Presidente norte-americano criticou republicanos e disse que plano do partido é “aumentar impostos” sobre a classe média

Por Guilherme Valle

 

Se por um lado é animador que a inflação americana tenha registrado a primeira desaceleração em oito meses, por outro o CPI — índice oficial do país — segue “inaceitavelmente alto”. É mais ou menos assim que começa a nota da Casa Branca que trata da variação de preços ao consumidor em abril.

 

O indicador, divulgado hoje, revelou alta de 0,3% no mês. No acumulado de 12 meses, a alta é de 8,3%, muito distante da meta da autoridade monetária — que é de 2%.

 

Joe Biden aproveitou a ocasião para reiterar sua confiança no Federal Reserve, que, segundo ele, “desempenha um papel fundamental no combate à inflação no nosso país”.

 

E os acenos não pararam por aí: a Casa Branca também agradeceu ao Senado por aprovar a indicação de Lisa Cook para integrar a direção da autoridade monetária, mas não sem antes reafirmar a independência do Banco Central norte-americano.

 

Além disso, o diagnóstico da Casa Branca para a situação dos preços parece coincidir com o que pensa Jerome Powell, presidente do BC americano. Segundo Joe Biden, a economia norte-americana é forte e o mercado de trabalho também; contudo, a inflação alta representaria a maior ameaça para estas virtudes.

 

Além do Fed

Joe Biden também tratou de outras frentes empregadas no combate à inflação, com ênfase na redução do custo de vida das famílias e na redução do déficit público.

 

Segundo ele, depois de derrubar o déficit em US$ 1,5 trilhão nos sete primeiros meses do calendário fiscal, sua administração estaria em curso para bater o recorde de redução de déficit em um ano.

 

Além disso, o déficit no orçamento público já é menor do que o observado no mesmo período de 2019, ainda antes da pandemia.

Alfinetando os adversários

Apesar de enxergar avanços, Joe Biden não perdeu a oportunidade de cutucar seus adversários.

 

O primeiro alvo foi o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a quem o presidente dos Estados Unidos atribuiu a responsabilidade por parte da escalada nos preços.

 

Depois, foi a vez dos republicanos. Segundo Biden, o único plano dos congressistas do partido adversário para combater os aumentos nos preços seria cobrar mais impostos de famílias, o que reduziria ainda mais seu poder aquisitivo.

 

Por fim, o presidente dos Estados Unidos também cobrou os oposicionistas pela aprovação de leis que permitam ao país reduzir impostos para as famílias, reduzir o déficit do orçamento público e fabricar mais itens internamente, gerando empregos e renda no país.

 

 

Posted On Sexta, 10 Junho 2022 16:12 Escrito por O Paralelo 13

Encontro ocorreu durante 9º Cúpula das Américas

Por Pedro Rafael Vilela

O presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tiveram um encontro bilateral na noite desta quinta-feira (9), em Los Angeles, durante a 9º Cúpula das Américas, que reúne líderes da maioria dos países do Hemisfério Ocidental. Esta é a primeira reunião de ambos desde que Biden chegou ao poder, em janeiro de 2021. A declaração à imprensa, acompanhada por auxiliares das partes, começou por volta das 20 horas no horário de Brasília (16h no horário local) e durou cerca de 10 minutos.

 

Em sua fala, Bolsonaro disse que o Brasil será um dos maiores exportadores de energia limpa do planeta, exaltou o agronegócio e reafirmou que o país é exemplo em preservação do meio ambiente, apesar das "dificuldades".

 

 

"A questão ambiental, temos as nossas dificuldades, mas fazemos o possível para atender aos nossos interesses e também, porque não dizer, a vontade do mundo. Somos exemplo para o mundo na questão ambiental. Além da segurança alimentar, energia limpa, bem como na questão ambiental, o Brasil é um gigante, e se apresenta para o mundo como a solução para muitos problemas", afirmou.

 

Bolsonaro disse ter interesse em cada vez mais se aproximar dos Estados Unidos, citou valores comuns entre as duas nações e comentou sobre as eleições brasileiras de outubro. "Este ano, temos eleições no Brasil, e nós queremos, sim, eleições livres, confiáveis e auditáveis. E tenho certeza que quando eu deixar o governo, também será de forma democrática", ressaltou.

 

Sobre a guerra da Rússia na Ucrânia, Bolsonaro disse querer a paz e fazer o possível para que ela seja alcançada, mas sem tomar medidas que poderiam trazer consequências econômicas para o Brasil. Estados Unidos e Europa têm liderado boicotes comerciais contra os russo para pressionar pelo fim da guerra.

 

"Lamentamos os conflitos, mas eu tenho um país para administrar. E, pela sua dependência, temos sempre que sermos cautelosos, porque as consequências da pandemia, com a equivocada política do fique em casa, a economia a gente vê depois, agravada por uma guerra a 10 mil km de distância do Brasil, as consequências econômicas são danosas para todos nós", argumentou. "Estamos à disposição para colaborar na construção de uma saída deste episódio, que não queremos, entre Ucrânia e Rússia", acrescentou.

 

Já Biden, que falou antes de Bolsonaro, fez uma declaração mais curta, deu boas-vindas ao líder brasileiro e falou que os demais países deveriam ajudar a financiar a preservação da Amazônia.

 

"Nós temos que ajudar a recuperação econômica e também a preocupação climática. Vocês tentam proteger a Amazônia, acho que o resto do mundo deveria ajudar a financiar essa preservação. Isso é uma responsabilidade muito grande. Nós temos que conectar nossos povos e estou ansioso para saber o que você pensa sobre isso. Gostaria de ouvir sua opinião e também levantar algumas questões de interesse mútuo", disse Biden.

 

Ele também falou de valores compartilhados entre os dois países e elogiou o Brasil, chamando de "país maravilhoso", com um "povo magnífico" e "instituições fortes".

 

Do lado brasileiro, o encontro foi acompanhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que está com Bolsonaro nos EUA, além de ministros.

 

Bolsonaro participa nesta sexta-feira (10) de sessão deliberativa da Cúpula das Américas. Ainda na sexta, após o término do encontro de chefes de Estado, o presidente brasileiro e sua comitiva viajam para Orlando, também nos Estados Unidos, onde cumprirá agenda de inauguração de uma sede consular brasileira e outras atividades.

 

 

Posted On Sexta, 10 Junho 2022 07:28 Escrito por O Paralelo 13

No entendimento dos ministros, porém, essa abertura de negociação coletiva não significa que as demissões em massa precisam passar por autorização prévia dos sindicatos ou pela celebração de um acordo

Com Agências

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, de forma majoritária, na última quarta-feira (dia 8), que a participação de sindicatos antes de demissões coletivas é fundamental. O caso é referente ao que aconteceu em 2009, quando a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer) dispensou mais de quatro mil funcionários.

 

No julgamento, que começou em maio de 2021, o então ministro Marco Aurélio achou desnecessária a negociação coletiva para demissão em massa e votou dessa forma, assim como os ministros Nunes Marques e Alexandre de Moraes. Já Edson Fachin votou pela obrigatoriedade da negociação junto com o Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia, Rosa Weber e Ricardo Lewandowski.

 

Na ação, a empresa Eleb Equipamentos Ltda. apresentou um recurso em que questionou a decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), na época, que estabeleceu a necessidade de negociação coletiva visando a rescisão contratual de trabalho, em casos futuros.

 

Diálogo com sindicatos pode ajudar com outras decisões

 

Nesta retomada do julgamento, o ministro Dias Toffoli entendeu que a participação dos sindicatos é fundamental para defender os empregados, além da possibilidade de um diálogo para a manutenção dos empregos e não um pedido de autorização da empresa para o próprio sindicato.

 

Para Toffoli, essa participação pode ser um caminho para encontrar outras soluções, evitar multas, além da contribuição para o crescimento da economia e a valorização do trabalho.

 

Os ministros, demonstraram uma preocupação com os impactos sociais e econômicos que poderiam acontecer nesses casos de demissões coletivas e, após ouvir os posicionamentos, o ministro Alexandre de Moraes mudou o voto. Ele alegou que a melhor forma de resolver essas relações de trabalho é buscando um equilíbrio por meio do diálogo, sobretudo pelos direitos sociais e a empregabilidade que garantidos pela Constituição.

 

 

Posted On Sexta, 10 Junho 2022 07:15 Escrito por O Paralelo 13

Maior impacto para inflação do mês veio do setor de transportes

Por Vitor Abdala

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,47% em maio , taxa inferior ao 1,06% de abril deste ano e ao 0,83% de maio do ano passado. Os dados foram divulgados hoje (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Com o resultado de maio, o IPCA acumula taxa de 4,78% no ano. Em 12 meses, a inflação acumulada é de 11,73%, abaixo dos 12,13% registrados no mês anterior. O índice acumulado em 12 meses segue, pelo nono mês consecutivo, acima de 10%.

 

O maior impacto para a inflação do mês veio dos transportes, que subiram1,34%, devido principalmente à alta de 18,33% no preço das passagens aéreas. Os combustíveis tiveram variação de preços de 1%, abaixo da alta de 3,20% do mês anterior.

 

O segundo maior impacto no mês veio da saúde e cuidados pessoais, com inflação de 1,01%. Os produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 2,51% no período, foram, junto com as passagens aéreas, o item que mais pesou no IPCA de maio.

 

Os alimentos tiveram inflação de 0,48%, bem abaixo dos 2,06% do mês anterior. Alguns itens tiveram queda de preços, como tomate (-23,72%), batata-inglesa (-3,94%) e cenoura (-24,07%). Apesar disso, alguns produtos tiveram alta, como leite longa vida (4,65%) e cebola (21,36%).

 

O vestuário teve inflação de 2,11% e foi o grupo de despesas com maior alta de preços no mês. Habitação foi o único grupo com deflação (queda de preços) de -1,70%.

 

 

 

 

Posted On Quinta, 09 Junho 2022 13:55 Escrito por O Paralelo 13

Questionado sobre o assunto, na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, Paulo Sérgio Nogueira, apenas citou o artigo

 

Por Ana Mendonça

 

O ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se limitou, nesta quarta-feira (8/6), a ler o Artigo 142 da Constituição quando questionado se as Forças Armadas apoiariam um eventual golpe orquestrado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Nogueira participa de uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, onde presta informações sobre temas polêmicos envolvendo militares.

 

Confira o artigo 142 citado pelo ministro:

 

“As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.”

 

Mais cedo, Paulo Sérgio Nogueira afirmou que as compras de viagra e de próteses penianas pelas Forças Armadas "atenderam todos os princípios de eficiência da Administração Pública".

 

"Como qualquer cidadão, os militares, seus pensionistas e demais usuários dos sistemas de saúde das Forças Armadas, têm direito a atendimento médico especializado. Assim, possuem acesso a consultas de qualidade e procedimento médico, hospitalar e dentário, para o qual contribuem mensalmente, e coparticipam de despesas em caso de procedimentos, exames e internações", afirmou o ministro da Defesa.

 

 

Posted On Quinta, 09 Junho 2022 06:59 Escrito por O Paralelo 13
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