Texto havia sido aprovado pelo Senado

 

Por Pedro Rafael Vilela

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, com vetos, a Lei nº 14.441 decorrente da Medida Provisória (MP) 1.113/2022, que altera regras de análise e concessão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

 

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (5) pela Presidência da República, em Brasília. A norma havia sido aprovada pelo Senado no início do mês passado.

 

Segundo o texto aprovado por senadores, fica dispensada a passagem por exame da perícia médica federal para requerimentos de auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença).

 

Dessa forma, o Ministério do Trabalho e Previdência vai definir as condições para a dispensa do exame. Ele definirá quando a concessão do auxílio por incapacidade temporária estará sujeita à análise documental, incluídos atestados e laudos médicos. Esse modelo foi usado nos últimos dois anos (2020 e 2021) devido a restrições causadas pela pandemia de covid-19.

 

Segundo o governo federal, o objetivo da MP é reduzir o prazo de espera do agendamento do Serviço de Perícia Médica Federal, que atualmente leva em média 60 dias e conta com 738 mil pedidos pendentes.

 

Vetos

Alegando contrariedade ao interesse público, o presidente vetou a revogação de trechos que alteravam a Lei 13.240/15, que trata do uso de imóveis pertencentes ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social (FRGPS).

 

Um dos vetos foi a revogação do dispositivo segundo o qual caberá ao FRGPS arcar com as despesas decorrentes da conservação, da avaliação e da administração dos imóveis que constituam o seu patrimônio imobiliário.

 

Entre os motivos alegados para o veto está o de que "tal medida poderia acarretar na possibilidade de que todos, mesmos aqueles que não absorvem proveitos do Regime Geral de Previdência Social, arcassem com os custos de administração e de conservação de imóveis, cuja propriedade não pertence à União, e sim ao Fundo de Regime Geral de Previdência Social", informou a Secretaria-Geral da Presidência.

 

O outro veto foi a revogação do dispositivo que previa que, quando se tratar de imóveis não operacionais sob a gestão da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, a União representará o Fundo do Regime Geral de Previdência Social nos direitos, nos créditos, nos deveres e nas obrigações e exercerá as atribuições e as competências previstas em lei.

 

O argumento para o veto foi de que a revogação desse dispositivo retiraria o amparo legal da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União para representar o Fundo do Regime Geral de Previdência Social em assinaturas de contratos, em representações judiciais e em outras ações formais necessárias à gestão dos imóveis não operacionais entregues ao órgão.

 

 

 

Posted On Terça, 06 Setembro 2022 06:52 Escrito por

Por Tiago Angelo

 

A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), rejeitou nesta 2ª feira (5.set.2022) uma solicitação feita pela Coligação Brasil da Esperança, do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tirar do ar publicações que citam críticas do petista ao agronegócio.

 

Os posts questionados foram feitos pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), e por Salim Mattar, ex-secretário especial de Desestatização do governo federal. No texto, o congressista cita uma declaração feita por Lula na sabatina realizada pelo Jornal Nacional.

 

Na ocasião, o candidato afirmou que parte do agronegócio é “fascista e direitista”. Mattar citou a declaração, afirmando que Lula “chamou os empresários do agronegócio de fascista” e que o petista “quer destruir o agro”. Já Eduardo republicou parte da fala de Lula.

 

Segundo o pedido encaminhado ao TSE, a declaração se refere a só uma parcela do agro, “notadamente aquela descompromissada com a preservação do meio ambiente”, e não a todos os empresários do ramo.

 

De acordo com a ministra do TSE, no entanto, não há nas publicações “grave descontextualização”, nem alterações substanciais quanto à fala de Lula que permitam a retirada. Eis a íntegra da decisão (50 KB).

 

“Tenho para mim que as falas do candidato, porque ambíguas e genéricas, comportaram inúmeras interpretações. Tanto é assim que muitas entidades do setor do agronegócio foram a público externar seu inconformismo”, afirmou a magistrada.

 

A ministra também disse que a intervenção do Judiciário em casos como o analisado deve ser “excepcional”.

 

“Assim, as postagens questionadas, segundo entendo, navegam com comentários, críticas, sátiras ou análises dentro do espectro possível de significação da falas feitas pelo candidato, sem qualquer grave descontextualização capaz de alterar seu conteúdo sensivelmente, a ponto de induzir o eleitor em erro”, concluiu.

 

 

Posted On Terça, 06 Setembro 2022 06:50 Escrito por

O principal líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), João Pedro Stedile, sinalizou que as "mobilizações de massa" do grupo podem voltar a acontecer caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições deste ano. Stedile fez as declarações em um podcast no site movimento, informou a revista Veja.

 

 Por Gazeta do Povo

 

“É quando a classe trabalhadora recupera a iniciativa na luta de classes, então ela passa a atuar na defesa de seus direitos da mínima forma, fazendo greves, fazendo ocupações de terra, ocupações de terreno, mobilizações, como foi naquele grande período de 78 a 89”, explicou.

 

O MST criou “comitês populares de luta” em todo o país para apoiar a candidatura de Lula. No podcast, Stedile afirmou que já foram criados cerca de 7 mil comitês em assentamentos da reforma agrária. “Acho que a vitória do Lula, como se avizinha, vai ter como uma consequência natural, psicossocial nas massas, de um ‘reânimo’ para nós retomarmos as grandes mobilizações de massa”, disse.

 

O líder do MST ressaltou que durante o governo Bolsonaro houve um “refluxo do movimento de massas”. Neste período, o governo distribuiu mais de 400 mil documentos de titulação fundiária. As invasões de terras vêm diminuindo desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), segundo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Foram 2.442 invasões durante os mandatos de FHC.

 

Enquanto nos dois governos de Lula (2003-2010), foram 1.968 invasões. Na gestão de Dilma Rousseff (2011-2016), ocorreram, em média, 162 invasões por ano de governo. O governo de Michel Temer (2016-2018) registrou uma média anual de 27 invasões. Já na gestão do presidente Jair Bolsonaro, foram nove invasões por ano, como mostrou a Veja.

 

 

Posted On Terça, 06 Setembro 2022 06:46 Escrito por

‘Não acho que a maioria do povo brasileiro é fascista como o PT chama, afirmou o presidenciável, sobre o eleitorado bolsonarista, em entrevista ao Pânico

 

Por Jovem Pan

 

Nesta segunda-feira, 5, o candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) esteve no programa Pânico. Em entrevista, ele afirmou ter visto algo inédito na feição do candidato Luiz Inácio Lula da Silva durante o primeiro debate presidencial. “Essa burocracia corrompida do PT usa o Lula de uma forma desumana. Eu conheço o Lula há quase 40 anos, nunca vi o Lula tão enfraquecido e tão debilitado psicologicamente.

 

Ele não conseguiu se defender de um ataque de corrupção do Bolsonaro. Fica com essas palavras que colocam na boca dele para explicar o inexplicável. Eu faço uma campanha inteira dizendo que o PT virou uma organização criminosa, eles me insultam, me agridem todo dia e depois esperam que eu apoie ele no segundo turno. Nunca mais. Ele é um encantador de serpentes, mas a mim ele não engana mais”, assegurou. “Eu não acho, francamente, que a maioria esmagadora do povo brasileiro é gado ou fascista como o PT chama 70% do eleitorado de São Paulo. As pessoas votaram nessa proposta, votaram para protestar contra a crise econômica produzida pelo lulopetismo.

 

O Bolsonaro teve esse privilégio e essa honra que eu busco: a de servir essa nação como presidente. Não é simples, não é fácil, mas o Bolsonaro resolveu se reconciliar. Se filia ao partido de Valdemar Costa Neto, que foi preso no Mensalão do Lula. Abandona uma chance de ouro de transformar o Brasil.”

 

Ciro também criticou a postura do PT em relação ao combate à miséria e comparou o partido com a esquerda norte-americana. “O problema do Estado brasileiro é que ele é absurdamente doentio quando a gente olha juros para bancos. Não é em saúde, não é em educação, não é em investimento, é juro para banco que leva 52% de quase todo orçamento brasileiro.

 

Como a esquerda brasileira se vendeu a esse modelo, estou falando do PT com toda clareza, resolveram fazer o esquerdismo da moda americana. Vamos pegar questões identitárias, falar de negro, de mulher, de meio ambiente, como se fossem assuntos separados. Não falam mais em superação de miséria, de desigualdade”, disse. “O meu papel é exatamente tentar mostrar que não há questão em ser solidário com as questões identitárias, porque eu sou.

 

O compromisso real é empoderar as mulheres, só que essa luta tem que ser feita na grande luta da superação da miséria e da desigualdade. A baboseira é você achar que a hiperfragmentação de uma agenda da sociedade vai dar na superação da miséria e da desigualdade.”

 

Ex-ministro da Fazenda, Ciro exaltou sua participação na elaboração do Plano Real. Segundo ele, Lula e Bolsonaro foram contra a nova moeda. “É importante ajudar o Brasil, veja que coisa mais simples e boba. Estou na estrada faz tempo. Eles querem que o Brasil se desgaste para explorar a tragédia do povo.

 

O Brasil tinha 30 anos de inflação, a mais alta do mundo, veio o Itamar Franco cria um ambiente político e inventamos o Plano Real. Eu estava junto, arriscadíssimo para acabar com a inflação. O que faz o Lula? Vai lá e fica contra, pesquise no Google. Lula e Bolsonaro ficaram contra o Plano Real. Eu estava lá, botando a mão na massa, e o Lula jogando pedra contra o Plano Real.

 

O Lula recusou assinar a Constituição. Eu estava lá, ajudando a fazer, e assinei. Assim caminha a humanidade. A minha diferença é exatamente essa, eu tenho o espírito público e me guio por ele. Só quero ser presidente se for para mudar a história do Brasil”, afirmou.

 

O candidato ainda criticou as alianças do presidente Lula e fez considerações ao que os petistas chamam de “golpe de Estado” contra Dilma Rousseff. “Submete um Alckmin a um questionário objetivo, é o que interessa. Lá vai o Lula levar como levou o Michel Temer. Eu avisei muitas vezes, mas depois diz assim: ‘o golpe’. Se houve o golpe, quem o fez? Foi o Senado Federal. Quem presidia o Senado era o Renan Calheiros, com quem o Lula está hoje. Quem liderou foi o Eunício Oliveira, é um gângster. O Lula está com eles hoje. Isso está ferrando a política no Brasil.”

 

Posted On Terça, 06 Setembro 2022 06:43 Escrito por

A decisão de Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou restrições sobre o número de armas e munições que podem ser obtidas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), é mais um capítulo da tensão entre a corte e o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

POR FERNANDO PEDROSO

 

Outras decisões recentes do Supremo —e também do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)— têm irritado o presidente e outros membros do governo. Ações contra armas e regras para as eleições são motivo de reações contrárias de Bolsonaro.

 

Relembre algumas derrotas impostas ao governo:

 

AÇÃO CONTRA EMPRESÁRIOS

 

No final de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou operação da PF (Polícia Federal) que cumpriu mandados de busca contra empresários que, em um grupo de mensagens privadas, defenderam um golpe de Estado caso o ex-presidente Lula (PT) vença Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro.

 

Entre os alvos estão Luciano Hang, da Havan, José Isaac Peres, da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, do Barra World Shopping, André Tissot, do Grupo Sierra, Meyer Nigri, da Tecnisa, Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu. Entre outras reações, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou o ministro de "vagabundo" durante um discurso em Novo Hamburgo (RS) neste sábado (3).

 

CELULAR NA CABINE DE VOTAÇÃO 

 

O TSE aprovou na quinta-feira (1º) o novo texto sobre a proibição da entrada com celular nas cabines de votação. Pela regra, o eleitor que se recusar a deixar o equipamento com o mesário não poderá votar. Além disso, a polícia pode ser chamada.

 

O presidente da corte, Alexandre de Moraes, disse que a medida evita violação do sigilo do voto, coação do eleitor e tentativas de gravação da votação para difundir a tese de que há fraude nas urnas eletrônicas. O presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou a resolução como abusiva e prejudicial ao "nosso lado".

 

ARMAS PERTO DE SEÇÕES ELEITORAIS 

 

No dia 30 de agosto, o TSE decidiu proibir o porte de armas perto de seções eleitorais nos dias das votações, nas 48 horas anteriores e na data seguinte ao pleito.

 

Nesse período, civis e militares não poderão carregar armas dentro de um raio de 100 metros das seções eleitorais e em outros imóveis que a Justiça Eleitoral estiver utilizando no pleito. Apenas agentes em serviço e autorizados pela autoridade eleitoral são exceções e poderão carregar as armas de fogo.

 

BLOQUEIOS NO 7 DE SETEMBRO

 

Alvo de constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), o STF (Supremo Tribunal Federal) terá segurança reforçada em relação ao ano passado para os eventos do 7 de Setembro, quando são esperados atos de teor golpista incentivados pelo mandatário.

 

Para os prédios e o entorno do Supremo, a previsão é de que na quarta-feira (7) haja um efetivo maior do que em 2021. Os números a respeito desse efetivo, porém, têm ficado sob sigilo.

 

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal bloqueou a Esplanada dos Ministérios na noite desta segunda-feira (5) após detectar a tentativa de acesso de caminhoneiros ao local. A restrição de acesso estava prevista para começar à meia-noite desta terça (6), e o trânsito de caminhões na Esplanada estava proibido desde sábado (3).

 

Haverá, ainda, bloqueios feitos com blocos de concreto e caminhões barreira. O Supremo terá barreira antidrone.

 

DECRETO DE ARMAS DERRUBADO

 

Nesta segunda-feira (5), o ministro Edson Fachin, do STF, determinou restrições sobre o número de armas e munições que podem ser obtidas por CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), sob o argumento de aumento do risco de violência política na campanha eleitoral. Fachin também fixou uma tese de que a posse de armas só pode ser autorizada a pessoas que demonstrem "efetiva necessidade" do uso desses equipamentos, como era antes do governo Bolsonaro.

 

A reação veio do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) que chamou a decisão de absurda. "Novamente o Judiciário extrapola suas atribuições, fazendo ingerência indevida. As liminares de hoje interferem em decisões já aprovadas pelos outros Poderes, nos direitos de autodefesa e dos CACs. Liberdade não se negocia e absurdos como esses não podem continuar", escreveu no Twitter.

 

 

Posted On Terça, 06 Setembro 2022 06:39 Escrito por