Por Edson Rodrigues
Com menos de dois anos para as eleições gerais de 2026, o cenário político brasileiro vive um intenso período de reconfiguração. Partidos políticos estão promovendo articulações para fusões e reorganizações de federações, em um movimento que busca não apenas a sobrevivência de siglas ameaçadas pela cláusula de barreira, mas também o fortalecimento de sua influência no Congresso e nas eleições presidenciais de 2026.
Entre as negociações mais avançadas, destaca-se a aliança entre PP, Republicanos e União Brasil, que, se consolidada, formará a maior força legislativa do país, com 153 deputados federais e 17 senadores. Enquanto isso, partidos menores, como PV, Rede e Cidadania, enfrentam dilemas existenciais diante da legislação que condiciona sua sobrevivência ao desempenho eleitoral.
Liderando as articulações, PP, Republicanos e União Brasil buscam formar uma federação que consolidaria sua hegemonia no Congresso. No entanto, o projeto enfrenta desafios internos e regionais. O União Brasil, por exemplo, ainda vive divisões internas agravadas pelas recentes eleições da Câmara dos Deputados. Nessas eleições, Republicanos e PP apoiaram Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência, prejudicando a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA).
Apesar das divergências, os defensores da federação apostam na consolidação do bloco até 2025, com a expectativa de atrair mais parlamentares e governadores descontentes com seus partidos de origem.
PSDB E PSD: ENTRE FUSÕES E SOBREVIVÊNCIA
O PSDB, longe de seu protagonismo histórico, discute sua incorporação ao PSD, liderado por Gilberto Kassab. A união representaria um resgate político para os tucanos, que enfrentam perda de relevância nas disputas eleitorais recentes. Paralelamente, o partido avalia outras possibilidades, como a formação de uma nova federação com Podemos e Solidariedade.
Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, é a principal aposta tucana para a presidência em 2026, mas a fusão com o PSD enfrenta resistências, já que Kassab também considera lançar Ratinho Júnior, governador do Paraná, como candidato.
Gilberto Kassab
A proximidade dos governadores tucanos com o PSD é apontada por lideranças da legenda de Kassab como um fator favorável à fusão. O PSDB também é cortejado por outros partidos, como o MDB, para se fundir.
TOCANTINS
Com toda essa ebulição nas cúpulas dos partidos em Brasílias, as províncias sabem que qualquer decisão não levará em conta as peculiaridades políticas de cada Estado. O Observatório Político de O Paralelo 13 traz, nesta análise, uma prévia do que pode acontecer com a política local, caso alguma dessas movimentações dos partidos se torne realidade.
Há dois cenários possíveis (por enquanto) para as eleições estaduais de 2026, a serem definidos pela renúncia ou não do governador Wanderlei Barbosa para concorrer ao Senado.
SEM RENÚNCIA
Embora o governador resista, inicialmente, em renunciar para ter que transferir o governo para seu vice, Laurez Moreira, há muito mais interesses em jogo, que o próprio tempo se encarregará, naturalmente de moldar, surgindo, até, uma solução diferente, que agrade a gregos e a troianos, pois, em se tratando de política, partes em atrito, muitas vezes atritos históricos, podem se entender em busca de sobrevivência política para ambos ou em caso de sinais positivos da classe política e, principalmente, dos eleitores.
Apesar de estar fazendo um governo eficiente, com obras de Estado, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins em Porto Nacional, o resgate dos direitos dos servidores públicos estaduais, com promoções e progressões que vinham sendo adiadas há décadas, o equilíbrio fiscal, os recordes em arrecadação e a adequação do Estado à Lei de Responsabilidade Fiscal, o grande desafio de Wanderlei Barbosa seria a construção de uma candidatura palaciana competitiva, pois não há como negar a vitória das oposições nos principais colégios eleitorais do Tocantins.
Até agora, a senadora Dorinha Seabra vem dominando a preferência do grupo palaciano para ser essa candidata, mas a formatação de sua candidatura ao governo é uma das situações que teria que passar pelo imune pelo movimento das das fusões e federações partidárias.
RETROVISOR POLÍTICO
Campanha ao governo do Tocantins 2011 (foto Antonio Coelho)
Olhando no retrovisor político do Tocantins, o Estado já teve épocas que exigiram grandeza e renúncias dos interesses pessoais por parte de seus líderes, em nome do desenvolvimento e da continuidade política de seus grupos.
Estamos falando de José Wilson Siqueira Campos e João Lisboa da Cruz, que ouviram o mestre dos mestres da política, Dr. José Edmar de Brito Miranda, e o que se achava impossível no Tocantins aconteceu: MDB e União do Tocantins se juntaram, colocando de lado uma divergência ideológica histórica e priorizando o Estado do Tocantins e seu povo.
A partir daí, Marcelo Miranda foi eleito deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa e Eduardo Siqueira Campos senador da República. Juntos, a UT e o MDB elegeram a maioria esmagadora dos deputados federais e estaduais e os recursos federais chegaram de vez ao Tocantins, se transformando em rodovias asfaltadas, na ampliação do Hospital Geral de Palmas, na chegada da energia elétrica às propriedades rurais e milhões e milhões investidos em todas as áreas estratégicas do Tocantins na gestão que teve Siqueira Campos governador e João Cruz vice-governador.
WANDERLEI NO SENADO
Se esta hipótese de entendimento entre os atuais grupos políticos antagônicos, do governador Wanderlei Barbosa e do vice-governador Laurez Moreira se concretizar, o cenário político do Tocantins a partir de 2027 teria Wanderlei Barbosa, Eduardo Gomes no Senado, a primeira-dama do Estado Karynne Sotero Campos, com sua simpatia cativante, provavelmente, eleita deputada federal, garantindo mais oito anos de desenvolvimento e protagonismo para o Estado do Tocantins e seus 139 municípios.
PROCESSO ANTECIPADO
Por mais improvável que esse cenário pareça hoje, ele jamais pode ser descartado. Mas, certamente seria o caminho mais difícil. Primeiro, alguns atores teriam que deixar de lado os projetos políticos pessoais, sem garantias de o sucesso, com uma disputa de poder em que haverá mais perdedores que ganhadores, com divisões e rachas em municípios entre as forças políticas estaduais.
Esse cenário forçaria o processo sucessório de 2026 a ser antecipado, com as articulações e conversações necessárias transformando o processo sucessório no mais acirrado e longo da história política do Tocantins, tendo o vice-governador Laurez Moreira como o principal candidato a governador da oposição, deixando um clima tenso e inflamado nos bastidores políticos.
DORINHA OU AMELIO CAYRES?
Tudo isso porque, como foi dito anteriormente, a senadora Dorinha Seabra, que terá mais quatro anos de mandato a partir de 2026, é o principal nome do grupo palaciano para a sucessão de Wanderlei Barbosa, mas, ultimamente, o nome do presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres, começou a ganhar força para a sucessão estadual.
Se o grupo palaciano deixar para definir o nome do sucessor de Wanderlei Barbosa para depois, estará montando para si mesmo uma bomba relógio, que explodirá assim que o nome for anunciado, criando uma espécie de “racha programado” e, praticamente, entregando a vitória para a oposição, pois as bases de cada um se confrontarão nos municípios, principalmente nos principais colégios eleitorais, onde Dorinha Seabra tem a preferência.
ASSUMINDO O PAPEL DE LÍDER
Desta forma, o processo sucessório dentro da base do governo exige uma liderança firme do governador Wanderlei Barbosa, (foto) que deve assumir, o quanto antes essa missão, abrindo diálogo franco com seus parceiros, liderados, dirigentes partidários de sua base e, juntos, decidirem qual será o cenário sucessório em 2026. Uma decisão que, por enquanto, só depende do grupo palaciano para ser definida.
E esses diálogos dentro do grupo palaciano não podem descartar a hipótese de entendimento com as oposições, como fizeram Siqueira, João Cruz e Brito Miranda e como fez o saudoso Tancredo Neves, que aceitou José Sarney na sua vice-presidência, indicado pelos militares, entendendo que essa seria a única forma da democracia tomar o lugar da ditadura.
O Observatório Político de O Paralelo 13 pode afirmar com tranquilidade que são várias as vertentes a ser analisadas em relação às candidaturas a governador e à formatação das chapas majoritárias, inclusive a formação de uma chapa unindo localmente as oposições e o Palácio Araguaia, encabeçada pelo governador Wanderlei Barbosa e pelas lideranças e prefeitos dos principais colégios eleitorais, criando uma nova – e incontestável – opção para o governo , pelo bem do Tocantins, assim como fizeram Siqueira Campos e João Cruz, arquitetados pelo Dr. Brito Miranda, inspirados no que fez Tancredo Neves, aceitando Sarney, como seu vice, “devolvendo” os militares para dentro dos quartéis.
Que nosso governador, Wanderlei Barbosa, seja, como sempre foi, um grande político, uma grande liderança, e olhe o futuro do Tocantins como o seu próprio futuro.
Que Deus o Ilumine!
Tocantins se destaca no cenário nacional com a eleição do senador Eduardo Gomes para a vice-presidência do Senado
Por Lidieth Sanchez
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, prestigiou neste sábado, 1º de fevereiro, em Brasília/DF, a eleição para a Mesa Diretora do Senado Federal.
A eleição para a presidência do Senado foi definida em primeiro turno, com o senador Davi Alcolumbre recebendo 73 votos e assegurando uma ampla maioria. O senador retorna ao comando da Casa, cargo que já ocupou no biênio 2019-2020. A nova composição da Mesa Diretora conta com representantes de 11 das 12 bancadas do Senado. A Mesa reflete uma representatividade regional significativa, com senadores eleitos das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Outro marco importante desta eleição é a presença feminina na Mesa Diretora, que, pela primeira vez na história, conta com três senadoras, sendo duas como titulares e uma como suplente.
Tocantins na Vice-presidência
Governador Wanderlei Barbosa parabeniza o senador Eduardo Gomes pela eleição à vice-presidência do Senado, um grande reconhecimento ao seu trabalho e dedicação ao Tocantins ( Foto: Vinicius Santa Rosa/Governo do Tocantins)
Acompanhado da primeira-dama e secretária Extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Amélio Cayres, o governador Wanderlei Barbosa prestigiou também o senador tocantinense Eduardo Gomes que foi eleito como Vice-presidente do Senado Federal.
A eleição do senador Eduardo Gomes para a vice-presidência do Senado reforça o protagonismo do Tocantins no cenário nacional, ampliando a representatividade do estado nas decisões do Congresso.
Reconhecido por sua atuação municipalista, o senador Eduardo Gomes já destinou mais de R$ 2 bilhões em recursos para os 139 municípios do Tocantins. Teve ainda papel de destaque na presidência de comissões estratégicas, como a Comissão de Comunicação e Direito Digital, responsável por debates sobre temas relevantes, incluindo a regulação da Inteligência Artificial no Brasil.
“A eleição do senador Eduardo Gomes para a vice-presidência do Senado é um grande reconhecimento ao seu trabalho e à sua dedicação ao Tocantins e ao Brasil. Tenho certeza de que, nesse novo cargo, ele continuará representando o Tocantins com competência e compromisso. É uma função importantíssima para o Senado, então nós queremos parabenizá-lo por essa grande conquista, por essa grande vitória, que não é dele, é do povo brasileiro, é do povo do Tocantins”, afirmou o governador Wanderlei Barbosa.
O senador Eduardo Gomes destacou a importância da eleição para sua trajetória política e para o estado. “Representa a oportunidade para o Tocantins, para aqueles que fazem política e para os futuros políticos do estado. Cada passo que a gente dá no Congresso Nacional abre uma perspectiva para aqueles que acreditam que o Tocantins pode estar bem representado. Agradeço a presença de todos os deputados federais, da bancada federal, por meio da senadora Dorinha, e do governador Wanderlei Barbosa, que está aqui, com o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres”, ressaltou o senador.
Serão eleitos os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. O mandato é para os próximos dois anos
Por Soane Guerreiro
As eleições serão transmitidas ao vivo pelo SBT News, a partir das 15h30, em nosso canal no Youtube. O programa especial com bastidores do pleito será comandado por Simone Queiroz e Nathalia Fruet e terá análises de Antonio Carlos de Freitas Jr., advogado e professor de direito constitucional.
Como serão as eleições?
A escolha do novo presidente do Senado começa a partir das 10h deste sábado. Cinco nomes estão na disputa: Eduardo Girão (Novo), Soraya Thronicke (Podemos), Marcos do Val (Podemos), Marcos Pontes (PL) e o favorito para vencer, Davi Alcolumbre (União Brasil).
O registro da candidatura pode ser feito até minutos antes do início dos discursos. Por isso, as cédulas de votação são confeccionadas durante a sessão.
Pelo menos 41 dos 83 senadores precisam escolher um nome e, depois disso, já com o novo presidente eleito, serão escolhidos os demais integrantes da mesa.
Já na Câmara, com 513 deputados, a votação da nova Mesa Diretora está marcada para o período da tarde. Assim como no Senado, a votação será presencial e secreta. A diferença é que na Câmara é feita em urna eletrônica.
Até agora, três deputados estão na disputa da presidência: Marcel van Hatten (Novo), pastor Henrique Vieira (Psol) e o favorito, Hugo Motta (Republicanos).
Apesar de toda a movimentação às vésperas da votação, os nomes para ocupar a presidência da Câmara e do Senado foram negociados meses atrás.
Mesmo assim, o presidente Lula decidiu fazer um gesto simbólico de exonerar 10 ministros de governo, que são parlamentares licenciados do cargo, para marcar a presença na votação. Sete irão reforçar a votação na Câmara dos Deputados. Outros três no Senado Federal.
Para cientista política Mayra Goulart, a troca de comando não deixará as relações com o governo mais fáceis -- e deve ser pautada pela liberação de verbas.
"O governo Lula é um governo minoritário, o PT tem menos de 20% das cadeiras do Congresso e ele tem conseguido passar pautas muito caras ao seu governo, alienando o controle sobre o orçamento. Penso que vai ser uma dinâmica de continuidade com esses novos presidentes", diz a especialista.
O que faz cada presidente?
O presidente da Câmara dos Deputados tem um papel fundamental no funcionamento do Poder Legislativo. Entre suas principais atribuições, está a decisão sobre a pauta legislativa e a condução dos trabalhos no Plenário. Além disso, ele lidera a Mesa Diretora, coordena reuniões com os líderes dos partidos e ocupa a terceira posição na linha sucessória da Presidência da República.
Já o presidente do Senado, cujas atribuições estão previstas na Constituição Federal e no Regimento Interno da Casa, também desempenha funções estratégicas. Ele é responsável por garantir o respeito às prerrogativas dos senadores, convocar e presidir sessões tanto do Senado quanto do Congresso Nacional, definir a pauta das votações, distribuir propostas para análise das comissões, desempatar votações e proclamar os resultados das deliberações. Assim como o presidente da Câmara, ele ocupa a terceira posição na linha sucessória do presidente da República.
A eleição muda também a linha sucessória da Presidência da República. Em caso de ausência do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, o nome seguinte é do presidente da Câmara, seguido pelo presidente do Senado.
Déficit é o maior da série histórica, iniciada em 2021. Governo credita aumento do rombo a investimentos, mas revelou preocupação com as contas dos Correios.
Por Alexandro Martello, Lais Carregosa, Thiago Resende / g1
Em 2023, o resultado também foi negativo, mas em menor proporção: R$ 656 milhões.
O rombo de 2024 foi o maior desde o início da série histórica, em dezembro de 2001, ou seja, em 23 anos.
Até então, o maior déficit havia sido registrado em 2014, quando houve um saldo negativo de R$ 2 bilhões – menos de um terço do resultado negativo mais recente.
O maior superávit foi apurado em 2019, no valor de R$ 10,3 bilhões.
RESULTADO AS EMPRESAS ESTATAIS FEDERAIS
EM R$ BILHÕES
O resultado das estatais federais calculado pelo Banco Central considera todas empresas que não estão no setor financeiro.
Entram nesse cálculo empresas como Correios, a Emgepron, a Hemobrás, a Casa da Moeda, a Infraero, o Serpro, a Dataprev e a Emgea.
Não entram no cálculo a Petrobras e os bancos federais.
De acordo com o governo, os déficits registrados pelas estatais são, em grande parte, decorrentes dos investimentos realizados pelas companhias, pagos com recursos em caixa.
"Essas 20 empresas aumentaram em 12,5% seus investimentos em 2024 na comparação com 2023. O valor somou R$ 5,3 bilhões e representa 83% do déficit de R$ 6,3 bilhões aferido no ano", informou o Ministério da Gestão.
O chefe-adjunto do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Renato Baldini, lembrou que a contabilidade da instituição é diferente daquela utilizada pelo governo.
O governo contabiliza as receitas e as despesas, detalhando, por exemplo, os investimentos.
Já o Banco Central considera apenas a variação da dívida.
"Eu não faria juízo de valor sobre nenhuma das metodologias. O resultado mais detalhado é divulgado pela Sest [Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, vinculada ao Ministério da Gestão]. Mais do que o BC é capaz de produzir. Mas o dado do endividamento [informado pelo BC] é importante. Você pode fazer uma referência ao orçamento pessoal. O seu nível de dívida é o que interessa. Não estou desmerecendo a outra estatística, mas só fazendo uma comparação", declarou Baldini, do Banco Central.
Correios preocupam
Nesta quinta-feira (30), o Ministério da Gestão informou que os Correios são uma das principais razões para o aumento do déficit das estatais em 2024. Segundo o governo, a estatal registrou um rombo de R$ 3,2 bilhões no ano passado.
?Os Correios possuem monopólio em serviços como o recebimento, transporte e entrega de cartões-postais e correspondência, além da fabricação de selos.
“Uma boa parte da explicação do aumento do déficit é o déficit dos Correios, que de fato aumentou bastante. E o caso dos Correios é um caso que demanda nossa atenção. O governo tem se debruçado para discutir medidas de sustentabilidade [financeira]”, afirmou a secretária de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do MGI, Elisa Leonel.
A secretária afirmou que os Correios deixaram de investir, encerraram contratos e perderam receita ao serem incluídos no Plano Nacional de Desestatização, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Leonel descarta uma nova inclusão da estatal no programa de privatizações e uma eventual quebra do monopólio postal no Brasil.
“O que a gente tem então é que criar receitas alternativas, negócios que tragam receitas, e esse é o projeto que a gente está discutindo: quais são esses segmentos que os Correios vão ampliar a sua presença para que gerem receitas adicionais”, declarou a secretária de estatais do MGI.
Outras estatais que preocupam o governo são a Infraero, que administra aeroportos, e a Casa da Moeda.
No próximo sábado (1º), o Senado realiza a eleição do novo presidente da Casa e da nova composição da Mesa Diretora. Com a provável vitória de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) à presidência, favorito no pleito e apoiado por sete partidos que totalizam 70 senadores, a vice-presidência do Senado será ocupada pelo PL e pelo PT.
POR PEDRO SALES - Congresso em Foco
O senador Eduardo Gomes (PL-TO) será o 1º vice-presidente. Segundo a assessoria do parlamentar, o nome é “consenso” e o acordo “está feito”. Ao lado dele, a vice-presidência será dividida com Humberto Costa (PT-PE). O petista será, com a eleição de Alcolumbre, alçado ao posto de 2º vice-presidente da Mesa, conforme acordo partidário firmado entre as partes. Atualmente 1ª Vice-Presidência é ocupada pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e a 2ª está vaga, com a saída de Rodrigo Cunha (Podemos-AL), que deixou o mandato no Senado para assumir a vice-prefeitura de Maceió.
A escolha para os membros da Mesa Diretora depende de acordos e da proporcionalidade dos partidos. Esta última é assegurada pela Constituição Federal, que prevê o respeito à representação proporcional dos partidos na formação da Mesa e das comissões.
O PSD, maior bancada do Senado com 15 parlamentares – entre eles, o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (MG) -, será representado por Daniella Ribeiro (PB) no cargo de 1ª secretária. O nome da senadora foi anunciado pelo líder do partido Omar Aziz (PSD-AM) em reunião da bancada. O anúncio ocorreu em coletiva de imprensa após reunião da bancada.
Os titulares da 2ª, da 3ª e da 4ª Secretaria, no entanto, ainda não estão confirmados. O Congresso em Foco entrou em contato com a assessoria de imprensa do PP sobre o cargo de 4º secretário. O senador Laércio Oliveira (PP-SE) respondeu, por meio de sua assessoria, que “está combinado no partido” que ele será o nome proposto para ocupar a 4ª Secretaria.
Função dos membros da Mesa
Composta por sete parlamentares, presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários, a Mesa é responsável pela direção dos trabalhos legislativos. O presidente do Senado tem como prerrogativa convocar e presidir as sessões da Casa e as sessões conjuntas do Congresso Nacional. Além disso, também cabe a ele designar a Ordem do Dia das sessões deliberativas e retirar matéria da pauta para correção de erro, entre outras funções.
1º e 2º vice-presidentes têm como dever substituir o presidente em suas faltas e impedimentos. No caso, o segundo vice-presidente só substitui o presidente na ausência do primeiro vice.
O 1º secretário lê em plenário, na íntegra ou em resumo, a correspondência oficial recebida pelo Senado, os pareceres das comissões, as proposições apresentadas quando os seus autores não as tiverem lido. Também é responsável por rubricar a listagem especial com o resultado da votação realizada através do sistema eletrônico, e determinar sua anexação ao processo da matéria respectiva.
Ao 2º secretário cabe lavrar as atas das sessões secretas, proceder-lhes a leitura e assiná-las depois do Primeiro-Secretário.
Já 3º e 4º secretários fazem chamada dos Senadores, nos casos determinados neste Regimento, contam os votos, em verificação de votação, e auxiliam o presidente na apuração das eleições, anotando os nomes dos votados e organizando as listas respectivas.
A atual composição é:
Presidente – Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
1º vice-presidente – Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
2º vice-presidente – Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
1º secretário – Rogério Carvalho (PT-SE)
2º secretário – Weverton (PDT-MA)
3º secretário – Chico Rodrigues (PSB-RR)
4º secretário – Styvenson Valentim (Podemos-RN)
Marcos Pontes (PL-SP), Marcos do Val (Podemos-ES), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE) são os candidatos à presidência do Senado
Com amplo favoritismo, a volta de Davi Alcolumbre à Presidência do Senado é dada como certa. Ele tem o apoio de Rodrigo Pacheco, do Planalto, da oposição de quase todos os partidos. Também pretendem concorrer Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES), Eduardo Girão (Novo-CE) e Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Nenhuma dessas candidaturas, porém, é considerada competitiva pelos colegas.