Eduardo Gomes desponta com favoritismo na eleição para presidente do Senado
Com BSB e UOL
As bases da candidatura do senador Rodrigo Pacheco estão ruindo com as articulações que em breve, devem anunciar oficialmente o nome do senador Eduardo Gomes para concorrer a presidência do Congresso Nacional
Gomes, que goza de muito prestígio em todas as Bancadas, cresce depois que ficou evidente o movimento do Ministro general Ramos no sentido de apoiar veladamente o candidado do atual presidente do senado, Davi Alcolumbre.
Alcolumbre, que segundo fontes palacianas, já teria sido escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para assumir a articulação do Palácio, pode dar com os burros n’ägua e não ser indicado ministro.
O presidente Jair Bolsonaro e seu líder no Congresso Nacional senador Eduardo Gomes
Sem a caneta de presidente do Senado, Alcolumbre voltará para a planície, e sem poder algum, Bolsonaro pode descartar o fiel aliado de agora, como já fez com outros colaboradores.
Além disso, com a possível eleição do emedebista ao cargo maior do Congresso, de certa forma seria um alívio ao presidente Bolsonaro, se livrar de vez do DEM, que tem projeto político de ter seu próprio candidato ao Planalto em 2022.
Pacheco e Alcolumbre, vêm se reunindo diariamente com integrates da Secretaria de Governo até na tentativa de se utilizarem da máquina do governo na campanha no Senado Federal, o que pode, além de ser crime, ser um tiro no pé, reforçando a intenção das Bancadas de centro esquerda e de oposição a votarem em Gomes.
O descolamento do Planalto é ponto de honra para a independência do Senado.
Para piorar a situação de Pacheco, sua candidatura perdeu prestígio junto ao Palácio do Planalto nos últimos dias. O motivo é a resistência do filho 01 do presidente, senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), ao nome do parlamentar mineiro, que é considerado próximo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e teve atuação rígida contra o ex-presidente Michel Temer, quando este foi alvo de denúncia de corrupção.
“A saúde como a fortuna, deixa de favorecer os que abusam dela”
CHARLES DE SAINT-ÉVREMOND
Por Edson Rodrigues
80% dos municípios tocantinenses dependem, praticamente, 100% do FPM, Fundo de Participação dos Municípios, repassado pelo governo federal e que vem sofrendo sucessivas quedas ao longo dos últimos anos.
A partir de janeiro de 2021, a população das classes média e baixa começarão a sentir falta em suas economias do Auxílio Emergencial que vinha sendo pago, também, pelo governo federal. Desta forma, os prefeitos eleitos ou reeleitos desses municípios terão que iniciar suas gestões tomando medidas amargas para fazer o ajuste necessário na máquina administrativa, inclusive com demissões massivas, logo no início de 2021.
Nesta conta, os gestores que iniciam (ou reiniciam) seus mandatos terão que incluir o agravamento da pandemia de Covid-19, que ainda infectará muitos tocantinenses, provocará mais caos no serviço de Saúde Pública e deixará, ainda, muitas famílias dilaceradas com a perda de entes queridos.
A verdade é que, apesar dos esforços do governo, poucos ou não, boa parte da população não colaborou como devia, promovendo aglomerações, festas particulares e desrespeitando as orientações dos especialistas em Saúde. Gastou-se muito, mas o número de vidas salvas poderia ser bem maior, não fosse o descaso de parte da população para com a pandemia.
SEM RECURSOS
O presidente Jair Bolsonaro já avisou que a União não tem mais recursos para oxigenar estados e municípios como fez neste 2020 que se finda, muito menos para bancar o Auxílio Emergencial. Logo, o primeiro semestre de 2021 pode frustrar as expectativas de economistas e governantes de recuperação paulatina da economia nacional.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, promete para fevereiro o início da vacinação em massa da população. Cabe a nós, tocantinenses, fazermos a nossa parte para evitar contaminações e levar para casa esse vírus maldito que não poupa ninguém, do mais novo ao mais idoso, do mais pobre ao mais abastado.
Vale ressaltar que a “segunda onda” da Covid-19 está acontecendo por conta de um vírus que já sofreu mutações, o que torna cada vez mais difícil para os bravos profissionais da saúde brigar contra esse inimigo invisível e impiedoso.
O que o governo federal poderia ter ajudado, em termos de recursos e equipamentos, já foi feito. Estados e municípios terão que trabalhar com o que têm à disposição. A superlotação dos hospitais já se iniciou, logo, a responsabilidade de cada um de nós triplica para que possamos salvar as nossas vidas e dos nossos familiares e amigos.
Nós, de O paralelo 13, deixamos aqui o nosso apelo para que a população use máscaras ao sair às ruas, evite aglomerações, lave bem as mãos ao sair e ao chegar em casa, tire e lave imediatamente as roupas que usou para ir à rua e, principalmente, não realize festas de fim de ano com mais pessoas que o seu círculo familiar.
Não traga o vírus para dentro de sua casa.
Queremos comemorar com você, ainda, muitos natais e muitas passagens de ano, com saúde, alegria e, principalmente, com a sua presença.
Todo cuidado é pouco.
Feliz 2021!!!
Tudo indica que Davi Alcolumbre (DEM-AP) deixará o Senado para assumir algum ministério no governo de Jair Bolsonaro
Por Felipe Mendes
O atual presidente do Senado passou parte da tarde desta segunda-feira, 28, em reunião por videoconferência com o presidente da República — esses encontros se tornaram cada vez mais frequentes nas últimas semanas. Segundo fontes próximas a Alcolumbre, o presidente Bolsonaro entregou a ele um convite para assumir um ministério a partir de 2021. As possibilidades, por ora, são o Ministério do Desenvolvimento Regional (encabeçado por Rogério Marinho), o Ministério de Minas e Energia (comandado por Bento Albuquerque) e a Secretaria do Governo (Luiz Eduardo Ramos). Por último, o Ministério da Saúde, principal pasta no combate à pandemia do novo coronavírus e alvo de diversas polêmicas ao longo de 2020, também surge como opção.
Ainda não há clareza de qual será o movimento de Alcolumbre, mas ele está tentado a aceitar a nova posição. O senador teria deixado nas entrelinhas uma predileção para assumir a pasta comandada por Rogério Marinho, que conta com força para promover projetos econômicos e dar vazão a projetos de parlamentares, o que lhe daria mais cacife para conseguir eleger um sucessor na presidência do Senado. No entanto, há dentro do governo o reconhecimento de que o ex-deputado Marinho tem cumprido a sua função no cargo e guarda certo prestígio junto a Bolsonaro, embora tenha se envolvido em disputas com o ministro da Economia, Paulo Guedes, um dos alicerces da gestão do capitão reformado. “Até a prorrogação da Lei Aldir Blanc Davi iria tratar”, diz uma fonte próxima ao presidente do Senado, sobre a reunião entre Alcolumbre e Bolsonaro. “Esses ministérios citados estão no radar, mas pode mudar. Nada certo…”, reitera. A aproximação entre os dois se intensificou após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar a possibilidade de reeleição de Alcolumbre na presidência do Senado. Há de se destacar que ambos sempre mantiveram um clima amistoso e de o senador ser considerado alguém que fala a língua da política que agrada Bolsonaro.
Senador Eduardo Gomes em entrevista a rede de TV CNN
A ideia do governo é usar o trânsito político de Alcolumbre para a aprovação das reformas estruturantes que consideram terem sido “interditadas” pelo Congresso em 2020, apesar dos partidos aliados do governo também terem travado a pauta de votações em muitos momentos. Bolsonaro quer, como contrapartida, do senador formar uma candidatura única para a sua sucessão na casa. Eduardo Gomes (MDB-TO), líder do governo no Congresso, é um nome que agrada a Bolsonaro. Há quem avalie a estratégia como um movimento de defesa do presidente da República, que teria o intuito de blindar eventuais processos que seu filho Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) possa sofrer.
Alcolumbre atua na política desde 2001, após ser eleito vereador no Amapá. Logo, ascendeu ao cargo de deputado federal e, desde 2015, é senador pelo estado amapaense. Tem curso superior incompleto na área de Ciências Econômicas pelo CEAP (Centro de Ensino Superior do Amapá). Foi incumbido de representar o Senado na Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças do Clima (COP-23), em 2017, na Alemanha, e participou, dentre outras coisas, dos eventos promovidos pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York e Washington, em 2019.
O atual e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública tiraram a noite desta segunda-feira (28/12) para bater boca no Twitter
Por Ronayre Nunes
André Mendonça e Sergio Moro, o atual e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, foram a público trocar farpas no Twitter na noite desta segunda-feira (28/12). Os dois se acusaram e rebateram críticas.
Tudo começou quando Sergio Moro questionou o presidente, Jair Bolsonaro, sobre a pandemia de covid-19 no país. “Vários países, inclusive da América Latina, já estão vacinando seus nacionais contra a covid-19. Onde está a vacina para os brasileiros? Tem previsão? Tem presidente em Brasília? Quantas vítimas temos que ter para o governo abandonar o seu negacionismo?" escreveu Moro.
Mendonça logo respondeu ao ex-ministro na tentativa de defender Bolsonaro: “Vi que Moro perguntou se havia presidente em Brasília? Alguém que manchou sua biografia tem legitimidade para cobrar algo? Alguém de quem tanto se esperava e entregou tão pouco na área da Segurança? Quer cobrança? Por que em 06 meses apreendemos mais drogas e mais recursos desviados da corrupção que em 16 meses de sua gestão?".
Em seguida Moro fez a réplica ao insinuar que Mendonça não tinha autonomia no cargo que ocupa: “Ministro, o senhor nem teve autonomia de escolher o Diretor da PF ou de defender a execução da pena da condenação em segunda instância (mudou de ideia?), então me desculpe, menos. Faça isso e daí conversamos”.
Mendonça logo deu a resposta a Moro: “1. Defendi da Tribuna do STF a execução da pena a partir da condenação em 2ª instância. 2. Rolando Alexandre é o meu Diretor da PF, até porque sua gestão tem resultados muito melhores que a anterior”.
O atual ministro então concluiu (pelo menos até o momento) apontando que buscava “resultados” no cargo e ainda questionou o novo trabalho de Moro: “Não coloco o Brasil à frente do ego (digo, “biografia”). Trabalho não para dar entrevistas, para dar mais resultados que opiniões, para tirar menos fotos, para tirar mais recursos do crime organizado. É salutar para o país comparar gestões. Vamos? E por falar em escolhas... Por que você escolheu trabalhar para o Grupo Odebrecht?”.
Múcio diz que não aceita ser ministro de Bolsonaro e que está de saída da vida política
Por Congresso Em Foco
O ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro avalia que gestores públicos têm se aproveitado da luta contra a covid-19 para desviar recursos dos cofres públicos. "Esse vírus chegou aqui e retroalimentou um velho conhecido nosso, que vem do império, que é o vírus da corrupção. Esse é brasileiro, fala todos os sotaques, fala com o meu sotaque, fala com o de vocês. Esse é um velho vírus. O mal intencionado não tem partido, ele acha que roubar dinheiro público não faz ladrão, que ele não está roubando de pessoa física", afirmou Múcio em entrevista ao Poder em Foco, do SBT, nesse domingo (27). Ele se aposenta nesta quarta-feira e promete deixar a vida pública para se dedicar à família.
O TCU já abriu mais de 170 processos para checar a regularidade dos gastos desde o início da pandemia. "Nós fomos instados a trabalhar em emergência. Ligava o camarada e dizia: olha, se você não decidir, se o tribunal não decidir isso hoje, vai morrer, gente. Então imagina como era o drama. E esse povo que gosta de servir-se, em vez de servir à sociedade, vive enganchado no Governo pra tirar proveito disse ‘olha, nós estamos em casa, porque agora nós vamos dizer que vai morrer gente’", relatou o ministro aposentado no programa apresentado pela jornalista Roseann Kennedy e que contou com a participação do editor-executivo do Congresso em Foco, Edson Sardinha.
Múcio afirmou que até deputados e senadores sugeriram o "liberou geral". "É para comprar respirador? Libera qualquer preço. É pra comprar máscara, libera qualquer preço, avental, remédio... Não!" O ministro contou que o tribunal lançou um programa chamado Coopera e que todas as ações relacionadas à pandemia estão sendo analisadas de maneira separada. "Todos serão fiscalizados. Alguns serão chamados a posteriori achando que foram esquecidos ou que passaram desapercebidos", explicou.
Veja a íntegra da entrevista:
Teto de gastos
Múcio Monteiro disse que a corte não deve abrir mão de seu papel e vai cobrar com rigor o cumprimento do teto de gastos públicos deste ano, mesmo com os desarranjos provocados nas receitas e nas despesas com a pandemia de covid-19. Múcio comparou a possibilidade de relaxamento do teto a uma traição e diz que não há espaço para exceções quando se deve cumprir uma norma constitucional.
"Pode ser até que, se você fizer uma análise política e ache normal, mas os técnicos não acham isso normal. O ministro Bruno Dantas, inclusive, já se pronunciou sobre isso, inclusive o ministro da economia, né? Se isso for permitido uma vez, qual é a autoridade que você tem pra dar que não seja permitido para sempre? Aí perde a finalidade, cada um vai ter um modelo de prestação de conta na sua cabeça", declarou.
"Nós existimos pra controlar o orçamento da República. É a mesma coisa que você chegar em casa e chegar pra sua mulher e dizer assim: esta semana eu posso lhe trair? A regra é não trair. Então, nós somos pagos para não permitir isso, é isso que faz com que nós não aprovemos as contas. Olha, você não tem suas contas aprovadas, porque você foi num caminho pelo orçamento que não pode conduzir", emendou o ex-ministro.
Embora inflexível quanto ao cumprimento do teto de gastos, Múcio entende que o TCU deverá ter sensibilidade para analisar o ineditismo do orçamento de guerra, aprovado pelo Congresso para separar as despesas com o enfrentamento dos efeitos econômicos da pandemia. "Na guerra é tudo diferente. O tribunal vai ter que se adaptar, vai ter que entender as justificativas, nós vamos discutir caso a caso, evidentemente, nós somos guardiões dos orçamentos da República. Nós não caçamos ninguém, nós apenas dizemos assim: Olha, essas contas não foram justificadas, é o Legislativo que pune", ressaltou.
Deputado federal por cinco mandatos, ministro das Relações Institucionais e líder do governo Lula na Câmara, Múcio chegou ao TCU com o aval do ex-presidente petista. Ele teria mais três anos no tribunal, mas preferiu antecipar sua aposentadoria para agora, no próximo dia 31. Múcio já passou a presidência para a ministra Ana Arraes. No início do mês, o presidente Jair Bolsonaro disse que tinha paixão pelo ministro e que o queria em seu governo.
Hipótese, segundo ele, que não se concretizará devido à sua decisão de se retirar da vida pública. "Sabe qual era a pergunta que você ia me fazer, se eu aceitasse? Vocês iam dizer, então, houve uma negociação com o governo para o senhor se aposentar antes de ser ministro. Eu não ia provar nem a mim que não negociei", argumentou. Múcio admitiu, no entanto, dar conselhos ao presidente na condição de ex-colega na Câmara. Para o lugar dele, Bolsonaro indicou o ministro da Secretaria de Governo, Jorge Oliveira, cujo nome já foi aprovado pelo Senado.