Votos de Eduardo Gomes e Irajá Abreu foram decisivos para a vitória do senador do Amapá para a presidência do Senado
Por Edson Rodrigues
O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), 41 anos, foi eleito presidente do Senado neste sábado (2) ao obter 42 votos, um a mais que os 41 necessários para um candidato ganhar no primeiro turno. Dos 81 senadores, votaram 77. Por conta dessa margem apertada, pode-se avaliar que os votos de Eduardo Gomes e de Iarajá Abreu foram decisivos para a vitória de Alcolumbre.
Com a vitória de Alcolumbre – um aliado do ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), de quem recebeu apoio nos bastidores –, o DEM passa a comandar o Senado Federal e a Câmara dos Deputados – nesta sexta-feira (1º), Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito presidente da Câmara, também em primeiro turno.
Logo após o anúncio da vitória, Davi Alcolumbre assumiu a cadeira de presidente. Ele cumprimentou todos os concorrentes, inclusive Renan Calheiros. Disse que dará ao rival o mesmo tratamento conferido aos demais colegas.
O novo presidente do Senado destacou a importância de "reunificar" a Casa e afirmou que não conduzirá os trabalhos com “revanchismo”. Segundo ele, a condição de adversários é "passageira", enquanto as instituições são permanentes.
O parlamentar afirmou que na Casa não haverá senadores de alto ou de baixo clero. “Todos serão tratados com a mais absoluta deferência e respeito”, declarou.
"Espero deixar esta Casa com o país retomando os trilhos, enfrentando as reformas complexas com a urgência que nosso país reclama", afirmou.
TOCANTINS FORTALECIDO
Com a renúncia de Renan Calheiros, os senadores do Tocantins se viram desobrigados a seguir orientações de bancada e puderam escolher livremente seus candidatos. Eduardo Gomes e Irajá Abreu, então, ao optarem por Alcolumbre, acabaram sendo decisivos, e podem passar a ter uma relevância cada vez maior no Senado.
Amigo Zeca, Edson, Kátia Abreu e Zé Carlos Leitão
Eduardo Gomes é amigo de Davi Alcolumbre, tendo sido deputado federal juntamente com o atual presidente do Senado em uma mesma legislatura, ocasião em que foi primeiro-secretário da mesa diretora.
Os dois, inclusive, dividem uma história em comum, tendo sido alçados à Câmara Federal logo após terem sido vereadores das capitais de seus estados. Essa proximidade entre os dois pode levar Eduardo Gomes, bom articulador que é, a ganhar papel de destaque na atual legislatura, o que seria de suma importância para auxiliar o Tocantins a retomar o caminho do crescimento.
Eduardo Gomes é amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro, desde a época em que ambos eram deputados federais, e tem excelente relacionamento com muitos dos novos ministros. Ut5ilizando seu protagonismo no Senado, ele poderá dar continuidade aos trabalhos que já vem desenvolvendo na liberação de recursos para os municípios tocantinenses, dando fôlego ao governo de Mauro Carlesse para que possa se concentrar na adequação da máquina estatal e no enquadramento do Estado na Lei de Responsabilidade Fiscal.
No fim das contas, a eleição do presidente do Senado acabou se transformando em mais um ingrediente na receita para que o Tocantins engrene de vez. Agora, é esperar, nesta segunda-feira, a sessão de abertura anual do Legislativo e, na quarta-feira, a eleição da Mesa-Diretora do Senado.
LIDERANÇAS TOCANTINENSES PRESTIGIAM POSSE DE EDUARDO GOMES
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Após a cerimônia de posse no Senado Federal, Eduardo Gomes, o senador mais bem votado do Tocantins recebeu amigos, parentes e lideranças políticas, para uma confraternização. O número de pessoas presentes deu a exata noção da importância de Gomes para a política Tocantinense e do seu prestígio junto à classe política nacional. Muitos dizem que seu estilo de fazer política se aproxima muito do praticado pelo saudoso Tancredo Neves, o “homem do diálogo”.
Amigo Zeca, Senador Eduardo Gomes e Edson Rodrigues
O salão de eventos do Clube dos Funcionários do Senado foi tomado por todos os que foram prestigiar a posse de Eduardo Gomes. Cada um contribuiu à sua maneira. Até o deputado federal Vicentinho Jr. levou o grupo musical tocantinense comandado por “Danilo do Acordeon”. Também estiveram no palco o músico Nelson Jr., a dupla sertaneja Henrique e Ruan e a Dj Thaís Katze. Dessa forma, não tinha como a festa terminar só com o raiar do dia.
Estiveram presentes os políticos tocantinenses Kátia Abreu, Tiago Dimas, Vicentinho Jr., Osires Damaso, vários prefeitos, como o de Araguaína, Ronaldo Dimas, e o de Porto Nacional, Joaquim Maia, vereadores, o presidente do Sebrae-TO, Rogério Ramos, o articulador político José Carlos Gomes, popular “Amigo Zeca”, o empresário José Carlos Leitão, a jornalista e empresária Joana Castro e mais de uma centena de companheiros tocantinenses, que se engajaram na luta pela eleição de Eduardo Gomes ao Senado e foram, com ele, comemorar.
Uma festa merecida e que pode ser o símbolo da união em torno do nome de Eduardo Gomes em prol de um Tocantins melhor pra todos.
Para Toffoli, "operou-se uma verdadeira metamorfose casuística" no regimento interno do Senado
Por Edson Sardinha
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou na madrugada deste sábado (2) a decisão tomada pelo plenário do Senado na noite dessa sexta-feira (1º) de abrir a votação para a escolha do novo presidente da Casa e determinou que a escolha se dê com voto secreto. Ele também afastou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que presidiu os trabalhos ontem, do comando da sessão marcada para começar logo mais, às 11h.
O ministro ordenou que as atividades sejam presididas pelo senador mais idoso da Casa, José Maranhão (MDB-PB), aliado do senador Renan Calheiros (MDB-AL), considerado o principal prejudicado com o voto aberto na eleição.
Toffoli atendeu a pedido apresentado por volta da meia-noite pelo MDB e pelo Solidariedade. O ministro assinou sua decisão às 3h45. Para o presidente do STF, os argumentos apontados pelos dois partidos o convenceram de que se “operou uma verdadeira metamorfose casuística” ao regimento interno do Senado ao longo da sessão dessa sexta, realizada horas após a posse dos novos senadores.
"Declaro a nulidade do processo de votação da questão de ordem submetida ao plenário pelo senador da República Davi Alcolumbre, a respeito da forma de votação para os cargos da Mesa Diretora. Comunique-se, com urgência, por meio expedito, o senador da República José Maranhão, que, conforme anunciado publicamente, presidirá os trabalhos na sessão marcada para amanhã (sábado)", determinou o ministro.
Com impasse, sessão de votação à presidência do Senado é suspensa até às 11h de sábado
Na prática, a decisão de Toffoli torna ainda mais explosiva a sessão deste sábado, convocada após mais de cinco horas de discussões em plenário, com bate-bocas, ameaça de agressão física, invasão da mesa da presidência e até “sequestro” de uma pasta utilizada por Alcolumbre pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO), defensora do voto secreto e aliada de Renan.
Terceiro suplente, Alcolumbre é o único remanescente da Mesa Diretora em meio de mandato e, por isso, assumiu a condução dos trabalhos mesmo sendo candidato à presidência da Casa. Sua atuação foi decisiva para a abertura da votação. O regimento interno prevê voto secreto para esse tipo de eleição. A pedido de senadores autodeclarados independentes, ele submeteu ao plenário a decisão de abrir ou não a votação. Por 50 votos a 2, foi decidido que o voto deveria ser aberto. Quase 30 senadores deixaram de votar, inclusive Renan, que chegou a se dirigir à Mesa proferindo termos como "canalha".
Reportagem em atualização...
Maia exerce mandato na Câmara desde 2003
Com UOL eAg. Câmara
Sucessor de Eduardo Cunha (MDB-RJ), condenado e preso da Operação Lava Jato, no comando da Câmara, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi reeleito em primeiro turno há pouco, com 334 votos, para mais dois anos à frente da Casa. Alinhado à pauta reformista do presidente Jair Bolsonaro (PSL), cujo partido anunciou apoio formal à reeleição, Maia superou outros seis candidatos, entre eles Marcelo Freixo (Psol-RJ), seu adversário local e um dos líderes da oposição no Congresso (veja abaixo o vídeo da sessão).
Com o prazo de registro das candidaturas encerrado às 17h desta sexta-feira (1º), os nomes que continuavam no páreo eram, além de Maia e Freixo, os deputados Fábio Ramalho (MDB-MG), 1º vice-presidente na legislatura passada (2015-2018); JHC (PSB-AL), remanescente da 3ª secretaria da Mesa Diretora; General Peternelli (PSL-SP); Ricardo Barros (PP-PR); e Marcel Van Hattem (Novo-RS). Nomes como Kim Kataguiri (DEM-SP) e Arthur Lira (PP-AL), que chegaram a se lançar na disputa, ficaram pelo caminho depois das negociações entre as bancadas.
Com 77 votos de folga para se eleger em primeiro turno, Maia precisava de 257 votos (maioria absoluta) para retornar ao comando da Câmara sem precisar passar por mais uma rodada de votações. O segundo mais votado foi Fábio Ramalho, com 66 votos, seguido de Marcelo Freixo (50), JHC (30), Marcel Van Hattem (23), Ricardo Barros (4) e General Peternelli (2). Três votos em branco foram anotados no placar eletrônico do plenário. A votação foi secreta.
Maia chega ao novo mandato com o apoio de bancadas como MDB (34 representantes), PSDB (29), DEM (29), PP (38) e PSL (52), que só perde para o PT em número de deputados eleitos (54).
Mesa e secretarias
Os demais componentes da Mesa Diretora são os seguintes: na 1ª Vice-Presidência, Marcos Pereira (PRB-SP), com 398 votos; já na 2ª Vice-Presidência haverá segundo turno, pois não houve maioria de votos entre os dois candidatos - Luciano Bivar (PSL-PE) obteve 240 votos, enquanto Charlles Evangelista (PSL-MG), candidato avulso, alcançou 161 votos.
A 1ª Secretaria será exercida pela deputada Soraya Santos (PR-RJ), que chegou a 315 votos na condição de candidata avulsa. Candidato oficial do bloco, o deputado Giacobo (PR-PR) obteve 183 votos.
Já o deputado Mário Heringer (PDT-MG) comandará a 2ª Secretaria depois de receber 408 votos, enquanto a 3ª Secretaria será comandada pelo deputado Fábio Faria (PSD-RN), que alcançou 416 votos. Por fim, a 4ª Secretaria será conduzida pelo deputado André Fufuca (PP-MA), que teve 408 votos.
Reformas e modernização
Em seu discurso de plenário, Maia defendeu uma reforma do Estado com o objetivo de modernizar o país. Diante de uma maioria de aliados, ele disse que, transcorridos 30 anos desde a redemocratização, o Brasil foi "capturado por interesses de corporações públicas e privadas" que comprometeram suas contas públicas e o deixaram sem força de investimento.
"De cada R$ 100 do nosso orçamento, R$ 94 são de despesas obrigatórias que não podemos cortar. Se organizarmos a despesa, vamos enfrentar essa extrema pobreza vergonhosa e garantir recursos para saúde, educação e para a segurança pública", discursou o parlamentar fluminense, defendendo o diálogo entre adversários políticos como forma de resolução dos problemas brasileiros.
"Se não reformarmos o Estado brasileiro, nem esquerda, nem direita, nem prefeitos nem governadores conseguirão mudar o país", acrescentou.
Na Câmara desde 2003 (quatro mandatos consecutivos), o chileno naturalizado brasileiro tem se alinhado a pautas reformistas desde que foi eleito para o mandato-tampão de presidente da Câmara, a partir da queda do então titular, Eduardo Cunha, em setembro de 2016. Como fiador da tentativa frustrada do então presidente Michel Temer (MDB), atrapalhado pelas seguidas denúncias de corrupção que paralisaram a Câmara por alguns meses, pautas consideradas cruciais para as contas públicas, como a reforma da Previdência, ficaram pelo caminho.
Com a reeleição confirmada, Maia desponta como um dos principais apoiadores da pauta de reformas do governo Bolsonaro -além da previdenciária, as reformas tributária e política são duas das que têm surgido nas discussões políticas. Além de eventuais projetos de lei e propostas de emenda à Constituição, caso da reforma da Previdência, medidas provisórias são pautadas, prioritariamente, pelo presidente da Câmara. Com força de lei no ato da edição, tais instrumentos legislativos têm sido constantemente usados por presidentes da República em um ambiente de base parlamentar coesa e afinada com o Executivo.
Brasília, 1º de fevereiro de 2019
Da Redação
A deputada Dulce Miranda tomou posse nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, na Câmara Federal para o seu segundo mandato como deputada pelo Tocantins. Em Brasília, na sua segunda legislatura, a ex-primeira-dama do Estado terá a missão de dar apoio aos prefeitos de sua base, que a apoiaram para a reeleição, bem como aprovar a Reforma da Previdência.
Com um perfil municipalista, Dulce não medirá esforços para apoiar os prefeitos e defender os interesses do povo tocantinense. O ex-governador Marcelo Miranda e familiares da deputada prestigiaram o ato de posse que aconteceu no Plenário na Câmara dos Deputados em Brasília.
Histórico
No Tocantins, a deputada fundou e coordenou o projeto Apoiando e Acreditando nas Famílias do Tocantins (AAFETO), coordenou o programa Comunidade em Ação, implementando ações para o desenvolvimento local integrado e sustentável. Fundou e coordenou o programa Mão na Massa, que implementou padarias comunitárias e qualificou cidadãos de vários Municípios do Estado do Tocantins. A deputada criou a campanha Seja Solidário para a arrecadação de roupa e mantimentos para vítimas de enchentes. Coordenou o programa Ser Cidadão, atendendo comunidades carentes, levando equipe médica, cartório e equipes do judiciário para os municípios mais distantes do Estado.
Com isso, o democrata liquida as chances de essas três siglas fecharem uma aliança com a esquerda na tentativa de levar a disputa para o segundo turno
Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) conseguiu desfazer o único bloco que poderia ameaçar sua releição no comando da Casa.
Nesta segunda-feira (28), o parlamentar conseguiu fechar acordo com dirigentes do PP, MDB e PTB, segundo a coluna Painel, da Folha.
Com isso, o democrata liquida as chances de essas três siglas fecharem uma aliança com a esquerda na tentativa de levar a disputa para o segundo turno.