O valor foi alcançado com exportações de US$ 5,913 bilhões e importações de US$ 4,044 bilhões, durante o período
Com Agência Estado
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,869 bilhão na quarta semana de julho (dias 19 a 25). De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (26) pela Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia, o valor foi alcançado com exportações de US$ 5,913 bilhões e importações de US$ 4,044 bilhões.
Em julho, até o dia 25, a balança comercial acumula saldo superavitário em US$ 6,939 bilhões, com exportações em US$ 20,473 bilhões e importações de US$ 13,534 bilhões. No acumulado do ano, o saldo comercial é superavitário em US$ 43,670 bilhões.
As exportações registraram aumento de 42,7% na média diária de julho ante o mesmo período do ano passado, com crescimento de 13,5% na Agropecuária, avanço de 68,9% na Indústria Extrativa e alta de 43,9% nas vendas de produtos da Indústria de Transformação.
Já as importações subiram 55,0% no período, com crescimento 50,3% na Agropecuária, alta de 75,8% na Indústria Extrativa e avanço de 54,7% em produtos da Indústria de Transformação.
Equipe de Filipe Barros fez gravação com cibercriminoso preso. Vídeo com informações falsas já foi visto mais de 500 mil vezes
Com Agência Estado
No fim de 2019, o hacker Marcos Roberto Correia da Silva foi preso pela primeira vez, em Uberlândia (MG), por atacar sites governamentais e aplicar golpes de internet. Foi pego enquanto visitava um amigo, mas se preocupou menos com o constrangimento e mais com a repercussão do fato. A todo tempo, com entusiasmo, perguntava aos policiais quando teria o nome e a imagem estampados. A publicidade dos feitos reforça a reputação de cibercriminosos como VandaTheGod, como é conhecido, e a divulgação - que não ocorreu - seria uma espécie de prêmio às avessas.
A propaganda que o jovem não obteve há um ano e meio agora lhe foi dada por um deputado bolsonarista interessado em usá-lo para colocar em xeque a credibilidade das urnas eletrônicas. Filipe Barros (PSL-PR) mandou uma equipe ao presídio Professor Jacy de Assis, em Minas, para que o hacker falasse para as redes sociais sobre as supostas habilidades capazes de derrotar a Justiça Eleitoral.
O vídeo enfeitado com trilha de suspense e com a indicação de ser “bombástico” foi visto 500 mil vezes. Reproduzido por canais e sites bolsonaristas como suposta prova de fragilidade das urnas, ele é repleto de informações falsas e enganosas. Fontes com acesso às investigações a que ele responde garantem que suas capacidades são muito menos sofisticadas do que o jovem quer fazer parecer.
Computador apreendido pela PF
Marcos Roberto foi perguntado se com tempo e estrutura conseguiria “invadir o sistema eleitoral”. Algemado, afirmou: “Conseguiria”. E disse que poderia inserir votos artificialmente em servidores: “Manipularia tudinho”. Há anos a Justiça Eleitoral usa tecnologia de ponta e recebe especialistas para testes públicos de segurança. Nenhum atestou o que Marcos declarou.
Com 25 anos, o jovem até pouco tempo usava um velho notebook Samsung e morava com uma companheira no assentamento Glória, na área de Uberlândia. Sem formação acadêmica, aprendeu sozinho a interagir com computadores e a programar. O vídeo foi ao ar em 16 de julho, dia em que Filipe Barros por pouco não amargou uma derrota. Perto de ver a proposta do voto impresso ser sepultada na comissão especial, ele e os governistas adiaram a análise até agosto. O presidente Jair Bolsonaro tem insistido que a urna eletrônica é passível de fraude.
No dia em que foi gravado pela equipe do deputado, o hacker contou ter sido chamado para conceder “entrevista a uma empresa de cibersegurança”. O jovem foi levado ao cartório da prisão, onde duas pessoas o aguardavam com câmera. Uma terceira fez perguntas por meio do celular de um dos presentes.
Os advogados do hacker tomaram ciência da gravação só após ela ir ao ar. Para eles, houve claro prejuízo à defesa e às garantias do preso, uma vez que o rapaz foi submetido a um contexto que pode implicá-lo em processos a que responde sem que tenha tido orientação técnica. “O deputado usou o Marcos como boneco de manobra política”, diz o advogado André Coura.
Cela individual
Questionada sobre o vídeo, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais frisou que as questões deveriam ser feitas ao deputado. Acrescentou que o jovem “aceitou ser entrevistado” sem o advogado. A pasta é comandada pelo bolsonarista Rogério Greco, ex-procurador de Justiça de Minas Gerais. A pedido do deputado, o sistema prisional “ampliou a segurança” do hacker, que agora está em cela individual. A equipe fez o preso assinar declarações em que atesta que a entrevista foi espontânea. Os documentos não citam o deputado. Apenas que as filmagens seriam usadas “no âmbito do debate da PEC 135/2019”.
Duas aparições
O nome de Marcos apareceu em dois crimes cibernéticos recentes: o ataque ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições de novembro, e o vazamento de dados da Serasa de mais de 200 milhões de CPFs. Ele também esteve envolvido em invasões anteriores, como à página do Senado. O ataque ao TSE, explorado pelo deputado, não gerou prejuízo ao sistema de votação e à contagem de votos. Os dados vazados eram administrativos.
No depoimento à equipe de Barros, o hacker mudou a versão em que negava a invasão do TSE. Disse que entrou no tribunal e passou informações a outra pessoa. Até então, a responsabilidade por esse ataque era do hacker português Zambrius, que foi preso em Portugal e afirmou ter agido sozinho.
Operação Deepwater
Procurado, o deputado declarou, por meio da assessoria, que eram assessores dele as pessoas que foram ao presídio. “Em nenhum momento restou ocultado o fato de estarem vinculados ao Congresso”. Barros afirmou não haver “espaço para especular as razões pelas quais Marcos dispensou” o contato com seus advogados”. Ele está preso preventivamente desde 19 de março, quando a PF deflagrou a Operação Deepwater. Os advogados afirmam que ele é investigado por receptação qualificada das informações roubadas.
Segundo o hacker, o “ativismo” é o que o motiva. Ele é conhecido por ser “defacer”, um tipo de hacker que acessa servidores de sites e altera as informações visíveis por quem os acessa - substituindo, por exemplo, o site por alguma mensagem sobre uma tela preta. Entre os alvos preferenciais estão sites de órgãos públicos. O “defacement” de páginas é visto por cibercriminosos como protestos contra o sistema.
Ativista e estelionatário
No vídeo de Barros, Marcos é apresentado como um hacker ativista. O bolsonarista desprezou uma parte do passado do jovem. Ao ser preso em 2019, Marcos era alvo de inquérito por estelionato. A denúncia da promotoria de Uberlândia cita mais de 200 tentativas de compras de produtos na internet a partir de cartões de crédito de terceiros obtidos por fraude. Ele saiu da prisão e passou a usar tornozeleira eletrônica. Nas redes, anunciava a venda de bancos de dados roubados em troca de bitcoins. Em entrevista pouco antes de ser preso pela segunda vez, confirmou que costumava confiscar informações e pedir resgate por elas. As vítimas preferenciais seriam de fora do Brasil.
Estudo, que ainda não foi revisado, apontou ainda que uma terceira dose apresenta um importante efeito de reforço
Com Veja e Reuters
Os anticorpos gerados pela CoronaVac, vacina contra Covid-19 do laboratório chinês Sinovac, caem para um patamar inferior a uma marca importante seis meses após a aplicação de uma segunda dose na maioria das pessoas, embora uma terceira dose possa ter um importante efeito de reforço, de acordo com um estudo realizado em laboratório.
Pesquisadores chineses relataram as descobertas obtidas em um estudo de amostras de sangue coletadas de adultos saudáveis de entre 18 e 59 anos em uma publicação no domingo ainda não revisada por outros cientistas.
Para os participantes que receberam duas doses, com intervalo de duas ou quatro semanas entre elas, somente 16,9% e 35,2% respectivamente ainda tinham um nível de anticorpos neutralizantes acima da marca considerada importante seis meses após a segunda dose, de acordo com a publicação.
Essas leituras se basearam em dados de dois grupos envolvendo mais de 50 participantes cada, enquanto o teste aplicou uma terceira dose em 540 participantes no total.
Quando participantes de alguns grupos receberam uma terceira dose cerca de seis meses após a segunda, os níveis de anticorpos neutralizantes depois de um período adicional de 28 dias cresceram em entre 3 e 5 vezes na comparação com os patamares vistos quatro semanas após a segunda dose, mostrou o estudo.
O estudo foi realizado por pesquisadores da autoridade de controle de doenças da província de Jiangsu, da Sinovac e de outras instituições.
Os pesquisadores alertaram que o estudo não testou o efeito dos anticorpos sobre variantes mais transmissíveis e que mais pesquisa é necessária para determinar a duração dos anticorpos após a terceira dose.
(Reportagem de Roxanne Liu e Ryan Woo - Reuters)
O único crime recebido pela PF das superintendências foi um caso de estelionato no Espírito Santo
Da CNN, em São Paulo
A Polícia Federal (PF) ainda não recebeu denúncias sobre fraudes em urnas eletrônicas das superintendências regionais. A informação é do jornal O Estado de São Paulo e foi confirmada pela CNN com fontes da PF.
De acordo com a analista da CNN Renata Agostini, a PF fez o pedido de todas as investigações realizadas desde 1996, quando os aparelhos começaram a ser usados, para atender uma solicitação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O único crime identificado até o momento foi um caso de estelionato no Espírito Santo.
Apesar de boa parte da busca ter sido feita, ainda não foi finalizada, visto que alguns casos precisam ser pesquisados manualmente.
O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) tem sido um dos principais críticos das urnas eletrônicas, que, sem apresentar provas, diz que são alvos de fraudes. Dessa forma, o voto impresso passou a ser uma das bandeiras do líder do Executivo.
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), foram nomeados para comandar a CBF por 30 dias, não são obrigados a aceitar e têm cinco dias para dar resposta
Com Estadão Conteúdo
A Justiça do Estado do Rio de Janeiro decidiu nesta segunda-feira, em primeira instância, destituir toda a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que, nos termos da decisão, foi eleita segundo regras irregularmente alteradas. A Justiça determinou que a assembleia realizada em março de 2017 para alterar as normas da eleição perca seus efeitos e uma nova reunião seja realizada, no prazo de um mês, para debater e estipular essas regras.
Uma vez decididas as normas, nova eleição para a direção da entidade deve ser realizada no prazo de mais um mês. Os presidentes do Flamengo, Luiz Rodolfo Landim Machado, e da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações judiciais, convocando o Colégio Eleitoral. Até que a nova diretoria eleita assuma, os atuais diretores da CBF devem permanecer nos cargos. A entidade já informou que vai recorrer.
Na eleição regida pelas regras alteradas na assembleia anulada, elegeu-se presidente da CBF Rogério Caboclo, que foi afastado do cargo em 6 de julho, após ser acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária da entidade. Atualmente a CBF é dirigida interinamente por Antonio Carlos Nunes, que era o vice-presidente mais velho (a entidade tem vários).
A decisão foi tomada pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio), em ação civil pública ajuizada em 2017 pela 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa do Consumidor e do Contribuinte do Rio de Janeiro. O argumento do MP-RJ foi de que a CBF desrespeitou a Lei Pelé ao realizar assembleia deliberativa para reforma do Estatuto, em 23 de março de 2017, sem respeitar a convocação obrigatória dos representantes dos clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro de futebol.
Durante essa assembleia, o peso dos votos dados pelas Federações e pelos clubes nas eleições foi alterado. Foram incluídos os clubes de segunda divisão, cujos votos ganharam peso 1, foi reduzido o peso dos votos dos clubes da primeira divisão (passaram a ter peso 2) e o voto de cada Federação passou de peso 1 para peso 3. Com isso, tornou-se impossível que a soma dos votos dos clubes das duas divisões, com os devidos pesos, alcançasse a maioria, em uma eleição para presidente da entidade. A escolha passou a depender dos votos das Federações.
A CBF argumentou que a Lei Pelé autoriza a adoção de pesos diversos para os votos, mas a Justiça considerou que os clubes da primeira divisão não foram convocados para a assembleia nem cientificados do que seria objeto de debate, além de não ter sido respeitada a composição mínima do colégio eleitoral. Por isso, a assembleia foi viciada, segundo a decisão desta segunda-feira, que tornou nulas as alterações das regras eleitorais ocorridas na reunião.
Uma nova assembleia deverá ser realizada no prazo de 30 dias, para a discussão das regras, e para ela devem ser convocadas as 27 Federações e os clubes membros do Colégio Eleitoral (apenas os da primeira divisão, nos termos do Estatuto de 2015, que estava em vigor à época, eis que a inclusão dos clubes de segunda divisão se deu justamente na assembleia considerada irregular).
Depois de discutidas as mudanças no sistema eleitoral (como os pesos, as exigências para candidaturas e a inclusão dos times de segunda divisão no Colégio Eleitoral), em até 30 dias deve ser realizada uma nova eleição para os cargos de presidente, vice-presidentes e/ou diretores da CBF. Os presidentes do Flamengo e da FPF foram nomeados para, transitoriamente, cumprirem as determinações, convocando o Colégio Eleitoral, e ficarão proibidos de concorrer na eleição. Eles têm cinco dias para informarem se aceitam ou não a função.
Apesar de ter decidido pela destituição da direção eleita no pleito de 2017, a Justiça determinou que os atuais dirigentes sejam mantidos em seus cargos até que se consagrem os novos eleitos, evitando-se vacância, descontinuidade e problemas administrativos para entidade.
O MP-RJ informou que nesta terça-feira vai requerer à Justiça o esclarecimento da sentença, para que seja imediatamente cumprida a destituição de todos os eleitos segundo as regras alteradas na assembleia anulada. Também vai solicitar que seja dado aos interventores o poder de demitir qualquer empregado da entidade que tenha, de qualquer forma, impedido o desenvolvimento da sua obrigação.
CBF - Em nota, a CBF informou que ainda não foi intimada nem tem conhecimento integral da sentença, mas anunciou que vai recorrer. "Ao longo de mais de quatro anos, a Justiça não enxergou urgência para examinar o pedido de anulação das referidas assembleias. Decidiu, inclusive, manter a realização da eleição da entidade em 2018, não tendo o MP-RJ recorrido daquela decisão. Agora, por conta de um suposto - mas inexistente - 'fato novo', o juiz entendeu de imprimir urgência para julgamento da ação, sem aguardar prévia manifestação do Superior Tribunal de Justiça acerca da competência para julgar o feito e mesmo sem ouvir a CBF", afirmou a entidade.
"Em prévio recurso, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro reconheceu que a discussão em questão não envolve a aplicação do Estatuto do Torcedor nem qualquer outro direito coletivo que justificasse a intervenção do Ministério Público na deliberação da associação privada", seguiu a CBF. "Para além de questionar a legitimidade do Ministério Público para ingressar com ação civil pública sob o falso pretexto de proteção dos torcedores, a CBF comprovou, no curso da ação, que as referidas assembleias foram realizadas respeitando integralmente a Constituição Federal, a legislação em vigor e o Estatuto Social da entidade, contando com a participação efetiva de Federações e clubes, que, instados pelo Ministério Público a se manifestarem nos autos da ação civil pública, não se opuseram às alterações", continua a nota da entidade.
"A CBF recorrerá da decisão, por sua clara afronta à Constituição Federal que, em seu artigo 217, confere autonomia de organização e funcionamento às entidades desportivas. A sentença também viola diversos dispositivos legais, dentre eles o art. 22 da Lei Pelé, que estabelece diretrizes acerca dos processos eleitorais das entidades esportivas, assim como o art. 90 da mesma lei, que proíbe dirigentes de clubes de exercerem cargo ou função em federações ou confederações", conclui a CBF.
Interventores. A Federação Paulista de Futebol divulgou nota em que informa que Bastos e Landim vão analisar a situação. "Os presidentes da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e do Flamengo, Rodolfo Landim, informam que analisarão em conjunto com federações, clubes e advogados a decisão da Justiça do Rio de Janeiro que os nomeia interventores da CBF. Tão logo tomem uma decisão, (...) se manifestarão publicamente".