Textos foram enviados pelo Ministério da Fazenda em agosto, e os parlamentares entram em recesso no próximo dia 22
Por Plínio Aguiar
O governo corre contra o tempo para aprovar e resolver pendências econômicas que impulsionam a arrecadação federal. Há a previsão de votação de vários projetos e vetos nesta semana no Congresso Nacional, entre elas a medida provisória que altera as regras de subvenção do ICMS e o projeto de lei das apostas esportivas. Os textos foram enviados pelo Ministério da Fazenda em agosto, e os parlamentares entram em recesso no próximo dia 22.
Na tentativa de aparar as arestas e garantir uma sólida aprovação, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não compareceu à Cúpula do Mercosul, realizada na última semana no Rio de Janeiro, para priorizar reuniões com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e tratar do tema econômico, entre outros assuntos.
Para o fim de ano, Haddad considera como prioritária a aprovação de um pacote de medidas: taxação de offshore, que altera regras de subvenção do ICMS; Lei de Diretrizes Orçamentárias; as apostas esportivas; e a reforma tributária. O primeiro projeto já foi aprovado pela Câmara e pelo Senado e aguarda sanção presidencial.
O projeto de lei das apostas esportivas, cuja previsão é ser analisado nesta terça-feira (12) no Senado, já foi aprovado pelos deputados. Pelo texto, serão taxadas apostas esportivas virtuais, jogos de azar, casas de apostas, cassinos online e os próprios apostadores. Para funcionar, os operadores deverão pedir autorização à Fazenda, com outorga que pode custar até R$ 30 milhões para explorar a atividade por três anos.
A taxação deve ocorrer nos moldes do que foi proposto pelo governo: 18% sobre o faturamento bruto das empresas e 30% de Imposto de Renda sobre os ganhos de cada aposta. Haddad argumenta que a arrecadação anual com as apostas pode chegar a R$ 12 bilhões por ano. Agora, falta a aprovação do Senado.
Outro tema considerado relevante pela equipe econômica é a aprovação da MP que altera regras de subvenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na prática, a medida limita a transferência de recursos pelas empresas para reduzir a base de cálculo do pagamento dos impostos federais.
A estimativa de arrecadação, nesse caso, é de R$ 35 bilhões em 2024. Outro destaque, inserido na MP das subvenções, é a mudança de regra dos juros sobre capital próprio (JCP). O governo tenta acordo nesse tema.
Diante da baixa adesão do Congresso à MP, Haddad admitiu mudanças. "Estamos concordando em dar um desconto sobre R$ 90 bilhões, de condenação pelo Superior Tribunal de Justiça, de praticamente todas as empresas, e estamos calibrando a subvenção a investimento, mas investimento real, não presumido. Tem que demonstrar que houve investimento concreto para que a União possa participar", disse.
O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 deve ser apreciado pela Comissão Mista de Orçamento nesta quarta (13). A LDO baliza a Lei Orçamentária Anual (LOA), que é o Orçamento da União. A matéria prevê metas e prioridades do governo, despesas de capital para o ano seguinte, alterações na legislação tributária e política de aplicação nas agências financeiras de fomento.
Como mostrou o R7, o relator da LDO propôs um cronograma de pagamento das emendas parlamentares impositivas, o que na prática fortalece o Congresso Nacional ao retirar do governo federal o controle do momento em que essas verbas são gastas.
O calendário dá o prazo de até 15 dias após o início do ano legislativo para que se cadastrem projetos, com tempo de análise de até 120 dias. Caso não haja nenhuma divergência, o valor da emenda precisa ser empenhado (ou seja, reservado) em até 30 dias. Já o prazo para pagamento é até o fim do ano.
A Câmara dos Deputados pretende votar nesta semana a reforma tributária. Durante a discussão do tema no Senado, o número de produtos e serviços que podem ter tratamento favorecido foi ampliado para 42, ante 33 exceções impostas pelos deputados. Os parlamentares avaliam essas mudanças. A intenção dos presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco é que o texto seja promulgado ainda em 2023.
Caso a reforma seja aprovada em 2023 no Congresso Nacional, é somente no próximo ano que ocorrerão as votações de leis complementares que vão regulamentá-la. A definição das alíquotas, itens a ser incluídos na cesta básica para receberem a isenção total e produtos que terão imposto seletivo aplicado são temas que ainda precisarão ser resolvidos.
A infraestrutura do novo sistema deve ser montada em 2025. A partir de 2026, começa a transição de impostos até 2033, quando sobrarão apenas os novos impostos previstos na reforma: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo.
Vetos
O Congresso Nacional deve analisar, na próxima quinta (14), o veto presidencial à desoneração da folha. A expectativa é de reversão da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de barrar a prorrogação da medida. Na pauta da mesma sessão estão os vetos ao marco temporal das terras indígenas, às novas regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e ao arcabouço fiscal.
Em relação ao projeto da desoneração, a ala governista tenta incluir a discussão da medida somente na segunda etapa da reforma tributária. A indicação por parte da maioria dos parlamentares é a de manter o movimento pela derrubada do veto integral ao projeto, por avaliar que não há tempo hábil para analisar uma nova proposta do zero até o fim do ano.
Nos bastidores, a equipe econômica já planeja alternativas à desoneração, por prever a derrubada do veto. Por isso, a Fazenda considera essencial para manter as metas fiscais a aprovação da MP das subvenções, que limita a transferência de recursos do ICMS pelas empresas, para reduzir a base de cálculo do pagamento dos impostos federais.
Tocantins tem expectativa de receber prova em outubro de 2024. Anúncio e detalhes deverão ser feitos pelo governador com a presença do piloto
Por Camila Rodrigues
O Secretário de Estado do Turismo, Hercy Filho, em reunião com os pilotos e irmãos Felipe e Thiago Fraga, nesta segunda-feira, 11, tratou sobre o planejamento e expectativa de uma etapa do Rally Sertões Series no Tocantins, prevista para outubro de 2024.
A 32ª temporada do Sertões está marcada para 23 a 31 de agosto de 2024 com largada e chegada em Brasília. A próxima temporada marcará o retorno do Sertões Series, que é um campeonato à parte com o Sertões como um dos desafios.
A expectativa do governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Turismo, é que a segunda etapa aconteça no Tocantins, de 8 a 12 de outubro. O governo do Estado trabalha para que a caravana de motos, carros e UTVs percorra algumas cidades do Tocantins, como parte do calendário automobilístico da marca Sertões. O percurso e todos os detalhes da prova serão anunciados oficialmente pelo governador Wanderlei Barbosa, com a presença do piloto e campeão brasileiro Felipe Fraga. A data do lançamento ainda não foi divulgada.
“Estamos com essa grande expectativa para o ano que vem, de promover o Tocantins através do automobilismo e fomentar ainda mais o turismo do nosso Estado, que movimentará toda uma cadeia, gerando economia e renda para a população. Agradecemos aos irmãos Felipe e Thiago por nos apoiar nesse projeto”, comentou o Secretário de Turismo, Hercy Filho.
Felipe Fraga é piloto de automobilismo, campeão da Stock Car Brasil da temporada de 2016, e o mais jovem piloto a ser campeão da categoria. Venceu a Corrida do Milhão de 2016, além de ser o campeão do Campeonato Brasileiro de Turismo da temporada 2013. Felipe e o irmão Thiago também são empresários no Tocantins e possuem moradia na capital Palmas.
“Estamos ansiosos por ver cada vez mais as provas de rally aqui no Tocantins, incentivando o turismo e muitos negócios no Estado. E como pilotos e empresários, vocês podem contar com a gente. O Tocantins está de braços abertos para receber todos os pilotos do Brasil”, disseram os irmãos.
Polícia Federal investiga ataque ao perfil, na noite desta segunda; foram publicadas mensagens com xingamentos e de cunho sexual
Com Do R7
A Polícia Federal investiga a invasão ao perfil da primeira-dama Janja Lula da Silva em uma rede social. O ataque hacker ocorreu na noite desta segunda-feira (11), e a conta foi bloqueada a pedido da corporação. Dentre as publicações falsas, que começaram às 21h37 e incluem xingamentos e cunho sexual, há frases como "Eu apoio o mensalão" e "Alexandre de Moraes é bandido", em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Duvido muito que o Lula tenha a coragem de me chamar após descobrir quem eu sou, ou a Janja perguntar os motivos da minha invasão à conta dela. Por isso, eu não ligo para essa gente, pois não se importam comigo de verdade. Eu odeio políticos", afirma outra publicação no perfil da primeira-dama. Veja abaixo:
Em outra postagem, foi escrito: "O Alexandre de Moraes é bandido e logo vai sofrer impeachment. Nada que ele faça vai impedir a gente de falar a verdade, enquanto tenho tempo falarei mais e mais". Veja abaixo:
A Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República informou que "repudia veementemente o ataque hacker à conta da senhora Janja Lula da Silva" e que "a Polícia Federal e a plataforma X (antigo Twitter) foram acionadas". Também afirma que "todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Não serão tolerados crimes, discursos misóginos, o ódio e a intolerância nas redes sociais".
Na mesma rede social, o ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, afirmou que os criminosos "serão identificados e responderão" pelo crime.
Canalhas criminosos hackearam o perfil da Janja. Serão identificados e responderão por mais esse crime. Os covardes que compartilham e comentam destilando seu ódio, preconceito e violência tb serão identificados.
PAULO PIMENTA, MINISTRO-CHEFE DA SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Hacker envia áudio: 'Não estou nem aí'
Por meio de um áudio publicado no perfil da primeira-dama, o invasor da página disse que está "ciente que a Polícia Federal está investigando" o caso, que "não estou nem aí" e que "está aqui zoando um pouco na rede social". Confira a íntegra da mensagem de voz:
"Eu quero avisar que estou ciente de que a Polícia Federal está investigando isso aqui. Eu não estou nem aí. Eu sei que vai dar em alguma coisa, talvez não dê, talvez dê, depende do sistema judicário deste país, que é quebrado, por sinal. Eu sou um cara que julga muito que as leis deste país são frágeis, são uma porcaria e que só tem político roubando", afirma.
"Então, se eu for preso, eu quero avisar a vocês que... Não acredito que eu vá ser preso, talvez, sim, consequências jurídicas, mas eu quero avisar a vocês que isso acontece só com gente honesta, que está aqui zoando um pouco na rede social. Agora, com bandido, Lula, corrupto, essas pessoas do grande poder, do sistema, nada acontece", continua o hacker.
"Então, antes de vocês me julgarem, questionem esses políticos que vocês votaram. Se vocês apoiam ele, continuem apoiando quem você considera útil para o país, mas, pelo menos, saiba que, se você votou em alguém, você tem que cobrar essa pessoa politicamente", conclui.
Ministro da Fazenda tem argumentado que medida fere a Constituição Haddad diz que apresentará alternativa à desoneração da folha após aprovação da reforma tributária appeared first on InfoMoney.
Por Bernardo Caram
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que apresentará proposta alternativa à desoneração da folha salarial de empresas depois que o Congresso votar a reforma tributária sobre o consumo.
Após o governo ter vetado a prorrogação do benefício tributário a setores específicos, Haddad afirmou a jornalistas que o plano alternativo já foi submetido e aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas não antecipou o teor da medida.
A reforma tributária retornou à Câmara após aprovação no Senado e há expectativa de apresentação do parecer sobre o tema nesta semana. O calendário de trabalho do Congresso prevê atividade parlamentar até a próxima semana, quando será iniciado o recesso de fim de ano.
Lula vetou integralmente, em novembro, o projeto que prorrogava até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, em decisão que acompanha os esforços de ajuste nas contas públicas liderados por Haddad.
O Congresso Nacional fará uma sessão conjunta de deputados e senadores nesta semana, com expectativa de derrubada do veto presidencial à prorrogação da desoneração.
Haddad e sua equipe vêm argumentando que a medida fere a Constituição, justificando que seria necessário buscar outro caminho de diálogo com as empresas.
Na entrevista, o ministro afirmou ainda que o governo poderá apresentar novas iniciativas fiscais com objetivo de melhorar a trajetória das contas públicas, se necessário.
"É uma construção que você vai fazer mês a mês, acompanhar a arrecadação, se tiver que tomar novas medidas, nós vamos tomar. A Fazenda está sempre seis meses, um ano adiantada em relação à agenda de hoje", afirmou ao ser questionado se é possível alcançar o déficit primário zero em 2024.
Após ter se reunido com Lula, Haddad disse que o tema do encontro foi a pauta de votação de medidas pelo Congresso nesta semana, ressaltando estar confiante em relação à chance de aprovação dos textos após negociações com parlamentares.
Entre as medidas em análise pelo Congresso está a que regulamenta a forma como subvenções estaduais a empresas geram benefícios tributários federais, iniciativa com impacto de aproximadamente 35 bilhões de reais em 2024.
Também estão em tramitação o projeto que cria uma taxação para apostas online, a mudança no mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) e indicações de diretores ao Banco Central, além dos projetos de Orçamento do ano que vem.
Operação conjunta aconteceu entre os últimos dias 4 e 8 de dezembro quando foram emitidos nove autos de infração
Com Assessoria
A Superintendência de Proteção e Defesa de Direitos do Consumidor (Procon Tocantins) aplicou nove autos de infração e apreendeu mais de 900 itens impróprios para o consumo durante operação realizada entre os últimos dias 4 e 8 de dezembro, no município de Cristalândia. Os produtos apreendidos foram descartados no aterro municipal local. As empresas têm o prazo de 20 dias para apresentar defesa.
A operação Pro-Consumidor é uma operação conjunta de fiscalização dos órgãos membros da rede de proteção ao consumidor: Procon Tocantins, MPTO, Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal e Adapec. Essa ação conjunta fortalece a defesa e proteção do consumidor no Estado do Tocantins, porque cada órgão pode atuar de acordo com a sua competência.
“Essa ação mostra que a integração dos órgãos de defesa do consumidor, cada um na sua área de atuação, fortalece a garantia de direitos do cidadão tocantinense. E esse trabalho só é possível com a participação ativa do consumidor, fazendo denúncias e buscando apoio na defesa de seus direitos”, destaca Rafael Parente, superintendente do Procon Tocantins.
Entre os produtos vencidos apreendidos estão: café, biscoitos, farinha de mandioca, empanado de frango, refrigerantes, temperos, picolés, amendoim, maionese, gelatina, amendoim, arroz, azeitona, macarrão instantâneo, molho de tomate, bombons, milho de canjica, manteiga, barra de sabão, creme dental, sabão em barra, desinfetante, álcool gel, toalha umedecida e amaciante.
O diretor de Fiscalização, Magno Silva, orienta o consumidor sobre como proceder. “É importante que o consumidor procure o Procon sempre que identificar que o seu direito está em risco. Nossas equipes estão sempre prontas para apurar as denúncias e quando é o caso, aplicarmos a legislação conforme a situação encontrada.”
O consumidor que identificar produtos fora do prazo de validade, pode denunciar, por meio do telefone 151 ou do WhatsApp Denúncia (63) 99216-6840 e, caso verificada a irregularidade, as penalidades cabíveis serão aplicadas.
O que diz a lei:
Produtos vencidos:
Tal conduta infringe o artigo 18, § 6º, I, da Lei Federal nº 8.078/90 CDC.
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.
§ 6° São impróprios ao uso e consumo:
I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos.
LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990.
Art. 7° Constitui crime contra as relações de consumo:
IX - vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria.