Ações estratégicas serão voltadas para prevenir a transmissão da doença em cada município e promover a campanha de vacinação em todo o Estado
Por Guilherme Lima
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, esteve reunido nesta quinta-feira, 8, em seu gabinete no Palácio Araguaia Governador José Wilson Siqueira Campos, com o secretário de Estado da Saúde (SES-TO), Carlos Felinto; e o presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), Diogo Borges, para definir ações de prevenção e combate à dengue nos municípios do Estado.
Na ocasião, Wanderlei Barbosa relatou a preocupação do estado em diminuir o número de casos, destacando que, em relação a outras unidades federativas, o Tocantins apresenta baixa na transmissão da doença. “Analisamos toda essa situação com muita preocupação, estivemos reunidos com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para debater a situação da doença no País e mesmo com os dados com valores inferiores aos de outros estados, estamos empenhados no combate à dengue no Tocantins. Assim, essa reunião com o representante dos municípios é muito importante”, afirmou o governador.
O presidente da ATM, Diogo Borges, colocou-se à disposição do Governo do Tocantins na parceria com municípios para conter avanço da dengue
O presidente da ATM, Diogo Borges, colocou-se à disposição do Governo do Tocantins, relatando os trabalhos que já estão sendo feitos e destacando o empenho do governador em fortalecer a saúde nos municípios. “Estamos aqui com especialistas na área, vendo o próprio governador preocupado com a situação nos municípios, que é onde acontecem essas epidemias. Queremos fazer um conjunto de ações, em parceria com os municípios e o Governo do Tocantins, para que possamos, em um curto espaço de tempo, dar uma resposta a essa situação”, comentou.
A SES-TO já vem realizando ações de prevenção e combate ao mosquito transmissor da dengue. "Reforçamos as campanhas preventivas em todo o Estado e precisamos bastante do apoio das prefeituras e da população. Já estamos acompanhando os municípios e a SES-TO vai articular, até o final deste mês de fevereiro, um encontro com todas as secretarias municipais de Saúde”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Felinto.
Reunião com a ministra
Na quarta-feira, 7, ocorreu uma videoconferência do Fórum de Governadores com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para debater a urgente situação enfrentada pelos estados em relação à dengue. O Brasil se torna o pioneiro na inclusão da vacina contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), porém, sua disponibilidade será progressiva devido à limitação na produção e na distribuição de doses pelo laboratório fabricante.
Durante a reunião, a ministra explicou os critérios para a distribuição das vacinas, que foram baseados na incidência da doença e definidos em conjunto pelo Ministério da Saúde e pelos conselhos nacionais, de estados e municípios de secretários de saúde. Entre os grupos autorizados a receber a vacina estão as crianças com idade entre 10 e 14 anos.
Prevenção e combate
A dengue, uma enfermidade viral de natureza febril aguda, é transmitida predominantemente pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas característicos incluem febre, dores musculares e articulares, além de possíveis complicações que podem evoluir como a dengue grave e a síndrome do choque da dengue.
Atualmente, não há um medicamento específico aprovado para o tratamento da dengue, sendo o cuidado dos sintomas e a prevenção da proliferação do vetor transmissor as principais medidas de controle. O diagnóstico precoce e o manejo adequado dos casos são fundamentais para evitar complicações e reduzir a morbimortalidade associada à doença.
A prevenção da dengue envolve uma série de medidas fundamentais para controlar a proliferação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. Entre as principais estratégias estão a eliminação de recipientes que possam acumular água parada, como vasos, pneus e garrafas, que servem de criadouros para o mosquito. Além disso, é essencial manter caixas d'água e outros recipientes de armazenamento de água devidamente tampados; realizar a limpeza regular de calhas e ralos; e utilizar telas em portas e janelas para impedir a entrada do mosquito em ambientes internos.
Outros artistas como Bekão, Mylla Karvalho e Dunga também fazem parte da programação
Da Assessoria
O Capital da Fé 2024 terá início na noite desta sexta-feira, 9. A programação, que deverá começar a partir das 19 horas, na Vila Olímpica de Palmas, ao lado do Estádio Nilton Santos, terá dois palcos para dinamizar as apresentações. O evento tem como tema “Viva o extraordinário de Deus!” e será marcado pela presença de artistas nacionais católicos e protestantes. Entre as atrações estão Sarah Farias, Padre Antônio Maria e Cassiane. A programação inclui apresentações de Bekão, Mylla Karvalho e Dunga.
Além das cinco noites de shows voltados para o público cristão, a programação feita pela Prefeitura de Palmas para o Carnaval 2024 também conta com bloquinhos e carnaval de rua em Taquaruçu. O importante é saber que seja qual for a escolha, o cidadão pode se locomover pela Capital com o transporte gratuito desde o sábado, 10, até a terça-feira, 13.
Confira o cronograma de Shows desta sexta-feira, 9
HORÁRIO | PALCO | 09/02/2024 (sex) |
19h | P1 | Bekão |
19h45 | P2 | Mylla Karvalho |
20h30 | P1 | Pe. Antônio Maria |
22h | P2 | Sarah Farias |
23h30 | P1 | Dunga |
01h | P2 | Cassiane |
Baixe aqui a programação completa.
Durante quase uma hora, Dino disse que vê com preocupação 'falsas soluções', como o impeachment de ministros do Supremo
POR THAÍSA OLIVEIRA
A poucos dias de tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) discursou na tribuna do Senado nesta quarta-feira (7/2) e saiu em defesa da corte e de seu futuro colega de tribunal Alexandre de Moraes.
Durante quase uma hora, Dino disse que vê com preocupação "falsas soluções", como o impeachment de ministros do Supremo, e ressaltou que foi o próprio Congresso quem decidiu que o STF tem poder para julgar parlamentares.
"Vejo, às vezes, estranhamento com o fato de o Supremo Tribunal Federal julgar parlamentares", disse. "O Congresso Nacional que permitiu que o Supremo processasse e julgasse parlamentares sem a necessidade de autorização da Casa respectiva."
Desde a operação da Polícia Federal contra o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), bolsonaristas têm cobrado uma resposta mais dura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra Moraes e ações de busca no Congresso.
No acumulado de 12 meses até janeiro, índice tem alta de 4,51%
Com Agência Brasil
A inflação oficial no mês de janeiro ficou em 0,42%, puxada principalmente pela alta no preço dos alimentos. Esse patamar fica abaixo do 0,56% apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês anterior, dezembro.
Em 12 meses, o índice soma 4,51%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em janeiro, o grupo alimentação e bebidas, que tem maior peso na cesta de consumo das famílias (21,12%), subiu 1,38%. Isso significa um peso de 0,29 ponto percentual (p.p.) no IPCA do mês. É a maior alta de alimentação e bebidas para o mês desde 2016, quando o grupo alcançou elevação de 2,28%.
O IBGE explica que fatores climáticos foram os principais motivos que causaram o aumento no preço dos alimentos no começo de 2024.
“O aumento nos preços dos alimentos é relacionado, principalmente, à temperatura alta e às chuvas mais intensas em diversas regiões produtoras do país”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida.
Custos da alimentação
Entre os alimentos que mais pesaram no bolso do brasileiro estão a cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).
“Historicamente, há uma alta dos alimentos nos meses de verão, em razão dos fatores climáticos, que afetam a produção, em especial, dos alimentos in natura, como os tubérculos, as raízes, as hortaliças e as frutas. Neste ano, isso foi intensificado pela presença do El Niño”, destaca Almeida.
O pesquisador contextualiza ainda que no caso do arroz, a Índia, maior produtor mundial, enfrentou questões climáticas que atingiram a produção e cortou as exportações no segundo semestre de 2023. O resultado é menos produto à venda e, consequentemente, maior o preço.
Transportes
O grupo transportes – o segundo que mais pesa na cesta mensal das famílias (20,93%) - ajudou a frear a inflação em janeiro. Houve deflação, ou seja, recuo nos preços, de 0,65%. O alívio veio de um vilão dos últimos meses, o preço das passagens aéreas. Depois de terem subido 82,03% no acumulado de setembro, outubro, novembro e dezembro do ano passado, os bilhetes vendidos pelas companhias aéreas caíram, em média, 15,22% em janeiro de 2024. Esse foi o item que teve o maior impacto negativo em todo o IPCA.
Ainda no grupo dos transportes, houve queda nos preços dos combustíveis (-0,39%), com os recuos do etanol (-1,55%), óleo diesel (-1,00%) e gasolina (-0,31%).
“Como a gasolina é o subitem de maior peso individual no IPCA, essa queda de preços em janeiro ajudou a conter o resultado geral do índice”, analisa o gerente do IBGE.
O gás veicular, com aumento de 5,86%, foi o único dos combustíveis pesquisados a ter alta no mês.
Terceiro grupo com maior peso no orçamento familiar (15,31%), a habitação teve alta de 0,25%.
12 meses
O IPCA é considerado a inflação oficial do país, pois é o índice utilizado pelo Banco Central para perseguir a meta oficial de inflação (3% no acumulado de 12 meses, com tolerância de 1,5 p.p para mais ou para menos). O índice calcula o custo de vida de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos.
Com o resultado de janeiro, o acumulado de 12 meses diminuiu de 4,62% para 4,51%. É o quarto mês seguido com redução nesse acumulado. No mesmo mês do ano passado, o IPCA tinha sido de 0,53%.
INPC
O IBGE também divulgou nesta quinta-feira o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A principal diferença dele para o IPCA é que apura a inflação para famílias com renda de um a cinco salários mínimos. O resultado do INPC em janeiro, 0,55%, ficou acima do IPCA por conta do maior peso que o grupo alimentação e bebidas tem para as pessoas dessa faixa de renda, ou seja, quanto menor a renda, maior o gasto proporcional com comida. O índice acumula alta de 3,82% em 12 meses.
Presidente também defendeu que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, mas destacou a importância da responsabilização pelos erros cometidos
Por iG Último Segundo e Estadão
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta quinta-feira (8) sobre a operação da Polícia Federal que atinge o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, destacando sua crença de que os eventos de 8 de janeiro não teriam ocorrido sem a participação de Bolsonaro. Segundo Lula, o ex-presidente "participou da construção dessa tentativa de golpe".
"O cidadão que estava no governo não estava preparado para ganhar, não estava preparado para perder, não estava preparado para sair. Tanto é que não teve nem coragem de me dar posse. Ficou em casa chorando e foi embora para os Estados Unidos. Ele deve ter participado da construção dessa tentativa de golpe. Então vamos esperar as investigações. Espero que no tempo mais rápido possível a gente possa ter um resultado do que verdadeiramente aconteceu no Brasil", afirmou Lula em entrevista à rádio Itatiaia.
A Polícia Federal conduz uma operação hoje para investigar uma organização criminosa envolvida na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando beneficiar politicamente Jair Bolsonaro.
"Que faça aquilo que a Justiça determinou e depois apresente para a sociedade o resultado daquilo que encontraram. Eu não tenho muitas condições de falar sobre uma ação da PF, porque isso é uma coisa sigilosa, da polícia, da Justiça, e não cabe ao presidente da República dar palpite numa atuação dessa", disse Lula.
Lula ainda expressou sua opinião sobre o envolvimento de Bolsonaro nos atos golpistas, dizendo que "não teriam acontecido sem ele". Ele também defendeu que Bolsonaro tenha a presunção de inocência, mas destacou a importância da responsabilização pelos erros cometidos.
"Obviamente que tem muita gente envolvida, tem muita gente que vai ser investigada, porque o dado concreto é que houve uma tentativa de golpe, houve uma política de desrespeito à democracia, houve a tentativa de destruir uma coisa que construímos há tantos anos, que é o processo democrático, e essa gente tem que ser investigada. Queremos saber quem é que financiou, quem é que pagou, quem é que financiava aqueles acampamentos, para que a gente nunca mais permita que aconteça o ato que aconteceu no 8 de janeiro", afirmou.
"Não quero fazer julgamento do que pode acontecer na Justiça brasileira. O que eu quero é que o ‘seu’ Bolsonaro tenha presunção de inocência que eu não tive. O que eu quero é que seja investigado e apurado. Quem tiver responsabilidade pelos seus erros que pague", completou.
Entre os alvos da operação estão ex-ministros e aliados próximos de Bolsonaro, como Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.