O ex-capitão também colocou em xeque as intenções do ex-juiz ao aceitar o convite para ser ministro: ‘Foi para o meu governo para se blindar?’

 

 Por Getulio Xavier

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu ao ataque contra o ex-aliado e agora adversário Sergio Moro (Podemos). Em entrevista à emissora de tevê bolsonarista Jovem Pan nesta segunda-feira 10, Bolsonaro colocou em xeque as reais intenções do ex-juiz ao aceitar o convite para ser ministro da Justiça e questionou a omissão de Moro diante de possíveis crimes do atual governo enquanto esteve na pasta.

 

“Ele teve um ano e quatro meses comigo, não descobriu nada do governo? Prevaricou?”, questionou Bolsonaro ao tratar das acusações feitas por Moro, em especial a de que o ex-capitão interferiu na Polícia Federal para proteger seus filhos e aliados.

 

A omissão é reforçada pelo próprio Moro em declarações que constam na sua biografia. De acordo com o texto, teria aceitado ‘ficar calado’ e ‘não atrapalhar’ os desmandos do governo para, na sua interpretação, ‘tentar proteger a PF’.

 

Bolsonaro ainda destacou que Moro tentou trocar sua omissão na interferência sobre a PF por uma indicação ao Supremo Tribunal Federal meses depois. O ex-juiz nega.

 

“Na véspera da demissão, quando ele esteve comigo, ele [disse que] aceitava mandar embora o diretor-geral só em setembro, quando eu o indicasse para o Supremo. Que petulância”, relatou Bolsonaro.

 

O presidente também questionou os interesses do ex-juiz ao se aliar ao governo. Segundo disse, Moro pode ter usado o cargo apenas para ‘se blindar’ das acusações que viria a enfrentar meses depois e que resultaram em anulação de julgamentos comandados por ele na Operação Lava Jato.

 

“Ele foi para o meu governo para fazer um trabalho sério, para se blindar ou para se preparar para ser futuro candidato a presidente da República?”

 

Posted On Terça, 11 Janeiro 2022 05:47 Escrito por

Com Folha de São Paulo

 

O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, rebateu hoje — de forma direta — os ataques feitos nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), negando haver qualquer interesse oculto do órgão por trás da aprovação da vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19.

 

Na quinta (6), em entrevista à TV Nova, Bolsonaro sugeriu que a Anvisa e "pessoas taradas por vacina" poderiam ter "interesses" no aval à vacinação infantil, que já acontece em países como Chile e Estados Unidos. O presidente, porém, não apresentou provas de suas alegações. Mais tarde, durante sua live semanal, Bolsonaro ainda chamou a agência de "dona da verdade".

 

Hoje, Barra Torres rejeitou a acusação e cobrou uma retratação por parte de Bolsonaro.

 

"Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa", disse o presidente da Anvisa. "Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate."

 

"Rever uma fala ou um ato errado não diminuirá o senhor em nada. Muito pelo contrário", finalizou.

 

Como cristão, senhor presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho. (...) Vou morrer sem conhecer riqueza, senhor presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso à frente da Anvisa.

Barra Torres, em nota a Bolsonaro

 

Leia, na íntegra, a nota divulgada hoje por Antonio Barra Torres e endereçada ao presidente Jair Bolsonaro:

 

Em relação ao recente questionamento do presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, quanto à vacinação de crianças de 5 a 11 anos, no qual pergunta "Qual o interesse da Anvisa por trás disso aí?", o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, responde:

 

Senhor presidente, como oficial-general da Marinha do Brasil, servi ao meu país por 32 anos. Pautei minha vida pessoal em austeridade e honra. Honra à minha família que, com dificuldades de todo o tipo, permitiram que eu tivesse acesso à melhor educação possível, para o único filho de uma auxiliar de enfermagem e um ferroviário.

 

Como médico, senhor presidente, procurei manter a razão à frente do sentimento. Mas sofri a cada perda, lamentei cada fracasso, e fiz questão de ser eu mesmo, o portador das piores notícias, quando a morte tomou de mim um paciente.

 

Como cristão, senhor presidente, busquei cumprir os mandamentos, mesmo tendo eu abraçado a carreira das armas. Nunca levantei falso testemunho.

 

Vou morrer sem conhecer riqueza, senhor presidente. Mas vou morrer digno. Nunca me apropriei do que não fosse meu e nem pretendo fazer isso, à frente da Anvisa. Prezo muito os valores morais que meus pais praticaram e que pelo exemplo deles eu pude somar ao meu caráter.

 

Se o senhor dispõe de informações que levantem o menor indício de corrupção sobre este brasileiro, não perca tempo nem prevarique, senhor presidente. Determine imediata investigação policial sobre a minha pessoa, aliás, sobre qualquer um que trabalhe hoje na Anvisa, que com orgulho eu tenho o privilégio de integrar.

 

Agora, se o senhor não possui tais informações ou indícios, exerça a grandeza que o seu cargo demanda e, pelo Deus que o senhor tanto cita, se retrate.

 

Estamos combatendo o mesmo inimigo e ainda há muita guerra pela frente.

 

Posted On Domingo, 09 Janeiro 2022 09:25 Escrito por

Até o momento, há três candidaturas na corrida eleitoral por uma única vaga disponível no Senado Nacional, pelo Tocantins.  Os três candidatos declarados têm patrimônios políticos muito ricos, cada um com suas peculiaridades, mas todos com belas folhas de serviços prestados ao povo tocantinense dos 139 municípios e à população brasileira.

 

Por Edson Rodrigues

 

São eles a senadora Kátia Abreu, candidata à reeleição, a deputada federal Dorinha Seabra e o ex-governador Marcelo Miranda.

 

Os três disputam apenas uma vaga. Ou seja, a escolha do eleitor tem que ser certeira, sem chances para titubear ou mudar de ideia na “hora H”. Isso significa que o eleitorado terá um trabalho minucioso a fazer na hora de decidir seu voto, muito mais que em eleições anteriores, pois os três candidatos, pode-se dizer, apresentam as mesmas probabilidades de vitória e históricos políticos semelhantes, guardando-se as devidas proporções. Isso sem citar que outros bons nomes podem aparecer nesse cenário, dificultando ainda mais para o eleitor.

 

Mas, como, por enquanto, candidatos declarados, só temos os três, ainda é muito cedo para se falar em favoritismo ou força política, pois todos se equivalem e, na hipótese de outros nomes serem colocados na disputa, aí, sim, pode-se afirmar que Kátia, Dorinha e Marcelo estão anos luz à frente no favoritismo, pois já têm seus nomes sendo avaliados pelos eleitores há mais tempo.

 

FATORES DECISIVOS

Diante do atual cenário, os fatores decisivos para a vitória de qualquer um dos postulantes em questão será a capacidade de agregar junto a si um maior número de parlamentares, tanto estaduais quanto federais, que estarão disputando reeleições, os candidatos a primeiro mandato e, é claro, estar atentos para as Federações Partidárias a serem formadas pelas cúpulas nacionais dos partidos, que podem alavancar ou enterrar de vez as chances de qualquer um dos três, uma vez que poderão indicar mudanças de partidos em cima da hora, coisa que o eleitorado não digere muito bem, pois costuma associar os candidatos às ideologias e posicionamentos partidários.

 

Como as decisões da Federações Partidárias virão “de cima para baixo” e de forma irrevogável, pode ser que acabem influenciando, também, nas eleições para o senado no Tocantins.

 

De qualquer forma, a palavra dos próximos 78 dias para Kátia, Dorinha e Marcelo é “articulação”.

 

A articulação, as aproximações e as afinidades políticas estarão em pauta mais que nunca, mas, sempre em segredo e fora dos holofotes, para que planejamentos não sejam expostos. Idéias não sejam copiadas e acordos não sejam revelados antes da hora.

 

Conheça, agora, um pouco mais sobre cada um dos três candidatos declarados ao Senado federal pelo Tocantins em outubro próximo, e até a próxima semana!

 

-  DORINHA SEABRA

Maria Auxiliadora Seabra Rezende (Goiânia, 1º de outubro de 1964), mais conhecida como Professora Dorinha, é uma professora universitária e política brasileira, atualmente deputada federal pelo Democratas (DEM) do Tocantins.

 

Nascida em Goiânia, formou-se em Pedagogia na Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1987. Tornou-se mestre também pela UFG em Educação Escolar Brasileira no ano de 1997.

 

Entre os anos de 1998 e 2009, foi Secretária da Educação e Cultura do Tocantins.

 

Foi eleita deputado federal pelo estado de Tocantins pela primeira vez em 2010 com 38.233 votos, pelo Democratas (DEM).

 

Foi reeleita deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019), pelo Democratas (DEM) com 41.802 votos. Votou a favor do Processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT).[8] Já durante o Governo Michel Temer, votou contra da PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em abril de 2017 foi favorável à Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017 votou contra o processo em que se pedia abertura de investigação do então presidente Michel Temer (PMDB), ajudando a arquivar a denúncia do Ministério Público Federal.

 

Em 2018, foi reeleita novamente com 40.008 votos. No governo de Jair Bolsonaro (PSL), votou de maneira favorável à Reforma da Previdência proposta pelo governo.

 

 

- KÁTIA ABREU

Kátia Regina de Abreu (Goiânia, 2 de fevereiro de 1962) é uma empresária, pecuarista e política brasileira, filiada ao Progressistas. Foi a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento durante o segundo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. É senadora pelo estado do Tocantins e foi candidata à vice-presidente da República nas Eleições presidenciais de 2018.

 

Formada em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás, tornou-se pecuarista ao assumir, com a morte do marido em 1987, uma fazenda no antigo norte goiano, atualmente Tocantins.

 

Destacou-se entre os produtores da região e logo se tornou presidente do Sindicato Rural de Gurupi.

 

Em seguida, foi eleita presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Tocantins, cargo que exerceu por quatro mandatos consecutivos entre 1995 e 2005.

 

Em novembro de 2008, foi eleita presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para o triênio 2008 a 2011. A entidade representa 27 federações estaduais, 2142 sindicatos rurais por todo o Brasil, além de mais de um milhão de produtores sindicalizados.

 

Em 1998, Kátia Abreu disputou pela primeira vez uma cadeira na Câmara dos Deputados, ficando como primeira suplente. Assumiu a vaga em duas oportunidades, entre abril de 2000 e abril de 2002. Foi escolhida para presidir a Bancada ruralista no Congresso Nacional, sendo a primeira mulher no país a comandá-la, que na época contava com 180 integrantes.

 

Em 2002, foi efetivamente eleita para a Câmara dos Deputados com 76.170 votos, a mais votada no Estado do Tocantins.

 

Em 2006, concorreu e venceu a eleição por uma vaga ao Senado Federal, derrotando Siqueira Campos, que tentava a reeleição.

 

Em 2010, apoiou José Serra na Campanha presidencial de 2010, foi cotada vice de Serra e criticou Dilma e o presidente Lula durante a campanha de 2010.

 

Em 2011, torna-se aliada ao governo Dilma. Em 2016 permaneceu mais fiel à Dilma que ao partido, MDB.

 

Em novembro de 2017, o conselho de ética do MDB decidiu por expulsar a senadora do partido por criticar o partido e o governo de Michel Temer.

 

Em abril de 2018, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT). Com a cassação do então governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB) e sua vice Cláudia Lelis (PV), foi candidata à governadora do Estado nas eleições suplementares, em junho. Após o final do pleito, não conseguiu chegar ao segundo turno, obtendo cerca de 15% dos votos válidos.

 

Em agosto, foi confirmada candidata a vice-presidente da República, na chapa de Ciro Gomes na eleição presidencial de 2018, chapa essa que obteve o terceiro lugar.

 

 Atualmente está filiada ao Partido Progressista.

 

 

- MARCELO MIRANDA

Marcelo de Carvalho Miranda nasceu em Goiânia, no dia 10 de outubro de 1961, filho de José Edmar de Brito Miranda e Marlide Carvalho Miranda. Seu pai foi deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), na legislaturA 1967-1971, em Goiás.

 

Casou-se com Dulce Ferreira Pagani Miranda, com quem teve dois filhos. Nas eleições de 2014 Dulce Miranda elegeu-se deputada federal, para mandato na legislatura 2015-2019.

 

Tornou-se pecuarista e deu início à carreira política no final da década de 1980, filiando-se ao PMDB, pelo qual elegeu-se deputado estadual em 1990. Foi reeleito em 1994 e nesse mandato ocupou a Presidência da Comissão de Educação, Cultura e Desporto, tendo atuado, também, como membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

 

Novamente reeleito em 1998, conquistou o primeiro lugar entre os mais votados e ocupou a presidência da Assembléia Legislativa tocantinense. Nesse mesmo período integrou ainda a União Nacional dos Legislativos Estaduais (UNALE) e articulou a criação do chamado Parlamento Amazônico.

 

No decorrer do ano 2000, assumiu interinamente o Governo do Estado do Tocantins por duas vezes, nos períodos de 29 de abril a 7 de maio e de 24 de junho a 1º de julho.

 

Nas eleições de 2002, foi eleito governador do Estado do Tocantins, dessa vez filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL). Teve como aliados uma extensa coligação, que além do PFL, contou com o Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido Social Liberal (PSL), Partido Social Trabalhista (PST), Partido dos Aposentados da Nação (PAN), Partido Social Democrata Cristão (PSDC), Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Partido Trabalhista Cristão (PTC), Partido Social Democrático (PSD), Partido republicano Progressista (PRP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA) e Partido Trabalhista do Brasil (PT do B).

 

No pleito de 2006, concorreu com sucesso à reeleição pela legenda do PMDB, obtendo 51,49% dos votos. Sua plataforma política, intitulada “Governo Mais Perto de Você”, foi voltada prioritariamente ao atendimento de famílias de baixa renda.

 

Em 17 de janeiro de 2008, a coligação União Democrática do Tocantins, impetrou, junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) um pedido de cassação do mandato do governador.

 

No dia 26 de junho de 2009, após cinco horas de julgamento, o mandato de Marcelo Miranda foi cassado pelo TSE, juntamente com o do vice-governador Paulo Sidnei, permanecendo no cargo até a análise final de eventuais recursos.

 

Nas eleições de 2010, o ex-governador concorreu pelo PMDB a uma vaga no Senado, sendo eleito com 375. 931 votos, correspondentes a 25, 41% da preferência dos eleitores. Não tomou posse, entretanto, porque o TSE barrou sua candidatura com base na lei da Ficha Limpa, pelo fato de ter tido seu mandato cassado por abuso de poder político e econômico no ano anterior.

 

 Marcelo Miranda voltou a assumir um cargo eletivo após ter vencido, ainda no primeiro turno, com 51, 30% dos votos válidos, a disputa pelo governo do estado do Tocantins nas eleições de 2014.

 

Durante a cerimônia de posse do cargo, realizada em janeiro de 2015 na Assembleia Legislativa tocantinense, o governador destacou como metas de sua gestão o fortalecimento do agronegócio e da agroindústria, além do objetivo de tirar a saúde e a segurança da situação apontada por ele como “caótica”. No decorrer de sua gestão, investiu em obras de               infra-estrutura em rodovias estaduais, através de convênio com o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird). No início de 2017, Marcelo Miranda anunciou o reequilíbrio das contas do Estado, como resultado do pacote de ações que empreendeu para diminuir e controlar as despesas públicas.

 

Em 22 de março de 2018 o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o governador e a vice-governadora Cláudia Lelis. Em 6 de abril de 2018,uma determinação cautelar imposta pelo ministro Gilmar Mendes determinou a volta do governador e da vice-governadora Cláudia Lelis.

 

 No entanto, em 17 de abril de 2018, o TSE negou o recurso de defesa e manteve a cassação da chapa eleita em 2014. Com isso, se tornou o primeiro político a ser cassado duas vezes no cargo de governador de estado.

 

Posted On Sexta, 07 Janeiro 2022 06:59 Escrito por

Diretrizes contrariam posicionamento do governo federal. As regras valem para servidores civis, militares e estagiários

 

Por Luana Patriolino

 

O comando do Exército determinou que os militares que retornarem ao trabalho presencial devem ser vacinados contra a covid-19. As diretrizes para o combate à pandemia também estabelecem distanciamento físico e máscaras de proteção facial. O Exército também determinou a proibição de espalhar fake news relacionados ao vírus.

 

As regras valem para servidores civis, militares e estagiários. O documento, assinado pelo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, diverge do posicionamento do presidente Jair Bolsonaro, que sempre se colocou contra a obrigatoriedade da vacinação para servidores.

 

Desde o ano passado, o governo federal só exige a imunização completa de colaboradores com comorbidades, mas que desejam retornar ao regime presencial. Para os demais, a instrução normativa do Executivo não cita necessidade de imunização.

 

Segundo o Exército, o objetivo é o retorno pleno de todas as atividades administrativas e operacionais. O comandante afirmou ser necessário avaliar a volta às atividades presenciais dos servidores, desde que respeitado o período de 15 dias após a imunização. “Os casos omissos sobre cobertura vacinal deverão ser submetidos à apreciação do DGP [Departamento-Geral do Pessoal], para adoção de procedimentos específicos”, explica Oliveira.

 

Outro ponto dessa diretriz do Exército proíbe que os militares divulguem nas redes sociais qualquer informação sobre a pandemia sem antes confirmar a fonte e checar se ela é verdadeira, ou seja, não pode divulgar fake news. O documento diz ainda que os servidores devem orientar os parentes a agirem da mesma forma.

 

A norma diz que "não deverá haver difusão de mensagens em redes sociais sem confirmação da fonte e da veracidade da informação" e que, "além disso, os militares deverão orientar os seus familiares e outras pessoas que compartilham do seu convívio para que tenham a mesma conduta".

 

 

 

Posted On Sexta, 07 Janeiro 2022 06:45 Escrito por

Mandatário diz que Defesa enviou perguntas a Barroso, e que se não se convencerem com resposta, 'algo precisará ser feito' no TSE

 

Por Plínio Aguiar e Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

 

Após receber alta hospitalar nesta quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a questionar a segurança das urnas eletrônicas e ameaçou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O mandatário disse, ainda, que o Ministério da Defesa enviou questionamentos ao órgão e que, se não se convencerem das respostas, "algo tem que ser mudado no TSE."

 

"As Forças Armadas foram convidadas pelo ministro Barroso para participar das eleições. Aceitamos participar de todo processo eleitoral, sem exceção. E a [Ministério da] Defesa fez alguns questionamentos para o ministro Barroso, do TSE, sobre fragilidades das urnas eletrônicas. Estamos aguardando a resposta do TSE, pode ser que ele nos convença, pode ser que estejamos errados, agora, se nós não estivermos errados, pode ter certeza que algo tem que ser mudado no TSE", declarou Bolsonaro.

 

"E não vai ser com bravata, de quem quer que seja no Brasil, que nós vamos aceitar o que querem impor à nossa população. O brasileiro merece eleições limpas e transparentes. E ninguém é dono da verdade aqui no nosso país. A lei vai ser cumprida e teremos eleições limpas e transparentes, pode ter certeza disso", complementou.

 

De acordo com Bolsonaro, a preocupação não é com vistas às eleições à Presidência da República e, sim, com a segurança. "Sabemos até onde o outro lado pode chegar. Sabemos que a política brasileira, depois que a esquerda se fez mais presente, como eles são agressivos, como eles têm tentado eliminar o adversário, não interessa como. São fatos. E fatos não têm que questionar", disse.

 

O mandatário acrescentou que há a certeza de que, neste ano, as eleições serão limpas e transparentes. "Os votos vão ser contados", prometeu.

 

O ano passado foi marcado por ataques do presidente a Barroso. Ele questionou o ministro em diversos momentos e afirmou que "quem quer eleição suja e não democrática é o ministro Barroso". No dia 12 de agosto, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, ele chegou a chamar o ministro de "mentiroso" e "tapado".

 

O cenário de questionamentos e ataques gerou manifestação de outros poderes, como a do presidente do Congresso Nacional e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que em julho do ano passado afirmou que a realização das eleições deste ano é "inegociável", e que a realização do pleito "não decorre da vontade" de políticos, frisando o cumprimento da Constituição Federal.

 

Posted On Quinta, 06 Janeiro 2022 05:56 Escrito por
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