O embate visando as eleições municipais do ano que vem já está, definitivamente, nas ruas e as pedras que irão concorrer no tabuleiro sucessório já começam a se movimentar buscando sua sobrevivência política individual e de seus grupos e a articulação de coligações de partidos para a chapa majoritária.

 

Por Edson Rodrigues

 

Certamente haverá estremecimento de relações entre membros do Legislativo Estadual e na bancada do Congresso Nacional, assim como no Executivo, que terá seus candidatos preferenciais em cada um dos 139 municípios.

 

O TROFÉU

No meio desse jogo político, todos almejam um “troféu”, que é a prefeitura da Capital. 

 

 

Todas as “oposições” e todas as “situações” têm como objetivo principal assumir a prefeitura de Palmas, mas todos enfrentam um mesmo problema, que é a insatisfação da população com a classe política tocantinense, principalmente com quem está no poder em Palmas, por conta das milhares de demissões perpretadas pelos executivos municipal e estadual.

 

Todos os demitidos não vêem a hora de estar cara a cara com quem os demitiu, dentro da cabine eleitoral, aproveitando para não só se vingar de quem os desprezou, mas para ajudar na limpeza ética que as operações das Polícias Federal e Civil deram início.

 

 

De acordo com o acima exposto, não há nenhum favorito na corrida sucessória da Capital, justamente por haver tantos escândalos em apuração e outras investigações a todo vapor, que é muito cedo para saber quem será ou não envolvido pela teia da Justiça e poderá concorrer de forma plena e tranqüila, sem contaminação nenhuma pelo vírus da corrupção.

 

O certo é que muitos falsos líderes e falsos profetas estão prestes a ser desmascarados.

 

 ESCÂNDALOS

As operações policiais de combate à corrupção se tornaram rotina no Tocantins, tornando o Estado mais novo da Federação no recordista em ações policiais. Com uma freqüência vergonhosa, a população acompanhou – e acompanha, ainda – ações de busca e apreensão de documentos e computadores, de dinheiro vivo e arresto de bens, além das prisões de vereadores e lideranças políticas, envolvidos em lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e desvio de recursos.

 

A mais impactante, até agora, é a prisão do ex-governador Marcelo Miranda, do seu pai, Dr. Brito Miranda (já solto após pagar fiança) e do seu irmão, Brito Jr., baseadas em uma delação que imputa até crimes de tortura e assassinato aos três.

 

 

Com a prisão de Marcelo Miranda, presidente do MDB estadual, o partido está com seus bens e recursos partidários bloqueados, o que pode prejudicar os membros da legenda que pretendem se candidatar em 2020.

 

Tanto os Miranda quanto o MDB devem uma resposta à sociedade e uma solução aos seus quadros, para que pare de “sangrar” atrás da “porta da vergonha”.

 

MDB

O MDB tocantinense precisa “juntar os cacos” após a prisão de seu presidente estadual, que estava conseguindo uma união improvável nas fileiras da legenda.  Sem controle, os quadros do partido voltaram a se dividir em alas, jogando por terra o trabalho desenvolvido por Marcelo Miranda.

 

O MDB necessita de uma repaginação, uma oxigenação, uma depuração, cortar na própria carne, para, depois, poder apresentar á população os nomes dos seus candidatos a prefeito e a vereador e, principalmente, suas propostas.  Para isso, se faz urgente um choque de realidade, uma autocrítica profunda, para que as picuinhas internas dêem lugar a uma nova configuração partidária, que resgate a história de lutas, vitórias e conquistas do partido no Tocantins e se afastar da imagem dos seus quadros que têm problemas de qualquer ordem com a Justiça, dando tempo para que provem sua inocência e possam retornar às fileiras da legenda.

 

Caso contrário, o MDB corre o risco de ser massacrado pelas urnas em 2020.

 

SOLIDARIEDADE

Ao contrário do nome do partido, o Solidariedade não está sendo solidário com seus membros, e deve, assim como o MDB, uma resposta aos seus membros, detentores de mandatos ou não, sobre o que levou a Justiça a bloquear os recursos do Fundo eleitoral.

 

Se foi um erro contábil, não há nada a esconder.  Se foram atos não republicanos, que se apontem e punam os culpados.  Essa resposta deve ser dada de forma imediata, não pode ser deixada para o ano que vem, quando a caminhada dos pretensos candidatos do partido poderá já estar comprometida.

 

KÁTIA ABREU

A senadora gurupiense é uma das melhores e mais influentes figuras da política tocantinense, com passagens por ministério e representante nacional da agroindústria, mas pode, também enfrentar problemas em seu futuro na vida pública.

 

 

Não que ela tenha se complicado com a Justiça, mas o seu partido, o PDT, vem adotando uma filosofia que vai diretamente contra tudo o que a senadora fincou como suas bandeiras políticas.

 

Kátia, por exemplo, é favorável à Reforma da Previdência, por acreditar ser um dos instrumentos que o governo precisa para dar início à recuperação econômica do País, e votou a favor da Reforma contra a orientação da cúpula nacional do PDT.  Logo, sua permanência na legenda pode estar por um fio.

 

Muito sábia e experiente, Kátia não “pagará para ver o que acontece” pode estar buscando por outra legenda, de preferência de centro-direita, que lhe entregue de bom grado o comando da sigla no Tocantins,  para garantir sua candidatura e de seus aliados políticos no Tocantins que se encontram filiados ao PDT, pois o mandato de senadora é seu e, segundo fontes, isso pode acontecer ainda este ano, dado o pragmatismo da senadora.

 

ALGO A COMEMORAR

Por enquanto, na vida política do Tocantins, há, pelo menos, um fato a ser comemorado, que é a ascensão política do senador Eduardo Gomes que, desde que foi eleito o mais votado para o Senado pelo Tocantins, vem galgando postos cada vez mais importantes no governo federal, que o conduziram á liderança do governo Jair Bolsonaro, á relatoria setorial do orçamento do Ministério do Desenvolvimento Regional e a participar de diversas comissões no Senado.

 

 

Eduardo Gomes já ajudou a destravar os empréstimos conseguidos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco do Brasil e, como aliado do governo Mauro Carlesse, tem tudo para ajudar o Tocantins a fechar o ano de 2019 com chave de ouro, com obras nos 139 municípios, além do início da construção da nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional e a construção dos Hospitais Regionais de Gurupi e de Araguaína.

 

Vale ressaltar que independentemente se aliados ou opositores ao governo Carlesse ou ao governo de Bolsonaro, os parlamentares tocantinenses estão se esforçando para carrear o máximo de recursos possível para o Tocantins, assim como os deputados estaduais que ignoram cor partidária para dar condições de governabilidade.

 

Agora, falta, apenas, ver a capacidade de articulação dos Congressistas tocantinenses para separar uma boa parte do “bolo” dos recursos da Petrobras, liberados pelo STF para os estados da Região Norte do País.  O Tocantins tem um dos menores PIBs do Brasil e é um estado muito afetado pelas queimadas.  Sendo o dinheiro desse fundo direcionado especialmente para questões ambientais, é o cenário perfeito para a bancada federal agir e trazer uma boa parte desse quinhão de mais de um bilhão de reais.

 

Apesar dos pesares, 2020 pode vir a ser um ano de muitas esperanças e boas notícias para os tocantinenses.

 

Para isso, O Paralelo 13 se compromete com os eleitores a ser atuante e alerta contra os candidatos fichas-sujas que se apresentarem para qualquer cargo eletivo.

 

2020 promete! Que Deus nos abençoe!

 

Posted On Sexta, 25 Outubro 2019 04:32 Escrito por

É de conhecimento geral no meio político palmense que o secretário de Desenvolvimento Rural de Palmas, Roberto Sahium, figura entre os melhores secretários de capitais brasileiras.  Desde que assumiu, vem fazendo um trabalho sério e correto, com planejamento e ordenamento quando assumiu, havia apenas 3.600 Km de estradas vicinais atendendo aos produtores rurais.  Hoje, já são mais de 4.600 Km, restando ainda 360 Km para serem concluídos em 34 dias.

 

Por Edson Rodrigues

 

Vale ressaltar que esse trabalho não interferiu, em momento algum, no apoio aos pequenos e médios produtores do cinturão ver de Palmas, com insumos, patrulhas agrícolas e outras ações intrínsecas à agricultura.

 

O que ninguém entendeu, até agora, foi a necessidade que a prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, sentiu, em colocar o senhor Rolid Jaber Júnior, esposo da sua chefe de gabinete, Mila Jaber, como secretário executivo de Desenvolvimento Rural, se, no comando da pasta já há Roberto Sahium com toda a sua expertise e experiência.

 

INTERVENÇÃO BRANCA

Correr nos corredores e gabinetes da secretaria de Desenvolvimento Rural que houve um “pedido para que Roberto Sahium entregasse o carro oficial que utilizava para percorrer a zona rural do município”.  Logo depois desse episódio, contou um servidor, o Sr. Rolid Jaber, já nomeado como secretário executivo, chegava à sede da secretaria a bordo desse mesmo carro, com direito a motorista. “Fico muito triste ao ver um secretário humilde, que sempre trabalhou sério, de sol a sol, sendo humilhado dessa forma.  É uma verdadeira intervenção branca, mesmo”, afirmou um servidor.

 

Maquinários realizando manutenção de acessos na região dos assentamentos São João, São Joãozinho e Mariana

 

Segundo apuramos, os servidores da Pasta estão temerosos a respeito de um provável pedido de exoneração por parte de Roberto Saihum, que, além de competente, nunca se prestou a servir de “escada” para ninguém e, dentro da sua humildade e correção, jamais aceitaria “estar” secretário enquanto outros é que tomariam as decisões, como na chamada “intervenção branca”.

 

Roberto Sahium

 

Os servidores da pasta, o secretário executivo chegou com a incumbência de “tornar a prefeita conhecida na zona rural”, o que seria uma incoerência tamanha, além de um verdadeiro tiro no pé, pois, se os produtores rurais de Palmas não conhecem o secretário executivo, como ele serviria de intermediário entre eles e a prefeita?

 

O Paralelo 13 tentou contato com o secretário executivo de Desenvolvimento Rural, Rolid Jaber, mas fomos informados de que ele se encontrava em Goiânia, não se sabe se a serviço ou para resolver assuntos particulares. Tentamos, também, conversar com Roberto Sahium, mas fomos informados  que ele estaria trabalhando na Agrotins.

 

A verdade é que a chegada do “secretário executivo” deixou os servidores da pasta, para não dizer tensos, nervosos, sem saber “pra qual santo rezar”, pois o comportamento do novo “servidor” é “de interventor, mesmo, de manda-chuva. O clima é de pânico geral, pois ninguém quer a saída do Saihum”, como afirmou um servidor que, obviamente, preferiu não se identificar.

 

EXEMPLO “EM CASA”

O que os servidores da Secretaria de Desenvolvimento Rural mais temem é que aconteça na Pasta o mesmo que vem acontecendo na Secretaria da Educação de Palmas, onde a titular, indicada pela deputada federal Dorinha Seabra, apenas “está” secretária, pois, segundo fontes, é feita uma triagem em seus despachos e só são liberados os tratados diretamente com a chefe de gabinete da prefeita, Mila Jaber

 

Segundo os próprios colegas, a secretária de Educação, Cleizenir Divina dos Santos, é a que sofre nas mãos da “gerentona” ou “Dilmona”, como está sendo chamada a chefe de gabinete, Mila Jaber.

 

 

Dificilmente um secretário do município de Palmas consegue “despachar” com a prefeita.  Trocando em miúdos, como foi confirmado por quatro secretários municipais, Cinthia Ribeiro “terceirizou” sua administração, reservando para sai apenas o papel de “coordenação” dos atos administrativos.

 

Até mesmo os vereadores são feitos diretamente com a chefe de gabinete, que se tornou a real mandatária da prefeitura.

 

“BOLSONARO”

É verdade que Cinthia Ribeiro vem cumprindo à risca as ações programadas pelo então prefeito, Carlos Amastha, de quem era vice. Amastha captou recursos junto à Caixa Econômica Federal e ao Banco Mundial, deixando a prefeitura com os cofres abastecidos, a ponto da atual prefeita estar planejando o lançamento de um pacote de obras até o fim do ano.

 

Um dos secretários municipais nos confidenciou que Cinthia Ribeiro já é chamada de “Bolsonaro” pelos servidores, por ter se afastado do grupo político que a alçou ao cargo maior do município. “A única diferença, é que o Bolsonaro é quem manda e, ela, terceirizou seu governo”, finalizou o secretário.

Posted On Quarta, 23 Outubro 2019 05:52 Escrito por

Delegado Waldir admite derrota e Eduardo Bolsonaro é o novo líder do PSL

Com Agências
     Deputados protocolaram uma nova lista para tornar o filho do presidente Jair Bolsonaro líder do partido na Câmara, em derrota para a ala de Bivar Delegado Waldir (PSL-GO), líder do PSL na Câmara, divulgou um vídeo nesta segunda-feira (21) em que admite a derrota e reconhece Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como novo líder do partido na Câmara. O deputado de Goiás disse estar à disposição do novo líder.

"Já estarei a disposição do novo líder para de forma transparente passar para ele toda a liderança do PSL", afirmou Delegado Waldir .

Mais cedo, o líder do governo na Câmara, deputado Vitor Hugo (PSL-GO) protocolou mais uma lista pedindo a alteração da liderança do partido na Casa . 29 deputados assinaram a nova lista que pedia que Eduardo Bolsonaro se torne líder da legenda. Horas depois, a oficialização foi confirmada pela Secretaria-Geral da Mesa.

Delegado Waldir disse, porém, disse que não está subordinado a nenhum presidente e afirmou que a Constituição prevê que o executivo não deve interferir no Parlamento.
"Queria agradecer aos parlamentares que confiaram nesse nosso projeto, dizer que não sou subornidado a nennum governador, nenhum presidente, mas sim ao meu eleitor e vou continuar defendendo todas as prerrogativas do parlamento, nós não rasgamos a Constituição ainda, nós não rasgamos a Constituição. A Constituição prevê que o executivo não deve interferir no parlamento em nenhum ação", reiterou.
Assista ao vídeo em que Delegado Waldir admite a derrota Na última semana, as duas alas do partido (aliados de Bolsonaro e aliados de Bivar, presidente nacional da sigla), travaram uma guerra que acabou com a destituição da deputada Joice Hasselmann do cargo de líder do governo no Congresso. Bivar tirou ainda o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o próprio Eduardo dos comandos da legenda no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente. Também aliada de Bolsonaro, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) foi retirada da presidência da sigla no Distrito Federal. Em meio à crise pesselista, foi divulgado ainda um áudio do Delegado Waldir dizendo que "implodiria" o governo Bolsonaro, que, segundo ele, estava trabalhando para derrubá-lo em prol do filho.

Posted On Segunda, 21 Outubro 2019 16:33 Escrito por

Depois de figurar nas listas de “parlamentar mais atuante” e dos “melhores deputados federais”, eleito senador, Gomes alcança patamar mais importante da política tocantinense

 

Por Edson Rodrigues

 

Na política desde os anos 1980, o novo líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes , foi eleito no ano passado para o seu primeiro mandato de senador pelo Solidariedade, mas, antes mesmo da posse, migrou para o MDB, incentivado pela cúpula do MDB nacional.

 

Discreto, Gomes usa o microfone da Casa poucas vezes, concentrando sua atuação política nos bastidores. É considerado um dos mais habilidosos articuladores do Congresso, fato que o levou a ser eleito para a segunda secretaria da Mesa Diretora.

 

Deputado federal por três mandatos consecutivos antes de chegar ao Senado, Gomes fez  época em que conheceu Bolsonaro, sua humildade e seu poder de argumentação o transformaram em um parlamentar agregador e admirado por seus colegas.

 

“Fomos deputados juntos por 12 anos. Tínhamos um bom tratamento pessoal. E também sou muito amigo do (Alberto) Fraga. Nascemos na mesma cidade” afirmou, logo que foi convidado para ser vice-líder do governo Bolsonaro, em referência ao ex-deputado federal e amigo de Bolsonaro, que também teve influência na escolha de Augusto Aras como procurador-geral da República.

 

ASCENÇÃO

Além do Solidariedade, já foi do PSDB e PSB. Ao MDB, chegou com o estímulo de toda a cúpula Nacional, que via em Eduardo Gomes o articulador perfeito para apoiar Renan Calheiros, quando o senador disputava com Simone Tebet (MS) a indicação para ser o candidato do partido à Presidência do Senado. Gomes ficou do lado do senador, que foi o escolhido pelo MDB, mas desistiu da candidatura ao comando da Casa quando já havia maioria clara por Davi Alcolumbre (DEM-AP)

“Sou colega do Renan. Apoiei. Mas depois que ele desistiu, votei no Davi, de quem sou amigo há mais de 20 anos” — comentou Gomes, lembrando que também foi colega do presidente do Senado na Câmara.

 

Depois de apoiar Renan e acabar votando em Alcolumbre, conseguiu um assento na Mesa Diretora da Casa e se aproximou do governo.

 

A LIDERANÇA

Gomes recebeu o convite para a liderança do governo na quinta-feira, em conversa pessoalmente com Bolsonaro, que destituiu Joice Hasselmann (SP), em meio à confusão entre parlamentares do PSL. Segundo ele, o convite é uma "coisa natural", já que ele já vinha atuando pró-Bolsonaro como um dos vice-líderes do governo no Senado.

 

“Serei um líder discreto e agirei com serenidade, preocupado com as pautas prioritárias para o governo, como a reforma da Previdência”, prometeu Gomes.

 

A “PROFECIA”

Desde abril deste ano que O Paralelo 13 vem acompanhando a ascensão de Eduardo Gomes no Senado Federal, por meio da aproximação com o presidente Jair Bolsonaro.  No episódio em que Onix Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil esteve por um fio de sair do governo, o nome de Eduardo Gomes era o primeiro da lista para sucedê-lo, escolhido pelo próprio presidente.

 

Desta vez, precisando de um parlamentar com trânsito entre todos os partidos e com experiência e habilidade para articular, o Presidente da República não pensou duas vezes e deu ao tocantinense Eduardo Torres Gomes o papel mais importante que um político tocantinense já desempenhou a serviço da pátria.

 

Posted On Sexta, 18 Outubro 2019 12:00 Escrito por

Embora Luciano Bivar tenha afirmado que não assinou as destituições, o deputado federal por SP não tem acesso ao sistema do partido desde a segunda-feira 14

 

Por Da Redação

 

Os filhos do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), foram destituídos dos comandos dos diretórios do Rio de Janeiro e São Paulo, respectivamente.

 

Segundo o deputado Coronel Tadeu (PSL-SP), ambos foram desligados nessa semana. Desde segunda-feira, Eduardo não tinha mais acesso ao sistema do partido. O partido também lhe tirou uma senha que possibilitava a ele operar o sistema da legenda.

 

O presidente do partido, Luciano Bivar, no entanto, disse que ainda não assinou as destituições. “Está tudo em processo lá no partido, mas não assinei nada”, afirmou.

 

As destituições são mais um capítulo da crise interna do partido que opõe parlamentares que apoiam Bivar aos aliados do presidente da República.

 

Como revelou o Radar, na manhã desta quinta-feira, 17, o grupo de bolsonaristas do PSL sofreu uma dura derrota com a consolidação do deputado Delegado Waldir (PSL-GO) como líder da bancada na Câmara. A estratégia de protocolar duas listas com um pedido de destituição de Waldir e a nomeação de Eduardo para o cargo falhou.

 

Bolsonaro havia atuado pessoalmente para tentar derrubar Waldir. Em áudio vazado, ele pediu a parlamentares da sigla que assinassem a lista para destituir o deputado e apoiassem o nome do seu filho, Eduardo, para o posto. O pedido foi gravado por um deputado não identificado.

 

Em outro áudio vazado, obtido por VEJA, Waldir afirmou, em reação à articulação de Bolsonaro, que vai “implodir” o presidente da República. “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Eu tenho a gravação. Não tem conversa. Não tem conversa, eu implodo o presidente. Acabou. Acabou o cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu votei nessa p., eu andei no sol em 246 cidades, andei no sol gritando o nome desse vagabundo”, disse o líder do partido.

Também nesta quinta-feira, Bolsonaro retirou a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) da liderança do governo no Congresso. O substituto no cargo será o senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Ele é vice-líder do governo no Senado atualmente. Em entrevista a VEJA, Hasselmann disse que o gabinete da presidência se transformou em “instrumento de coação”.

 

“O presidente chama e diz ‘tem que assinar, se não quiser assinar não tem problema, mas está contra mim’. Essa transformação do gabinete da presidência em instrumento de coação, eu não concordei com isso, não assinei a lista [pró-Eduardo], assinei a outra e sabia que teria consequências”, relata Joice Hasselmann, que lembra ter sido o próprio Eduardo Bolsonaro quem defendeu a escolha de Waldir para a liderança do partido na Câmara, no início da atual legislatura.

 

Sobre o áudio em que Delegado Waldir diz que vai “implodir” Bolsonaro, a deputada afirma que é uma “bobagem”. “Bobagem por bobagem, o presidente disse muitas frases que pegaram muito mal. Não dá pra condenar um deputado que falou uma frase que foi infeliz”, pondera.

Posted On Sexta, 18 Outubro 2019 05:47 Escrito por
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