Por Luciano Moreira (interino)

 

EDSON RODRIGUES RETORNANDO EM JANEIRO

O nosso Edson Rodrigues, nosso Nem, afastado da direção de O Paralelo 13, dando uma pausa na produção de suas análises políticas e reportagens, deve retornar ao Tocantins apenas após a liberação da equipe médica que acompanha sua recuperação.

Ainda em repouso absoluto, Edson está cercado de fé, amizade e boas energias, emanadas por seus familiares, amigos e colaboradores.

Nem ficará em Goiânia, o apartamento de sua filha, Ludmilla Caetano Rodrigues, sob os cuidados de sua “Deusa”, Divina e de sua filha, devendo retornar ao Tocantins apenas em janeiro do ano que vem.

Enquanto isso eu, Luciano Moreira, continuarei na interinidade da coluna e das reportagens, mantendo nossos leitores bem informados sobre os fatos políticos que movimentam o Tocantins, o Brasil e o Mundo.

Desde já, agradeço pela confiança!

 

MINISTROS DO STF DEFENDEM SEMIPRESIDENCIALISMO I

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o ministro Gilmar Mendes defenderam, nesta terça-feira (12), a adoção do sistema semipresidencialista no Brasil.

 “O semipresidencialismo é uma alternativa que eu mesmo cogito. Uma forma de estabilização para a democracia. Os recentes impeachments revelam o trauma que o presidencialismo pode trazer”, disse Barroso.

Já o decano do STF, Gilmar Mendes, classificou o debate sobre o tema como “primordial”.

 

MINISTROS DO STF DEFENDEM SEMIPRESIDENCIALISMO II

O modelo semipresidencialista é um sistema político onde há a coexistência de um presidente com poderes Executivos, juntamente com um primeiro-ministro e um gabinete responsável pela condução das políticas do governo.

Nesse sistema, o presidente é eleito pelo voto popular e exerce funções representativas e diplomáticas, enquanto o primeiro-ministro é indicado pelo parlamento ou eleito indiretamente e é responsável pela administração do legislativo e formação de governo.

 Entre os países que adotam o sistema estão a França, onde o presidente possui poderes consideráveis, mas o primeiro-ministro é responsável pela condução do parlamento e formação do governo; e Portugal, que segue um modelo semelhante, com o presidente como figura de representação nacional e o primeiro-ministro à frente do governo.

 

CONGRESSO RECLAMA DE ARTICULAÇÃO DE LULA E VÊ “PROBLEMAS” PARA APROVAÇÕES

A uma semana do recesso parlamentar, o Palácio do Planalto tem corrido contra o tempo para articular a aprovação de medidas econômicas. As negociações, porém, têm esbarrado no incômodo de deputados e senadores com a atuação do governo.

Segundo parlamentares que participam das negociações com o Executivo, o Planalto segue pecando no descumprimento de acordos feitos com o Parlamento.

No meio das críticas, está o trabalho feito pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Legislativo.

Nos corredores do Congresso, crescem as críticas de que, mesmo após quase um ano de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue sem uma base sólida para garantir a aprovação de pautas de interesse.

 

MINISTROS SENADORES EXONERADOS PARA VOTAR EM DINO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai exonerar, ainda nesta terça-feira (12), ao menos quatro ministros que também são senadores.

O objetivo é garantir a participação deles na votação da indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF).

A exoneração será válida apenas para esta quarta-feira (13), dia da sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e da votação em plenário.

O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que o objetivo da exoneração é “participar deste momento importante da sua vida [Flávio Dino] e do Brasil, da apreciação do seu nome para o STF”.

 

LULA TEM REUNIÃO TENSA COM LIRA E CALHEIROS SOBRE CPI DA BRASKEM

Foi tensa a reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com dois grupos políticos adversários, no Palácio do Planalto, para tentar resolver a crise que no domingo provocou o rompimento de uma mina da Braskem, em Maceió. Durante o encontro, realizado no gabinete de Lula, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sugeriu que a CPI proposta pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), tinha outros objetivos que não aquela investigação.

Renan reagiu e disse que a CPI - prevista para ser instalada nesta quarta-feira, 13, contra a vontade do Planalto - tinha um fato objetivo. "Por acaso alguém nessa reunião está defendendo a Braskem?", perguntou ele.

 

 

ATAQUE HACKER À CONTA DE JANJA

A primeira-dama do Brasil, Rosângela Lula da Silva, a Janja, repudiou nesta terça-feira, 12, a invasão hacker ao seu perfil do X (antigo Twitter) ocorrida na noite da última segunda-feira, 11. Janja classificou os ataques como "machistas e criminosos" e pediu punição aos responsáveis.

"Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei", afirmou em uma publicação no Instagram.

Nesta terça-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou que o X congele a conta da Janja até o inquérito sobre o ataque hacker ser instalado. Além de preservar o perfil da primeira-dama, os administradores da plataforma devem manter os registros digitais até o fim da investigação preliminar, que já está em curso na Diretoria de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (PF).

 

LULA CONVIDA GOVERNADORES PARA 8 DE JANEIRO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou governadores nesta terça-feira,12, para um ato no próximo dia 8 de janeiro para marcar um ano dos ataques às sedes dos poderes. De acordo com Lula, os ataques foram uma tentativa de golpe, que foi debelada.

"Estou convidando todos os governadores porque no dia 8 de janeiro nós vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou-se dar um golpe dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país", declarou o presidente da República.

 

Posted On Quarta, 13 Dezembro 2023 06:37 Escrito por

As progressões serão implementadas na folha de pagamento do mês de dezembro de 2023

 

 

Com Assessoria

 

 

O Governo do Tocantins, por meio das Secretarias de Estado da Administração e Educação, autorizou a concessão de progressões funcionais a servidores públicos pertencentes ao quadro de Profissionais da Educação Básica Pública da rede estadual. O Decreto n⁰ 6.712/2023 foi publicado na edição desta terça-feira, 12, no Diário Oficial do Estado (DOE). (aqui)

 

A quitação do passivo retroativo das progressões aos servidores aptos se dará na folha de pagamento do mês de dezembro de 2023 e são referentes aos anos de 2021 e 2022.

 

O Governador Wanderlei Barbosa destacou que sua gestão é comprometida com a Educação. “Estamos fechando o ano com mais uma excelente notícia para a educação do nosso Estado. São quase 20 milhões de reais que serão pagos para mais de 3.000 professores da rede estadual de educação e isso representa o nosso compromisso com um ensino de qualidade”.

 

“A concessão dessas progressões fortalece o compromisso com o desenvolvimento do setor educacional tocantinense. A educação é a base de qualquer sociedade próspera, e a valorização de nossos educadores é crucial para alcançarmos os objetivos almejados. Entendemos que a valorização dos profissionais da educação é uma ferramenta estratégica para o avanço do sistema educacional em nosso Estado”, pontuou o Secretário de Estado da Administração, Paulo César Benfica Filho.

 

O secretário de Estado da Educação, Fábio Vaz, ressaltou o compromisso da gestão com os servidores. “O pagamento das progressões horizontais e verticais do quadro do magistério mostra o comprometimento dessa gestão na valorização da educação. São muitas conquistas neste ano de 2023 e vamos continuar lutando para garantir uma educação de qualidade para todos os tocantinenses”.

 

 

 

 

 

Posted On Quarta, 13 Dezembro 2023 06:34 Escrito por

Com investimento de mais de R$ 150 milhões, iniciativa deve gerar redução do custo de energia elétrica em todas as unidades consumidoras de baixa tensão da administração estadual

 

 

Da Assessoria

 

 

Na presença do governador Wanderlei Barbosa, o presidente da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura do Tocantins (Ageto), Márcio Pinheiro Rodrigues, assinou na tarde desta terça-feira, 12 de dezembro, na sala de reuniões do Palácio do Governo, o contrato de parceria público-privada (PPP) com o consórcio Energia Tocantins, vencedor do processo de licitação para execução do projeto de Energia Solar. O secretário Thomas Jefferson, da Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI/TO), pasta responsável pela coordenação do projeto, também esteve presente na solenidade de assinatura do contrato acompanhado por demais líderes do Governo.

 

Trata-se da primeira PPP do Estado, e a partir da assinatura do contrato o consórcio torna-se responsável pela implantação, operação e manutenção das mini usinas de energia fotovoltaica que devem gerar redução do custo de energia elétrica nas edificações da administração pública estadual. A estimativa é de que sejam investidos mais de 150 milhões ao longo dos 25 anos correspondentes ao período da concessão.

 

“Esse é um empreendimento inédito no Tocantins. Estamos fazendo história e potencializando o desenvolvimento sustentável no nosso Estado. Optar por uma matriz energética limpa é mais do que economia, é fazer a melhor opção pelo meio ambiente e pela população tocantinense.”, declarou o governador Wanderlei Barbosa.

 

 

“Esse é um empreendimento inédito no Tocantins. Estamos fazendo história e potencializando o desenvolvimento sustentável no nosso Estado.”, declarou o governador Wanderlei Barbosa.

 

Com esta iniciativa, o Tocantins desponta como pioneiro de uma PPP de Energia Solar que beneficiará todas as unidades consumidoras de baixa tensão do setor administrativo, projetando uma economia de 600 milhões de reais aos cofres públicos. Além de economicidade, a alteração da matriz energética também agregará sustentabilidade administrativa e fomento para novos negócios relacionados ao setor fotovoltaico no Estado.

 

Após cumprimento de todas as etapas anteriores, incluindo modelagem, diálogo público, e licitação, a assinatura do contrato concluiu o processo de constituição da primeira PPP do Estado do Tocantins, que se deu sob coordenação da Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI/TO) com o apoio da Companhia Imobiliária de Participações, Investimentos e Parcerias (Tocantins Parcerias) e do Instituto de Planejamento e Gestão de Cidades (IPGC), entidade sem fins lucrativos que possui cooperação técnica com o Estado para estruturação e acompanhamento de todas as etapas do projeto.

 

O presidente da Ageto, Márcio Pinheiro, ressaltou que este é um passo muito importante para o crescimento econômico do Estado do Tocantins: “Além de viabilizar um serviço de melhor qualidade para atendimento e bom funcionamento dos órgãos públicos, também vai otimizar os recursos por meio da grande redução dos gastos com energia elétrica”.

 

Segundo o secretário da SPI, Thomas Jefferson, a parceria também vai impactar na atração de grandes empreendimentos para o Estado: “Temos muito orgulho de fazer parte deste projeto que coloca o Tocantins entre os estados brasileiros a ter a própria geração de energia por meio da matriz fotovoltaica. Além dos ganhos ambientais, esta PPP abre portas para novos negócios principalmente associados ao setor fotovoltaico, movimentando também a geração de empregos.”.

 

Thomas Jefferson destacou ainda que, além da Energia Solar, outros projetos coordenados pela Secretaria de Parcerias e Investimentos se encontram em fase avançada de desenvolvimento: “Temos outros grandes projetos em parceria com a iniciativa privada que já estão em via de licitação, a exemplo do Hospital da Mulher e Maternidade Dona Regina e da Loteria Estadual do Tocantins.”.

 

Representando a Tocantins Parcerias, pasta responsável por apoiar a SPI/TO na modelagem do projeto, a diretora de PPP, Kelly Barreto, lembra que o projeto de Energia Solar é fruto de um trabalho árduo que começou em 2021 e que sempre teve o apoio e a confiança do Presidente da Companhia, Aleandro Lacerda, e do governador Wanderlei Barbosa.

 

“Estamos muito felizes que a primeira PPP do Estado do Tocantins tenha se tornado realidade. Continuamos empenhados em apresentar bons projetos que propiciem o desenvolvimento sustentável do Estado.”, acrescentou Kelly Barreto.

 

Ricardo Coifman, um dos empresários que integram o consórcio vencedor da licitação, parabenizou o Governo do Tocantins pela iniciativa. “Esta é uma parceria que vai trazer uma economia muito grande e também a possibilidade de recuperar créditos de carbono, trazendo receitas acessórias para o próprio Governo. Portanto o Tocantins está de parabéns pela inovação e por ter um time eficiente que pôde tornar um projeto como esse realidade em todo o Estado”.

 

Benefícios Ambientais

 

Com a alteração da matriz energética, espera-se que o Tocantins consiga reduzir a emissão de carbono na atmosfera em mais de 2 mil toneladas ao ano, o equivalente ao gás carbônico absorvido anualmente por 130 mil árvores.

 

Fiscalização

 

Para garantir a qualidade dos serviços prestados pelo parceiro privado, o Governo do Tocantins, realizará fiscalização constante no processo de execução da PPP de Energia Solar a partir de um conjunto de indicadores de desempenho. Lembrando que a remuneração destinada ao consórcio está condicionada ao cumprimento das condições do contrato, podendo resultar na rescisão do mesmo em caso de descumprimento relevante.

 

O histórico completo com todos os documentos relacionados à PPP de Energia Solar pode ser consultado no site da Secretaria de Parcerias e Investimentos: https://www.to.gov.br/parcerias/mini-usinas-de-energia-fotovoltaica/6q33w3stg5le

 

 

Posted On Quarta, 13 Dezembro 2023 06:30 Escrito por

A saúde de Porto Nacional será contemplada com a construção de um novo hospital regional. O anúncio foi realizado pelo governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), juntamente com o deputado estadual Valdemar Júnior (Republicanos), por meio de um vídeo, divulgado na noite desta terça-feira, dia 12, nas redes sociais do deputado portuense.

 

 

Com Assessoria

 

 

Com previsão dos recursos para 2024, as obras serão realizadas com investimentos estimados no valor de R$ 80 milhões, financiados pela Caixa Econômica Federal, em parceria com o governo do Estado.

 

Atendendo a uma solicitação antiga do deputado Valdemar Júnior, o governador Wanderlei Barbosa destacou a importância da obra para o município e região. “Estou aqui com o deputado Valdemar Júnior, tratando das questões do orçamento do Estado. E uma das obras importantes que colocamos juntos, é o novo Hospital de Porto Nacional. É a antiga Osego que nós iremos transformar num hospital muito mais moderno, para dar um melhor atendimento a Porto Nacional e toda a região", declarou.

 

Na sequência, Valdemar Júnior anunciou o montante da obra: "R$ 80 milhões que o governador nos presenteia, não só Porto, como toda a região sudeste do Tocantins, que o nosso hospital de referência serve para toda essa região. R$ 80 milhões a partir de 2024, fruto do financiamento junto à Caixa Econômica Federal, para erguer, para construir o novo Hospital Regional e anexar a antiga Osego dentro dessa estrutura. Governador, Porto lhe agradece e o sudeste também", comemorou o parlamentar.

 

Posted On Quarta, 13 Dezembro 2023 06:27 Escrito por

O deputado, também vice do Congresso, disse que o assunto deve ser analisado nesta quinta-feira pelos parlamentares

 

 

Por Emerson Fonseca Fraga

 

 

 

"Não tenho dúvidas de que será derrubado", afirmou o deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP), primeiro-vice-presidente da Câmara e do Congresso, sobre o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. A declaração foi feita nesta terça-feira (12), em Belo Horizonte, onde ele recebe uma homenagem. O parlamentar disse que, se o ato não for derrubado, "muitos empregos poderão ser eliminados".

 

"É um tema extremamente importante para os 17 setores da economia", afirmou o deputado, referindo-se aos segmentos abrangidos pela política fiscal. "Esse benefício gera empregos", completou.

 

"Óbvio que você desonerar a folha para 17 setores não é o ideal. O ideal é que tivéssemos uma desoneração mais ampla. Mas é o que é possível, é o que vem sendo praticado há alguns anos", argumentou. "Há um clima e um sentimento amplo para que esse veto seja derrubado."

 

Efraim Filho

 

Autor do projeto que prorroga a medida, o senador Efraim Filho (União-PB) sugeriu nesta terça-feira (12) que não há clima no Congresso para esperar uma alternativa da equipe econômica à proposta. "O governo teve dez meses para preparar uma proposta e não o fez", disse ele ao R7. A previsão é prosseguir com a derrubada do veto integral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A próxima sessão do Congresso está marcada para quinta-feira (14).

 

"Devido à demora na apresentação da proposta e ao tempo exíguo, o melhor caminho será derrubar o veto e, assim, termos prazo para, em 2024, avaliar a proposta do governo para eventualmente aperfeiçoar uma política pública que já se mostrou eficaz na geração de empregos", completou o senador.

 

O parlamentar também alegou não haver um diálogo amplo com representantes dos 17 setores contemplados com a desoneração capaz de possibilitar a aprovação rápida de uma nova proposta em tempo. Isso porque a medida tem validade até 31 de dezembro de 2023 e, caso ela não seja prorrogada, a estimativa é de perda de aproximadamente 1 milhão de empregos.

 

Nesta segunda-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que já há um projeto para servir como alternativa à desoneração da folha e que ele conta com o aval de Lula na forma com que a proposta está sendo conduzida pela equipe econômica. No entanto, o ministro disse que o tema só será analisado depois da aprovação da reforma tributária.

 

Por isso, a base do governo no Congresso tenta articular um adiamento da análise dos vetos. Por enquanto, não há tendência de postergar o debate.

 

O veto de Lula ao projeto é contrário ao posicionamento de 84% dos deputados federais. Dos 513 membros da Câmara, 430 votaram a favor da proposta. O texto também passou com facilidade no Senado, que analisou a matéria em votação simbólica, que acontece quando há consenso entre os parlamentares.

 

O que é a desoneração da folha

 

A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta da organização. O objetivo é que o mecanismo reduza o peso dos encargos trabalhistas e estimule a criação de empregos nos setores desonerados.

 

A medida está vigente desde 2011 e foi adotada durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Quando a concessão entrou em vigor, 56 setores eram contemplados, mas o ex-presidente Michel Temer (MDB) sancionou, em 2018, uma lei que removeu 39 segmentos do regime. A medida valeria até 2021, mas foi prorrogada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Preços podem aumentar

Com o veto de Lula, o país pode ver a inflação subir. "De fato, tanto os empregos estarão ameaçados quanto os custos das empresas vão se elevar. De uma forma ou de outra, toda a economia nacional sofrerá o impacto dessa mudança: as empresas terão que cortar custos para equilibrar as contas, podendo haver redução no número de empregados e aumento no valor dos produtos, o que pressionará a inflação", avalia o economista Werton Oliveira.

 

A elevação dos preços ao consumidor final, segundo Oliveira, traria como efeito de curto prazo um aumento da inflação. Por outro lado, com as demissões gradativas, haveria uma diminuição do poder de compra dos brasileiros em um segundo momento, o que faria os preços cair, mas isso traria prejuízo ao crescimento econômico.

 

Previdência Social

A perda de arrecadação para a Previdência Social, caso não houvesse a desoneração da folha de pagamento, teria sido de R$ 45,7 bilhões entre 2018 e 2022, revelou um estudo feito neste ano pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

 

A publicação mostrou que, caso o mecanismo não existisse, a perda de arrecadação da Previdência Social teria sido de R$ 1,4 bilhão em 2018, R$ 5,7 bilhões em 2019, R$ 9,5 bilhões em 2020, R$ 13 bilhões em 2021 e R$ 16 bilhões em 2022. O contexto atual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é de saldo negativo.

 

Com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os representantes observaram que, em termos de evolução da empregabilidade, os setores desonerados contrataram mais de 1,2 milhão de novos trabalhadores entre 2018 e 2022, o que corresponde a cerca de 15,5% de crescimento. Sem a geração desses empregos, haveria uma queda na arrecadação previdenciária.

 

 

 

Posted On Quarta, 13 Dezembro 2023 06:22 Escrito por
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