Se a imagem dos políticos já estava ruim, agora ficou pior ainda.  Distritão é uma tábua de salvação para permanecer na política

 

Por Edson Rodrigues

 

Irremediavelmente desgastada com  as operações desencadeadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal – a lembrar, “Sanguessuga”, “Mensalão”, Petrolão” e “Lava Jato” –, a classe política brasileira continua dando mostras que não está nem aí para a opinião pública ou para os eleitores.

 

A comissão especial da Câmara que analisa a reforma política aprovou, entre a noite de quarta-feira (9) e a madrugada desta quinta (10), o chamado 'distritão' e um fundo público de R$ 3,6 bilhões para financiamento de campanha. Para que ambos entrem em vigor já nas próximas eleições, a reforma precisa passar até setembro por votações nos plenários da Câmara e do Senado.

 

Já o 'distritão' foi aprovado na madrugada de hoje por meio um destaque que modificou o texto-base. A proposta prevê que o sistema eleitoral brasileiro mude para as eleições de 2018 e 2020, de forma que seriam eleitos para o Legislativo os candidatos mais votados.

 

Atualmente, os parlamentares são eleitos no modelo de voto proporcional, em que se somam todos os votos conquistados por um partido, divide-se por um quociente eleitoral para determinar a quantas cadeiras cada sigla tem direito e elegem-se os mais votados dentro de cada partido. Neste modelo, candidatos com poucos votos podem acabar se elegendo se parceiros de sigla tiverem obtido votações maciças, que garantiram uma cota grande de cadeiras para o partido.

 

No "distritão", são eleitos os deputados mais votados em cada Estado. Se a proposta for de fato aprovada, ela vai mudar a maneira como as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados serão preenchidas.

 

Pela proposta, o "distritão" será um modelo eleitoral de transição, já que pelo texto aprovado, a partir de 2022, as vagas no Legislativo serão preenchidas pelo modelo "distrital misto", em que metade dos deputados federais e estaduais e dos vereadores serão eleitos pelo sistema de lista e metade pelo voto majoritário distrital.

 

ATRASO E RETROCESSO

Em nossa opinião, o “distritão” nada mais é que um atraso, um retrocesso para a política brasileira, feita no improviso e que beneficia apenas os detentores de mandato e os “donos” de partido.

 

Os partidos nanicos, com pouquíssima representatividade no Congresso, ficarão a ver navios, pois o fundo partidário será distribuído de acordo com a representatividade de cada legenda.

 

Sem recursos de empreiteiras, será um milagre para os pequenos partidos sobreviver, garantindo que os grandes caciques partidários, leia-se PT, PMDB, DEM, PSDB, PR e PSD, estarão com os cofres abarrotados, abastecidos pelos recursos do fundo partidário, com chances imensamente maiores de vitória que os demais.

 

PRIORIDADES ABANDONADAS

Com essa configuração aprovada pelos senhores deputados, as campanhas políticas acabarão sendo pagas pelos contribuintes, pelos cidadãos brasileiros, que terão como “recompensa” a falta de verbas para os setores básicos, como Saúde e Educação, ou seja, as prioridades do povo foram abandonadas em detrimento das prioridades dos políticos.

 

Esta é a radiografia que fazemos dessa mais nova “aberração” da política nacional.  Só nos resta aguardar e ver se o “monstro distritão” será abatido na votação em plenário e a classe política recupera, pelo menos, uma parte de sua dignidade,

Que Deus nos abençoe!!

Posted On Quinta, 10 Agosto 2017 13:07 Escrito por

No encontro serão discutidos temas como a segurança pública, meio ambiente, comunicação pública e a criação do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal

Por Jarbas Coutinho

 
O governador Marcelo Miranda participa nesta sexta-feira, 11, do Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Cuiabá (MT), onde discutem temas de interesse comum dos estados integrantes do bloco. Durante o encontro devem entrar em pauta temas relacionados à segurança pública, meio ambiente, comunicação pública, bem como a criação do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.  
Antecede o evento, o encontro da equipe técnica dos estados participantes, que se reúnem nesta quinta-feira, 10, para alinhar e finalizar os temas que serão discutidos e deliberados pelos governadores na sexta-feira.
Pautas
Em discussão estão os desdobramentos do último encontro, como a criação do Consórcio Amazônia Legal, que deve seguir os mesmos moldes do Consórcio Brasil Central. No que diz respeito ao meio ambiente, devem prevalecer as estratégias dos estados na área ambiental para o Encontro Anual de Governadores, que será realizado de 25 a 29 de setembro de 2017, na Indonésia. Também será discutida a agenda para os governadores apresentarem na ocasião da COP 23, que será realizada em novembro, na Alemanha. Durante o encontro, o Tocantins vai propor que os estados que compõem o Fórum da Amazônia Legal realizem o Fórum Cidadão em Palmas. No evento, serão discutidas proposituras para o Fórum Mundial da Água, que será realizado de 18 a 23 de março de 2018, em Brasília.
Já na área da segurança pública, serão debatidos assuntos como o tráfico de drogas e a intensificação dos trabalhos de inteligência e compartilhamento de informações entre a Polícia Civil dos estados integrantes. Também devem ser discutidos roubo e furto às instituições financeiras e a intensificação dos trabalhos e operações integradas de combate à modalidade “novo cangaço”, além do fortalecimento das delegacias de repressão a crimes contra o meio ambiente.
Por fim, na área de comunicação pública, os governadores vão deliberar sobre a proposta de estatuto, a logomarca e ações conjuntas de comunicação e publicidade que poderão ser desenvolvidas de forma integrada pelos estados membros.
Participantes
Além do Tocantins, o Fórum de Governadores da Amazônia Legal é composto pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.   Legenda: No encontro em Cuiabá serão discutidos temas como a segurança pública, meio ambiente, comunicação pública e a criação do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal

Posted On Quinta, 10 Agosto 2017 13:05 Escrito por

 

Por Cinthia Abreu

 

O Tocantins é um dos quatro estados com maior incidência de trabalho escravo no país, conforme levantamento da CPT - Comissão Pastoral do Trabalho. Nos últimos dez anos, em todo o Estado, mais de 3 mil pessoas foram libertadas de propriedades em condição análoga à de escravidão, principalmente nas áreas de áreas da pecuária, carvoaria e lavoura. Para tentar reduzir tais números, existe no Tocantins a Coetrae-TO - Comissão Estadual para a Erradicação do Trabalho Escravo, que conta com a participação da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, e realizou Roda de Conversa sobre o assunto, na manhã desta quarta-feira, 09, no auditório da DPE-TO em Palmas.

 

A programação contou com o lançamento dos livros "Entre idas e vindas: no dinâmicas de migração para o Trabalho Escravo" e "Por debaixo da floresta: amazônia paraense saqueada com o trabalho escravo", elaborados pela Comissão Pastoral da Terra e Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos.

 

Debate

A Roda de Conversa foi mediada pela defensora pública Isabella Faustino Alves, que integra a Coetrae-TO, e abordou dados atuais sobre o Trabalho Escravo Contemporâneo e o conteúdo dos livros. Os debates contaram com a participação dos autores dos livros, Frei Xavier Plassat e Brígida Rocha, e foram voltados para a sensibilização e conscientização acerca da erradicação do trabalho escravo contemporâneo.

 

Agente da Comissão Pastoral da Terra (CPT Araguaia-Tocantins) e coordenador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo, Frei Xavier Plassat explicou que os casos mais frequentes de trabalho escravo no Tocantins estão especialmente na região Sudeste. Segundo ele, o trabalho escravo se sustenta em três pilares, a miséria, a impunidade e a ganância. “São pessoas que morrem por exaustão e fome, que se submetem a trabalhos desumanos. Estamos há mais de 20 anos tentando combater o trabalho escravo, mas o que percebemos é que, por muitas vezes. O assunto se torna invisível para toda a sociedade”, explicou. Ele é autor do livro Por Debaixo da Floresta – Amazônia Paraense Saqueada com Trabalho Escravo, que fala sobre a extração ilegal de madeira na região do Rio Tapajós.

 

Assistente social e especialista em Gestão Pública pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema), Brígida Rocha explicou que o seu livro – “Entre Idas e Vindas” resgata um panorama sobre o trabalho escravo no Tocantins e Maranhão. “Abordamos o não reconhecimento do trabalho escravo pela sociedade e também a morosidade da Justiça”, adianta. Segundo ela, o Maranhão, Tocantins, Pará e Piauí são os estados com os maiores índices de trabalho escravo no País.

 

Comissão

A defensora pública Isabella Faustino Alves considera que é uma honra para a Defensoria sediar o debate sobre o trabalho escravo. “A Defensoria tem essa bandeira como algo muito caro. Essa mazela social atinge, indiscriminadamente, o público alvo da Defensoria Pública. São pessoas hipossuficientes e de vulnerabilidade social. Então, essa situação é de suma importância para a efetiva redução das desigualdades sociais e, sobretudo, de promoção da dignidade da pessoa humana. A Defensoria se junta a essa luta pela efetiva erradicação do trabalho escravo”, disse a defensora pública Isabella Faustino Alves.

 

Posted On Quinta, 10 Agosto 2017 08:50 Escrito por

 

Por Cinthia Abreu

 

A mostra fotográfica da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins “Caminhos da Cidadania” foi aberta na tarde desta sexta-feira, 09, no hall do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins. A mostra traz 28 imagens captadas pela repórter fotográfica Loise Maria e Silva, durante os atendimentos do projeto “Expedição Cidadã”, no ano de 2016. A visitação pode ser feita de segunda a sexta-feira, de 8 às 18 horas, até o dia 31 de agosto. A primeira edição da mostra aconteceu no mês de maio e junho, no hall da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins e do Palácio Araguaia, respectivamente.

 

A abertura da exposição no Tribunal de Justiça contou com a presença do defensor público-geral, Murilo da Costa Machado; da subdefensora Estellamaris Postal; e do diretor regional de Palmas, Leonardo Coelho. O presidente do Tribunal de Justiça, Eurípedes Lamounier; prestigiou a abertura da Mostra na companhia dos juízes Esmar Custódio e Adriano Gomes, do chefe de gabinete, Danilo Guimarães; do secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Messias Lopes; e dos diretores Francisco Alves Cardoso, Carlos Henrique Drumond, João Carlos Sarri Júnior, Marco Aurélio Giraldo e Vanusa Bastos.

 

Mostra

Há agenda da Mostra prevista ainda para o Espaço Cultural de Palmas, Tribunal de Contas do Estado e Universidade Federal do Tocantins. As imagens mostram cidadãos de assentamentos e comunidades tradicionais do Tocantins em busca dos seus direitos. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, o desembargador Eurípedes Lamounier considerou que a exposição, além de resgatar a questão cultural das comunidades quilombolas e rural, faz uma conexão com o atendimento da Defensoria em locais mais distantes e comunidades isoladas. “Mostra o brilhante trabalho da Defensoria de ir até a comunidade. É uma forma de resgatar a dívida social que nós temos com os quilombolas, indígenas, ou mesmo as pessoas que vieram a habitar a nossa região no século passado. Parabenizo à Defensoria e a fotógrafa Loise Maria por resgatar essa condição social desse povo que anda tanto excluído, mas que a Defensoria tem feito esse trabalho de dar a todos os Assistidos o mesmo trabalho às pessoas que têm condições de pagar por um advogado”, elogiou o presidente.

 

Conforme Loise Maria, as imagens retratam a personalidade, o cotidiano e a vivência dos assistidos que residem em assentamentos e comunidades tradicionais. “Tentei ir além dos registros gerais do atendimento, buscando a essência daquele povo, mostrando detalhes como os pés ou as mãos de uma senhora guerreira que expressam fortemente a sua história, memória e identidade”, adianta. As imagens trazem expressões que vão de angústias e alívios até a felicidade de, mesmo numa realidade de violação de direitos, ser atendido pela Defensoria. “As fotos tratam do resgate da memória e da identidade dessas comunidades, de forma que também provoque a reflexão da luta dessas comunidades para garantia de seus direitos”, conclui.

 

O defensor público-geral, Murilo da Costa Machado reforça que as imagens retratam os atendimentos itinerantes da Defensoria Pública em localidades distantes e de difícil acesso, cumprindo a missão da Instituição de levar atendimento jurídico a todos os hipossuficientes. “São mulheres e homens que encontram profissionais comprometidos em assegurar o acesso à Justiça integral, gratuita e de qualidade, atuando na tutela de direito das populações mais carentes e também mais isoladas.”

 

Prêmio

A imagem “Pés calejados”, registrado por Loise Maria e disponível na Mostra, foi premiada no Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, realizado durante o Conbrascom 2017 - Congresso Brasileiro de Comunicação 2017, que aconteceu no mês de junho, em Maceió (AL).

Posted On Quinta, 10 Agosto 2017 08:48 Escrito por

Em um dia de folga, artistas do elenco de O Outro Lado do Paraíso visitaram a cachoeira do formiga, em Mateiros, onde falaram da exuberância do Jalapão

Por Jesuino Santana Jr

O elenco da próxima novela das nove da Rede Globo se reuniu neste sábado, 5, na Cachoeira do Formiga, no município de Mateiros, para um dia de lazer e folga das gravações de “O Outro Lado do Paraíso”. Durante o descanso, os atores Sergio Guizé, Bianca Bin, Juliano Cazarré, Caio Paduan e Erika Januza falaram sobre as belezas do Jalapão e definiram o lugar como exótico e exuberante.

Intérprete do matuto Candinho na novela das seis “Êta Mundo Bom” (2016), Sergio Guizé viverá um vilão na nova trama das 21 horas. O personagem do ator se chamará Gael, e será o filho mais velho de Sophia (Marieta Severo) e irmão de Livia (Grazi Massafera) e de Estela (Juliana Caldas). Trata-se de um sujeito intempestivo e agressivo, que irá se envolver com Clara (Bianca Bin), a mocinha da história. Guizé contou que chegou ao município de Mateiros na sexta-feira, 4, a noite, e que a experiência de gravar na região está sendo maravilhosa.

“Esse lugar é um paraíso. Além do que, a recepção das pessoas tem sido muito boa, estou bem feliz. Acho que vamos começar esse trabalho com o pé direito. Esse lugar tem a energia muito forte e isso reflete diretamente com o que fazemos. Eu acho que a força do trabalho tem a ver com a força do lugar”, exaltou Sérgio Guizé. O ator disse ainda que pretende interpretar o seu personagem respeitando a cultura da região. “O que a gente quer principalmente é elevar a cultura, mostrar essa parte do país que às vezes não é vista. Procuraremos fazer isso de um jeito artístico bonito, que valorize a região no sentido de produzir uma grande obra. Espero que as coisas que venham a partir disso sejam coisas boas e que fiquem bons frutos para o lugar”, complementou.

A mocinha da história, Bianca Bin, fará a personagem Clara que será uma jovem inocente quando se trata de assuntos amorosos. Ela se apaixonará por Gael (Sergio Guizé) logo no início da trama e enfrentará dificuldades para viver esse grande amor. A atriz contou que ficou encantada com a região do Jalapão e que pretende voltar ao local para fazer turismo. “O mais perto que eu já tinha vindo aqui do Tocantins foi quando fui à Chapada dos Veadeiros em Goiás. Eu estou completamente encantada por esta terra, eu não sei como eu não estive aqui antes, quero voltar com a família a passeio. A gente tem trabalhado muito aqui, hoje é um dia de folga, e nós demos a sorte de vir curtir aqui nesse lugar [Cachoeira do Formiga], que é maravilhoso, uma cachoeira incrível. Infelizmente, a gente não consegue conhecer nem metade de tudo que gostaríamos, mas o importante é que estamos tendo a sorte e o privilégio de gravar em lugares maravilhosos”, contou.

Bianca Bin disse estar contente por a trama se passar em outra região do país e, com isso, ampliar a vitrine de belezas naturais que o Brasil possui. “Estou muito feliz de poder fugir um pouco desse eixo Rio-São Paulo, que as novelas estão acostumadas. O Walcyr [Carrasco] foi muito audacioso e eu acho que a novela vai ser um sucesso porque essa terra é riquíssima, o Brasil é muito rico e a gente sempre busca fora, conhece muito mais fora do que aqui dentro. Eu já viajei várias vezes para outros países, mas nunca estive aqui no Tocantins, no meu país, tem umas coisas assim que a gente deixa passar e não deveria. E eu indico para todo mundo vir para cá, tenho certeza que esta terra vai ganhar muito mais turistas com a novela, porque a gente só está mostrando coisas lindas. Esse povo é muito acolhedor também, nós estamos fazendo um baita laboratório aqui, um trabalho de imersão mesmo. Enfim, estou muito feliz de estar contando essa história nesse pedacinho de chão aqui”, enfatizou.

O personagem que o ator Juliano Cazarré vai interpretar em "O Outro Lado do Paraíso" é um garimpeiro que trabalhará com uma conduta nada ética para atender aos interesses de uma família rica, obcecada por dinheiro e poder. Pela primeira vez na região do Jalapão, Cazarré contou que já havia feito teatro em Palmas e que na oportunidade chegou a conhecer o distrito de Taquaruçu. “Aqui [Jalapão] é bonito demais, impressionante, cheguei ontem [sexta-feira, 4], e hoje foi o meu primeiro dia na região. Estamos aproveitando a folga da equipe e viemos aqui para conhecer essa cachoeira [do Formiga]. Eu adoro cachoeiras, adoro natureza, mas o Jalapão é muito especial. A água aqui é clarinha, gostosa, tem aquela parte da d'água ali que é bom para fazer uma massagem nas costas”, narrou.

Juliano Cazarré falou também sobre como o turismo pode ajudar no desenvolvimento do Jalapão. O ator contou que viajou recentemente com sua esposa para a Califórnia [EUA], onde conheceu vários parques nacionais lá e procurou comparar com o uso que é feito com os parques aqui do Brasil. “A gente percebeu que dá para desenvolver, fazer negócios, gerar lucro, empregos, riqueza com sustentabilidade e consciência ecológica. Acredito que essa exposição em horário nobre vai ser benéfica para o Tocantins, pois você só preserva o que você conhece, então, se ninguém mostrar isso daqui, se o Brasil não souber que isso aqui existe, daqui a pouco chega alguém e acaba com tudo e ninguém vai reclamar, porque ninguém sabia mesmo. Agora, com todo mundo sabendo a maravilha que é o Jalapão, com certeza vai ser um lugar que vai ficar preservado. Fico muito feliz de que, como consequência do nosso trabalho, isso acabe trazendo mais visibilidade para a região. O que eu gostaria de ver era isso, o Brasil explorando muito mais o seu turismo, mas de uma maneira consciente”, refletiu.

Nenhum quilombo a menos Outra forte característica da região do Jalapão está na diversidade da sua cultura. Remanescentes de quilombos, os povoados do Mumbuca e Prata também servirão de cenário para a próxima novela das 21 horas. O ator Caio Paduan, que viverá o protagonista da trama chamado Bruno, terá um romance com a personagem da atriz Erika Januza, que interpretará Raquel, uma quilombola que vive em uma das comunidades da região. Juntos, eles vão enfrentar uma série de conflitos e preconceitos para poder ficar juntos.

Em sua fala, o ator defendeu os direitos das comunidades quilombolas e foi enfático ao pedir a preservação da cultura dos povos. “Os quilombolas fazem parte da história do país, do seu crescimento, da nossa formação, e eu fico até emocionado de falar sobre isso porque eu sou apaixonado. Acho que a gente tem que interferir o menos possível para que se mantenham as tradições, para que a história do Brasil permaneça viva e preservada como é feita. Não querendo ser político e nem nada, mas é um pedido para que as autoridades e governos mantenham essa cultura. Nenhum quilombo a menos, se eu puder falar sobre isso é o que eu quero expressar. Acho a cultura deles linda, acho que eles possuem muita brasilidade, e eu estou louco para conhecer a comunidade que tem aqui em Mateiros”, garantiu.

Caio Paduan também contou que pretende viver uma experiência junto ao povo Quilombola. “Já conheci alguns guias aqui e falei para eles que eu quero me entocar no mato para conhecer um pouco mais, para fazer vivência, para conhecer o dia a dia dos quilombolas. Eu pesquisei muito para entender essa cultura, eu gosto muito das religiões que permeiam esse universo, gosto da troca. Eu também sou um artista por causa disso, eu sou apaixonado por essa cultura local e acredito que é uma troca linda para ambos os lados. Além do artista, a gente se enriquece como pessoa, como cidadão brasileiro e como ser humano. Conseguir unir o meu trabalho com uma vivência dessas assim é um prazer enorme”, finalizou.

Patrimônio Cultural e Gastronômico Reconhecido recentemente pelo Governo do Estado como um Patrimônio Cultural e Gastronômico do Tocantins, o Chambarí também será destaque na nova trama das 21 horas. A personagem Raquel, vivida pela atriz Érika Januza, terá como um dos seus dotes culinários a preparação da iguaria tocantinense.

“Eu conheci o Chambarí pelo texto da minha personagem. Tem uma fala que eu digo que sei fazer chambarí e quando li questionei: "O que é chambarí?” Então, fui atrás para saber. Faz parte do meu trabalho querer viver um pouco do que a personagem vive. Ao invés de só falar que sei fazer, eu queria realmente aprender. Em um dia de folga das gravações, procurei alguém que soubesse fazer, tivesse disponibilidade e quisesse me ajudar. Encontrei uma senhora, a dona Maria da Paz, que abriu as portas da casa dela para mim. Aí eu comprei as coisas e a gente foi lá e ela foi falando e eu fui fazendo. A família dela que estava lá experimentou e aprovou. Levei várias marmitinhas para o pessoal da equipe e todo mundo gostou. E eu adorei aprender, e se for para fazer de novo eu estou apta, consigo fazer tranquilamente (risos)”, concluiu Erika Januza. A personagem da atriz também trabalhará com outro símbolo da região que são as peças feitas de Capim Dourado.

Cachoeira do Formiga O nome é por causa do rio Formiga. É uma queda pequena que forma um poço grande de águas em tons esverdeados que lembram esmeralda. A água é muito transparente e mesmo no lugar mais profundo pode-se ver a areia calcárea branca e fina. Ao redor dessa piscina natural, a vegetação é exuberante e lembra a mata atlântica, com palmeiras, samambaias e muitas árvores com bichos pulando pra lá e pra cá. Como outros encantos do Jalapão, fica em propriedade particular e paga-se pela visita. Também é permitido acampar e nesse caso, é necessário levar provisões e cumprir a exigência - válida para todo o Parque Estadual do Jalapão (PEJ) - de não deixar qualquer espécie de lixo.

Posted On Quinta, 10 Agosto 2017 08:40 Escrito por