As 32 pessoas resgatadas foram recebidas pelo presidente Lula
Por Carolina Pimentel
Os brasileiros e parentes repatriados da Faixa de Gaza já estão em Brasília. O avião VC-2 trazendo os 32 resgatados pousou às 23h24 na Base Aérea. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu o grupo nesse retorno ao Brasil.
Os repatriados aguardavam há mais de um mês para deixar a região do conflito entre Israel e Hamas. “Agradecemos muito do fundo do coração a todos que ajudaram a gente a chegar aqui. Não estou acreditando ainda que estou aqui, que estou viva", disse a jovem Shahed Al-Banna, de 18 anos.
O grupo ficará hospedado por, pelo menos, dois dias no Hotel de Trânsito de Oficiais, na Base Aérea. Eles receberão apoio psicológico, cuidados médicos e imunização.
Depois desse período, o grupo vai se dividir Brasil afora. Vinte e quatro pessoas irão para São Paulo, sendo que 12 ficarão na casa de parentes e outros 12 em um abrigo especializado em acolhimento de refugiados no interior do estado. Quatro ficarão em Brasília, dois seguirão para Florianópolis (SC), um irá para Cuiabá (MT) e outro para Novo Hamburgo (RS).
Ao chegarem ao Brasil, também será feita a regularização migratória, pela Polícia Federal, e a emissão de outros documentos que permitam o acesso a serviços públicos e ao emprego.
Das 32 pessoas, 22 são brasileiros, sete são palestinos naturalizados brasileiros e três são palestinos parentes próximos de brasileiros. No total, são 17 crianças, nove mulheres e seis homens.
Resgates
Este é o décimo voo de resgate da Operação Voltando em Paz, liderada pelo governo federal para repatriação de brasileiros em áreas de conflito no Oriente Médio.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, o Brasil resgatou 1.477 pessoas e 53 animais domésticos. Os primeiros resgatados desembarcaram no Brasil em 11 de outubro. Do total, foram 1.462 brasileiros, 11 palestinos, três bolivianas e uma jordaniana. O grupo que chegou nesta segunda-feira, no entanto, é o primeiro que estava em Gaza, região onde se concentra a maior parte do conflito.
Os outros voos da Operação Voltando em Paz partiram de Tel Aviv, em Israel, de onde saiu a maioria dos resgates, e de Amã, na Jordânia, com brasileiros que estavam em Israel e no território palestino da Cisjordânia.
Os brasileiros que chegam hoje cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, pelo Portal de Rafah, no último domingo (12), após serem contemplados na sétima lista de autorização da saída de estrangeiros de Gaza.
Eles chegaram ao Cairo no período da noite, onde foram recepcionados por equipes médicas e de psicólogos. Eles jantaram, dormiram e tomaram café da manhã nesta segunda-feira (13), antes de embarcarem para o Brasil. O voo fez duas paradas técnicas: uma em Las Palmas, na Espanha, e outra na Base Aérea do Recife, já em solo brasileiro.
Guerra
No dia 7 de outubro, o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas em Gaza e impôs cerco total ao território, com o corte do abastecimento de água, combustível e energia elétrica.
Os ataques já deixaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios, sendo a maior parte em Gaza.
Nomeação do ex-deputado federal para o cargo de secretário no Governo Tocantins foi publicada no DOE desta segunda-feira, 13
Com Asessoira
Em ato publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira, 13, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, nomeou o ex-deputado federal Osires Damaso como Chefe da Secretaria Executiva da Governadoria. Conforme Wanderlei Barbosa, a decisão ressalta a busca da gestão por lideranças experientes e comprometidas com o desenvolvimento do Estado.
"Osires Damaso entra para fazer a interlocução da gestão com o legislativo e demais agentes políticos do Estado, no intuito de otimizar as ações do Governo do Tocantins. É incontestável sua experiência legislativa e sua atuação diplomática", afirmou o governador.
Perfil
Osires Damaso, empresário e político de sucesso nascido em Campinorte (GO), estabeleceu-se como figura importante na política do Tocantins ao ocupar a presidência da Assembleia Legislativa por dois mandatos. Sua trajetória política começou em 2000, quando disputou a prefeitura de Paraíso do Tocantins, mas não foi eleito. Em 2002 e 2006, candidatou-se a deputado estadual, obtendo a posição de suplente nas duas eleições. Em 2010 concorreu novamente a uma vaga na Assembleia Legislativa e venceu, sendo reeleito em 2014. Residente em Paraíso do Tocantins desde os dois anos de idade, Damaso atualmente preside o Partido Social Cristão (PSC) no Tocantins e sua última atuação na vida pública foi como deputado federal, sendo o segundo candidato mais votado do Tocantins em 2018.
Ministério da Saúde altera período para atender particularidades da região. Últimos meses do ano têm maior circulação viral e transmissão da gripe. Estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas
Secom BR
A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte inicia nesta segunda-feira (13) e vai até 15 de dezembro. Tradicionalmente realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, a imunização no Norte foi adiantada, enquanto que nas outras regiões será realizada daqui a seis meses. A medida, adotada de forma inédita pelo Ministério da Saúde, visa atender às particularidades climáticas da região, que inicia agora o “Inverno Amazônico” - período de maior circulação viral e de transmissão da gripe.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação, protegendo contra os principais vírus em circulação no Brasil. A estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas no Norte brasileiro. O Dia D de mobilização para a vacina está previsto para 25 de novembro.
Para convocar a população a se vacinar, o Ministério da Saúde vai veicular uma campanha publicitária na TV, no rádio, em carros de som e mídia exterior nos sete estados da região: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A pasta informa que a vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outros imunizantes do Calendário Nacional de Vacinação.
Podem se vacinar:
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
Trabalhadores da Saúde;
Gestantes;
Puérperas;
Professores dos ensinos básico e superior;
Povos indígenas;
Idosos com 60 anos ou mais;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
Pessoas com deficiência permanente;
Caminhoneiros;
Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
Trabalhadores portuários
Funcionários do sistema de privação de liberdade;
População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Crianças que vão receber o imunizante pela primeira vez deverão tomar duas doses, com um intervalo de 30 dias.
Microplanejamento
Em 2024, a vacinação contra a influenza acontecerá no primeiro semestre do ano nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto no Norte será no segundo semestre.
A estratégia de microplanejamento, realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com os estados e municípios, é uma ferramenta de planejamento de uso contínuo das ações de vacinação tanto em campanhas quanto na rotina de vacinação. Ela visa fortalecer e ampliar o acesso à vacinação, respeitando as diversidades regionais, em que a organização e a operacionalização consideram a realidade local, direcionando esforços para o alcance da cobertura vacinal.
Entre as estratégias que podem ser adotadas com o microplanejamento pelos municípios, estão a realização do Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas, entre outros.
Em busca de investimentos e mais exportação, quatro governadores e mais de mil empresários brasileiros estiveram na última semana em Xangai, em meio à feira anual de importação e exportação da China (CIIE). Durante o evento, o primeiro-ministro Li Qiang prometeu "expandir ativamente as importações" chinesas
POR NELSON DE SÁ
A estimativa de delegação recorde de empresários é do consulado em Xangai. O cônsul-geral Augusto Pestana descreveu o evento como "um marco de retomada" para a China e "uma nova etapa da parceria" com o Brasil. Sublinhou a maior diversidade na representação do país, de alimentos a máquinas e economia digital.
Com estandes de JBS e Vale, entre outras, e eventos ligados a estados como Minas Gerais e Mato Grosso, "este ano pós-pandemia foi especial", concordou Henry Oswald, presidente da Bracham, associação de empresas brasileiras na China. Ele creditou a maior presença também a atrativos como os juros baixos chineses.
Pela primeira vez, o Brasil teve um setor de tecnologia na feira, com Weg, Marcopolo e Suzano e 16 startups, de setores como como agritech e fintech.
A busca de negócios não se restringiu a Xangai. O mineiro Romeu Zema (Novo) foi a Xuzhou, na província de Jiangsu, para anunciar ter fechado um investimento da XCMG, visando montagem de veículos elétricos pesados em Pouso Alegre, além de motores da fornecedora Saic. Também uma fábrica para produzir equipamento para diagnóstico, no norte do estado.
Tanto Zema como o goiano Ronaldo Caiado (União Brasil) fecharam acordos com a gigante de telecomunicações Huawei. Zema visitou a unidade da empresa em Xangai e formalizou parceria para implantar wi-fi nas escolas estaduais. Caiado esteve na sede mundial da Huawei em Shenzhen para assinar memorando de entendimento para soluções 5G em segurança, saúde e outras áreas.
Em Xangai, o governador de Goiás assinou com a empresa de energia Chint o estabelecimento de um parque industrial em Itumbiara, segundo ele, "a primeira planta da empresa na América do Sul, para atender todo o continente".
Outros dois governadores, Mauro Mendes, de Mato Grosso, e Marcos Rocha, de Rondônia, ambos do União Brasil, se concentraram na feira de Xangai. Mendes, como mostrou em mídia social, acompanhou os esforços junto a "pessoas interessadas em importar" produtos agropecuários. "A China é o nosso maior comprador", justificou.
Mais do que pela presença brasileira, a CIIE chamou a atenção pelas empresas americanas, que voltaram em grande número. O fato é creditado à reaproximação entre Washington e Pequim, que deve culminar com o encontro entre os líderes Joe Biden e Xi Jinping nesta quarta (15), durante a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), em San Francisco, na Califórnia.
Pela primeira vez, o Departamento de Agricultura dos EUA montou um estande na feira, parte do pavilhão da AmCham, a câmara de comércio sino-americana. "A agricultura pode ser a história de sucesso na relação entre os nossos dois governos, porque há um ajuste perfeito", comentou o embaixador Nicholas Burns ao se encontrar com a comitiva americana.
Mesmo com o distanciamento político recente, as exportações agrícolas americanas para a China bateram recorde no ano passado, US$ 41 bilhões, contra US$ 13 bilhões em 2018, antes da pandemia. Os dois produtos que encabeçaram as vendas foram soja e milho apesar de o Brasil ter passado os EUA como principal origem de ambos, para a China.
Na mesma direção, embora estejam enfrentando restrições de Washington às vendas de tecnologia para a China e o risco de retaliações de Pequim, as americanas Micron, Intel, Qualcomm, AMD e Analog Devices, entre outras, também estiveram presentes na feira deste ano. A China é o maior mercado mundial para chips ou semicondutores.
No final do evento, segundo a AmCham, os expositores agrícolas americanos somaram novos contratos de meio bilhão de dólares. Segundo a organização da CIIE, a feira totalizou US$ 78,4 bilhões em acordos de importação e exportação durante os seis dias, um crescimento de 6,7% em relação ao ano anterior.