Uma única dose da vacina contra a Covid-19 da Oxford-AstraZeneca ou da Pfizer-BioNTech reduz drasticamente o risco de infecção em adultos de todas as idades, descobriram cientistas britânicos
Com Agência Brasil
Dois estudos divulgados nesta sexta-feira (23) analisaram mais de 1,6 milhão de esfregaços de nariz e garganta coletados de 373.402 pessoas entre dezembro e abril. Os dados foram coletados como parte da Pesquisa de Infecção Covid-19 em andamento, realizada pela Universidade de Oxford, o Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido e o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido.
Os pesquisadores descobriram que 21 dias após uma única dose da vacina Oxford- AstraZeneca ou Pfizer – BioNTech , as novas infecções por Covid – tanto sintomáticas quanto assintomáticas – haviam caído 65%.
As infecções sintomáticas caíram 74% três semanas após uma única dose de qualquer uma das vacinas, enquanto os casos assintomáticos caíram 57%, mostraram os dados. Uma segunda dose de vacina reduziu a taxa geral de infecção em 70%, com infecções sintomáticas de Covid em 90% e casos assintomáticos do vírus em 49%.
Os pesquisadores compararam esses efeitos à imunidade natural obtida com a infecção pelo vírus. No entanto, eles alertaram que o fato de que os indivíduos vacinados ainda podem estar infectados – mesmo que essas infecções sejam predominantemente assintomáticas – significa que “a transmissão contínua continua sendo uma possibilidade”.
As vacinas tiveram um efeito semelhante em adultos de todas as idades quando se tratou de reduzir as taxas de infecção, descobriu o estudo, com sua capacidade de reduzir infecções também semelhante, independentemente de os participantes terem ou não problemas de saúde a longo prazo.
Os cientistas também examinaram o impacto das vacinações Covid nos níveis de anticorpos dos participantes. Eles descobriram que adultos mais velhos – especialmente entre aqueles com mais de 60 anos – que nunca contraíram Covid tiveram uma resposta imunológica mais baixa a uma única dose de vacina do que aqueles que foram infectados com o vírus antes.
As respostas dos anticorpos a duas doses da vacina Pfizer-BioNTech foram altas em todas as faixas etárias, mostraram os dados, o que significa que os adultos mais velhos foram capazes de atingir níveis de anticorpos semelhantes aos daqueles que receberam uma dose da vacina após a infecção anterior de Covid.
Poucas pessoas receberam duas doses da vacina Oxford-AstraZeneca no Reino Unido para que os pesquisadores avaliassem seu impacto na resposta de anticorpos. No entanto, foi observado que as respostas imunológicas a uma primeira dose diferiram entre a vacina Oxford-AstraZeneca e a Pfizer-BioNTech.
Os níveis de anticorpos aumentaram mais lentamente após uma única dose da vacina Oxford-AstraZeneca do que a alternativa Pfizer-BioNTech – no entanto, os níveis de anticorpos caíram mais rapidamente após uma dose desta última, particularmente em adultos mais velhos, de modo que os pacientes alcançaram níveis semelhantes de anticorpos contra aqueles vistos após uma primeira injeção da vacina Oxford-AstraZeneca.
A vacina Oxford-AstraZeneca foi aprovada para uso no Reino Unido, Índia e vários outros países, mas enfrentou suspensões temporárias em alguns mercados devido a preocupações de que poderia estar ligada a raros coágulos sanguíneos . Autoridades de saúde globais disseram que os benefícios da administração da vacina continuam a superar os riscos.
A OMS recomenda um intervalo de oito a 12 semanas entre a primeira e a segunda dose da vacina Oxford-AstraZeneca. A vacina Pfizer-BioNTech também está sendo administrada em vários países, incluindo os Estados Unidos. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos recomendam o recebimento de uma segunda dose da vacina três semanas após a primeira.
Em fevereiro, o Reino Unido lançou um ensaio para investigar se a mistura de doses das vacinas Oxford-AstraZeneca e Pfizer-BioNTech poderia ser eficaz.
General Paulo Sérgio Nogueira defendeu 'fidelidade aos princípios basilares da hierarquia e da disciplina, sob a estrita observância da ordem constitucional'
Com CNN Brasil
O novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, defendeu que a força armada que comanda seja um "vigoroso vetor de estabilidade e de garantia da ordem e da paz social", em sua primeira mensagem após assumir o cargo que foi veiculada pelas redes sociais nesta sexta-feira (23)
"Fiéis aos princípios basilares da hierarquia e da disciplina, e sob a estrita observância da ordem constitucional vigente, devemos continuar a representar vigoroso vetor de estabilidade e de garantia da ordem e da paz social", disse Oliveira.
No vídeo de sete minutos, o novo chefe do Exército disse ter assumido o posto após 47 anos de serviços prestados e fez um agradecimento direto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem destacou como "comandante supremo das Forças Armadas".
"Quero inicialmente agradecer ao senhor presidente Jair Bolsonaro, comandante supremo das Forças Armadas, a confiança depositada neste soldado ao nomear-me para o comando do Exército brasileiro, bem como ao senhor ministro da Defesa, general Braga Netto, pela indicação de meu nome para tão nobre missão", ressaltou.
Na maior troca da cúpula militar já ocorrida desde a ditadura no país, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Ele cobrava uma atuação mais alinhada das três armas com o governo federal, em especial do ex-comandante do Exército Edson Pujol.
Na fala, Oliveira citou as ações do Exército na pandemia da Covid-19, como o "apoio irrestrito" à vacinação, dizendo que a força terrestre "não parou". "O Exército esteve e sempre estará junto ao povo brasileiro, do qual constitui o seu braço forte na defesa da pátria", exaltou.
As declarações de Oliveira ocorrem poucos dias antes da instalação da CPI da Covid, no Senado, que terá como um dos principais alvos a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia, incluindo o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que é general do Exército.
O comandante do Exército finalizou sua mensagem destacando a linha de atuação que a força deve seguir. "Que todos nós, integrantes do Exército de Caxias, instituição que desfruta dos mais altos índices de credibilidade junto ao povo brasileiro, possamos servir, pelo exemplo, de inspiração para aqueles que almejam um futuro de paz, justiça, liberdade e progresso para o nosso amado Brasil", afirmou.
Fidelyx ficou conhecido por seu projeto de 'aerotrem' como meio de transporte público
Com Agências
Morreu na noite desta sexta-feira (23) o político Levy Fidelix, fundador e presidente do PRTB, famoso por defender em suas campanhas eleitorais a criação do aerotrem, uma espécie de trem-bala. Ele estava internado com Covid-19 em um hospital de São Paulo desde março, e morreu por complicações da doença.
A informação foi primeiramente confirmada pelo prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), em seu Instagram. “Que Deus conforte toda a família desse grande líder nacional”, disse. E na sequência confirmada pelo Twitter do próprio Levy Fidelix, na madrugada deste sábado (24).
Empresário, jornalista e publicitário, Levy Fidelix foi diversas vezes candidato a cargos políticos no estado e na prefeitura de São Paulo, além de duas vezes candidato à presidência da República, em 2010 e 2014, e não foi eleito em nenhum dos pleitos que disputou.
Em 2018, foi pré-candidato à presidência, mas desistiu da candidatura ao fechar um acordo com o general Hamilton Mourão, também do PRTB, que disputaria a vice na chapa de Jair Bolsonaro (sem partido).
A reunião extraordinária tem como objetivo avaliar pedidos de importação da vacina russa contra covid-19 Sputnik V feita por Estados e municípios
Com Estadão
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) marcou para as 18h de segunda-feira uma reunião extraordinária com o objetivo de avaliar pedidos de importação da vacina russa contra covid-19 Sputnik V feita por Estados e municípios.
"A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido pela lei, e confirmado pelo STF, para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro", informou o órgão regulador.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), já concedeu liminar a diversos Estados para determinar que a Anvisa decidisse em até 30 dias sobre uma autorização excepcional para importação da vacina russa sob pena de liberar seu uso.
Entretanto, nesta semana, a agência chegou a pedir a suspensão deste prazo ao Supremo sob a alegação --lastreada em laudos produzidos pela sua área técnica-- de que havia “pontos críticos” referentes à demonstração de eficácia e segurança da Sputnik V.
Em meio ao atraso na vacinação no país, governadores trabalham para ampliar a oferta de imunizantes contra Covid-19.
Na próxima terça-feira a Anvisa fará outra reunião, às 15h, para apreciar o pedido de uso emergencial da combinação dos medicamentos biológicos banlanivimabe e etesevimabe, do laboratório Eli Lilly do Brasil Ltda, no tratamento de Covid-19.
Segundo a Anvisa, haverá ainda na quinta-feira, às 10h, uma reunião em que discutirá assuntos relacionados à área de regulação do órgão. Não foi informado, de antemão, quais seriam.
Bolsonaro atacou o instituto ao convidar o ministro Marcos Pontes para falar sobre uma vacina totalmente produzida no País por pesquisadores de Ribeirão Preto
Com Estadão
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou a nova vacina contra covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan de "mandrake". A entidade, que é ligada ao governo de São Paulo e já desenvolveu a Coronavac em parceria com o laboratório chinês Sinovac, trabalha agora para criar um imunizante brasileiro, a Butanvac.
Bolsonaro atacou o instituto ao convidar o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, para falar sobre uma vacina totalmente produzida no País por pesquisadores de Ribeirão Preto. "Essa é 100% brasileira, não é? Essa não é aquela 'mandrake' de São Paulo não, né? Essa é 100% brasileira. Como ela está? Qual o nome dela?", provocou o presidente, nesta quinta-feira, 22, durante transmissão ao vivo para as redes sociais.
Os estudos estão sendo feitos na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, em parceria com as empresas Farmacore Biotecnologia e PDS Biotechnology Corporation. Segundo Marcos Pontes, a previsão é disponibilizar a nova vacina até o fim do ano.
O anúncio da solicitação de testes de fases 1 e 2 desse imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi feito em março. Na ocasião, Pontes divulgou a iniciativa horas depois de o Butantan anunciar que estuda uma vacina totalmente nacional, a Butanvac.
O instituto também é responsável pelo desenvolvimento da Coronavac, em parceria com a fabricante Sinovac, da China. Essa vacina é o principal imunizante à disposição dos brasileiros, hoje, representando mais de 80% das doses já aplicadas, segundo dados do próprio governo.
A tecnologia da Butanvac, apresentada pelo Instituto Butantan como sendo 100% nacional, foi desenvolvida no ano passado por pesquisadores do Instituto Mount Sinai, de Nova York. Em nota posterior, o Butantan reconheceu que "firmou parceria e tem a licença de uso e exploração de parte da tecnologia, que foi desenvolvida pela Icahn School of Medicine do Hospital Mount Sinai de Nova Iorque, para obter o vírus".
Presidente volta a criticar lockdown
Na transmissão desta quinta-feira, 22, o presidente voltou a criticar medidas duras de isolamento social, recomendada por autoridades sanitárias para conter a disseminação do novo coronavírus. "Passou um ano e continuam fazendo lockdown como se fosse remédio para acabar com o vírus. Na verdade, está empobrecendo cada vez mais nossa população", disse.
Ao falar sobre covid-19, o presidente defendeu, mais uma vez, o uso de medicamento sem eficácia comprovada contra a doença. "Por que não se pode falar em remédio, meu Deus do céu? Ano passado eu falei em remédio e fui massacrado. Eu tomei um negócio no ano passado (hidroxicloroquina). Se eu tiver problema de novo, vou tomar. Não faz mal", afirmou.