que as penas previstas na lei só podem ser aplicadas a casos de condenação após a entrada da norma em vigor, em junho de 2010.
O texto foi apresentado em outubro de 2017, pouco depois de o Supremo Tribunal Federal dizer que os condenados que cumpriram os três anos de inelegibilidade poderiam disputar as eleições. Porém, pela decisão da Suprema Corte, os sentenciados deveriam cumprir oito anos de inelegibilidade.
Ao sugerir as alterações na Lei da Ficha Limpa, o senador justificou que a punição de oito anos “penaliza” a cidadania. “Um tal aumento configura, de modo inequívoco, um claro exemplo de retroatividade de lei nova para conferir efeitos mais gravosos a fatos já consumados.”
O projeto ainda precisa de parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que deve ser dado em plenário.
*Com informações da Agência Senado
Os 160 apartamentos do Residencial Parque da Praia, em Palmas, foram entregues simbolicamente pelo governador Mauro Carlesse e pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy na manhã desta segunda-feira, 19
Por Jarbas Coutinho
A solenidade, bastante concorrida, contou ainda com a presença da prefeita da Capital, Cinthia Ribeiro, deputados federais, estaduais, representantes de instituições financeiras e outras autoridades. Na ocasião, o ministro assinou contrato para o repasse de R$ 40 milhões destinados à construção de mais 500 moradias.
O empreendimento é fruto de parcerias entre o Governo do Tocantins, a Federação das Associações Comunitárias e de Moradores do Tocantins (Facom) e o Governo Federal, beneficiando diretamente mais de 600 pessoas. Dona Bernarda Dutra, de 58 anos, e mãe de cinco filho, foi uma das beneficiadas. Ela recebeu as chaves do apartamento das mãos do governador Mauro Carlesse e destacou que o ato significou a realização de um sonho. “Realizei o meu grande sonho e agora tenho um lar para abrigar a minha família”, resumiu.
Mauro Carlesse destacou a importância da liberação de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 600 milhões, que vai beneficiar todos os municípios do Estado. “Esse é o sentido da nossa gestão, trabalhar para melhorar as condições de vida da população nos 139 municípios do Tocantins. Esse residencial é um exemplo para o Brasil, onde os próprios beneficiários acompanharam as obras. O Governo do Estado doou o terreno, construiu a infraestrutura e, agora, as famílias estão abrigadas em moradias de boa qualidade. Que sejam felizes nesse novo lar”, afirmou o governador.
Alexandre Baldy disse que a vinda à capital tocantinense nesta segunda-feira foi motivo de satisfação. “Estamos felizes por poder entregar essas obras, que estavam paradas e que conseguimos retormar, e também pela contratação de outras 500 moradias para que pessoas com renda familiar até R$ 1.800,00 possam ter a tão sonhada casa própria”, relatou.
A presidente da Facom, Veneranda Elias, ressaltou que a conquista é fruto da luta da instituição e das parcerias que foram firmadas. “Essa luta é de um grupo de pessoas que acreditou que valia a pena lutar por essas famílias. Conseguimos, com o Governo do Estado, um local, de excelência, para construção dos apartamentos, financiados pela Caixa Econômica, além da Prefeitura que foi nossa parceira”, ressaltou.
O Residencial
O Residencial Parque do Lago conta com 160 apartamentos, construídos pelo Programa Minha Casa Minha Vida - Entidades, Faixa 01 e fica localizado na ALC-NO 33, HM 01, próximo à Praia das Arnos. Os apartamentos foram construídos em uma área de 9.005, 40 m², doada pelo Governo do Estado, por meio da Companhia Imobiliária do Tocantins (Terratins). No local, também existem três parques infantis, uma academia, uma biblioteca, um centro comunitários e, nos espaços livres, serão construídas hortas comunitárias.
O Governo do Estado também realizou obras de infraestrutura de terraplanagem, pavimentação asfáltica em Tratamento Superficial Duplo (TSD), com sinalização, drenagem superficial e calçadas nas vias de acesso ao empreendimento habitacionais, nas Alamedas 1 e 2, na Quadra ALC-NO 33. A iniciativa faz parte da política habitacional do Governo do Estado e conta com o recurso do governo federal, por meio do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
Fotos de Esequias Araujo/Governo do Tocantins
Sugestão de legendas:
Foto 13 - Mauro Carlesse destacou a importância da liberação de um empréstimo com a Caixa Econômica Federal no valor de R$ 600 milhões, que vai beneficiar todos os municípios do Estado;
Foto 18 - Os 160 apartamentos do Residencial Parque da Praia, foram entregues simbolicamente pelo governador Mauro Carlesse e pelo ministro das Cidades, Alexandre Baldy
Da Assessoria
Após ter votado a Lei de Diretrizes Orçamentária - LDO e diversas medidas importantes para o início da reestruturação do Tocantins, comunico ao Governador Mauro Carlesse, deputados e todos os tocantinenses, o meu afastamento da Liderança do Governo na Assembleia Legislativa, para que o mesmo continue firme no seu propósito de reorganizar e desenvolver nosso querido Estado do Tocantins, sem vínculo com qualquer fato alheio ao seu desejo de trazer dias melhores para o povo tocantinense.
Continuarei firme, na luta pela verdade e na defesa do melhor para o povo tocantinense.
Olyntho
Deputado Estadual