Aprovação a Bolsonaro sobe e é a melhor desde o início do mandato, diz Datafolha
Com Agência O Globo
O presidente Jair Bolsonaro tem a melhor avaliação desde que começou o mandato, com um crescimento da aprovação e uma queda na rejeição, mostra pesquisa Datafolha divulgada na noite desta quinta-feira. O índice dos que consideram seu governo ótimo ou bom subiu de 32%, no levantamento de junho, para 37%, número de agosto. Já os que avaliam a gestão como ruim ou péssima caíram de 44% para 34% no mesmo período. O presidente faz um administração regular para 27% (eram 23% em junho).
Em toda a série no governo Bolsonaro, a melhor marca que o presidente havia atingido foi de 33% de ótimo ou bom, registrada duas vezes, em abril e maio de 2020. Por causa da pandemia, o Datafolha fez as entrevista por telefone, ouvindo 2.065 pessoas nos dias 11 e 12 de agosto. As informações foram publicada no site do jornal "Folha de S.Paulo".
A melhora na avaliação de Bolsonaro coincide com a moderação do discurso do presidente nos últimos meses. Desde a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, o presidente abandonou a confrontação pública com outras instituições. O mesmo período marca a consolidação do auxílio emergencial de R$ 600 recebidos por trabalhadores informais durante o período da pandemia.
No corte por regiões, seu melhor desempenho relativo foi no Nordeste, justamente a região que concentra mais pessoas que recebem o auxílio. Lá, a rejeição ao presidente caiu de 52% para 35%. A avaliação positiva subiu de 27% para 33%, mas ainda é a mais baixa entre as regiões do país.
No Sudeste, sua aprovação cresceu de 29% para 36%, enquanto a avaliação negativa foi de 47% para 39%.
O Datafolha também mediu a confiança no presidente. Disseram nunca confiar em Bolsonaro 41% dos entrevistados, enquanto 22% sempre confiam e 35% disseram confiar "às vezes".
Pesquisa Datafolha de agosto:
Avaliação do governo
Ótimo ou bom — 37% (32% em junho)
Regular — 27% (23% em junho)
Ruim ou péssimo — 34% (44% em junho)
Confiança em Bolsonaro
Sempre confiam — 22% (20% em junho)
Confiam às vezes — 35% (32% em junho)
Nunca confiam — 41% (46% em junho)
Detalhes da avaliação do governo
Avaliaram como ótimo ou bom, entre os entrevistados:
42% entre homens
45% entre pessoas de 35 a 44 anos
42% entre moradores do Sul
42% entre moradores do Centro-Oeste/Norte
36% entre moradores do Sudeste
33% entre moradores do Nordeste
42% entre aqueles que pediram e/ou receberam o auxílio emergencial
36% entre aqueles que não pediram o auxílio emergencial
58% dos empresários
Avaliaram como ruim ou péssimo, entre os entrevistados:
39% entre as mulheres
39% entre moradores do Sudeste
35% entre moradores do Nordeste
47% entre quem tem ensino superior
47% entre quem ganha mais de dez salários mínimos
47% entre pretos
56% entre estudantes
Detalhes da confiança em Bolsonaro
Responderam que "sempre confiam" no presidente:
25% entre brancos
26% entre quem tem de 35 a 44 anos
26% entre moradores do Centro-Oeste/Norte
30% entre quem ganha mais de dez salários mínimos
33% entre empresários
Responderam que "nunca confiam" no presidente:
43% entre quem ganha mais de dez salários mínimos
44% entre funcionários públicos
45% entre quem tem ensino superior
50% entre pretos
55% entre estudantes
O novo líder assume com a missão de melhorar a comunicação entre o Planalto e o Congresso, em um momento em que as tratativas para as principais reformas - a administrativa e a tributária - estão paradas
Com Estadao Conteudo
Novo líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas-PR) defendeu a distribuição de cargos no governo para fortalecer a articulação no Congresso. Em entrevista à Rádio Eldorado, disse ainda que é preciso "enfrentar a corporação dos servidores públicos" para aprovar a reforma administrativa.
Barros assumiu o lugar do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), em um gesto do presidente Jair Bolsonaro que consolida a aliança com o Centrão. O cargo de líder do governo na Câmara dos Deputados é importante por ser a ponte entre o Palácio do Planalto e os parlamentares.
À Rádio Eldorado, Barros afirmou que "é absolutamente justo" que os partidos que deem governabilidade ao presidente tenham participação programática no governo.
Questionado se a negociação passaria por cargos, o deputado afirmou que a articulação inclui a "coalizão de governo", uma vez que o presidente e seu partido têm apenas uma parcela de representantes no Congresso, precisando formar maiorias simples e qualificada para a aprovação de suas matérias de interesse. "A nossa Constituição tem o presidencialismo de coalizão e é absolutamente justo que os partidos que vão dar governabilidade, que vão permitir o governo aprovar matérias que ele prometeu na campanha, tenham elementos de seu partido no governo, fazendo o programa de cada partido, é assim que funciona o Brasil", disse.
Inicialmente, segundo Barros, Bolsonaro tentou negociar diretamente com as frentes parlamentares. "Neste ano, desde fevereiro, iniciou uma tratativa com partidos políticos, com presidentes e líderes de partidos políticos, porque percebeu que as frentes parlamentares não tinham a condição de entregar a aprovação das matérias que o Brasil precisa."
O novo líder do governo na Câmara assume agora com a missão de melhorar a comunicação entre o Planalto e o Congresso, em um momento em que as tratativas para as principais reformas - a administrativa e a tributária - estão paradas.
Segundo o deputado, para a reforma administrativa, o principal desafio será enfrentar os servidores de carreira. "Claro que há sim uma grande resistência da corporação de servidores públicos que abduziu o Orçamento da União. Mas vamos enfrentar essa corporação, vamos enfrentar as dificuldades que aparecerem para que os brasileiros, em especial os contribuintes e aqueles que precisam do auxilio do Estado, sejam prioridade, e não a corporação dos servidores que levaram a grande vantagem nas discussões orçamentárias."
De acordo com Barros, a estratégia será direcionar a reforma administrativa para os servidores futuros, retirando os efeitos dos que já estão nomeados e são necessários para os procedimentos nas Casas Legislativas. "Quem escreve o documento para ser entregue ao Congresso? Servidores públicos. Nenhum papel tramita no governo sem o parecer técnico de um funcionário de carreira e sem o parecer jurídico de um funcionário de carreira. Os cargos comissionados não podem emitir esses pareceres. Então é natural que haja resistência desses funcionários em escrever algo que vai de encontro aos seus interesses", disse.
Defesa de Pazuello e críticas a Teich e Mandetta
Ex-ministro da Saúde de Michel Temer, Barros também foi questionado sobre o interino na pasta, Eduardo Pazuello, e o gerenciamento da pandemia.
O líder do governo na Câmara elogiou o trabalho do general e criticou os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que deixaram o governo após divergências com Bolsonaro, entre outros pontos, sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19. "O general Pazzuelo tem sido eficientíssimo no ministério, tem trabalhado muito e tem feito as entregas necessárias: tem os respiradores, tem os equipamentos de proteção individual, que o ministro Mandetta não comprou nenhum, e nem o Teich. E, especialmente, temos um comando novo: aos primeiros sintomas, procure um médico. E não 'fique em casa até ter falta de ar'. Esse novo comando de tratar a partir dos primeiros sintomas vai salvar muitas vidas", disse.
Alinhado ao que defende Bolsonaro, Barros também criticou o isolamento horizontal, afirmando que a pandemia já teria sido superada se o País tivesse optado pela imunidade de rebanho anteriormente. "Só o Brasil tem o SUS. Só o Brasil tem 50 mil postos de atendimento gratuito para a população. O Brasil não precisava ter feito isolamento horizontal. poderia ter feito isolamento vertical e já teríamos adquirido imunidade de rebanho e superado essa epidemia."
Messer renunciou a sete fazendas, apartamento de luxo em NY e quadros de Di Cavalcanti; Ele é conhecido como o 'doleiro dos doleiros'
Por Agência O Globo
No maior acordo de delação da história da Justiça brasileira, o doleiro Dario Messer, preso no âmbito da operação Lava Jato, renunciou a uma fortuna de R$ 1 bilhão, o equivalente a 99% de seu patrimônio.
A reportagem apurou que, entre os bens de que Messer abriu mão, estão 81 imóveis no Paraguai, incluindo sete fazendas, um apartamento em Nova York avaliado em US$ 5 milhões, e até quadros do pintor Di Cavalcanti, que o Ministério Público Federal (MPF) quer que sejam doados a um museu.
Um apartamento duplex do "doleiro dos doleiros" na Orla do Leblon, na Zona Sul do Rio, deve ir a leilão, assim como ao menos seis imóveis dele na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
A maior parte do patrimônio de Messer, no entanto, está no exterior - R$ 700 milhões no Paraguai, onde há também gado e automóveis. O MPF vai entrar com um pedido de cooperação junto ao país vizinho para ter acesso aos bens que estão lá. O doleiro tem ainda uma conta com US$ 12 milhões nas Bahamas.
O acordo que definiu a derrubada de uns vetos e manutenção de outros também firmou que os vetos presidenciais ao pacote anticrime serão apreciados na próxima semana© Roque Sá/Ag. Senado O acordo que definiu a derrubada de uns vetos e manutenção de outros também firmou que os vetos presidenciais ao pacote anticrime serão apreciados na próxima semana
Com Agência Brasil
O Congresso analisou parte dos vetos presidenciais nesta quarta-feira, 12. Um acordo conduzido pelo líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e acatado pelos partidos, derrubou cinco vetos e manteve outros. Dentre os vetos derrubados, está o que diz respeito à profissão de historiador. Senadores e deputados decidiram a favor da regulamentação da categoria.
Dentre os vetos derrubados também está o que prorroga o prazo para utilização do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine). Os deputados e senadores também derrubaram o veto ao projeto que pretendia dispensar a exigência de licitação para contratação de advogados e contadores pela administração pública. Com isso, essa dispensa fica valendo.
O Congresso também derrubou o veto parcial da lei que autoriza a prática de telemedicina. Foram dois vetos. Um desses trechos vetados, e agora derrubado, previa que, após o período da pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentaria a telemedicina.
Outro trecho da lei também vetado diz respeito à dispensa da apresentação de receita médica em meio físico e validade das receitas médicas apresentadas em suporte digital, com assinatura eletrônica ou digitalizada do profissional que realizou a prescrição.
Por outro lado, foi mantido o veto ao projeto de lei que obrigaria os motoristas autônomos de cargas a fazerem uma avaliação anual de saúde.
O acordo que definiu a derrubada de uns vetos e manutenção de outros também firmou que os vetos presidenciais ao pacote anticrime, sancionado com vetos parciais em dezembro do ano passado, serão apreciados na próxima semana.
PLN
Os parlamentares também aprovaram a proposta do Poder Executivo (PLN 17/20) que abre crédito suplementar de R$ 615,9 milhões para três ministérios.
Desse total, R$ 410 milhões servirão para ações das Forças Armadas no combate a crimes ambientais na Amazônia Legal. Segundo a justificativa do governo, o orçamento será destinado à realização da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Amazônia Legal, a Operação Verde Brasil 2, que teve sua vigência foi estendida até 6 de novembro de 2020.
Ministro Paulo Guedes afirmou que 'furar' teto aproxima presidente do impeachment. Após reunião, Bolsonaro e presidentes de Câmara e Senado defenderam preservação do teto
Por João Frey
Em um pronunciamento feito no começo da noite desta quarta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reafirmaram o compromisso com o respeito ao teto de gastos. A manifestação à imprensa aconteceu após uma reunião entre os principais líderes do Congresso e ministros do governo.
Segundo Bolsonaro, no encontro as lideranças acordaram apoio ao respeito ao teto, às privatizações e ao encaminhamento da reforma administrativa. Bolsonaro, Maia e Alcolumbre, entretanto, não deram prazos e nem anunciaram novas ações para o trâmite das propostas.
O presidente da Câmara citou a necessidade de aprovar os gatilhos do teto de gastos e afirmou que, assim que Bolsonaro entender importante, os deputados estão prontos para receber e discutir a reforma administrativa.
“Reafirmamos nosso compromisso com o teto de gastos, com a boa qualidade do gasto público. Isso é reafirmar nosso compromisso com o futuro do país”, disse Maia.
A fala de Alcolumbre foi no mesmo sentido. O presidente do Senado disse que a reunião foi importante para nivelar a agenda de responsabilidade fiscal e destacou que o parlamento “nunca faltou ao governo e não faltará”.
O ministro Paulo Guedes, que na terça-feira (11) não escondeu a insatisfação da equipe econômica com o fato de a agenda liberal não avançar, estava presente no pronunciamento, mas não falou à imprensa.