No mesmo dia em que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou a portaria que estabelece o fim do estado de emergência instaurado devido à pandemia da Covid-19, governadores do Nordeste se manifestaram contra a medida. A portaria terá validade depois de 30 dias da assinatura.
Com Agências
Governadores do Nordeste se manifestaram contra o fim do estado de emergência instaurado para conter a pandemia de covid-19. Portaria que reduz o status da doença no país foi assinada na 6ª feira (22.abr.2022) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Com o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) da covid-19, autorizações emergenciais concedidas a vacinas e remédios contra a doença, como a CoronaVac, e até compras públicas podem ser afetadas.
Normas municipais e estaduais atreladas ao estado de emergência, como contratações temporárias de profissionais, ampliação de serviços e aquisição de insumos, também precisarão ser revistas.
Foi estabelecido o prazo de 30 dias para as administrações se adequarem.
O Consórcio do Nordeste –autarquia formada por todos os Estados da região– emitiu um documento com críticas à medida. Eles consideram a “flexibilização exagerada” e classificam a mudança no status da covid como precipitada e equivocada. Eis a íntegra (1 MB) do boletim com data de 4ª feira (20.abr).
“Evidências científicas mostram que ainda é prematuro considerar que a pandemia acabou”, avalia o consórcio. “No dia 13 de abril, ou seja, há apenas 2 semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que a pandemia da Covid-19 continua a ser uma ‘Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional’ (…). Isto significa que o vírus da Covid-19 continua circulando no mundo, e que poderá ocorrer o surgimento de novas variantes de preocupação, provocando novas ondas da doença”, alerta o documento.
A autarquia cita que o Brasil ainda registra mais de 14.000 novos casos de covid e mais de 100 mortes por dia. E conclui que “o relaxamento exagerado das medidas de contenção da Covid-19 no momento é prematuro, pois poderá dar à população uma falsa sensação de segurança, que poderá resultar em novos casos e mortes evitáveis”.
Sobre a dispensa do uso de máscaras em ambientes fechados (adotada por vários Estados), o Consórcio avalia como “uma medida precipitada, desnecessária e equivocada”.
Em nota, o partido disse que "razões administrativas e financeiras" levaram a sigla a interromper a contratação da produtora MPB Estratégia e Criação, agência de Fonseca e com isso esvazia poder de Franklin Martins
Com Correio Braziliense
O Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou na quinta-feira, 21, que o marqueteiro Augusto Fonseca vai deixar comando da comunicação da campanha do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto. O publicitário Sidônio Palmeira é o nome mais cotado para o posto e já foi até sondado por dirigentes petistas.
Em nota, o partido disse que "razões administrativas e financeiras" levaram a sigla a interromper a contratação da produtora MPB Estratégia e Criação, agência de Fonseca.
"A MPB foi selecionada, dentre outras conceituadas agências, pela alta qualidade da proposta apresentada, além de sua comprovada experiência em campanhas políticas vitoriosas. No entanto, não foi possível compatibilizar a proposta orçamentária com o planejamento dos recursos partidários", afirmou a legenda.
Briga
Uma disputa pelo comando da comunicação no partido colocou a permanência de Fonseca em xeque. Nos últimos dias, as divergências no comitê de Lula aumentaram, com troca de acusações entre o coordenador de Comunicação da campanha, Franklin Martins (foto), e o secretário Jilmar Tatto.
A propaganda partidária na TV foi considerada despolitizada por aliados de Tatto. Na quarta-feira, mais cedo, Fonseca havia dito que as acusações de que os comerciais do PT exibiram um Lula "protocolar" eram "conversa mole".
"O fogo amigo atingiu o ápice e estamos vivos", afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo, antes de ser anunciada a sua dispensa.
A troca de marqueteiro representa uma derrota de Franklin, que bancou o nome de Fonseca.
Tatto, por sua vez, cobrava a saída de Fonseca.
A cúpula petista alegava que o orçamento de R$ 45 milhões, apresentado pelo marqueteiro, estava muito além da capacidade financeira do partido.
Novos ensaios clínicos do tratamento mostram eficácia de 85% contra hospitalizações
Com Agências
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, na noite de 5ª feira (21.abr), o uso do medicamento Paxlovid para o tratamento de casos leves e moderados de covid-19, mas com maior risco de hospitalização. Produzido pela farmacêutica Pfizer, o antiviral foi classificado como a melhor escolha terapêutica, até o momento, para pacientes de alto risco.
De acordo com a OMS, a recomendação do medicamento é baseada em novos dados de dois ensaios clínicos envolvendo 3.078 pacientes maiores de 18 anos. Os resultados mostraram que o risco de hospitalização para casos leves foi reduzido em 85% após o tratamento, assim como descrito por estudos anteriores.
"O Paxlovid reduz mais o número de hospitalizações do que as alternativas, tem menos riscos potenciais do que o antiviral molnupiravir e é mais fácil de administrar do que as opções intravenosas, como remdesivir ou tratamentos com anticorpos", explicou a organização.
O tratamento, que consiste na administração combinada dos comprimidos nirmatrelvir + ritonavir, foi aprovado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim de março. O remédio é indicado para maiores de 18 anos, que ainda não estejam necessitando de oxigênio suplementar e em pacientes com riscos de possível agravamento da doença.
O exercício moderado a vigoroso melhora o sono, reduz a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, diabetes e combate a ansiedade e a depressão
Da Revista IstoÉ
Levante-se e se movimente – mesmo pequenas doses de atividade física, como uma caminhada rápida, podem reduzir substancialmente o risco de depressão, de acordo com uma nova análise de dados.
Os níveis recomendados de exercício nos Estados Unidos, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, incluem atividade aeróbica em níveis moderados (como uma caminhada rápida) por 2 horas e meia por semana, juntamente com um treino de todos os principais grupos musculares duas vezes por semana.
“A maioria dos benefícios é percebida ao passar de nenhuma atividade para pelo menos alguma”, escreveram os autores do estudo.
Alternativamente, uma pessoa pode escolher um exercício aeróbico vigoroso, como correr, por uma hora e 25 minutos por semana, juntamente com a mesma quantidade de treinamento de força.
O exercício moderado a vigoroso é bom para nós, de acordo com o CDC. Melhora o sono, reduz a pressão arterial, protege contra doenças cardíacas, diabetes e câncer, reduz o estresse, melhora o humor e combate a ansiedade e a depressão.
Mas no mundo agitado de hoje, muitas pessoas acham difícil encaixar uma corrida ou uma visita à academia. Adicione depressão à mistura e a motivação para o exercício cai ainda mais, dizem os especialistas.
Cada passo ajuda
A meta-análise, publicada na quarta-feira (13) na revista ‘JAMA Psychiatry’, analisou 15 estudos envolvendo mais de 190.000 pessoas para determinar quanto exercício era necessário para reduzir a depressão.
Adultos que fizeram atividades equivalentes a uma hora e 25 minutos de caminhada rápida por semana tiveram um risco 18% menor de depressão em comparação com aqueles que não se exercitavam, segundo o estudo.
Subir para um “volume de atividade equivalente a 2 horas e meia de caminhada rápida por semana foi associado a um risco 25% menor de depressão”, disseram os autores do estudo.
Os benefícios foram mais fortes quando uma pessoa deixou de ser uma batata de sofá para adicionar movimento ao dia, disse o estudo. No entanto, o exercício acima dos níveis recomendados não forneceu nenhum benefício adicional.
“Nossas descobertas, portanto, têm novas implicações importantes para os profissionais de saúde que fazem recomendações de estilo de vida, especialmente para indivíduos inativos que podem perceber o objetivo atual recomendado (de exercício) como irreal”, escreveram os autores.
Pesquisa anterior
Um estudo publicado em 2018 encontrou resultados semelhantes: pessoas que se exercitavam tinham cerca de 43% menos dias de problemas de saúde mental.
“Mesmo caminhar apenas três vezes por semana parece dar às pessoas uma saúde mental melhor do que não se exercitar”, disse o autor do estudo Adam Chekroud, professor adjunto assistente de psiquiatria da Universidade de Yale.
Exercitar-se em sessões de 45 minutos de três a cinco vezes por semana foi o mais benéfico para melhorar a saúde mental, segundo o estudo de 2018. No entanto, mesmo fazer tarefas domésticas reduziu os dias de saúde mental em cerca de 10%, segundo o estudo.
Um estudo publicado em 2020 descobriu que mesmo exercícios leves ajudavam a proteger as crianças contra o desenvolvimento de depressão. O estudo de 2020 revelou que 60 minutos de movimento simples por dia aos 12 anos estavam ligados a uma redução média de 10% na depressão aos 18 anos.
Os tipos de movimento incluíam corrida, ciclismo e caminhada, além de atividades como fazer tarefas domésticas, pintar ou tocar um instrumento.
Prazo de entrega da declaração de microempreendedor também foi adiado
Por Wellton Máximo - Brasília
O atraso na liberação do sistema e a falta de uma fonte de compensação fizeram o governo adiar o prazo de adesão ao parcelamento especial de negócios inscritos no Simples Nacional. A data, que acabaria no fim de abril, passou para 31 de maio.
A decisão foi anunciada hoje (20) pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. Esse é o terceiro adiamento. Originalmente, o prazo para aderir ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp) acabaria no fim de janeiro. A data foi transferida para o fim de março e, mais tarde, para 30 de abril.
O Comitê Gestor também adiou, para 31 de maio, o prazo de regularização das dívidas que impedem as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais a entrarem no Simples Nacional. A entrega da Declaração Anual do Microempreendedor Individual (DASN-Simei), que iria até o fim de maio, foi prorrogada para 30 de junho.
Sistema
Em nota, o Comitê Gestor do Simples informou que o adiamento foi necessário porque o governo ainda não encontrou uma fonte para compensar a perda de arrecadação com o parcelamento especial, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Enquanto o problema não é resolvido, a Receita Federal não pode lançar o sistema que permite a adesão dos devedores.
“O adiamento da adesão ao Relp se tornou necessário para adequação do calendário, até que seja definida a sua fonte de compensação, conforme exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A Receita Federal já está com tudo pronto para dar operacionalidade ao parcelamento”, informou o órgão.
Por meio do Relp, as micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais afetados pela pandemia de covid-19 podem renegociar dívidas em até 15 anos. O parcelamento prevê descontos de até 90% nas multas e nos juros de mora e de até 100% dos encargos legais. Também haverá um desconto na parcela de entrada proporcional à perda de faturamento de março a dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Quem foi mais afetado pagará menos.
Vetada pelo presidente Jair Bolsonaro no início do ano, a renegociação especial de débitos com o Simples Nacional foi restabelecida pelo Congresso, que derrubou o veto no início de março. Alguns dias depois, o Diário Oficial da União publicou a lei complementar que estabeleceu o Relp.