No berço político do seu candidato a vice, Laurez Moreira (PDT), o Governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) mobilizou mais de 20 mil pessoas em caminhada realizada neste sábado, 17, pelas ruas centrais de Gurupi, marcando assim a maior manifestação popular já ocorrida na cidade.
Da Assessoria
Na ocasião, Wanderlei agradeceu a grande mobilização das pessoas e destacou que Gurupi votará em peso no 10. "Estamos fazendo história em Gurupi com esse evento da nossa Majoritária hoje. Um mar de gente nos acompanhou pelas ruas da cidade, balançando bandeiras, cantando nossos jingles, tirando fotos. É uma festa da democracia, de uma campanha propositiva. Mostra que os números das pesquisas estão corretos e que o povo está do nosso lado", afirmou.
Laurez Moreira, que também é ex-prefeito de Gurupi e terminou sua Gestão com mais de 80% de aprovação popular, afirmou que, junto com Wanderlei, fará o melhor Governo da história do Tocantins. "Com fé, esperança e amor, vamos vencer essa eleição ainda no primeiro turno", destacou.
Wanderlei é o melhor para o Tocantins
Carla Thaissa, que mora há mais de 30 anos em Gurupi, falou que vota em Wanderlei porque ele é o melhor para o Tocantins. "Acredito que nosso Governador vai trazer mais desenvolvimento para o nosso Estado, principalmente para Gurupi e a região sul. Nós temos muito a ganhar", afirmou.
Vereador em Figueirópolis, Arnor Parrião participou da caminhada e destacou apoio a Wanderlei. "Ele é o Governador que está trazendo o progresso para o Tocantins, cuidou do funcionalismo público e o Estado está crescendo e tem uma cara nova", frisou.
Betânia da Silva, moradora de Gurupi, também esteve na caminhada e destacou que conhece o trabalho de Wanderlei há muito tempo e aprova sua Gestão. "Em pouco tempo, as coisas mudaram. Sei que com ele, que é da nossa terra, o Tocantins só tem a ganhar", concluiu.
Entrevista com Lutero Fonseca, cientista político
Faltando 15 dias para as eleições, o OBSERVATÓRIO POLÍTICO DE O PARALELO 13 ouviu o cientista político Lutero Fonseca, que considera um grande divisor na forma de pensar a política como um todo, pela sua independência financeira e política. Ouvir o Lutero é ouvir um analista político que fala com a mente e não com o coração.
A POPULAÇÃO “ENXERGA” AS COISAS DE LONGE
Segundo Lutero, todas as ações dos agentes políticos são percebidas pela população. Às ela vezes fica silenciosa e às vezes se manifesta. Quando um agente político se movimenta sem coerência, mas visando apenas a sua estrutura econômica e a vontade de estar no poder, a população percebe e pune nas urnas. Não deixa isso em branco.
Ele afirma que atualmente estamos vendo vários exemplos: vereador fazendo extorsão com deputado estadual, com deputado federal, com senadores, com candidatos a governador. E, ao contrário, também alguns deputados estaduais, deputados federais fazendo extorsão um com o outro.
Lutero faz questão de esclarecer que isso não é regra geral. Tem pessoas retas, tem pessoas que têm propósito, tem pessoas que têm rumo político. Sabem o que querem e respeitam a população.
Esse tipo de ação “não é desrespeito consigo mesmo, é desrespeito com a população que vota, é desrespeito com uma sociedade que está sendo reconstruída, que está sendo reorganizada de novo depois de 30 anos”, diz nosso entrevistado.
A POPULAÇÃO NÃO ENTENDE CERTAS ATITUDES
“Essas coisas que aconteceram nos últimos dias, adversários figadais, adversários quase de chegar às vias de fato se unirem em reta final de campanha, a população não entende isso. É muito estranho”, afirma. “É como se um pré-candidato a governador tivesse acertado com outro pré-candidato a governador que seria seu apoiador e de repente larga e vai ser candidato. Isso é prática comum que ve⁸m acontecendo nos últimos oito anos aqui no Tocantins. Um político passando rasteira noutro. Ninguém tem palavra. E o pior de tudo, a cara está precisando de óleo de peroba para quem aceita fazer esse tipo de negócio”, continua.
QUANDO A POSIÇÃO POLÍTICA É COERENTE O ELEITOR ENTENDE
Para o analista, quando o político tem uma posição, ela precisa ser coerente. Inclusive, a pauta financeira. Quando alguém de uma estrutura social, por exemplo do agronegócio, se coloca à disposição da população com o seu nome e toda a estrutura do agro resolve ajuda-lo, todo mundo acha normal.
“Mas, se esse cara do agro coloca para a sociedade o seu nome à disposição e quem vai ajudá-lo são pessoas estranhas a esse ninho, tipo agiota ou milicianos ou traficantes, a população percebe e não aceita isso. Ou seja, também o dinheiro tem propósito e tem razões. O dinheiro não é bandoleiro, ele é coerente. E quando você faz acordo apenas com o dinheiro, é certeza que o fracasso virá”, garante.
E AS FAMOSAS RASTEIRAS POLÍTICAS?
“As famosas rasteiras na política o eleitor percebe tudo, só não participa ativamente para falar não ou para falar sim ou para rejeitar. O único momento em que ele dá a resposta é lá nas urnas”, analisa.
"Ao longo dos últimos 30 anos, o político que deu rasteira em outro no Tocantins (e todo mundo sabe os nomes, todo mundo sabe as histórias) sofreu o revés nas urnas no mesmo ano. Isso é normal. A população não gosta do traidor. Ele até acha engraçada a traição, mas do traidor ele não gosta, ele pune nas urnas”, esclarece.
Para Lutero Fonseca, a sociedade não gosta de mentira, não gosta de ser enganada, não gosta que lhe faça de boba, que lhe engane, que não deixem ver as coisas com clareza. A sociedade não admite isso. E a maneira de expressar sua rejeição é nas urnas.
Ao encerrar sua análise, Lutero Fonseca disse que os políticos estão subestimando a inteligência do eleitor e, principalmente, não estão sabendo ler o inconsciente popular. “A mudança está ocorrendo há mais de 26 anos no país, e no Tocantins não é diferente. Aqui a mudança está ocorrendo e os políticos não estão sabendo fazer a leitura do inconsciente popular e subestimando a percepção da população”, encerrou.
PoderData mostra que eleitores de Lula são mais favoráveis ao Supremo, mas avaliam Senado mais severamente
Com Poder360
Pesquisa PoderData realizada de 11 a 13 de setembro mostra que o trabalho dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) é considerado “ruim” ou “péssimo” por 60% dos que pretendem votar no presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa taxa cai para 39% entre quem declara voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O desempenho do Supremo é avaliado como “bom” ou “ótimo” por 30% dos lulistas e por 1 em cada 5 bolsonaristas (20%). Os que o consideram “regular” em cada grupo são, respectivamente, 26% e 17%.
Os números também variam quando se verifica a avaliação das duas Casas do Congresso Nacional. Os que declaram voto no candidato do PT têm visão mais desfavorável do Senado –51% o consideram ou “ruim” ou “péssimo”. Entre os que preferem Bolsonaro, esse percentual é de 43%.
Só 9% de quem vota em Lula e 14% dos que querem a reeleição de Bolsonaro consideram satisfatório o atual trabalho dos senadores.
Os eleitores lulistas também têm opinião desfavorável sobre a Câmara dos Deputados. O trabalho é avaliado negativamente por 49%. No espectro bolsonarista, por 46%.
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360Jornalismo, com recursos próprios. Os resultados são divulgados em parceria editorial com a TV Cultura. Os dados foram coletados de 11 a 13 de setembro de 2022, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 3.500 entrevistas em 298 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%. O registro no TSE é BR-02955/2022.
Para chegar a 3.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar ao resultado, o PoderData cruzou o resultado das perguntas: “de maneira geral, como você avalia o trabalho da Câmara dos Deputados até agora?”, “como você avalia o trabalho do Senado até agora?”, “como você avalia o trabalho do STF, o Supremo Tribunal Federal?” com a pergunta “se a eleição fosse hoje, você votaria em qual dos candidatos?”.
Decisão e corte no IPI feito por Bolsonaro volta a valer e acaba com insegurança jurídica em torno do assunto e reduz em 35% o IPI para diversos produtos industriais, excluídos os itens que são fabricados na zona Franca de Manaus
Por Weslley Galzo
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem revogar uma medida cautelar concedida por ele próprio, em maio deste ano, que havia suspendido a redução da cobrança do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI).
A decisão do ministro faz voltar a valer o decreto editado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que permitiu a redução do IPI apenas para produtos que não concorram com os da Zona Franca de Manaus. Moraes entendeu que, após a cautelar, a Advocacia-Geral da União e o presidente ampliaram o conjunto de informações disponíveis no processo.
A decisão anterior de impedir a redução do IPI foi dada por Moraes em ação apresentada pelo partido Solidariedade.
Segundo o Solidariedade argumentou à época, a redução do imposto afetaria o “equilíbrio na competitividade”, “haja vista que retira o incentivo fiscal compensatório para se produzir no coração da Amazônia e assim ocupá-la economicamente e afastar a cobiça internacional”, colocando-se em risco “a sobrevivência econômica de todo um Estado”.
Segundo a Advocacia-Geral da União (AGU), o novo decreto restabelece alíquotas sobre 170 produtos também fabricados na Zona Franca de Manaus, o que representaria um índice superior a 97% de preservação de todo o faturamento ali instalado. No polo industrial amazônico, são fabricados eletrodomésticos, veículos, motocicletas, bicicletas, TVs, celulares, aparelhos de ar-condicionado, computadores, entre outros produtos.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira, 15, os resultados da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2021.
Com Assessoria
Com destaque para soja, o valor da produção das principais culturas chegou a mais de R$ 14,2 bilhões, com um crescimento recorde de 74% em relação ao ano anterior. A área plantada teve incremento de 17,3% frente a 2020, totalizando mais de 1,8 milhão de hectares. A área colhida também expandiu de 1,5 milhão para 1,8 milhão de hectares no ano passado (mais 17,2%).
A PAM contempla os principais produtos da agricultura nacional, com detalhamento por cidade. A pesquisa é uma das principais fontes de estatísticas municipais, levantando informações sobre área plantada, área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida, rendimento médio obtido e valor da produção das culturas temporárias e permanentes, com informações relevantes para os planejamentos público e privado desse segmento econômico.
Entre as culturas que mais contribuíram para o saldo positivo agrícola no Tocantins, destaque para a soja. O valor de produção do grão passou de R$ 4,6 bilhões para R$ 9,6 bilhões, um salto de 107%. Já o aumento da área colhida foi de 21,6% e da safra de 22%. O milho em grão apresentou crescimento de 5,5% na safra, atingindo mais de 1,5 milhão de toneladas. Já o valor da produção cresceu 74%, passando de R$ 1,2 bilhão para R$ 2 bilhões.
O arroz em casca tocantinense, apesar de ser destaque nacional e local, registrou queda de 6% no valor de produção, passando de R$ 1,09 bilhão para R$ 1,03 bilhão. A quantidade produzida também caiu (-2,7%). Tocantins, contudo, novamente figurou como o terceiro maior produtor de arroz do Brasil, com maior representatividade em Lagoa da Confusão – sétimo no ranking de todos os municípios do país. Formoso do Araguaia figurou em 18º no ranking.
A mandioca registrou expansão no valor da produção, com salto de 50,5%. A quantidade produzida da raiz tuberosa, por sua vez, teve alta de 13,1%. A cana-de-açúcar também se sobressaiu no estado em 2021. Entre todas as culturas pesquisadas, ela ficou em segundo no ranking da produção: 2,2 milhões de toneladas, perdendo apenas para a soja. Mas ainda assim a safra foi menor do que em 2020, com recuo de 4%.No valor da produção, o incremento foi de 17,7%.
De acordo com a pesquisa, o abacaxi registrou queda na produtividade (-1,2%), mas teve crescimento no valor da produção (32%). A melancia teve redução de 29,7% na safra e queda de 20,3% no valor da produção, passando de R$ 246 milhões para R$ 196 milhões. Essas são as duas frutíferas mais cultivadas no Tocantins. Na comparação nacional, o estado é o 5º maior produtor de abacaxi e o 6º maior produtor de melancia. Já Lagoa da Confusão é o terceiro no ranking dos municípios do país com maior valor da produção de melancia. Em relação ao abacaxi, o destaque foi para Miracema do Tocantins (3º no ranking).
Valor da produção
No ranking das 10 culturas que mais geraram valor de produção no Tocantins houve cinco alterações em 2021. O abacaxi passou a melancia, chegando à sexta colocação. A melancia caiu para oitava posição. O feijão subiu para sétima posição. O algodão herbáceo caiu para 11ª colocação, dando lugar para o sorgo, que figurou na nona posição do ranking. A banana em cacho permaneceu na 10ª colocação.
A soja mais uma vez figurou na primeira posição do ranking, integrando uma fatia de mais da metade do total do valor da produção do estado (67,7%). Na sequência, aparecem o milho (14,3%), o arroz em casca (7,2%), a mandioca (2,9%), a cana-de-açúcar (2,0%), o abacaxi (1,43%), o feijão (1,42%), melancia (1,38%), sorgo (0,48%) e banana (0,46%). Os 10 principais produtos juntos corresponderam a 99,3% (R$ 14,1 bilhões) do total gerado pela agricultura tocantinense, no ano passado.
Participação do Tocantins
Considerando as 27 Unidades da Federação, o Tocantins se manteve em 11º lugar no ranking de valor da produção agrícola total do país e ficou atrás apenas do Pará, entre os estados da Região Norte. Com destaque para a soja e o milho, em 2020 a participação tocantinense foi de uma fatia de 1,7%, já em 2021 apresentou expansão de 0,2 ponto percentual, chegando a 1,9%.
A Unidade da Federação com maior valor de produção foi o Mato Grosso, maior produtor de soja, milho e algodão do país. Cerca de 1/5 (20,4%) do valor de produção agrícola do país se concentra no estado. Em seguida, com um aumento de 138,4% no valor de produção, o Rio Grande do Sul alcançou R$ 90,8 bilhões. O estado mostrou recuperação na safra de soja, após perdas em 2020, e sua participação no valor de produção nacional passou de 8,1% em 2020 para 12,2% em 2021. Já São Paulo, com R$ 84,1 bilhões, ficou em 3º lugar. Apesar do aumento de 23,7%, São Paulo perdeu participação no valor de produção nacional, passando de 14,5% para 11,3%.
Cenário nacional
O valor de produção das principais culturas agrícolas do país atingiu o recorde de R$ 743,3 bilhões em 2021, um crescimento de 58,6% em relação ao ano anterior. A safra de grãos, por sua vez, após dois anos seguidos de recordes na série histórica, mostrou uma ligeira redução de 0,4%, totalizando 254,4 milhões de toneladas. A área plantada do país, considerando todas as culturas, totalizou 86,7 milhões de hectares, uma ampliação de 3,3 milhões de hectares, 3,9% superior na comparação com 2020.
“O ano de 2021 ainda foi marcado pelos reflexos da pandemia de Covid-19, que trouxe como consequência uma elevada demanda das commodities agrícolas ao redor do mundo e a valorização do Dólar frente ao Real. Essa situação resultou também na disparada dos preços agrícolas em 2021 na comparação com o ano anterior”, explicou Winicius de Lima Wagner, supervisor da pesquisa.