Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin durante evento em Brasília

 

Por Lisandra Paraguassu

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que a aliança com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode trazer pessoas que nunca votaram no PT para sua candidatura à Presidência e também trouxe para a campanha "ideias diferentes das nossas".

 

Em entrevista para a rádio CBN de Campinas --onde vai passar a quinta-feira--, o ex-presidente explicitou as razões da aliança com o ex-tucano e ex-adversário que pegou o mundo político de surpresa.

 

"O Alckmin agrega experiência, agrega um setor da sociedade que durante muito tempo não votou no PT, ou não quis votar no PT, e o Alckmin agrega pessoas que pensam diferente de nós em muitas coisas", afirmou Lula. "Nós vamos construir um programa conjunto entre os partidos que compõem a aliança e esse programa será a base da concordância entre todos os partidos. É assim que se faz política com P maiúsculo."

 

Perguntado se Alckmin já tinha lhe pedido desculpas por declarações que deu em 2018, quando era candidato à Presidência e disse que, com sua tentativa de ser presidente Lula --que estava preso na época-- queria "voltar à cena do crime", Lula disse que o fato de Alckmin ter aceitado o convite para compor a chapa com ele fala por si.

 

"Você não acha que o gesto do Alckmin vir ser meu candidato a vice é uma demonstração inequívoca que aquilo faz parte de um passado que eu acho que as pessoas decentes desse país não querem lembrar? Você não acha que o fato do Alckmin ter se filiado ao PSB, aceitado convite para ser meu vice, fazer um programa de governo junto e governar esse país não é um gesto extraordinário de quem quer deixar para lá o passado?", indagou.

 

Lula falou ainda das pesquisas eleitorais que apontaram uma redução da distância entre ele, que lidera as sondagens para a eleição de outubro, e o presidente Jair Bolsonaro, que aparece em segundo. O petista creditou este movimento à saída do ex-juiz Sergio Moro da disputa, e ressaltou que sua candidatura está ainda muito à frente.

 

"O Bolsonaro recuperou três ou quatro pontos nas pesquisas depois da saída do Moro, mas se você perceber bem, a nossa distância continua acima de 15 pontos no Brasil, e isso é uma distância muito grande", disse.

 

"Eu estou tranquilo e estou com certeza que nós temos todas as condições para ganhar as eleições em 2022."

 

Na segunda-feira, como mostrou a Reuters, o PT passou o dia em reuniões de avaliação onde foram apresentadas pesquisas feitas para o partido e também análises de tendência com base em outros levantamentos, e os resultados deixaram a cúpula do partido otimista.

 

De acordo com fontes que participaram da apresentação, a candidatura de Lula teria ganho fôlego no Rio Grande do Sul, onde estava em empate técnico com Bolsonaro, e também em São Paulo, recuperando impulso. A região centro-oeste e Santa Catarina ainda são os locais onde Lula está atrás do atual presidente.

 

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 14:59 Escrito por O Paralelo 13

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento em Brasília

Por Ricardo Brito

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a reconstrução da Organização das Nações Unidas (ONU) ao considerar que o organismo "não representa mais nada" e criticou a atuação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na guerra da Ucrânia, em entrevista à revista Time veiculada nesta quarta-feira.

 

Para o petista, é urgente e necessário criar uma nova governança mundial.

 

"A ONU de hoje não representa mais nada. A ONU de hoje não é levada a sério pelos governantes. Porque cada um toma decisão sem respeitar a ONU. O Putin invadiu a Ucrânia de forma unilateral, sem consultar a ONU. Os Estados Unidos costumam invadir os países sem conversar com ninguém e sem respeitar o Conselho de Segurança. Então é preciso que a gente reconstrua a ONU, coloque mais países, envolva mais pessoas. Se a gente fizer isso, a gente começa a melhorar o mundo", disse.

 

Na entrevista em que falou bastante sobre temas internacionais, Lula afirmou que, caso fosse presidente do Brasil, teria ligado para chefes de Estado como Biden, o russo Vladimir Putin e o francês Emmanuel Macron para tentar evitar a guerra na Ucrânia. Admitiu, porém, que não sabe se seria capaz de impedir o conflito bélico.

 

O ex-presidente fez críticas ao presidente dos EUA ao considerar que ele não tomou a decisão correta na guerra entre Rússia e Ucrânia.

 

"Os Estados Unidos têm um peso muito grande e ele poderia evitar isso, e não estimular. Poderia ter falado mais, poderia ter participado mais, o Biden poderia ter pegado um avião e descido em Moscou para conversar com o Putin. É esta atitude que se espera de um líder. Que ele tenha interferência para que as coisas não aconteçam de forma atabalhoada. E eu acho que ele não fez", afirmou.

 

O petista disse ainda que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, "quis a guerra" e, se não quisesse, "teria negociado um pouco mais", embora tenha reafirmado que Putin "foi errado" em invadir o país vizinho.

 

Às vésperas de lançar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, Lula afirmou esperar --caso eleito-- fazer um governo melhor do que em seus dois mandatos, de 2003 a 2010. Na entrevista, entretanto, não deu maiores informações sobre seu plano de governo.

 

"Há uma expectativa de que eu volte a presidir o país, porque as pessoas têm boas lembranças do tempo em que eu fui presidente. As pessoas trabalhavam, as pessoas tinham aumento de salário, os reajustes salariais eram acima da inflação. Então eu penso que as pessoas têm saudades disso e as pessoas querem isso melhorado", disse.

 

Ainda assim, o petista afirmou ter clareza de que pode resolver os problemas do país, destacando que eles só serão resolvidos quando os pobres estiverem participando da economia, do Orçamento e estiverem comendo. "Isso só é possível se você tiver um governo que tenha compromisso com as pessoas mais pobres", avaliou.

 

O ex-presidente disse na entrevista que nunca desistiu da política e que não ficou magoado, ressentido ou com ódio, mesmo após ter passado 580 dias na prisão em decorrência de condenação na operação Lava Jato --anuladas posteriormente pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

O petista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro, provável principal adversário de Lula na eleição de outubro, estimula o racismo no país, embora não seja culpado pela existência dele.

 

"Eu não diria que ele tem culpa pelo racismo, porque o racismo é crônico no Brasil. Mas ele estimula", disse Lula.

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 14:58 Escrito por O Paralelo 13

Obras também estão sendo executadas com recursos do Tesouro Estadual

 

Por Thuanny Vieira e Vania Machado

 

O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, recebeu na manhã desta quarta-feira, 4, o superintendente do setor público do Banco do Brasil, Sandro Jacobsen, e a equipe técnica da instituição financeira, para uma reunião de alinhamento para assinatura de contrato de operação no valor de R$ 230 milhões. A previsão é de que o mesmo seja assinado até o final do mês de maio. Os recursos serão destinados a obras de infraestrutura e a construção do Hospital Geral de Araguaína (HGA).

 

“Estamos trabalhando com muita responsabilidade em relação aos indicadores, não abrimos mão do enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal e da manutenção da capacidade de investimentos. E estamos na expectativa de celebrar esse contrato para pavimentar estradas e construir o Hospital de Araguaína, são obras muito importantes para essas regiões que vão resultar em uma melhor qualidade de vida para a população”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.

 

O superintendente Sandro Jacobsen informou como está o trâmite do contrato. “Torço muito por esse Estado para que seja mais pujante. Estamos finalizando todo o processo burocrático no nosso escritório, vamos trabalhar fortemente nisso, até porque, sua equipe nos informou que os processos licitatórios estão bem avançados. E vamos fortalecer, cada vez mais, essa parceria entre Governo do Estado e Banco do Brasil e nos próximos dias vamos formalizar a contratação do recurso”, informou o superintendente, destacando o equilíbrio financeiro do Estado do Tocantins.

 

Obras contempladas

 

Dentre as obras de infraestrutura estão contempladas a pavimentação da rodovia TO-255, trecho Lagoa da Confusão/Barreira da Cruz, com aproximadamente 48 km; e a pavimentação da rodovia TO-239, no trecho Itacajá/Itapiratins, cerca de 30,90 km, região localizada entre a BR-153 e a BR-010. As obras da TO-255 já iniciaram e estão sendo executadas com recursos do Tesouro Estadual, e o processo licitatório para contratação da empresa que executará as obras da TO-239 está em fase de homologação.

 

Estão contempladas ainda neste recurso, obras de restauração, em um total aproximado de 200 km, compreendendo os seguintes trechos: rodovia TO-030, no trecho de entroncamento BR-010 (Taquaralto)/Buritirana; rodovia TO-420, no trecho entroncamento da BR-153/ Piraque; Piraquê/BR-153; rodovia TO-164, no trecho Colmeia/Itaporã; rodovia TO-415, no trecho Palmeiras/Santa Terezinha/BR-230; rodovia TO-010, no trecho Wanderlândia/Riachinho. Esses processos licitatórios também estão em fase de andamento na Agência Tocantinense de Transporte e Obras (Ageto).

 

As obras de construção do Hospital Geral de Araguaína também estão sendo executadas com recursos do Tesouro Estadual. O valor total da obra é de R$ 160,8 milhões e o Governo do Tocantins já aportou R$ 30 milhões. Cerca de 25,67% da obra já foram executados. Quando finalizado, o HGA contará com 400 leitos, uma unidade de Pronto Socorro com capacidade de atendimento diário de 150 pessoas, entre outras dependências.

 

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 14:56 Escrito por O Paralelo 13

Washington Ayres foi nomeado no último dia 2 de maio pelo governador Wanderlei Barbosa

Por Lúcia Brito

O novo presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Washington Ayres, e o vice-presidente Almir Batista Silva Amaral, se reuniram na manhã desta quarta-feira (04/05) com todos os titulares das diretorias do órgão, na sede central, em Palmas. Acompanhado do secretário executivo da Secretaria da Agricultura, Adenieux Rosa Santana, o novo gestor ressaltou que chega com espírito colaborador, neste momento primordial para a extensão rural, que é a realização da Agrotins de forma presencial, após dois anos de pandemia, devido a Covid-19.

 

“Não vamos mudar nada, pois vemos que tudo está bem planejado para mais uma edição da Agrotins. Estamos aqui para colaborar com o governo, neste órgão essencial para o Tocantins, que tem forte vocação para o agronegócio, área que é uma das mais relevantes para a nossa economia. Da nossa parte queremos estender as mãos para seguirmos em frente e colhermos os frutos que foram plantados por todos vocês. Abriremos diálogo com as diretorias para termos conhecimento dos projetos da pasta, pois entramos aqui com uma visão de gestão específica da área para atender, com espírito de colaborador , de aprendizagem e de união com todo corpo técnico”, disse.

 

O mesmo pensamento foi compartilhado pelo vice-presidente, Almir Batista. “Venho da região nordeste do país e há 42 anos no Estado. Por dois mandatos fui prefeito de Pindorama, e agora fui convidado pelo governador para fazer parte da equipe com o intuito de exercer um trabalho focado na união e transparência”, frisou.

 

Após a reunião, os gestores, acompanhados dos diretores, visitaram o trabalho do Ruraltins na Agrotins, onde foram apresentados todo o trabalho que será oferecido pelo órgão durante a feira, que ocorrerá de 10 a 14 de maio.

 

Conheça o novo presidente

 

O novo presidente do Ruraltins, Washington Luis Campos Ayres, 49 anos, é natural de Colinas do Tocantins, formado em Direito, com pós-graduação em Gestão Pública, pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins).

 

Por quatro vezes exerceu mandato de vereador em Colinas, sendo presidente da Câmara Municipal em dois deles. Atualmente exerce cargo de vereador, eleito nas últimas Eleições de 2020, se licenciando agora para exercer a função de presidente do Ruraltins.

 

Servidor do quadro geral do estado, já ocupou cargos na administração pública de 2009-2010 como subsecretário Estadual da Juventude, e assessor jurídico da presidência da Assembleia Legislativa do Tocantins.

 

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 14:55 Escrito por O Paralelo 13

Multa foi feita em razão do descumprimento das medidas cautelares previamente fixadas ao deputado federal

 

Com Estadão

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu nesta terça-feira, 3, multou o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) em R$ 405 mil em razão do descumprimento das medidas cautelares fixadas anteriormente. O deputado bolsonarista desrespeitou as medidas impostas ao menos em 27 ocasiões.

 

Moraes ainda manteve todas as restrições já impostas a Silveira, incluindo o uso da tornozeleira eletrônica, além da proibição de ausentar-se da comarca em que reside e a proibição de participar de qualquer evento público em todo o território nacional.

 

Silveira terá até 24 horas para comparecer à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (SEAPE) para fixar uma nova tornozeleira eletrônica. Ele ainda terá de devolver a anterior, que está desligada, descumprindo as medidas fixadas, desde o dia 17.

 

Outra medida desfavorável ao parlamentar é o bloqueio de 25% do seu salário, assim como de todas as suas contas bancárias. Moraes determinou que o Banco Central seja notificado para proceder o bloqueio de valores do deputado no valor da multa, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tome as providências para o desconto de vencimentos do réu para o pagamento da multa.

 

"As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário, comportamento verificado em diversas ocasiões durante o trâmite desta ação penal e que justificaram a fixação de multa diária para assegurar o devido cumprimento das decisões desta corte. Não havendo justificativa para o desrespeito das medidas cautelares impostas, incide a multa fixada", afirmou.

 

Entenda o caso

 

Silveira foi condenado pelo plenário do STF pelos crimes de coação no curso do processo e atentado ao Estado Democrático de Direito, ao proferir discursos de incentivo à violência com ataques à Justiça e a ministros da corte. Apesar da pena de 8 anos e 9 meses de reclusão, Silveira beneficiado no dia seguinte por decreto de "graça constitucional" do presidente Jair Bolsonaro. Ainda assim, o parlamentar está sujeito às medidas cautelares "até eventual decretação da extinção de punibilidade ou inicio do cumprimento da pena", segundo Moraes.

 

A defesa do deputado federal argumentou que a tornozeleira eletrônica, que está desligada desde o dia 17 de abril, sofreu um problema técnico. No entanto, a SEAPE informou que não houve qualquer problema com o equipamento de monitoramento eletrônico.

 

Posted On Quarta, 04 Mai 2022 06:25 Escrito por O Paralelo 13