Após a apuração das urnas, o União Brasil passou a superar o PP em quantidade de deputados e, portanto, de fundos partidário e eleitoral

 

Por Paulo Cappelli

 

Após a apuração das urnas, o União Brasil superou o PP em quantidade de deputados e, consequentemente, de fundos partidário e eleitoral. Isso será colocado na mesa por Antônio Rueda na negociação com Arthur Lira para a fusão dos partidos.

Quando os dois dirigentes se reuniram, na semana passada, o PP de Lira tinha, em Brasília, mais deputados que o União Brasil. A partir de janeiro de 2023, porém, o cenário será outro. O União Brasil de Rueda terá uma bancada de 59 parlamentares, e o PP, de 47.

Com isso, o União ganha força para pleitear, por exemplo, a presidência do novo partido que seria criado a partir da fusão. E, também, o comando de diretórios estaduais estratégicos.

 

Quando houve a fusão do PSL com o DEM, que originou o União, Rueda, então no PSL, negociou para que a presidência da nova legenda ficasse com o aliado Luciano Bivar, então presidente do PSL. A soma dos recursos do PSL e do DEM ajudou a fazer com que o União superasse o PP na eleição deste ano.

A ideia com a fusão é criar um superpartido que seria o mais numeroso na Câmara, superando o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, que terá 99 deputados a partir de 2023.

 

 

Posted On Terça, 04 Outubro 2022 07:08 Escrito por

Da Assessoria

 

A eleição de Professora Dorinha (UB/TO) ao Senado teve grande representatividade. Os 395.408 mil votos recebidos por Dorinha, neste dia 2 de outubro, fazem dela a mulher com a maior soma de votos da história do Tocantins. Nenhuma outra mulher que tenha disputado um cargo eletivo pelo Estado alcançou tamanha quantidade de votos numa eleição. Um feito que demonstra a força da mulher na disputa eleitoral no Estado.

 

“Sem dúvida essa é uma grande vitória para todas nós mulheres tocantinenses. Quero reforçar meu agradecimento a todos e a todas que acreditaram no projeto de mudar a presença do Senado na vida dos tocantinenses, com a proposta de fazer um mandato mais próximo das pessoas”, afirmou Dorinha.

 

A votação maiúscula de Dorinha também fez dela a senadora mais bem votada da história do Tocantins, superando a quantidade de votos recebida por cada um daqueles que já disputaram o cargo de Senado pelo Estado.

 

Outro fator que merece destaque é que Dorinha é a mulher no Brasil com a segunda melhor votação percentual ao Senado nesta eleição. Com 50,42% dos votos válidos no Tocantins, Dorinha obteve o segundo melhor percentual de votos entre as mulheres eleitas neste 2 de outubro ao Senado no país.

 

Dorinha só fica atrás da ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina, que no Mato Grosso do Sul obteve 60,85% dos votos. As outras duas senadoras eleitas este ano foram Teresa Leitão, que obteve 46,12% dos votos em Pernambuco, e a ex-ministra da Mulher Damares Alves, eleita com 44,98% dos votos no Distrito Federal.

 

 

Posted On Terça, 04 Outubro 2022 07:06 Escrito por

Mauro Paulino lança algumas hipóteses para explicar as divergências entre os números dos institutos e a votação

Por Jeff Benício

 

Em clima de ressaca, a 'Central das Eleições' da GloboNews debateu a surpreendente nova onda bolsonarista na eleição.

 

Ex- diretor do Datafolha e agora comentarista do canal, Mauro Paulino tentou ajudar os colegas de emissora a compreender os equívocos das pesquisas, bem além da margem de erro.

 

"Temos que relativizar os resultados das pesquisas", disse. "Os institutos precisam rever suas metodologias."

 

A Globo contrata o Datafolha e o Ipec (comandado por ex-funcionários do Ibope) para realizar levantamentos divulgados em primeira mão em seus telejornais.

 

"Neste momento, as pesquisas estão na berlinda e os pesquisadores precisam dar respostas", afirmou Paulino.

 

Ele concluiu que os institutos não conseguiram "captar a força da direita no Brasil" e precisam buscar "outras fontes de informação".

 

Citou a influência do conteúdo propagado por aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, na definição do voto de muitos brasileiros.

 

O comentarista acredita que a defasagem dos dados do Censo (o último foi em 2010) pode explicar parte dos erros dos institutos, que tentam atualizar o perfil do País ao escolher quem entrevistar.

 

Mauro Paulino disse que as pesquisas de 2º turno são historicamente mais precisas, com maior chance de acerto no resultado das urnas.

 

Esse choque de realidade vai fazer os jornalistas da Globo e GloboNews analisarem a nova etapa da eleição sob um novo aspecto, sem se apegar tanto aos números.

 

A imprensa precisa se voltar às ruas, ao invés de ficar tão dependente dos dados dos institutos. Ouvir mais o povo. Sob pressão, o jornalismo também precisa dar respostas.

 

Posted On Terça, 04 Outubro 2022 06:57 Escrito por

Senado é historicamente visto como a casa dos parlamentares mais experientes

 

 Por Olavo Soares

 

As eleições deste domingo (2) indicaram os ocupantes de 27 cadeiras do Senado e consagraram o partido do presidente Jair Bolsonaro. O PL fez 6 senadores e agora tem 14 representantes no Senado, a maior bancada da casa.

 

A vice-liderança fica com o PSD, que ficará com 11 nomes. A terceira posição é do União Brasil, de 10 senadores.

 

O ambiente pró-Bolsonaro que o Senado passará a ter em 2023 diverge do cenário atual, em que a casa, embora não seja exatamente dominada pela oposição, fez jogo duro para o presidente durante todo o mandato do atual chefe do Executivo.

 

O Senado, por exemplo, instalou a CPI da Covid, que foi conduzida por adversários de Bolsonaro, e não avançou com pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), uma demanda do presidente e seus aliados. O presidente do Senado é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que em muitas vezes divergiu publicamente de Bolsonaro, especialmente em assuntos ligados às urnas eletrônicas e à segurança do processo eleitoral.

 

O Senado tem 81 membros e faz sua renovação de forma alternada: em uma eleição são selecionados um representante para cada estado e para o Distrito Federal, totalizando 27 parlamentares, e na seguinte são dois para cada unidade da federação, o que resulta em 54 vagas. Os eleitos tomarão posse em fevereiro.

 

A renovação de 2022 pode ser maior, caso os senadores que disputam as eleições para os governos de seus estados sejam vitoriosos. Estão na disputa do segundo turno os senadores Jorginho Mello (PL-SC), Eduardo Braga (MDB-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e Rodrigo Cunha (UB-AL). Se eles vencerem, seus primeiros suplentes assumem os mandatos.

 

Como está o Senado hoje

Atualmente, a maior bancada do Senado é a do MDB, que tem 13 representantes. Na relação estão desde parlamentares eleitos em 2014 e 2018 e também suplentes que estão no exercício do mandato, como Ivete da Silveira (SC) e Luiz Pastore (ES).

 

A segunda colocação é do partido do presidente do Senado, o PSD. Além de Pacheco, a agremiação conta com outros 11 representantes. Três deles buscaram a renovação de seus mandatos neste domingo, Alexandre Silveira (MG), Otto Alencar (BA) e Omar Aziz (AM). Alencar e Aziz venceram a eleição e Silveira foi derrotado.

 

PP e Podemos, ambos com oito nomes cada, têm as terceiras maiores bancadas. O único nome do Podemos que disputou a reeleição foi Alvaro Dias (PR), que acabou derrotado. Lasier Martins (RS) concorreu a uma vaga de deputado e os demais estão na metade de seus mandatos.

 

Os partidos de Lula e Bolsonaro, PT e PL, têm sete senadores cada, assim como o União Brasil, da agora ex-presidenciável Soraya Thronicke (MS).

Confira a relação dos eleitos em 2022

 

AC
Alan Rick (União Brasil)

 

AL
Renan Filho (MDB)

 

AP
Davi Alcolumbre (União Brasil)

 

AM
Omar Aziz (PSD)

 

BA
Otto Alencar (PSD)

 

CE
Camilo Santana (PT)

 

DF
Damares Alves (Republicanos)

 

ES
Magno Malta (PL)

 

GO
Wilder Moraes (União Brasil)

 

MA
Flávio Dino (PSB)

 

MG
Cleitinho (PSC)

 

MS
Tereza Cristina (PP)

 

MT
Wellington Fagundes (PL)

 

PA
Beto Faro (PT)

 

PB
Efraim Filho (União Brasil)

 

PE
Teresa Leitão (PT)

 

PI
Wellington Dias (PT)

 

PR
Sérgio Moro (União Brasil)

 

RJ
Romário (PL)

 

RN
Rogério Marinho (PL)

 

RO
Jaime Bagatolli (PL)

 

RR
Hiran Gonçalves (PP)

 

RS
General Mourão (Republicanos)

 

SC
Jorge Seif (PL)

 

SE
Laércio Oliveira (PP)

 

SP
Marcos Pontes (PL)

 

TO
Professora Dorinha (União Brasil)

 

 

Posted On Segunda, 03 Outubro 2022 16:26 Escrito por

Com Agência Câmara 

 

No último domingo (2), ficou definida a composição da Câmara dos Deputados para 2023. O PL e PT foram os partidos com as maiores bancadas e, no total, 23 legendas foram eleitas para integrar a casa legislativa.

 

Veja quais partidos e coligações elegeram deputados e quantos representantes terão:

 

PL: 99 deputados

 

PT/PCdoB/PV: 80 deputados (PT com 68, PCdoB com 6 e PV com 6)

 

União Brasil: 59 deputados

 

PP: 47 deputados

 

MDB: 42 deputados

 

PSD: 42 deputados

 

Republicanos: 41 deputados

 

PSDB/Cidadania: 18 deputados

 

PDT: 17 deputados

 

Rede/Psol: 14 deputados

 

PSB: 14 deputados

 

Podemos: 12 deputados

 

Avante: 7 deputados

 

PSC: 6 deputados

 

Solidariedade: 4 deputados

 

Patriota: 4 deputados

 

Novo: 3 deputados

 

Pros: 3 deputados

 

PTB: 1 deputado

 

O grupo da direita, formado por PL, PP, Republicanos, União Brasil, PTB e Novo soma 250 cadeiras na Câmara dos Deputados, cerca de 49% da casa.

 

Os partidos independentes, sem associação direta com o presidente Jair Bolsonaro atualmente, são PSD, MDB, PSDB/Cidadania, Podemos, Patriota e PSC. Juntos, eles somam 124 deputados.

 

O bloco mais ligado a Lula e a esquerda tem a coligação PT/PcdoB/PV, PSB, PDT, Psol/Rede, Avante, Solidariedade e Pros. Juntos, os partidos chegam a 139 deputados.

 

Menor número de partidos

Com os resultados da eleição do último domingo (2), a Câmara dos Deputados terá, a partir de 2023, representantes de 23 partidos. O número é menor do que o de 2018, quando foram eleitos deputados de 30 legendas diferentes.

 

Há ainda a previsão de que o número caia no início do próximo ano, com migrações de deputados para outros partidos. Sem a cláusula de desempenho, legendas ficarão sem acesso ao Fundo Partidário, o que estimula a mudança entre legendas.

 

Em 2018, quando foram eleitos deputados de 30 partidos, apenas 21 tinham números para ultrapassar a cláusula de desempenho. Em outubro de 2022, a Câmara tem representantes de 23 legendas, após as migrações.

 

 

 

Posted On Segunda, 03 Outubro 2022 16:24 Escrito por