"Rei dos ônibus" do Rio assume pagamento de propina a Jorge Picciani

 

Com Agência Brasil

 

O empresário do setor de ônibus Jacob Barata Filho disse hoje (24) que as empresas de ônibus pagavam, mensalmente, R$ 6 milhões em propina a políticos do Rio. O objetivo era garantir apoio a projetos de interesse do setor e impedir que iniciativas contrárias pudessem prosperar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

Ele foi interrogado hoje pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no âmbito da Operação Cadeia Velha. Segundo Barata, a propina era viabilizada através de pagamento de um percentual extra de 1% do faturamento das empresas de ônibus à Federação das Empresas Transportadoras de Passageiros (Fetranspor), que viabilizava o repasse da propina.

 

Parte deste valor era entregue, segundo Barata, ao presidente afastado da Alerj, deputado Jorge Picciani (MDB), que chegou a ser preso durante a operação, mas depois foi beneficiado a cumprir medidas cautelares em sua residência.

 

Houve também, segundo ele, pagamento ao deputado Paulo Melo (MDB), que já ocupou a presidência da Alerj, e que atualmente está preso. No início do interrogatório, Barata disse a Bretas que abria mão de R$ 80 milhões seus, que já haviam sido bloqueados pela Justiça, ao longo da operação. Esta é a última audiência antes de Bretas anunciar sua sentença.

 

A defesa de Picciani, presente ao interrogatório, questionou se o valor comentado por Barata seria propina ou contribuição política por caixa dois, mas não obteve resposta, pois o juiz entendeu que o réu já havia respondido a isso. A Agência Brasil aguarda o posicionamento da defesa de Paulo Melo sobre as declarações de Barata Filho.

Posted On Sexta, 24 Agosto 2018 16:51 Escrito por

Evento realizado em Palmas reuniu entidades classistas para a exposição de demandas e das propostas do candidato

 

Por Priscila Cavalcante

 

O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO), Carlos Suzana entregou carta da instituição ao candidato à Presidência da República, Ciro Gomes, que cumpre agenda em Palmas na manhã desta sexta-feira, 24/08. O documento foi entregue em evento para a apresentação das propostas do candidato que tem como vice a senadora pelo Tocantins, Kátia Abreu.

 

Quatro ações primordiais foram apresentadas na carta com foco em infraestrutura e logística para o escoamento da produção e promoção da competitividade, sendo elas: a celeridade no processo de duplicação da rodovia Belém-Brasília (BR 153), remoção do “Pedral do Lourenço” e construção das eclusas nas usinas hidrelétricas de Estreito (MA) e Luís Eduardo Magalhães (Lajeado/TO) na hidrovia no rio Tocantins, construção da rodovia BR 242 (Transbananal) incluindo ponte sobre o Rio Araguaia, trecho de Formoso do Araguaia até o entroncamento com a BR 158 (Mato Grosso) e a modernização e ampliação dos aeródromos de Araguaína e Gurupi e implantação do aeroporto de Mateiros.

 

"Os investimentos que nós apontamos neste documento são primordiais para que o produto da indústria tocantinense saia do estado com competitividade e para que o segmento volte a crescer. A atuação da FIETO na defesa de interesses nos leva a disseminar estas prioridades da indústria aos candidatos e instituições que podem conduzir estas ações e investimentos essenciais ", disse o vice-presidente, Carlos Suzana.

 

“O país que precisa se industrializar fechou 13 mil indústrias nos últimos 3 anos. Eu vejo o documento da Federação pedindo a industrialização do Tocantins e no lugar de contratar, nós estamos fechando indústrias como nenhum país do mundo jamais assistiu", disse Ciro Gomes reforçando a necessidade de mudança deste cenário proposta em sua candidatura.

Posted On Sexta, 24 Agosto 2018 13:39 Escrito por

Marina Silva disse que "enquanto as mulheres trabalharem mais que os homens e tiverem dupla jornada", aposentadoria será diferenciada

 

Com Agência Brasil

 

A candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, defendeu, em entrevista à EBC , um tratamento especial para as mulheres na reforma da Previdência. Sem especificar qual seria a idade mínima para aposentadoria feminina, ela afirmou que "enquanto as mulheres trabalharem mais que os homens e tiverem dupla jornada, elas terão uma aposentadoria diferenciada".

 

Além de defender a discussão da reforma da Previdência - mas não a proposta enviada pelo governo ao Congresso, que classificou como "draconiana" - , Marina Silva afirmou que o "Plano Real deu certo, mas foi desvirtuado".

 

Ela assegurou que manterá o tripé econômico em vigor: câmbio flutuante, com mecanismos de proteção, controle da inflação e superávit primário, sinalizando também ser favorável à política de juros baixos para a retomada do crédito.

 

Questionada sobre a influência das eleições no mercado financeiro, especificamente sobre a alta do dólar que ocorre nesta semana, a candidata reagiu: "Sempre que se tem eleição, aparece esta história de variação do dólar. A democracia não pode estar sujeita a este tipo de coisa; a gente tem de debater ideias".

 

Marina afirmou ainda que há estrangeiros querendo investir no Brasil , mas que para isso acontecer o país precisa ter credibilidade, combater a corrupção e oferecer segurança jurídica para as empresas.

 

Ela defendeu a volta dos empregos sobretudo por meio da dinamização da construção civil, das obras de infraestrutura, do turismo e energia limpa, citando investimentos em placas solares. A candidata também garantiu o reajuste do salário mínimo pela inflação e defendeu que o país volte a crescer para que se tenha prosperidade e melhor remuneração para os trabalhadores.

 

A ambientalista se mostrou contrária ao aumento dos salários do Poder Judiciário aprovado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ). "Não se pode pedir sacrifício da população se o exemplo não vem de cima".

 

A candidata se disse, por fim, capaz de unir os brasileiros, mas, durante a entrevista, acabou dividindo evangélicos e católicos. Ao ser perguntada sobre que tratamento daria na rede de saúde ao público LGBTQI +, ela respondeu que trataria todos como cidadãos, sem qualquer discriminação e de acordo com suas necessidades de saúde.

Em seguida, reclamou do questionamento: "Eu acho engraçado que esta pergunta é sempre feita a mim talvez pelo fato de eu ser cristã e evangélica. Sempre tem um certo enviesamento comigo. Mas eu não vejo esta pergunta sendo feita por exemplo ao candidato Alckmin, que é católico praticante e que com certeza também tem posições referentes ao aborto e outros temas".

 

Sobre o aborto, voltou a defender a realização de um plebiscito que envolva toda a população - e não apenas as mulheres. Marina, que se disse pessoalmente contrária ao aborto, afirmou que nem o Judiciário nem o Congresso estão aptos a decidir sobre a descriminalização.

 

Em segurança pública, Marina defendeu também o sistema penitenciário público, sem privatização das cadeias, e com valorização e integração das polícias.

 

Por fim, criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro, dizendo que foi necessária porque "não havia mais governo no Rio e a população não poderia ficar entregue à própria sorte." Marina Silva disse que a violência precisa ser combatida de forma estruturada e estruturante. A candidata defende que o Exército não atue em segurança pública.

 

* Com informações da Agência Brasil

 

Posted On Sexta, 24 Agosto 2018 07:47 Escrito por

Como todos sabem a coligação entre o MDB e o PSB foi um “casamento arranjado”, daqueles em que o amor fica em segundo plano e o que importa é o “dote”.  A reunião realizada nesta quarta-feira (22) serviu para chancelar o “pacto nupcial sem amor”. 

 

Por Edson Rodrigues

 

O MDB liberou os membros da legenda para apoiar a quem bem entender, desobrigando-os de serem “padrinhos forçados” do “casamento” com o PSB de Carlos Amastha.

 

“DOTE”

O grande questionamento, agora, é quem ficará com o “dote” maior.  Amastha, mesmo sem o apoio do todo o MDB, com a simples aliança conseguiu um grandíssimo tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.

 

A outra parte do “dote”, os recursos partidários, agora gera desconforto pela dúvida sobre quem ficará com ela, se a majoritária ou a proporcional, assim como o risco que vão correr aqueles que, porventura, usarem o Horário Gratuito para pedir votos para outro candidato, que não seja Amastha.

 

Outra preocupação é em relação ao material de campanha de quem preferiu não ficar no “casamento”: pode ou não pode confeccionar santinhos com a foto dos candidatos a governador e senador de outra legenda?

 

QUEM GANHOU E QUEM PERDEU

Com todo esse imbróglio criado por Amastha ao não dar a mínima para os candidatos proporcionais do MDB, se recusando a subir em palanques em cidades-chave para a legenda, resta saber que permanecerá com o apoio ao candidato do PSB e quem terá seu próprio palanque.

 

Ainda é cedo para fazer prognósticos de como ficará essa situação, mas é a hora certa para o MDB atestar sua capacidade partidária, analisando o potencial de capilaridade de seus líderes.  O único porém é que esses dados só estarão disponíveis quando sair o resultado das urnas.

 

Nos próximos 15 dias de campanha já se poderá ter uma noção mínima dessa situação, observando os locais onde Amastha for perdendo popularidade e analisando se, ao mesmo tempo, os candidatos do MDB ganham espaço.  Só assim se poderá ter uma noção de quem ganhou e de quem perdeu com essa situação.

 

A única certeza é que os demais candidatos ao governo estão de portas abertas para receberem o apoio das lideranças e candidato do MDB que optarem pelo “divórcio”.  Nas hostes de Mauro Carlesse e Márlon Reis, já são muito perceptíveis os movimentos em busca desses apoios. 

 

O EFEITO SÍTIO NOVO

A atitude de Carlos Amastha em Sítio Novo, de não subir ao palanque em que estavam Marcelo e Dulce Miranda, além de outras lideranças do MDB, foi a gota que faltava para o caldo entornar.  O clima ficou insuportável e irremediavelmente ruim entre as lideranças das duas legendas e certamente vai influenciar nos rumos da sucessão estadual, pois a parte mais importante do MDB saiu em defesa de seu líder maior e a candidatura de Amastha deve perder grande parte de sua musculatura.

 

As urnas vão dizer quem se posicionou melhor após o “caso” Sítio Novo e o tempo, como sempre, será o senhor da razão...

 

Posted On Quinta, 23 Agosto 2018 14:41 Escrito por

Após série de adiamentos, direção da Casa cansou de esperar Maluf decidir sobre renúncia e cumpriu determinação do STF; advogado contesta medida

 

Com Agência Brasil

 

Após meses de indefinição , a Mesa Diretora da Câmara determinou nesta quarta-feira (22) a cassação do mandato de Paulo Maluf (PP-SP) como deputado. O até então parlamentar, de 86 anos de idade, foi condenado a 7 anos e 9 meses de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro e atualmente cumpre prisão domiciliar em São Paulo

 

A decisão não passou pelo plenário da Câmara e foi tomada em reunião realizada pela manhã na residência oficial do presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). O rito atende a determinação do ministro Edson Fachin, responsável pela sentença que condenou Paulo Maluf no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay , afirma que a Mesa Diretora da Câmara não tinha o direito de cassar o mandato de Maluf, e considera que a decisão "abre um precedente perigosíssimo". O advogado também diz que o Poder Legislativo "sai menor e acuado" por conta dessa medida, considerada "inconstitucional" pela defesa.

 

"Tal decisão é exclusiva do Plenário da Casa. Assim procedendo, abriu-se um sério e perigoso precedente, que ataca o próprio texto da Constituição. O Legislativo sai hoje menor desse episódio, lamentavelmente", afirmou Kakay.

 

Novela em torno do mandato de Paulo Maluf

Antes de pôr fim ao mandato parlamentar de Maluf, a cúpula da Câmara  até mesmo discutiu a  possibilidade de cobrar esclarecimentos do STF e o presidente Rodrigo Maia chegou a questionar a Corte sobre se era de fato a Mesa Diretora, e não o Plenário, a quem compete determinar a cassação. O questionamento, no entanto, segue sem resposta do Supremo.

 

O ministro Edson Fachin justificou o pedido de cassação de Maluf alegando que, preso, o parlamentar não poderia frequentar as sessões no Congresso, A Constituição prevê que a Mesa Diretora da Câmara deve declarar a perda do mandato do deputado que faltar a um terço das sessões, sem necessidade de levar o caso ao Plenário.

 

No entanto, a Constituição Federal também estabelece a perda do mandato de parlamentar quando há uma condenação por meio de sentença transitada em julgado, e, nesse caso, a decisão seria tomada pelo Plenário. Uma vez que a sentença que condenou Maluf não foi publicada até hoje, parte dos integrantes da Mesa Diretora alegava que a Câmara deveria aguardar o acórdão para decidir sobre a cassação pelo Plenário.

 

Chegou-se a discutir a possibilidade de Maluf renunciar ao mandato por iniciativa própria, o que foi proposto pelo próprio advogado do ex-prefeito. Maluf, no entanto, não se decidiu quanto a essa medida dentro do prazo estipulado pela Câmara, que se esgotou nessa quarta-feira.

 

A condenação de Paulo Maluf

Maluf foi condenado por suposto crime cometido durante sua gestão como prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996. Ele foi acusado de receber propina em contratos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS para a construção da Avenida Água Espraiada, hoje chamada Avenida Roberto Marinho. Os recursos foram movimentados em contas ligadas a Maluf e à sua família no exterior e o crime de lavagem de dinheiro se configurou nas transações financeiras realizadas posteriormente visando trazer os recursos de volta ao Brasil.

 

O agora deputado cassado  ficou preso entre dezembro e março no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, mas ganhou o direito de cumprir prisão domiciliar devido a "graves problemas de saúde ", conforme alegou sua defesa em recurso aceito pelo ministro do STF Dias Toffoli.  Paulo Maluf  lida com problemas cardíacos, ortopédicos, câncer de próstata e diabetes. *Com informações e redação da Agência Câmara Notícias

Posted On Quarta, 22 Agosto 2018 16:11 Escrito por
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