Temer diz que votação da reforma da Previdência será no dia 18 ou 19 na Câmara dos Deputados
Da Agência Brasil
O presidente Michel Temer disse hoje (8) que tem expectativa de que a reforma da Previdência, após ser aprovada na Câmara dos Deputados daqui a dez dias, siga para o Senado em fevereiro do próximo ano. Ele discursou no 22º Encontro Anual da Indústria Química, na capital paulista, acompanhado dos ministros da Educação Mendonça Filho, de Minas e Energia Fernando Coelho, e da Secretaria do Governo, Antônio Imbassahy.
Na oportunidade, o presidente convocou empresários presentes a formar uma força-tarefa de convencimento dos deputados para aprovação da reforma da Previdência. De acordo com Temer, o clima está favorável para a aprovação. “A imprensa está a favor, fazendo campanha a favor”, afirmou.
Temer disse ter receio de que os parlamentares votem contra o governo, devido à proximidade das eleições. “É natural que deputado fique preocupado. Essa história de rede social é um horror. Eles colocam uma [imagem de] caveirinha, [dizendo] acabei de aposentar. Precisamos reestabelecer a verdade”, disse.
Segundo o presidente, é preciso combater a ideia de que a reforma vem para prejudicar. “Quem hoje combate a reforma é a favor da manutenção dos privilégios. Não há como dizer que [a reforma] atinge os trabalhadores da iniciativa privada e servidores que ganham até R$ 5 mil.” Ele disse que segue o conselho do marqueteiro Nizan Guanaes, de aproveitar sua impopularidade para fazer “tudo de que o Brasil precisa”.
Em seu discurso, o presidente do Conselho Diretor da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), Marcos Antônio de Marchi, destacou a "decadência" do setor durante a última década e atribuiu o baixo desempenho ao alto custo da matéria prima e da energia, além do chamado custo Brasil.
Dados divulgados durante o evento apontam que o setor obteve faturamento líquido de 119,6 bilhões de dólares em 2017, alta de 9,5% na comparação com 2016. Apesar da alta, a indústria química mostra trajetória de queda desde 2011, quando o faturamento foi de 150 bilhões de dólares.
Governador destacou a importância das parcerias firmadas entre os municípios e o Governo do Estado
Por Cláudio Paixão
O governador Marcelo Miranda recebeu em seu gabinete instalado no Paço Municipal Eurípedes Pereira Coelho, na Capital provisória, Miracema do Tocantins, no início da tarde desta quinta-feira, 07, lideranças dos municípios da região Central do Estado. Na ocasião, as lideranças apresentaram ao governador suas principais demandas.
Durante a reunião, o governador destacou a importância das parcerias firmadas entre os municípios e o Governo do Estado. "Acredito que a melhor forma para atendermos as demandas da população do nosso Estado é por meio das parcerias, do trabalho conjunto. Por isso temos buscado estar junto com o governo federal e com os municípios", afirmou.
O prefeito de Miracema, Moisés Costa da Silva, destacou a importância do encontro. "Por experiência própria sabemos da importância das parcerias, como elas dão frutos. Esse diálogo com o Governo do Estado é primordial para fortalecemos as nossas ações e para pensarmos em ações conjuntas para serem desenvolvidas", apontou.
Foram recebidos pelo governador os prefeitos de sete municípios: Miracema, Lajeado, Rios dos Bois, Barrolandia, Miranorte, Tocantínia, Dois Irmãos. Esses municípios apresentaram entre suas principais demandas, ações no setor de infraestrutura e o pagamento de emendas parlamentares.
Benefício
Durante a reunião com os representantes de Miracema, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária (Seagro), foi assinado um termo de cessão de equipamentos que visa o fortalecimento da agricultura na região. No documento consta a cessão de um trator agrícola, uma grade aradora com engate de arrasto, uma distribuidora de calcário e fertilizantes de arrasto, e uma plantadora adubadora direta.
Temer e membros do governo se recusam a levantar para Moro em evento de homenagem ao juiz
Com revista ISTOÉ
O juiz federal Sérgio Moro fez um discurso direto sobre o fim do foro provilegiado, a manutenção da possibilidade de prisão em segunda instância e o fortalecimento da Polícia Federal durante evento da revista IstoÉ, em São Paulo, que te ve a presença do presidente Michel Temer e outros membros do governo. "Todas as pessoas precisam ser iguais perante a lei", afirmou Moro, um dos agraciados da premiação Brasileiros do Ano 2017, ao defender o fim do foro. O magistrado elogiou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que estava na cerimônia, mas cobrou: "Embora o magnífico trabalho do senhor, parece que algum investimento se faz necessário para o refortalecimento da Polícia Federal".
No momento em que Moro foi receber o prêmio da noite, todos os outros premiados se levantaram para aplaudi-lo - exceto Temer, Meirelles, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) e o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Moro também prestou homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, morto em acidente aéreo em janeiro. "Prometi para a família de Teori seguir com o seu legado." O ministro era relator da Operação Lava Jato no Supremo.
Presidenciáveis. Na premiação também estiveram presentes presidenciáveis declarados e outros nem tanto.
No hall de entrada do teatro Tom Brasil, na zona sul de São Paulo, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), por exemplo, disse que não pensa em ser candidato a vice de nenhum candidato à presidente do PSDB: "Minha prioridade não é ser candidato a vice do Alckmin. O Democratas está em um processo de refundação que pode terminar com a escolha de um candidato próprio."
O prefeito de Salvador não quis relacionar o próprio nome como um possível candidato, mas se lembrou do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um nome forte e também sinalizou conversas de fora do círculo político. "Também estou conversando com nomes de fora da política. Acredito em nomes novos que apareçam através da política e não contra a política", afirmou.
ACM Neto também comentou sobre as candidaturas que aparecem liderando as pesquisas de intenção de voto, a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). "É um equívoco os partidos apostarem que Lula não será candidato. É preciso se preparar para enfrentá-lo na rua". Ele também considera que a candidatura de Bolsonaro deve se desidratar até às eleições.
Outro pssível presidenciável que passou pelo hall de entrada do teatro foi o senador Álvaro Dias (Podemos-PR). Dias diz não se sentir desanimado com as recentes pesquisas. "As manchetes deveriam ser: Lula e Bolsonaro estão inviabilizados pela rejeição". Sobre o governo federal, Dias provocou: "O presidente Temer não precisa se preocupar em encontrar um candidato para defendê-lo em 2018. O quero governo vai precisar encontrar é um bom advogado".
Um quase presidenciavel que estava na festa foi o apresentador Luciano Huck. Ele manteve o discurso dos últimos dias - de que pretende participar da política com os movimentos cívicos (ao menos dois representantes do Agora! estavam com ele). No palco, Huck lembrou do acidente aéreo de que foi vítima e afirmou que, por conta desse acidente, tem se questionado sobre qual seria sua missão. O apresentador afirmou que está disposto a colaborar da forma que puder. Sem se colocar como candidato, falou que o País precisa investir na renovação política e que "não é justo o Brasil ter que escolher entre o sujo e o mal-lavado".
O prefeito João Doria (PSDB) e o ministro Henrique Meirelles, que é filiado ao PSD e também é cotado como presidenciável, não falaram na chegada do teatro.
Já no início do evento, a grande expectativa era saber perto de quem o juiz Sérgio Moro, o principal homenageado do evento, se sentaria. Isso porque no mesmo evento no ano passado, o juiz foi fotografado conversando o senador Aecio Neves (PSDB-MG), alvo da Lava Jato. Dessa vez ele estava ao lado de Caco Azulgaray, representante da Editora Três, que edita a publicação, e do jogador de futebol Alan Ruschel, atleta sobrevivente do acidente aéreo com o time da Chapecoense.
Além disso, Temer foi o responsável por entregar o prêmio ao seu próprio ministro, Henrique Meirelles. O presidente fez um breve discurso no final. Não citou Moro nem os pedidos do magistrado. Limitou-se a falar rapidamente sobre a reforma da Previdência, dizendo que a igualdade é o princípio da reforma.
OS PREMIADOS
Brasileiros do Ano IstoÉ
Sérgio Moro – Brasileiro do Ano
Henrique Meirelles – Economia
ACM Neto – Política
Luciano Huck – Comunicação
Isis Valverde – Televisão
Juliana Paes – Televisão
João Carlos Martins – Ética
Milú Villela – Cultura
João Paulo Guerra Barrera – Educação
Alan Ruschel – Esporte
Empreendedores do Ano IstoÉ Dinheiro
Ilan Goldfajn – Empreendedor do ano
Frederico Trajano – E-commerce
Flavia Bittencourt – Varejo
Guilherme Paulus – Serviços
Celso Athayde – Impacto Social
Paulo Cesar de Souza e Silva – Indústria
Vídeos de Lula e Bolsonaro não configuram propaganda eleitoral antecipada, decide TSE
Da Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (5) rejeitar representação do Ministério Público Eleitoral (MPE) para multar o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) por suposta propaganda eleitoral antecipada.
Pouco antes, o TSE também negou pedido para multar o ex-presidente Luiz Inácio da Silva por suposta propaganda eleitoral antecipada, em outra representação do MPE, desta vez por um vídeo, publicado em junho, que mostra o ex-presidente fazendo exercícios físicos e uma música ao fundo chamada “estou voltando”.
Na representação contra Bolsonaro, o MPE pediu a aplicação de multa pela veiculação de um vídeo na internet no qual o deputado é recepcionado por apoiadores ao chegar em aeroportos, fazendo menção à sua candidatura às eleições presidenciais de 2018.
Por maioria, a Corte seguiu voto proferido pelo relator, ministro Admar Gonzaga. O ministro entendeu que não há ilegalidade na veiculação de um vídeo. Para o ministro, a propaganda eleitoral antecipada estaria caracterizada somente com pedido explícito de voto, fato que não ocorreu nas imagens.
O voto do relator foi acompanhado pelos ministros Tarcísio Veira, Jorge Mussi, Luiz Fux e Napoleão Maia. Gilmar Mendes e Rosa Weber votaram pela aplicação de multa por entenderem que houve a propagada antecipada.
Partido se aproxima de trato para punir deputado contrário à reforma da Previdência
Com IG-SP
A bancada do PMDB firmou acordo para fechar questão em relação à votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados . Isso significa que o peemedebista que não seguir a orientação do partido e votar contra a proposta poderá receber punição.
O acordo entre os deputados do PMDB pela aprovação da reforma da Previdência foi costurado pelo líder da legenda na Câmara, deputado Baleia Rossi (PMDB). A equipe do parlamentar confirmou ao iG que o trato pelo fechamento de questão estava, até o fim da tarde dessa quinta-feira (4), "na iminência de ser sacramentado", e que ele deve ser anunciado em breve.
Para a decisão ser sacramentada, é necessário o aval da executiva nacional do partido, que ainda irá se reunir para discutir o tema. Caso o fechamento de questão seja efetivado, qualquer um dos atuais 60 deputados do PMDB que descumprirem a orientação poderá ser punido com a suspensão temporária de suas funções partidárias. Isso pode implicar no impedimento do deputado em participar de comissões na Câmara, e de exercer atividades na bancada do partido e nos diretórios da agremiação.
Escudeiros de Temer
Confirmando a medida, o PMDB será o primeiro partido a fechar questão a favor da reforma da Previdência – o que é visto com naturalidade, uma vez que é o partido do presidente Michel Temer, principal interessado na aprovação da proposta de emenda à Constituição que altera as regras para o acesso à aposentadoria.
O partido já adotou essa estratégia de exigir determinada posição de seus integrantes em outras votações de interesse de Temer, como naquelas que acabaram por rejeitar as denúncias oferecidas contra o presidente .
Também em defesa de Temer, o conselho de ética do partido decidiu expulsar a senadora Kátia Abreu dos quadros da legenda. Ex-ministra e aliada de Dilma Rousseff, Kátia vinha fazendo reiteradas críticas contra o presidente Temer.
A reforma que parou
Considerado "fundamental" pelo Planalto para o equilíbrio fiscal, o pacote de alterações nas regras para o acesso à aposentadoria ainda não tem data para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados.
O texto da reforma está pronto para ir à votação desde maio, mas teve sua tramitação interrompida por conta do surgimento das denúncias contra o presidente Temer.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem reconhecido que não agendou a votação até agora pois o governo ainda não possui os votos suficientes para aprovar o projeto. Nessa segunda-feira (4), no entanto, o parlamentar indicou que o governo poderá garantir até 325 votos a favor da reforma da Previdência – mais do que os 308 necessários para a aprovação.