Petista lamentou 'general brasileiro aceitando ser subcomandante da Quarta Frota americana no Atlântico'

 

Da coluna Radar - Veja

 

O ex-presidente Lula está em Natal, no Rio Grande do Norte, nesta terça, para uma série de agendas. Depois de passar pelo Ceará, ele jantou ainda na noite de segunda na casa do senador petista Jean Paul Prates.

 

O petista espera manter o palanque forte no estado, com a governadora Fátima Bezerra disputando a reeleição e Prates buscando mais um mandato ao Senado. Na conversa, Lula fez um discurso de defesa da soberania nacional. “Precisamos reunir nossas forças para readquirir a nossa soberania, porque não é possível a gente ver hoje acontecendo no Brasil a CIA visitando o presidente da República, a CIA visitando os militares, general brasileiro aceitando ser subcomandante da Quarta Frota americana no Atlântico”, disse Lula.

 

“Reencontrar Lula é sempre um prazer. Sua disposição de escutar todos os lados antes de tomar decisões e de construir essas decisões com base em consensos é o que está faltando ao Brasil hoje”, diz o senador Jean.

 

O ex-presidente segue em agenda pela capital nesta terça-feira (24). Às 10h, Lula visita o Complexo Cultural da Rampa. A partir das 16h30, o ex-presidente tem um encontro marcado com movimentos sociais, artistas e políticos no Hollyday Inn Natal.

Posted On Quarta, 25 Agosto 2021 05:00 Escrito por

Encontros concretizam um movimento do ex-presidente em direção a lideranças contra as quais disputou eleições nos últimos anos

 

Por Daniel Weterman

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na manhã desta segunda-feira, 23, com os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Cid Gomes (PDT-CE) em Fortaleza, em agendas distintas, além do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE). Os encontros concretizam um movimento de Lula em direção a lideranças contra as quais disputou eleições nos últimos anos mirando na sucessão presidencial de 2022, em oposição ao presidente Jair Bolsonaro

Lula viajou ao Ceará e havia pedido, há uma semana, reunião com Tasso. O encontro durou aproximadamente uma hora e ocorreu no escritório particular do tucano. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT), e o ex-deputado estadual Ilário Marques (PT-CE), acompanharam Lula na agenda.

 

Após a conversa, o senador afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que a conversa girou em torno do cenário atual da política brasileira, da importância da defesa intransigente da democracia, do fortalecimento das instituições e do compromisso de resistência a qualquer ato ou medida que ponha em risco a democracia no País. De acordo com o tucano, nenhuma aliança eleitoral entrou na pauta.

 

O encontro entre Lula e Tasso ocorreu após uma reunião do petista com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em maio. FHC já admitiu votar em Lula em um segundo turno contra Bolsonaro. Tasso é apontado como um dos pré-candidatos às prévias do PSDB para definição do candidato ao Planalto em 2022, disputa na qual Bolsonaro e Lula protagonizam uma polarização. O senador deve anunciar até setembro se realmente vai concorrer às primárias do partido, marcadas para novembro.

Apesar de estarem em campos opostos, Tasso e Lula mantiveram um nível de diálogo nos últimos anos. Durante a prisão do petista em Curitiba (PR), o senador enviou carta ao ex-presidente em solidariedade após a morte do neto de Lula, em março de 2019. No Ceará, PT e PSDB devem continuar em campos distintos. Os tucanos caminham para uma aliança com o PDT, enquanto a legenda petista fala em candidatura própria.

 

Após a conversa com o senador do PSDB, Lula se encontrou com o senador Cid Gomes (PDT), irmão do ex-candidato do PDT à Presidência Ciro Gomes, que vem intensificando ataques ao petista, e com o governador Camilo Santana (PT). Além disso, teve uma agenda com o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB).

 

O ex-presidente Lula tem feito aceno aos partidos de centro e dado sinais que pretende formar uma aliança para além da esquerda em oposição a Bolsonaro no próximo. Um dos partidos mais próximos, de acordo com aliados do ex-presidente, é o PL, legenda "número 2" no bloco formado pelo Centrão e que hoje declara apoio a Bolsonaro.

 

 

Posted On Terça, 24 Agosto 2021 05:41 Escrito por

Por Gustavo Côrtes

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira, 23, em seu retorno ao Palácio da Alvorada, que "conspira para que todos cumpram a Constituição", sem especificar o assunto ao qual se referia. Na última sexta-feira, 20, entregou ao Senado pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito das fake news no qual o chefe do Executivo foi incluído por declarações feitas em uma de suas transmissões semanais pela internet contra o sistema de voto eletrônico. "Só tenho uma coisa a falar: estou conspirando, sim, e muito, para que todos cumpram a nossa Constituição, ok? Essa é a minha conspiração. Cumpram a Constituição, só isso", disse.

 

O presidente também prometeu enviar à Casa pedido de impeachment do também ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, contra quem tem feito ataques sistemáticos em suas investidas retóricas na defesa da implementação do voto impresso, rejeitado pelo Congresso no último dia 10.

 

Bolsonaro justificou seu retorno à residência oficial ainda de dia: "tenho duas agendas aqui (no Palácio da Alvorada), não estou chegando 17h30 em casa, não", afirmou. A Agenda Oficial, no entanto, não indicava nenhuma atividade oficial depois das 17h.

 

 

Posted On Terça, 24 Agosto 2021 05:40 Escrito por

Em meio à crise entre Executivo e Judiciário, ex-presidente ressaltou que é necessário 'esforço' para manter regras democráticas

 

Por Thaís Barcellos

 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) minimizou neste domingo, 22, o risco à ordem e à Constituição no País. Ele destacou, no entanto, que é necessário um esforço daqueles que têm compromisso com a vigência das leis para que a regra democrática seja reforçada e mantida.

 

"Qual é a possibilidade de quebrar a regra no Brasil? Acho que é baixa", disse Fernando Henrique. Ele participava de um evento do grupo Parlatório com o tema O Futuro de uma Nação e curadoria do ex-presidente Michel Temer, transmitido pela internet.

 

Neste domingo, reportagem do Estadão mostrou que ex-presidentes da República têm procurado comandantes militares para avaliar o risco de ruptura institucional no País. A reportagem mostrou que os militares têm afirmado que haverá eleições e que o vencedor será empossado, seja ele quem for. A articulação está sendo feita por todos os ex-presidentes, com exceção de Dilma Rousseff (PT).

 

No evento online, FHC disse não observar neste momento nenhum integrante das Forças Armadas dizendo que vai descumprir as regras e a Constituição.

 

"Conheço pouco das Forças Armadas, mas não vejo nas Forças Armadas risco à ordem", ele disse. "Neste momento nos cabe apoiar as normas, senão as pessoas se sentem à vontade para agir conforme seus impulsos. Temos que exercer nossa influência para cumprimento da ordem. Para isso tenho coragem", completou.

 

O ex-presidente também disse que "o fato de ter presidente que é baixo oficial (referência a Jair Bolsonaro) não quer dizer que vai ser autoritário, mas pode ter ímpetos." Na abertura do debate, Temer disse que "toda vez que há desarmonia entre os Três Poderes há inconstitucionalidade".

 

A transmissão do grupo Parlatório também contou com a participação do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto, do ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy, do embaixador Rubens Barbosa, do presidente da Vibra Energia (nova marca corporativa da BR Distribuidora), Wilson Ferreira Júnior, e do general Otávio Rêgo Barros, que foi porta-voz do governo Bolsonaro.

 

STF tem papel 'construtivo', diz FHC

Para Fernando Henrique, o STF tem tido "papel construtivo", "normal" e "legítimo" de colocar limites nos Poderes Legislativo e Executivo.

 

"Quando o presidente ou quando o Congresso extrapola, o STF tem que ter coragem. Eu tenho respeito pelo STF, não acho que estejam extrapolando", afirmou.

 

Na última sexta-feira, 20, Bolsonaro entrou com pedido de impeachment no Senado do ministro do STF Alexandre de Moraes. Mas também tem dito que o ministro da corte Luís Roberto Barroso tem extrapolado os limites da Constituição.

 

Posted On Segunda, 23 Agosto 2021 14:30 Escrito por

Por Ricardo Noblat

 

É forte o assédio ao general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, para que ele se comprometa em não tentar a reeleição caso Jair Bolsonaro seja impedido de completar seu mandato.

 

Há poucos políticos entre os que assediam Mourão. Há militares, da reserva e da ativa, empresários do eixo Rio-São Paulo-Minas Gerais ou seus representantes. O general não abre a guarda.

 

Itamar Franco, vice de Fernando Collor, não precisou assumir tal compromisso. Não havia reeleição à época. Temer assumiu, embora tenha cogitado mais tarde em se reeleger.

 

Mourão é alvo de vigilância dos órgãos de espionagem do governo. Está sendo monitorado o tempo todo e sua equipe de segurança coleciona indícios disso. É muito cuidadoso quando fala ao celular.

 

No dia em que blindados da Marinha desfilaram na Praça dos Três Poderes a pretexto de entregar um convite a Bolsonaro, ele reuniu-se com o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal.

 

A reunião foi na casa de Barroso, no bairro do Lago Sul. Bolsonaro ficou sabendo dela antes mesmo do general despedir-se do ministro. Descontrolou-se e disse todos os desaforos que conhece.

 

O estado de desidratação de Bolsonaro preocupa Lula e os que apoiam sua candidatura. Um Bolsonaro pela tabela poderá dar lugar no segundo turno a outro nome.

 

Lula carece de Bolsonaro para se eleger e a recíproca é a mesma. Lula joga praticamente parado porque sua vaga no segundo turno parece assegurada. Bolsonaro cria confusão porque a dele não está.

 

Posted On Segunda, 23 Agosto 2021 06:12 Escrito por
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