Hotéis e pousadas da cidade já estão lotados pelas equipes de apoio aos competidores

 

Por Edson Rodrigues

 

De Berço da Cultura do Tocantins, Porto Nacional será, na próxima quarta-feira (28), a capital da velocidade e da emoção no Tocantins, como uma das cidades sede do Rally Sertões, que volta a incluir o Tocantins no roteiro após uma reformulação em sua estrutura e até no nome (antes era Rally dos Sertões).

 

Pela primeira vez incluída no roteiro da competição/aventura, Porto Nacional está pronta para receber os pilotos (as equipes de apoio já lotam os hotéis e pousadas), com sua infraestrutura gastronômica e de entretenimento permanente à beira do Lago, sua praia, restaurante flutuante e, principalmente, com seu povo hospitaleiro e benfazejo.

 

E não são apenas os participantes do rally que estarão movimentando a economia da cidade.  Os fãs do esporte também prometem lotar a cidade para ver de perto os carrões, motos e protótipos, além de todo o glamour que envolve as competições automobilísticas.

 

Da noite desta terça-feira e durante toda a quarta-feira, Porto nacional vai respirar automobilismo com toda lama, poeira e emoção que envolvem uma competição da grandiosidade do Rally Sertões.

 

A COMPETIÇÃO

Além de brava competição, o evento é também uma grande lição. Competidores de todas as partes do mundo se deparam com uma realidade desconhecida e com paisagens jamais vistas. Quanto maior a dificuldade, maior o prazer em vencê-la. Assim são os competidores e o povo sertanejo.

 

O contraste entre o cenário e os personagens é grande. Basta imaginar a passagem de máquinas possantes, velozes e de alta tecnologia envolvida, por caminhos onde, muitas vezes, nem sequer ainda trafegam carros de boi.

 

Realidades que se misturam de um jeito muito forte e marcante. Os corredores, cobertos de poeira e cheios de garra, emocionam-se com a corrida em si, mas também com a acolhida que recebem. E aprendem muito a respeito do sertanejo que, como dizia o escritor Euclides da Cunha, “é, antes de tudo, um forte”

 

 

 

A atual edição da prova deve ser a maior em infraestrutura, distância e participação de pilotos - 302 competidores ao todo - e vai ser disputada até o dia 1º de setembro. A largada foi na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, e o encerramento acontece em Aquiraz, no Ceará.

 

Além da adrenalina e emoção por correr em alta velocidade, o rali também se destaca por passar em locais pouco habitados ou desconhecidos de boa parte do público. Nesta temporada, várias são as cidades que pretendem aproveitar o evento para mostrar suas virtudes e ganhar turistas. O Rally Sertões passará por nove cidades, em um total de 4.900km de prova.

 

SERTÕES EM NÚMEROS

- 9 cidades - Campo Grande (MS), Costa Rica (MS), Barra do Garças (MT), São Miguel do Araguaia (TO), Porto Nacional (TO), São Félix do Tocantins (TO), Bom Jesus (PI), Crateús (CE) e Aquiraz (CE)

- 4.900km de percurso

- 2.860km de estradas especiais - trechos cronometrados (60% do percurso)

- Cerca de 1.800 pessoas na Caravana (entre equipes, organização, mecânicos, médicos)

- 5 aeronaves para controle de prova (dois aviões para monitoramento e três helicópteros de resgate e filmagem)

- 302 competidores

 -Total de 865 km sem apoio mecânico

 

PROJETO SOCIAL DO RALLY

A organização vai acessar algumas áreas isoladas e carentes do Brasil durante seu percurso. Serão duas carretas-médicas com oito ambulatórios para atendimento médico às pessoas locais. Atendimentos de Dermatologia, Ginecologia, Oftalmologia e Odontologia, dentre outras ações.

 

PILOTOS

- 302 competidores, entre pilotos e navegadores (nos carros)

- 187 veículos (carros, motos, UTVs e Quadriciclos)

- 60 carros (43 no Cross Country) e 17 (Regularidade)

- 66 Motos

- 6 Quadriciclos

- 55 UTVs

 

MODALIDADES E CATEGORIAS

Carros: T1 Fia, Protótipos - T1, Pró Brasil, Super Production, T1 Fia Brasil, T3 e Production-T2

Moto: Marathon, Super Production, Production Aberta, Over 45, Rally Brasil, Self e Brasil-CRF 250 CC

UTV: Super-Production, Pró-Aspirado, Pró Elite, Over 45 e Over 45 Pró

QUADRI: Modalidade única

REGULARIDADE: Modalidade única

EXPEDIÇÕES: Aventura, Turismo e África Twin

 

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 07:41 Escrito por

Insegurança com Bolsonaro e Maia faz Bolsa cair e dólar subir

 

Por: FolhaPress - FolhaPress

 

A Bolsa brasileira teve um dos piores desempenhos dentre os principais mercados globais nesta segunda-feira (26). O Ibovespa recuou 1,27%, a 96.429 pontos, menor patamar desde 5 de junho, antes da aprovação da reforma da Previdência na Câmara.

 

O índice operou destoado do mercado americano e europeu - que iniciaram uma recuperação após o tombo de sexta (23)- com o aumento da reprovação do governo de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e a fala do presidente sobre uma suposta acusação a alguém importante a seu lado.

 

O dólar acompanhou a aversão a risco e subiu 0,36%, a R$ 4,1390, maior valor desde 18 de setembro de 2018, antes das eleições presidenciais que levaram Bolsonaro ao poder. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 4,1640.

O dia também foi de forte oscilação no mercado futuro. O contrato futuro de dólar subiu 0,8% e foi para R$ 4,15, enquanto o índice futuro da Bolsa teve queda de 2,5%.

 

O índice fecha à 18h, cerca de uma hora após o pregão de negociação das ações, e serve como indicação do comportamento dos investidores nos pregões seguintes.

 

A avaliação dos analistas é que a piora no índice futuro refletiu a informação de que um inquérito da PF (Polícia Federal) atribui ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa dois) e lavagem de dinheiro em esquemas da Odebrecht.

Maia hoje é considerado o principal fiador das reformas no Congresso.

O mercado brasileiro chegou a abrir com o viés positivo, com queda do dólar e alta da Bolsa, acompanhando o exterior.

 

Nesta segunda, antes da abertura do mercado europeu, o presidente americano Donald Trump sinalizou que novas reuniões com a China para um acordo comercial devem começar em breve.

 

Nos bastidores do encontro da cúpula do G7 em Biarritz, na França, Trump elogiou o presidente chinês Xi Jinping como um grande líder e disse que a perspectiva de conversas é algo muito positivo para o mundo.

 

"A China ligou ontem à noite para o nosso principal representante e disse: 'voltemos à mesa', então voltaremos à mesa. Acho que eles querem fazer alguma coisa. Acho que vamos ter um acordo", disse o presidente.

 

O vice-premiê chinês, Liu He, que tem liderado as negociações com Washington, também afirmou que a China está disposta a resolver a disputa comercial através de negociações calmas e se opõe à intensificação do conflito.

 

A guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo cresceu na sexta, quando Trump anunciou imposto adicional sobre cerca de US$ 550 bilhões (R$ 2,24 trilhões) em produtos da China, horas depois que Pequim divulgou tarifas retaliatórias sobre US$ 75 bilhões (R$ 306 bilhões) em produtos americanos.

 

As novas taxas derrubaram os mercados acionários. O índice americano S&P 500 chegou a cair 3% e o Ibovespa, 2,3% na sexta.

O tom ameno e conciliatório desta segunda levou as Bolsas europeias e americanas a se recuperarem e fecharem em alta. Em Nova York, Dow Jones e S&P 500 subiram 1,05% e 1,10%, respectivamente.

Nasdaq teve alta de 1,32%. Paris e Frankfurt subiram 0,45% e 0,40%, respectivamente. O mercado de Londres permaneceu fechado, devido a feriado.

 

No Brasil, por volta das 11h, o viés mudou com a divulgação da pesquisa do instituto MDA para a CNT (Confederação Nacional do Transporte). Segundo ela, a desaprovação do desempenho pessoal do presidente Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro.

 

O governo Bolsonaro é avaliado como ruim ou péssimo por 39,5% dos brasileiros. Em fevereiro, esse índice era de 19% - ou seja, houve uma elevação de pouco mais de 20 pontos percentuais em seis meses.

 

O levantamento indica ainda que 29,4% consideram o governo ótimo ou bom e 29,1%, regular. Não souberam ou não responderam 2% dos entrevistados. Em fevereiro, esses índices eram de 39%, 29% e 13%, respectivamente.

 

Os dados do CNT/MDA também apontam que a aprovação pessoal do desempenho do presidente caiu para 41%, ante 57,5% em fevereiro.

"Era de se imaginar que aqui teríamos um dia mais calmo, mas tivemos uma grave perda de aprovação do presidente, que antes tinha apoio popular", afirma Simone Pasianotto, economista-chefe da Reag Investimentos.

 

Além da queda de popularidade, o presidente afirmou a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada que uma acusação contra alguém que está ao seu lado estaria para estourar, sem dar maiores esclarecimentos. Segundo analistas, a fala contribuiu para a apreensão de investidores.

 

Os dois acontecimentos se juntaram à crise diplomática que o país vive com países europeus, especialmente com a França, em torno dos incêndios da Amazônia e fizeram o real ter o pior desempenho entre os emergentes nesta segunda.

 

Também contribuiu para a desvalorização da moeda brasileira a força internacional do dólar. A valorização da moeda americana frente aos pares globais, medida pelo índice DXY, teve alta de 0,42%.

 

O Ibovespa teve o segundo pior desempenho dentre as principais globais, atrás apenas da Bolsa argentina, que recuou 2,6%.

 

O giro financeiro da B3 foi de R$ 14,576 bilhões, abaixo da média diária para o ano.

 

"Hoje foi um dia bem ruim para a Bolsa brasileira. Até semana passada estávamos acompanhando bem à risca o exterior e, hoje, descolamos. Isso mostra que o investidor já olha o Brasil com uma cautela a mais", afirma Thiago Salomão, da Rico Investimentos.

 

Para Marcos Assumpção, estrategista e chefe do research Brasil do Itaú BBA, a queda de popularidade do presidente indicada pela pesquisa CNT/MDA não causa receio.

 

"A popularidade do Bolsonaro está em um patamar que está longe de ser preocupante. É pouco provável que este número vá cair de forma abrupta mais para frente. O presidente continua muito forte dentro da base bolsonarista", diz.

 

Para Assumpção, a piora do mercado brasileiro é um acumulo de notícias negativas. Além das notícias do dia envolvendo o presidente, Assumpção cita a combinação de guerra comercial, desaceleração da economia e ameaça ao acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

 

"As manchetes quanto ao Brasil no final de semana não foram muito boas. Com isso, estrangeiros continuam vendendo as posições em Brasil", afirma o economista.

 

Segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda, o Brasil teve déficit de US$ 9 bilhões em transações correntes em julho, pior dado para o mês em cinco anos. Segundo o banco, o fluxo foi afetado pela balança comercial mais fraca e pelo aumento das remessas líquidas de lucros e dividendos para fora.

 

O dado frustrou expectativa de déficit de US$ 5,9 bilhões do mercado, conforme pesquisa Reuters com analistas. Este foi o maior rombo para julho desde 2014, quando chegou a US$ 10,317 bilhões.

 

Na Bolsa, o saldo de estrangeiros no ano é negativo em US$ 21,4 bilhões segundo dados até 22 de agosto, antes da escalada da guerra comercial.

 

Com a piora da guerra comercial e desaceleração da economia global, estrangeiros retiram investimentos de países emergentes, como forma de proteção a risco.

 

Em relatório enviado a investidores neste domingo, o banco suíço UBS destaca a diminuição de investimentos em países emergentes.

 

"Empresas de mercados emergentes são mais expostas a alta volatilidade do mercado, à desaceleração da economia global e a maiores tensões comerciais", afirma o documento.

 

Para Pasianotto, da Reag, a crise diplomática do governo aumenta a saída de estrangeiros do país.

 

"Parecia que as coisas estavam andando depois da Reforma da Previdência, mas tudo mudou com o confronto de Bolsonaro com a mídia, com o congresso, com partidos políticos, com o meio ambiente e, agora, com Macron"

 

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 07:33 Escrito por

"Dinheiro serve para fazer mais dinheiro", diz Luiz Barsi. O paulistano de 80 anos não se preocupa com as oscilações da Bolsa: sua aposta é nas ações que pagam bons dividendos

 

Por Estadão Conteúdo

 

Maior investidor individual do Brasil, o paulistano Luiz Barsi, de 80 anos, encara a linha vermelha do metrô duas vezes por dia, de segunda a sexta-feira. De manhã, sai do Tatuapé, onde mora, até a Estação Anhangabaú, onde trabalha - fazendo o caminho de volta no fim da tarde.

 

Na última sexta-feira, 23, quando conversou com o jornal O Estado de S. Paulo, seu patrimônio na Bolsa beirava os R$ 2 bilhões. Mesmo assim, estava vestido de calça jeans, sapato social preto de R$ 200 e uma camisa comprada no Centro. Com cinco filhos e no terceiro casamento, não usava aliança, "não gosto de joia pendurada". O único adereço era um relógio sem marca, com pulseira de couro preta, ponteiros e marcadores dourados. "Dinheiro não é para gastar, só serve para fazer mais dinheiro", diz.

 

Apelidado de "Rei da Bolsa", Barsi desenvolveu há 46 anos sua Carteira de Previdência, que consiste em comprar ações que pagam bons dividendos para segurá-las, independentemente de sua cotação. Os dividendos são parte do lucro das empresas distribuído periodicamente aos acionistas. Geralmente, empresas que são boas pagadoras estão em estágio de crescimento avançado, não necessitando de tantos investimentos para financiar sua expansão. A carteira de Barsi tem 12 empresas, que ele mantém há anos, algumas há mais de três décadas. "Eu não invisto em ações da Bolsa. Eu compro participações em empresas com bons projetos. Gosto de companhias tradicionais e só compro as ações quando os preços estão em queda, nunca em alta." Confira abaixo os principais trechos da entrevista.

 

Depois de superar o patamar de 100 mil pontos, a Bolsa voltou a cair, influenciada pela guerra comercial. No momento em que conversamos, o Ibovespa está em 97 mil pontos. Como o investidor Luiz Barsi se comporta em momentos de volatilidade como nos últimos dias?

Como se não estivesse acontecendo nada. As pessoas não ganham dinheiro na Bolsa porque ficam preocupados com esses 97 mil pontos, 100 mil pontos. Isso não vale nada. Primeiro porque você não compra o índice, compra as ações. O índice é uma carteira teórica com 64 ações. Se as cinco principais ações subirem e o resto cair, o índice vai dizer que o mercado subiu. Eu nem tomo conhecimento desse índice.

 

E como toma suas decisões de investimento?

Presto atenção nos projetos das empresas. Hoje tenho 12 papéis em meu portfólio. Ações que eu não vendo. O mais antigo é do Banco do Brasil, que está comigo há 32 anos. Sabe quantos anos tem o Banco do Brasil? Tem 200 anos. O segundo mais antigo é da Klabin. Sabe quantos anos tem a Klabin? Tem 120 anos. Eu sou sócio dessas empresas, que pagam bons dividendos. A Klabin paga bem para mim e garante a vida da família controladora há 50 anos. Circunstancialmente, eu posso ter um ou outro papel, mas que não faz parte da Carteira de Previdência. Muitas vezes aparece uma oportunidade boa de mercado para comprar, vislumbrar uma subida boa, então eu compro para me alavancar e depois vender, injetando mais dinheiro nas minhas 12 empresas.

 

Como está distribuído seu patrimônio hoje?

Está tudo em ações. Não tenho dinheiro em renda fixa, que no Brasil deveria se chamar perda fixa. Hoje meu dinheiro está em projetos de energia elétrica, celulose e papel, setor financeiro e cloro e soda, com a Unipar. Eu não compro para fazer como a maioria. Você sabe qual é o longo prazo da maioria das pessoas que operam no mercado? Quinze minutos no máximo. Eles não compram ações, compram batata quente. Compram ação e já querem vender. Eu aprendi a administrar a ansiedade. Sempre haverá uma ação, dez ou quinze que estarão em um bom momento, com uma boa oportunidade. O mercado de ação no Brasil não é de risco, mas de oportunidades.

 

E como reconhecer essa oportunidade?

Quando a empresa mostra para você um bom projeto que ela ainda não conseguiu completar e está em um momento de recuperação. Por exemplo?Eu avalio há algum tempo o projeto da Paranapanema, que foi uma empresa canibalizada pelo Partido dos Trabalhadores, como foi Petrobrás, Eletrobrás. Alguns acionistas, entre os quais Previ, Petros, Caixa, que tinham dinheiro lá, resolveram colocar gestores competentes para recuperar a empresa. Esses gestores fizeram um projeto de recuperação, que li na integridade. Cheguei à conclusão de que era um bom projeto para os próximos quatro anos. Isso aconteceu há três anos. O papel custava R$ 0,80. Hoje custa R$ 40. Na própria Eletrobrás tenho uma boa quantidade de ações. Comprei na época em que a Dilma publicou a Medida Provisória 579, quando tentou reduzir o custo da energia elétrica por decreto. Na época, se eu encontrasse a Dilma, daria uma beijo nela. Porque a Eletrobrás caiu a R$ 4 e comprei. Hoje ela custa mais de R$ 50. Essa é a oportunidade, porque a Eletrobrás não vai quebrar nunca.

 

Críticos de sua estratégia dizem que comprar ações pensando em dividendos é uma boa ideia, mas para quem já tem muito dinheiro. O que diz sobre isso?

Eu não tinha dinheiro no início. Morava em um cortiço no Brás quando era pequeno. Você precisa olhar a Bolsa como um projeto de longo prazo, lá para frente. Quando comecei, comprei 100 ações por centavos, depois mais 200 ações. Comprava todos os meses. Em 10 anos eu já estava aposentado, independente financeiramente, só com o dinheiros que recebia mensalmente dos dividendos. Não conheço ninguém que ganhou dinheiro especulando na Bolsa, que ganhou dinheiro comprando opções, que ganhou dinheiro com estratégias de alavancagem.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 07:29 Escrito por

Seu pai, o vereador Cesar Maia (DEM-RJ), também é acusado dos mesmos crimes; inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal

 

Com iG UOL

 

A Polícia Federal concluiu uma das investigações envolvendo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e atribuiu a ele os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro por supostamente ter solicitado e recebido repasses da Odebrecht. Seu pai, o vereador Cesar Maia (DEM-RJ), também é acusado dos mesmos crimes. O relatório da PF foi finalizado na semana passada e enviado ao relator do caso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin .

 

Fachin enviou os autos nesta segunda-feira (26) para a Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se apresentará denúncia contra Maia com base nesses fatos. Os repasses da Odebrecht teriam ocorrido via caixa dois, em dinheiro vivo , e também por meio de doações oficiais de empresas do grupo Petrópolis usadas pela empreiteira para terceirizar suas doações, prática que é chamada pela PF de "caixa três" e foi classificada criminalmente como falsidade ideológica eleitoral.

 

A investigação se baseou em provas indiciárias e não houve uma comprovação cabal das entregas dos recursos em dinheiro vivo. Dentre as provas usadas estão dados do sistema interno de pagamentos de propina da Odebrecht — o Drousys —, nos depoimentos dos delatores da empreiteira, em registros de entrada na sede da Odebrecht e em registros telefônicos.

 

"Os elementos probatórios colhidos nos permitem afirmar com segurança sobre a realização de solicitações indevidas entre os anos de 2008 e 2010 por parte do deputado federal Rodrigo Maia e o atual vereador da cidade do Rio de Janeiro Cesar Maia no valor total de R$ 1.800.000,00, bem como acerca do recebimento de pagamentos indevidos pela Odebrecht, nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014, no valor R$ 1.600.000,00, em espécie, sendo que parte relevante, cerca de R$ 750.000,00 foi paga quando Rodrigo Maia e César Maia não eram candidatos (R$ 300.000,00 em 2008) ou fora do período eleitoral (R$ 450.000,00 em dezembro de 2010 e janeiro de 2011)", escreveram os delegados Bernardo Guidali Amaral e Orlando Cavalcanti Neves Neto.

 

Na conclusão, a PF afirma que há "elementos concretos de autoria e materialidade". Segundo os investigadores, "estão presentes indícios suficientes" de que o deputado federal e e o vereador cometeram "delito de corrupção passiva ao solicitarem e receberem contribuições indevidas nos anos de 2008, 2010, 2011 e 2014".

 

Sobre o crime eleitoral cometido por receber recursos do Grupo Petrópolis quando a verdadeira doadora era a Odebrecht , a PF escreveu que os dois acusados praticaram a "modalidade Caixa 3, ao apresentar apenas as informações de cunho estritamente formal das doações repassadas por empresas interpostas quando o verdadeiro doador era o Grupo Odebrecht".

 

Eles também teriam cometido o delito de lavagem de dinheiro quando, em 2010 e 2014, "ocultaram e dissimularam a origem, com o objetivo de dar lastro e legitimar o recebimento valores indevidos com as doações eleitorais feitas pelo Grupo Petrópolis e as distribuidoras de bebidas Praiamar e Leyroz, a pedido do Grupo Odebrecht", disse a PF .

 

Pelo envolvimento no caixa três, o empresário Walter Faria, dono do grupo Petrópolis e alvo da 62ª fase da Lava Jato , foi acusado do crime de lavagem de dinheiro no caso. O ex-assessor de Cesar Maia, João Marcos, também é acusado de corrupção passiva. Procurada, a assessoria de Rodrigo Maia ainda não respondeu. Os demais citados ainda não foram localizados.

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 03:43 Escrito por

Gestões municipais têm até 27 de setembro para indicar vias que serão pavimentadas ou recuperadas, além de apresentar documentação exigida pela Caixa e Governo

 

Por Élcio Mendes

 

O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, se reuniu com prefeitos, vice-prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais dos 139 municípios na tarde desta segunda-feira, 26, no auditório do Palácio Araguaia. Na pauta, o detalhamento dos dois financiamentos da Caixa Econômica Federal para o Governo do Estado, um no valor de R$ 453 milhões para obras estruturantes no Estado e nos municípios, onde cada um dos 139 municípios receberá obras de pelo menos R$ 1,02 milhão cada, e outro de R$ 130 milhões, este último específico para a construção da nova ponte de Porto Nacional.

 

Logo na abertura da reunião, o secretário de Estado da Fazenda, Sandro Henrique Armando, e o secretário-executivo de Planejamento e Orçamento, Sergislei Moura, apresentaram aos prefeitos a relação de documentos e informações que precisam constar nos projetos, que tem prazo até 27 de setembro para serem apresentados junto à Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz).

 

O deputado Federal Carlos Henrique Amorim participou do encontro

 

Outra informação repassada aos prefeitos foi o detalhamento de quais obras serão contempladas pelos dois financiamentos, como o Hospital Geral de Gurupi, as rodovias ligando Gurupi ao Trevo da Praia (TO-365); pavimentação da rodovia ligando Lagoa da Confusão à Barreira da Cruz (TO-225); a duplicação da rodovia ligando Araguaína ao Novo Horizonte; a pavimentação da TO-243 ligando Araguaína ao povoado Mato Verde; reforma do ginásio Ercílio Bezerra, em Paraíso do Tocantins e do estádio Castanheirão, em Miracema; e ainda, a viabilização de obras como a construção de unidades habitacionais, e complementação de obras do programa Pró-Transporte.

 

Decreto

Em virtude das obras nos municípios serem de pavimentação ou recuperação de ruas, os trabalhos ficarão a cargo da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto), e por isso, foi assinado um Decreto pelo Governador do Estado, para que a Ageto firme cooperação técnica com os municípios visando à execução dessas obras. O Decreto de número 5.893, está publicado no Diário Oficial desta segunda-feira, 26.

 

O Governador solicitou agilidade tanto para sua equipe, como para os prefeitos em relação à documentação e projetos, que não terão custos para os municípios, pois já tem sua despesa paga pelos recursos destinados a cada prefeitura. “Chegou a hora de chamar os prefeitos para eles apresentarem os projetos que vão ser executados nos seus municípios. Dentro de 40 dias temos que dar andamento para fazermos as licitações. Nosso objetivo é melhorar a vida das pessoas nos municípios e gerar empregos”, afirmou Mauro Carlesse.

 

O superintendente em exercício da Caixa, Vandeir Ferreira, reconheceu o esforço que a Gestão tem feito para enquadrar o Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal e resgatar a credibilidade do Estado. “O Estado do Tocantins está fazendo a parte dele. Sempre tivemos este projeto, mas estamos há um passo de fazer acontecer”, destacou o Superintendente.

 

O Governador solicitou agilidade tanto para sua equipe, como para os prefeitos em relação à documentação e projetos, que não terão custos para os municípios 

O vice-presidente da Associação Tocantinense dos Municípios, Diogo Borges, que representou a entidade no evento, afirmou ser um dia histórico, que há muito é aguardado pelos prefeitos, pois suas gestões precisam do apoio do Governo do Estado para realizar investimentos em infraestrutura nos municípios. “Nós agradecemos ao trabalho do governador Carlesse e toda a sua equipe e a ATM é parceira nesse grande projeto que irá gerar empregos e desenvolvimento para o Tocantins”, declarou.

 

Presenças

Também participou do evento, o vice-governador Wanderlei Barbosa; o deputado federal Carlos Henrique Gaguim; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Antonio Andrade; o defensor público-geral, Fabio Monteiro; o procurador geral de Justiça, José Omar de Almeida; deputados estaduais, secretários de estado e presidentes de autarquia.

Posted On Terça, 27 Agosto 2019 03:34 Escrito por