Três inquéritos do STF devem trazer dor de cabeça a Bolsonaro em 2021

 

Da Redação

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem três inquéritos em curso que podem trazer dor de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2021. Apesar de ser investigado em apenas um deles —o que busca esclarecer se houve interferência política na Polícia Federal—, o presidente pode ter a imagem arranhada a depender dos rumos de outras duas investigações. Uma delas é a que apura o financiamento de atos antidemocráticos. A segunda é a que busca os responsáveis por disseminações de notícias falsas e ameaças contra membros do Supremo, o chamado inquérito das Fake News.

 

Os três inquéritos são relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, que entrou em rota de colisão com o Bolsonaro em abril ao impedir o chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, de assumir o comando da Polícia Federal. O episódio irritou o presidente, que chegou a dizer que havia chegado "ao limite". "Chega de interferência. Não vamos admitir mais interferência. Acabou a paciência", disse Bolsonaro. As investigações no Supremo foram prorrogadas por mais 90 dias no final de dezembro, mas podem levar mais tempo a depender do andamento dos casos.

 

No dia 24 de fevereiro, o inquérito sobre a interferência na PF deve ser destravado, com a definição, pelo plenário do STF sobre a forma como Bolsonaro deve ser ouvido na investigação. Primeiro relator do caso, o agora aposentado ministro Celso de Mello havia determinado que o depoimento do presidente fosse presencial, mas a AGU (Advocacia-Geral da União) recorreu para que Bolsonaro pudesse responder às perguntas por escrito. É isso que o plenário vai decidir no fim de fevereiro. O inquérito foi aberto em abril do ano passado, após a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O ex-ministro acusou Bolsonaro de tentar interferir na PF por motivos políticos. Foi no decorrer deste inquérito que a reunião ministerial do dia 22 de abril veio a público. Nela, o presidente diz: "Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meus, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar!".

 

O vídeo está sendo usado por Moro para provar que houve interferência na PF. Após ouvir Bolsonaro, a PF vai concluir a investigação e cabe ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, decidir se denuncia ou não o presidente e os demais investigados. Caso Bolsonaro seja denunciado, cabe à Câmara dos Deputados autorizar ou não a abertura de um processo contra o presidente.

 

Outros inquéritos podem atingir aliados do presidente

 

Além do inquérito sobre a interferência na PF, há outras duas investigações que, embora não sejam diretamente sobre Bolsonaro, podem trazer dor de cabeça ao presidente por envolver aliados próximos. Um deles é o inquérito aberto a pedido da PGR para investigar o financiamento de atos antidemocráticos. O caso foi aberto em março do ano passado, após manifestações em Brasília que pediam o fechamento do Congresso e do Supremo. Embora tenha participado de um desses atos, Bolsonaro não é investigado. Mas as investigações do caso já chegaram ao chamado "Gabinete do Ódio", que teria operado dentro do Palácio do Planalto, gerido por funcionários próximos ao presidente e seus filhos.

 

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) chegaram a prestar depoimento nesse caso na condição de testemunhas. As investigações também atingem nomes importantes do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro pretende fundar. Estão na mira da PF o segundo vice-presidente da sigla, o empresário Luís Felipe Belmonte; e Sérgio Lima, um dos idealizadores da legenda. O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), Sara Winter, líder de um grupo armado de extrema direita e o youtuber Allan dos Santos também são investigados. Além deles, são investigados blogueiros que mantêm sites de apoio a como Roberto Boni e Ernane Neto. Já no inquérito das Fake News são investigadas as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), aliadas do presidente. O caso foi aberto em março de 2019. Allan dos Santos e Sara Winter também estão entre os alvos dessa investigação. Em maio do ano passado, Moraes determinou que seis deputados federais da base de Bolsonaro prestassem depoimento à Polícia Federal, aumentando a tensão entre O STF e o Palácio do Planalto. Foram ouvidos Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Silveira (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP). Além disso, os deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP) também tiveram de prestar depoimento à polícia.

 

Não são apenas políticos os aliados de Bolsonaro alvos das investigações. Moraes já determinou a quebra de sigilo bancário e fiscal de três suspeitos de financiar o grupo que espalha notícias falsas: o dono das lojas Havan, Luciano Hang; Edgard Corona, dono das redes de academias SmartFit e BioRitmo; e Reynaldo Bianchi Júnior, músico e humorista.

 

O prazo para o término das investigações acaba em abril, mas pode ser esticado por Moraes.

 

Posted On Segunda, 11 Janeiro 2021 15:43 Escrito por

Manobras do atual presidente da casa, Davi Alcolumbre, mira a desistência do MDB em disputar a presidência

 

Por Edson Rodrigues 

 

Nesta segunda feira (11), o palácio do planalto, na pessoa do seu presidente da república, Jair Messias Bolsonaro, segundo a revista veja, o palácio do planalto deu um cheque mate na cúpula do MDB nacional.

 

De acordo com a revista, o apoio do Palácio do Planalto ao nome de Rodrigo Pacheco à Presidência do Senado está escancarado e a insatisfação dos “caciques” do partido “não tira um segundo de sono de Jair Bolsonaro”.

 

Para cada ação, uma reação!

 

Por ainda estar começando o dia, os membros do MDB nacional ainda não se pronunciaram. Nem no senado, nem na câmara e tampouco os ex-presidentes da república; José Sarney e Michel Temer.

O MDB deve se pronunciar publicamente após, nos bastidores, ter definido um caminho a seguir, algo que provavelmente leve ao desembarque de 100% do governo. Se isso ocorrer, o partido deve se juntar às oposições e trabalhar para ter um só candidato à mesa do senado e da câmara dos deputados.

 

A matéria diz ainda que “a aposta de aliados de Alcolumbre é de que o MDB desista de disputar para preservar postos importantes na Casa”, mas o MDB ainda é um dos maiores partidos do senado federal, com a maior bancada e mostrou sua força neste último pleito municipal, liderando o ranking com 8.709 eleitos (12,76%), sendo: 772 prefeitos, 660 vice-prefeitos e 7.277 vereadores.

A sigla garante que não vai brigar por cargos do governo, mas que também não ficará fora da discussão e participação dos comandos das mesas do Congresso. Esta é mais uma árdua missão para o ‘bombeiro’ e construtor de entendimentos, senador Eduardo Gomes (MDB/TO), (foto) um ótimo articulador político e juiz de paz.

 

 

Posted On Segunda, 11 Janeiro 2021 11:40 Escrito por O Paralelo 13

O total de vítimas fatais da doença no país chegou a 202.631, informou o Ministério da Saúde

 

Por Felipe Resk

O Brasil registrou neste sábado, 9, média móvel de 988 mortes por covid-19, a maior desde a segunda quinzena de agosto. O cálculo é feito com base em dados dos últimos sete dias para corrigir distorções provocadas por variações em registros.

 

Já nas últimas 24 horas, foram notificados 59.750 novos casos e 1.115 óbitos pelo novo coronavírus. Com isso, o País atinge o total de 8.075.670 diagnósticos e 202.657 mortes desde o início da pandemia.

 

Os dados são reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação a partir dos registros das secretarias estaduais de Saúde. O consórcio é formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL.

 

A alta média móvel de mortes foi influenciada por dados do Paraná. Nesta semana, o Estado revisou registros de covid e acrescentou 31.425 casos e 377 óbitos retroativos à contagem.

 

Já o balanço do Ministério da Saúde aponta que 7.144.4011 pessoas se recuperaram da doença em meio a 8.075.998 casos confirmados. Os dados da pasta diferem dos registros do consórcio em razão da metodologia de coleta.

 

A pasta aponta, ainda, um total de 202.631 mortes. Destas, 1.171 foram registrados nas últimas 24 hora.

 

Tocantins

 

O 300º boletim epidemiológico da Covid-19 no Tocantins contabilizou 501 novos casos confirmados da Covid-19, sendo 210 das últimas 24h. O restante é de exames coletados em dias anteriores e que tiveram seus resultados liberados na data de ontem.

 

Dos 501 novos casos, 166 foram detectados por RT-PCR, 204 por sorologia e 131 por teste rápido.

 

Atualmente, o Tocantins contabiliza 299.390 pessoas notificadas com a Covid-19 e acumula 92.916 casos confirmados. Destes, 83.223 pacientes estão recuperados, 8.426 pacientes seguem em isolamento domiciliar ou hospitalar e 1.267 pacientes foram a óbito.

 

Os dados contidos no boletim são consolidados com resultados de exames realizados no Lacen e notificações recebidas dos municípios até as 23h59 do último dia.

 

 

 

 

 

Posted On Domingo, 10 Janeiro 2021 07:02 Escrito por O Paralelo 13

Candidato à presidência em 2018 publicou texto de despedida; confira os detalhes

 

Por iG Último Segundo

 

 

Candidato à presidência da República em 2018, Fernando Haddad (PT) se retirou da Folha de São Paulo , onde mantinha uma coluna . Ele afirma ter sido atacado pelo jornal “com expediente discursivo desrespeitoso, ao estilo bolsonarista”.

 

Haddad afirma que foi atacado pela Folha após repercutir negativamente um artigo do Estadão , sugerindo que o STF mantivesse a condenação de Lula . Segundo o petista, a ação beneficiaria a candidatura de Bolsonaro , uma vez que o ex-presidente estaria fora da eleição de 2022.

 

“Em editorial, segunda-feira (4/1), este jornal resolveu me atacar de maneira rebaixada. Incapaz de perceber na minha atitude a defesa do Estado de Direito, interpretou-a como tentativa oportunista de eu próprio obter nova chance de disputar a eleição presidencial, ou seja, que seria um gesto motivado por interesse pessoal mesquinho”, escreveu Haddad em seu último texto, intitulado “Despedida”.

 

“Simplesmente desconsiderou que, nos últimos dois anos, em todas as oportunidades, inclusive em entrevista recente ao jornal, defendi sempre a mesma posição, qual seja, a precedência da candidatura de Lula”, afirma.

 

Em um trecho mais incisivo, o petista afirma que a Folha de São Paulo demonstra pouca compreensão com gestos de aproximação e sacrifica as bases de urbanidade que o pluralismo exige. “Infelizmente, constato que, nos momentos decisivos, a Folha, em lugar de discutir ideias, prefere agredir pessoas de forma estúpida”, escreve Haddad.

 

Boulos retorna à Folha

Colunista da Folha de Sâo Paulo até 2017, Guilherme Boulos , ex-candidato à prefeitura de Sâo Paulo, retornou ao expediente. O escritor, bacharel em filosofia, psicanalista, ativista e político de 38 anos também atua como coordenador do MTST.

 

Boulos confirmou seu retorno ao jornal antes de Fernando Haddad anunciar que estava se retirando.

 

Posted On Domingo, 10 Janeiro 2021 07:00 Escrito por O Paralelo 13

Com infecções em alta e sem vacinar, País registrou, nesta quinta-feira (7), 200.498 óbitos causados pela doença

 

Por Giovana Girardi

 

O Brasil superou ontem quinta-feira, 7, a marca de 200 mil mortos pela covid-19, quando muitos já temem que possa ser o pior momento da pandemia no País. A curva de casos e mortes voltou a ser ascendente. Ao mesmo tempo, parte da população abandonou os cuidados e se aglomerou nas festas de fim de ano, novas variantes do vírus circulam e ainda não há clareza de quando começa a vacinação.

 

Em quase 10 meses desde que ocorreu a primeira morte pela doença no Brasil, perdemos o equivalente às populações da cidade de Araçatuba (SP) ou de Angra dos Reis (RJ). Até as 17h desta quinta-feira, foram registradas 200.011 mortes, conforme levantamento feito pelo consórcio de imprensa junto às secretarias estaduais de saúde.

 

E o cenário projetado para as próximas semanas é sombrio, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. Quando o País atingiu 100 mil mortos, em agosto, a média móvel de vítimas indicava lentamente um início de queda e parecia que a situação começaria a melhorar. Mas ao contrário da Europa, que teve claramente uma primeira e uma segunda onda, no Brasil o número de novas infecções e óbitos nunca arrefeceu.

 

A média móvel de mortes baixou da casa de mil, em meados de agosto, para pouco mais de 300 na primeira dezena de novembro, mas logo depois voltou a subir. O epidemiologista Paulo Lotufo, da USP, compara esse movimento como se fosse de um avião arremetendo ao tentar pousar.

 

“Parecia que estávamos em declínio mesmo, mas não chegamos a zerar. Tivemos o impacto das eleições municipais. Os números de internações estavam claramente subindo, mas ninguém queria adotar medidas mais restritivas e impopulares. Aí veio o fim de ano. Não está todo mundo agindo como vimos nas fotos de praias e festas, mas aumentou o desrespeito. Vi casos de irresponsabilidade total, e vamos ver o resultado disso agora. A expectativa é péssima”, alerta.

 

Para Deisy Ventura, professora de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP, a posição do governo federal, que desde o início deixou a pandemia correr solta no País, agora parece ter um contrapeso menor dos governos locais e de parte da população, tornando a situação ainda mais perigosa.

 

“O governo federal sempre atuou para que a doença seguisse seu ritmo natural, sem construir obstáculos, com a ideia de que quanto mais rapidamente se disseminasse, mais rapidamente passaria, o que é absurdo por todos os aspectos”, argumenta.“Mas havia uma certeza de que os Estados fariam tudo para evitar o colapso do sistema de saúde. Foi o modelo de 2020. Em 2021, me parece que esses freios podem não funcionar.”

 

No fim de dezembro, o Amazonas decidiu fechar o comércio, mas recuou após protestos.O Estado só adotou as restrições esta semana, por ordem da Justiça, para conter a alta de mortes – em Manaus o número de sepultamentos saltou 193% no último mês. Durante as festas de fim de ano, o governo paulista determinou que as cidades mantivessem só atividades essenciais, como farmácias e mercados, mas parte das cidades decidiu não cumprir a medida.

 

O que se viu foram praias e comércio lotados, ausência de distanciamento social e do uso de máscaras. “Vejo a população respondendo diretamente ao estímulo dado pelo governo federal quando ataca as medidas de contenção do vírus”, opina Deisy.

 

“Temos uma tendência a responsabilizar as pessoas individualmente, mas elas estão respondendo a um movimento político escandaloso que preconiza que a doença não é grave ou só é grave para alguns, o que sabemos que é mentira. Ninguém está livre de um possível agravamento”, diz.

 

“Em um outro ambiente institucional, esse comportamento seria repudiado. Mas quando a desobediência é encorajada por parte do governo, quando a gente trata criminoso com indulgência, temos um efeito de banalização de condutas que deveriam ser rechaçadas na sociedade”, ressalta a pesquisadora.

 

Deisy faz uma previsão dramática para as próximas semanas: “O ano novo pode ser o pior possível. Temo que cenas que não chegamos a ver em 2020, ou vimos pouco no Brasil, se tornem comuns. Vamos ter pessoas morrendo na rua, caminhões de cadáveres, cemitérios sobrecarregados e devemos ter a tão temida sobrecarga das unidades de saúde e de leitos de UTIs. E vamos ter, com mais intensidade, a perda de pessoas próximas”.

 

O temor é compartilhado pela infectologista Raquel Stucchi, professora do Departamento de Clínica Médica da Unicamp. “Os números de casos e de mortes estão avançando em velocidade muito rápida e não se vislumbra mudança, as coisas vão piorar. Não sei se as pessoas estão meio anestesiadas com tudo isso, mas muitas incorporaram o discurso de minimizar a doença e seus efeitos, deixaram de ser cuidadosas e acabam tendo essa atitude irresponsável com a própria saúde e a dos outros”, afirma ela.

 

“Começamos errado e andamos no caminho do erro. O que faltou no nosso País desde o início foi ter uma voz única que entendesse e aceitasse o que a ciência mostrou e conduzisse o País à luz da ciência. Como não tivemos isso, vimos o uso incorreto, ou não frequente ou não exigido em muitos locais da máscara facial. Tivemos até incitação à aglomeração. Mais recentemente durante as campanhas eleitorais e as que se formaram nas festas de fim de ano”, lamenta a pesquisadora.

 

 

Posted On Sexta, 08 Janeiro 2021 05:15 Escrito por O Paralelo 13
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