General Paulo Sérgio Nogueira defendeu 'fidelidade aos princípios basilares da hierarquia e da disciplina, sob a estrita observância da ordem constitucional'
Com CNN Brasil
O novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, defendeu que a força armada que comanda seja um "vigoroso vetor de estabilidade e de garantia da ordem e da paz social", em sua primeira mensagem após assumir o cargo que foi veiculada pelas redes sociais nesta sexta-feira (23)
"Fiéis aos princípios basilares da hierarquia e da disciplina, e sob a estrita observância da ordem constitucional vigente, devemos continuar a representar vigoroso vetor de estabilidade e de garantia da ordem e da paz social", disse Oliveira.
No vídeo de sete minutos, o novo chefe do Exército disse ter assumido o posto após 47 anos de serviços prestados e fez um agradecimento direto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem destacou como "comandante supremo das Forças Armadas".
"Quero inicialmente agradecer ao senhor presidente Jair Bolsonaro, comandante supremo das Forças Armadas, a confiança depositada neste soldado ao nomear-me para o comando do Exército brasileiro, bem como ao senhor ministro da Defesa, general Braga Netto, pela indicação de meu nome para tão nobre missão", ressaltou.
Na maior troca da cúpula militar já ocorrida desde a ditadura no país, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele cobrava uma atuação mais alinhada das três armas com o governo federal, em especial do ex-comandante do Exército Edson Pujol.
Na fala, Oliveira citou as ações do Exército na pandemia da Covid-19, como o "apoio irrestrito" à vacinação, dizendo que a força terrestre "não parou". "O Exército esteve e sempre estará junto ao povo brasileiro, do qual constitui o seu braço forte na defesa da pátria", exaltou.
As declarações de Oliveira ocorrem poucos dias antes da instalação da CPI da Covid, no Senado, que terá como um dos principais alvos a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia, incluindo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que é general do Exército.
O comandante do Exército finalizou sua mensagem destacando a linha de atuação que a força deve seguir. "Que todos nós, integrantes do Exército de Caxias, instituição que desfruta dos mais altos índices de credibilidade junto ao povo brasileiro, possamos servir, pelo exemplo, de inspiração para aqueles que almejam um futuro de paz, justiça, liberdade e progresso para o nosso amado Brasil", afirmou.
Fidelyx ficou conhecido por seu projeto de 'aerotrem' como meio de transporte público
Com Agências
Morreu na noite desta sexta-feira (23) o político Levy Fidelix, fundador e presidente do PRTB, famoso por defender em suas campanhas eleitorais a criação do aerotrem, uma espécie de trem-bala. Ele estava internado com Covid-19 em um hospital de São Paulo desde março, e morreu por complicações da doença.
A informação foi primeiramente confirmada pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), em seu Instagram. “Que Deus conforte toda a família desse grande líder nacional”, disse. E na sequência confirmada pelo Twitter do próprio Levy Fidelix, na madrugada deste sábado (24).
Empresário, jornalista e publicitário, Levy Fidelix foi diversas vezes candidato a cargos políticos no estado e na prefeitura de São Paulo, além de duas vezes candidato à presidência da República, em 2010 e 2014, e não foi eleito em nenhum dos pleitos que disputou.
Em 2018, foi pré-candidato à presidência, mas desistiu da candidatura ao fechar um acordo com o general Hamilton Mourão, também do PRTB, que disputaria a vice na chapa de Jair Bolsonaro (sem partido).
A reunião extraordinária tem como objetivo avaliar pedidos de importação da vacina russa contra covid-19 Sputnik V feita por Estados e municípios
Com Estadão
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para as 18h de segunda-feira uma reunião extraordinária com o objetivo de avaliar pedidos de importação da vacina russa contra covid-19 Sputnik V feita por Estados e municípios.
"A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela lei, e confirmado pelo STF, para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro", informou o órgão regulador.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), já concedeu liminar a diversos Estados para determinar que a Anvisa decidisse em até 30 dias sobre uma autorização excepcional para importação da vacina russa sob pena de liberar seu uso.
Entretanto, nesta semana, a agência chegou a pedir a suspensão deste prazo ao Supremo sob a alegação --lastreada em laudos produzidos pela sua área técnica-- de que havia “pontos críticos” referentes à demonstração de eficácia e segurança da Sputnik V.
Em meio ao atraso na vacinação no país, governadores trabalham para ampliar a oferta de imunizantes contra Covid-19.
Na próxima terça-feira a Anvisa fará outra reunião, às 15h, para apreciar o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda, no tratamento de Covid-19.
Segundo a Anvisa, haverá ainda na quinta-feira, às 10h, uma reunião em que discutirá assuntos relacionados à área de regulação do órgão. Não foi informado, de antemão, quais seriam.
Bolsonaro atacou o instituto ao convidar o ministro Marcos Pontes para falar sobre uma vacina totalmente produzida no País por pesquisadores de Ribeirão Preto
Com Estadão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a nova vacina contra covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan de "mandrake". A entidade, que é ligada ao governo de São Paulo e já desenvolveu a Coronavac em parceria com o laboratório chinês Sinovac, trabalha agora para criar um imunizante brasileiro, a Butanvac.
Bolsonaro atacou o instituto ao convidar o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para falar sobre uma vacina totalmente produzida no País por pesquisadores de Ribeirão Preto. "Essa é 100% brasileira, não é? Essa não é aquela 'mandrake' de São Paulo não, né? Essa é 100% brasileira. Como ela está? Qual o nome dela?", provocou o presidente, nesta quinta-feira, 22, durante transmissão ao vivo para as redes sociais.
Os estudos estão sendo feitos na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation. Segundo Marcos Pontes, a previsão é disponibilizar a nova vacina até o fim do ano.
O anúncio da solicitação de testes de fases 1 e 2 desse imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi feito em março. Na ocasião, Pontes divulgou a iniciativa horas depois de o Butantan anunciar que estuda uma vacina totalmente nacional, a Butanvac.
O instituto também é responsável pelo desenvolvimento da Coronavac, em parceria com a fabricante Sinovac, da China. Essa vacina é o principal imunizante à disposição dos brasileiros, hoje, representando mais de 80% das doses já aplicadas, segundo dados do próprio governo.
A tecnologia da Butanvac, apresentada pelo Instituto Butantan como sendo 100% nacional, foi desenvolvida no ano passado por pesquisadores do Instituto Mount Sinai, de Nova York. Em nota posterior, o Butantan reconheceu que "firmou parceria e tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia, que foi desenvolvida pela Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, para obter o vírus".
Presidente volta a criticar lockdown
Na transmissão desta quinta-feira, 22, o presidente voltou a criticar medidas duras de isolamento social, recomendada por autoridades sanitárias para conter a disseminação do novo coronavírus. "Passou um ano e continuam fazendo lockdown como se fosse remédio para acabar com o vírus. Na verdade, está empobrecendo cada vez mais nossa população", disse.
Ao falar sobre covid-19, o presidente defendeu, mais uma vez, o uso de medicamento sem eficácia comprovada contra a doença. "Por que não se pode falar em remédio, meu Deus do céu? Ano passado eu falei em remédio e fui massacrado. Eu tomei um negócio no ano passado (hidroxicloroquina). Se eu tiver problema de novo, vou tomar. Não faz mal", afirmou.
Em mensagem do Dia da Terra, papa alerta que planeta esta "à beira do abismo"
Por Philip Pullella
O papa Francisco disse em sua mensagem do Dia da Terra nesta quinta-feira que o planeta esta "à beira do abismo" e que a humanidade tem que evitar "o caminho da autodestruição".
O papa, que emitiu vários apelos pela proteção ambiental desde que foi eleito em 2013, falou em duas mensagens de vídeo, um para o evento virtual do Dia da Terra e outro para a cúpula climática global comandada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Agora é a hora de agir. Estamos à beira do abismo", disse Francisco, que apoia o consenso científico segundo o qual o aquecimento global é parcialmente causado pelo homem, na mensagem do Dia da Terra.
Ele citou a pandemia de Covid-19, somada aos efeitos da mudança climática, e disse que a natureza não pode continuar sendo desrespeitada, porque "não perdoará mais".
"Quando a destruição da natureza é desencadeada, é difícil de parar. Mas ainda temos tempo, e seremos mais resistentes se trabalharmos juntos, ao invés de sozinhos", afirmou.
"Não se sai da crise igual, ou sairemos melhores, ou piores. Este é o desafio, e se não sairmos melhores, tomaremos o caminho da autodestruição".
Ele disse que agora é a hora da inovação e da invenção, e exortou líderes políticos a agirem com coragem e justiça.
Na mensagem ao evento presidido por Biden, no qual os EUA e outros países elevaram suas metas de cortes de emissões de gases de efeito estufa, Francisco disse que as pessoas têm "que cuidar da natureza para que ela cuide de nós".