Chamada de Operação Deja Vu, a 51ª fase da Operação Lava Jato investiga se US$ 54,5 milhões (cerca de R$ 200 milhões), de um contrato de US$ 825 milhões envolvendo Petrobras e Odebrecht, tiveram como destino propinas pagas a executivos da estatal e a partidos políticos. O contrato suspeito previa a prestação de serviços de reabilitação, construção e montagem, diagnóstico e remediação ambiental, elaboração de estudo, diagnóstico e levantamentos nas áreas de segurança, meio ambiente e saúde em nove países, além do Brasil.

Por Pedro Peduzzi

 

Entre os investigados estão os ex-integrantes da área internacional da Petrobras Aluísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud e Ulisses Sobral Calile. Segundo os investigadores, com a ajuda de operadores financeiros, cerca de US$ 24 milhões tiveram como destino contas de agentes públicos ligados à Petrobras. Mais US$ 31 milhões teriam como destino pessoas que se diziam intermediários de políticos ligados ao então PMDB (atual MDB). Há, ainda, a suspeita de que o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tenha recebido parte dos recursos.

 

A Polícia Federal informou que cerca de 80 policiais estão cumprindo 23 ordens judiciais nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo. De acordo com o delegado da Policia Federal Igor Romario de Paula, foram cumpridos os 17 mandados de busca. Dos mandados de prisão, foram cumpridos três preventivas e uma temporária. Há ainda uma preventiva em aberto porque o investigado está no exterior – embora ainda não seja considerado foragido.

 

“O que se pretende é buscar elementos para aprofundar as investigações sobre o contrato celebrado entre a Petrobras e a Odebrecht. Informações privilegiadas foram concedidas por executivos da Petrobras aos da Odebrecht que [em retorno] prometeram uma série de benefícios ilícitos”, disse, durante coletiva de imprensa, o procurador do Ministério Público Federal Roberson Pozzobon. Na época, o diretor da área internacional da Petrobras era Jorge Zelada, já condenado por fraudes em contratos da petrolífera.

 

Pozzobon explicou como foram os primeiros passos para o desvio dos recursos. “Aluísio Teles [engenheiro da Petrobras que viria a ser gerente do contrato] contatou executivos da Odebrecht para ver se havia interesse da empreiteira no contrato [para a prestação de serviços de segurança, meio ambiente e saúde]. Quando a Odebrecht manifestou interesse, foi dito que 3% teriam de ser pagos a pelo menos três executivos da estatal”, disse o procurador, referindo-se aos então integrantes da Petrobras internacional Aluísio Teles Ferreira Filho, Rodrigo Zambrotti Pinaud e ao técnico de inspeção de equipamentos, transferido da Transpetro para a Petrobras exclusivamente para tomar parte na licitação, Ulisses Sobral Calile.

 

Ao aprofundar as investigações, foram verificados ajustes nos contratos e repasses a operadores João Augusto Rezende Henriques e Ângelo Tadeu Lauria, que seriam ligados ao MDB - na época, PMDB. “Em uma das reuniões, esses agentes se apresentavam como intermediários de pagamentos a políticos do PMDB. O destino desses recursos será alvo de investigações. Nossa suspeita é de que os pagamentos do PMDB eram direcionados ao Eduardo Cunha [ex-deputado pelo PMDB, que presidiu a Câmara dos Deputados durante o impeachment da presidente Dilma Rousseff], e os do PT para João Vaccari Neto”, completou o procurador Julio Carlos Motta Noronha. No despacho da 51ª fase da Lava Jato, o Juiz Sérgio Moro afirma que pagamentos teriam sido feitos “especificamente” a Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e João Vaccari Neto.

 

Pozzobon explicou como foi o direcionamento da licitação. “A Odebrecht foi contemplada a partir de informações privilegiadas da Petrobras, permitindo que a empreiteira elaborasse o projeto antecipadamente para que, quando a licitação saísse, o prazo [de 35 dias] fosse curto para que as empresas internacionais concorrentes apresentassem seus projetos. A Odebrecht então buscou as empresas do cartel, no caso a OAS e a Andrade Gutirerrez, que apresentaram lances que acabaram sendo rejeitados”.

 

Com o contrato assinado, a diretoria internacional começou a fazer pressões para que o preço do contrato fosse inflado. “Foi apurado que o Aluísio Teles, quando já era gerente do contrato, pediu levantamento dos custos do contrato na Argentina. Na época o valor era de US$ 32 milhões. Ele considerou o valor baixo e pediu uma nova auditoria, que concluiu que havia passivos ambientais que aumentaram [o valor] para US$ 72 milhões. Esse estudo foi inclusive questionado na Argentina”, acrescentou.

 

Foi então feita uma apuração interna na Petrobras que, segundo os investigadores, foi conduzida de forma suspeita. Em um primeiro momento, foi instituída uma comissão para estudar por seis meses o contrato. “Do nada, essa comissão foi interrompida e constituída nova comissão, sob o argumento de que havia urgência para a contratação”, disse Pozzobon. Posteriormente, foi verificado que não havia necessidade de acelerar o contrato.

 

“O Jorge Zelada [então diretor da área], quando se referia ao contrato, dizia que os gerentes internacionais deveriam ‘usar e abusar’ desse contrato. Isso inverte a lógica da coisa pública, que é de baixar preços. Eles acabaram inflando os valores”, disse Pozzobon.

 

Com isso, US$ 24 milhões tiveram como destino agentes públicos, por meio do operador financeiro Mário Miranda, que repassou parte ao Aluísio Teles, titular de uma conta que recebeu US$ 11,5 milhões em apenas um ano. “Teles então transferiu parte da propina para conta de Ulisses Sobral, em outra conta na Suíça, e, depois, para Rodrigo Pinaud”. Também foram feitos pagamentos em espécie, segundo os procuradores.

 

Tanto o operador Miranda como os três executivos tiveram suas contas bloqueadas pelas autoridades suíças. No caso de Miranda, foram bloqueados cerca de US$ 7 milhões. Já Aluísio Teles teve US$ 6,2 milhões bloqueados; e Ulisses Sobral, US$ 3 milhões. Sérgio Boccaletti, que é sócio de Miranda, teve US$ 3,1 milhões bloqueados. O MPF informa atuar com o objetivo de repatriar todos esses valores, que correspondem a cerca de R$ 70 milhões.

 

Outro lado

Contatado pela reportagem, o MDB disse desconhecer detalhes da operação, mas que reitera a necessidade de investigação célere em relação aos acusados.

 

Por meio de nota, a Odebrecht informou que “está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua. Assinou acordo de leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador, Panamá e Guatemala. Implantou um sistema para prevenir, detectar e punir desvios ou crimes. E adotou modelo de gestão que valoriza não só a produtividade e a eficiência, mas também a ética, a integridade e a transparência.”

 

Também por meio de nota, a Petrobras disse trabalhar em parceria com as autoridades que conduzem a Operação Lava Jato e que é reconhecida pelo próprio Ministério Público Federal e pelo Supremo Tribunal “como vítima dos crimes desvendados”, além de ser a maior interessada no esclarecimento dos fatos.

 

“A Petrobras seguirá adotando as medidas necessárias para obter a devida reparação dos danos que lhe foram causados. Dentre outras medidas, a companhia atua em conjunto com o Ministério Público Federal e com a União em 15 ações de improbidade administrativa, nas quais são cobrados valores superiores a R$ 40 bilhões. A atuação articulada com as autoridades públicas já garantiu a devolução à Petrobras de cerca de R$ 1,5 bilhão”, completou.

Posted On Terça, 08 Mai 2018 17:45 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O governador interino, Mauro Carlesse (PHS) mostrou ter prestígio junto à comunidade e empresários gurupienses. Nesta segunda-feira, 7, um grupo realizou um manifesto de adesivaço nos veículos, na Avenida Goiás com a Rua 09, em apoio a candidatura do governador para as eleições suplementares que acontecem neste 3 de junho.

 

Este ato representa a largada da disputa de Carlesse pelo Executivo do Tocantins. Dentre as propostas apresentada pelo candidato em seu plano de governo consta a municipalização.

 

Segundo dados obtidos nos bastidores, a ordem da equipe é não agredir ninguém, nem realizar ataques gratuitos em redes sociais, palanques, tampouco nos horários gratuitos de propaganda eleitoral. A meta é trabalhar com o máximo de ética com apresentação de propostas.

 

A equipe do governador interino, Mauro Carlesse foi a primeira a apresentar seu Plano De Governo para a população, o que demonstra o empenho em tornar público os projetos e propostas voltadas para todas as áreas nos 139 municípios.

 

Adesivaço

Segundo os organizadores da ação, que divulgaram adesivar mais de 300 carros nesta segunda, o manifesto se estenderá a partir desta terça-feira, 8, por todas as regiões da Capital da Amizade. O grupo aguarda uma visita do governador no município para realização de reuniões e caminhadas.

 

Com uma população de mais de 76 mil habitantes, Gurupi é o terceiro município mais populoso do Tocantins e para as eleições suplementares, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral, cerca de 56 mil pessoas estão aptas a votar.

 

Posted On Terça, 08 Mai 2018 09:46 Escrito por

O presidente regional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), senador Ataídes de Oliveira, declarou, em grande concentração popular realizado em Paraíso do Tocantins, nesta segunda-feira, 7, seu apoio à candidatura de Vicentinho Alves (PR) ao governo do estado nas eleições suplementares de 3 de junho.

 

Da Redação

 

O ex-governador Moisés Avelino, prefeito da cidade, coordenou a monumental carreata e o grandioso comício em Paraíso do Tocantins, que reuniu lideranças da região e do estado num clima de entusiasmo contagiante.

No palco, Ataídes disse que sonha em governar o estado, "mas agora é a vez de Vicentinho." O senador afirmou que foi convencido a apoiar Vicentinho pelas propostas de governo do candidato, que tem como principal objetivo cuidar das pessoas.

 

O ex-governador Moisés Avelino pediu para o eleitor analisar cada candidato antes de decidir seu voto. "Não falo mal de nenhum candidato, mas, se a análise for feita com critério o povo votará em Vicentinho. Essa eleição está em nossas mãos e em nossas cabeças", disse Avelino.

O ex-governador afirmou que Vicentinho é capaz, "pelas qualidades que tem, de ouvir as pessoas e realizar um governo planejado e de progresso."

 

"O que me norteia é o princípio da gratidão e da lealdade", disse Vicentinho, ao agradecer ao ex-governador Moisés Avelino por ter incentivado sua candidatura ao governo nas eleições suplementares.

O candidato da coligação A vez dos tocantinenses disse que sua candidatura é de convergência no estado, apresentando os ex-governadores Raimundo Boi e Moisés Avelino, como exemplo. Afirmou também que pretende fazer um governo municipalista, em sintonia com os prefeitos, vereadores e lideranças do estado.

 

Em seu discurso Vicentinho revelou que os candidatos ao Senado em sua coligação, nas eleições de outubro, serão o atual senador Ataídes de Oliveira e o ex-deputado federal Eduardo Gomes.

 

Presenças

Prestigiaram o comicio em Paraíso, além do ex-governador Moisés Avelino e senador Vicentinho, o senador Ataídes de Oliveira, ex-governador Raimundo Boi, deputada federal Josi Nunes, ex-deputado federal Eduardo Gomes, deputados estaduais Nilton Franco, Valdemar Jr, Amélio Caires, Elenil da Penha, ex-deputados estadual Stalin Bucar, Iderval Silva, Leide, prefeito de Araguatins, Cláudio Santana, vice-prefeito de Araguaína, Fraudineis Fiomare, prefeitos, vereadores e lideranças da região.

 

Participaram do encontro, com os respectivos prefeitos e prefeitas à frente, caravanas de Chapada de Areia, Muricilândia, Araguatins, Marianopolis, Monte Santo, Barrolândia, Oliveira de Fátima, Pugmil. Rio dos Bois. Santa Rosa. Lagoa da Confusão. Chapada de Areia. Ponte Alta do Bom Jesus.

 

 

Posted On Terça, 08 Mai 2018 06:55 Escrito por

Com Assessoria

 

A intensa agenda de campanha da candidata Kátia Abreu (PDT), nesta quinta-feira, 3, girou em torno de articulação e conquista de importantes de lideranças do Tocantins.

 

Kátia Abreu, da coligação Reconstruindo o Tocantins, recebeu o apoio do vereador Márcio Kley (PRB), de Tocantinópolis, do vereador Johnnata Fragoso, de Araguacema e dos líderes Toinho e Eliene, candidata a prefeita em 2016, daquela cidade. Além desses, o pré-candidato a deputado estadual, Eduardo Chagas, filho do ex-prefeito Julião de Pedro Afonso, que também coordenará a campanha naquela região.

O empresário de Palmas, Anatolio Campos, maior atacadista de bebidas do Tocantins, também conversou com a candidata e se colocou à disposição para atuar politicamente, destacando que “de todos os candidatos que temos, Kátia Abreu é a mais preparada para governar o Tocantins. Tenho plena certeza disso”, disse Campos.

 

Posted On Segunda, 07 Mai 2018 07:46 Escrito por

candidato a governador pela coligação A vez dos tocantinenses, Vicentinho Alves (PR), anunciou neste sábado, 5, que receberá na segunda-feira a adesão do PSDB e do PV à sua candidatura. O anúncio foi em Palmeirópolis, onde começou o roteiro pelo Sul do estado.

 

Com Assessoria

 

A reunião com o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), presidido no estado pelo senador Ataídes de Oliveira, está marcada para 11 horas da manhã. E o encontro com o Partido Verde (PV), que tem Cláudia Lélis, como presidente regional, será às 14 horas, ambos em Palmas. Prefeitos das duas agremiações também hipotecarão apoio a Vicentinho.

 

O candidato teve o seu primeiro compromisso do dia em São Salvador. Paranã foi a última cidade do sudeste do estado a ser visita por Vicentinho Alves (PR) neste sábado, 5.

 

Em Paranã ele foi recepcionado pelo ex-prefeito Edson Lustosa, ex-prefeitos, vereadores e lideranças locais e regionais. Em Palmeirópolis foi acolhido pelos ex-prefeitos.Jonas Barros e Enoch Sousa, vereadores e lideranças.

 

Participaram do evento em Palmeirópolis a deputada federal Josi Nunes, pré-candidatos a deputado estadual Dr João, Major Edvards e Janadi Valcari, presidente regional do Partido da Mulher Brasileira (PMB).

 

Posted On Domingo, 06 Mai 2018 19:36 Escrito por
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