Por Edson Rodrigues

 

Agindo do alto de sua experiência política e inteligência pessoa, assim que foi empossado definitivamente como governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa tratou de formatar seu grupo político, iniciando com a maioria dos deputados estaduais, resgatou o ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que vinha gastando sola de sapato na tentativa de lançar seu próprio nome ao governo, e garantiu seu “território” na terceira maior economia e no terceiro maior colégio eleitoral do Estado.

 

Wanderlei também trouxe vários partidos para o seu lado, de médios a nanicos, mas que têm nominatas com bom potencial de votos, com chances de eleger, no mínimo, um representante para o parlamento estadual.

 

Em paralelo, o governador resgatou uma série de conquistas trabalhistas dos servidores estaduais, pagando promoções e progressões, ganhando a simpatia e a boa vontade da maioria, com quem vem mantendo um ótimo relacionamento, assim como os prestadores de serviço e fornecedores.

 

RECURSOS EM CAIXA

Paralelamente a essas ações, Wanderlei recebeu a máquina administrativa com recursos em caixa e diversas obras importantes iniciadas, o que facilitou para que ele conseguisse mais 300 milhões de reais junto ao Banco do Brasil, que permitiram a continuidade das obras importantes, como hospitais e da nova ponte sobre o Rio Tocantins e da oxigenação financeira aos 139 municípios, além de iniciar uma recuperação da malha viária estadual com frentes de serviço em todas as regiões, mantendo o seu nome e o do governo do Estado em evidência positiva.

 

Ao mesmo tempo, Wanderlei fez o repasse das emendas impositivas dos deputados estaduais, com quem, aliás, conta com a maioria absoluta em sua base de apoio, sendo que essa maioria migrou para o Republicanos, partido presidido pelo próprio Wanderlei no Tocantins.

 

O governador, agora, prepara seu grupo político para as convenções partidárias, consciente de que o jogo será jogado dentro das quatro linhas e de que ele e o maior favorito a uma das vagas no segundo turno na disputa pelo governo do Estado, mas que todo cuidado é pouco e quem errar menos, pode levar essa eleição.

 

Posted On Segunda, 25 Julho 2022 05:14 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

A chegada do senador Irajá Abreu para ser coordenador da campanha do deputado federal Osires Damaso ao governo do Estado foi um ganho imenso para as pretensões de Damaso, que vinha com um trabalho de formiguinha na divulgação e nos trabalhos da sua pré-candidatura e, agora, tem um grupo político que já chega com a nominata pronta.

 

O problema é que Damaso, até então, não tinha um candidato a vice-governador e, agora, mesmo com Irajá Abreu no seu time, continua sem esse nome que tem a obrigação de vir somando potencial de votos para o grupo, a ponto de torna-lo competitivo e com chances de chegar ao segundo turno.

 

O Observatório Político de O Paralelo 13, em conversa reservada com um membro da cúpula do grupo de Osires Damaso, nos foi revelado que, nos próximos dias seus membros estarão se reunindo para debater e decidir a importância de ter – ou não – a senadora Kátia Abreu e de seus apoiadores, lutando pela eleição de Damaso ao governo.  Segundo essa fonte, a princípio, o entendimento é que não se justificaria a presença de Irajá em um palanque e a de Kátia em outro, um posicionamento que poderia levantar dúvidas junto ao eleitorado sobre as reais intenções do clã dos Abreu. Por outro lado, os dois senadores Abreu juntos, significam mais fundo partidários e mais tempo no Horário Eleitoral Obrigatório, sem contar a militância.

 

DESAFIOS NO CAMINHO

O grupo político de Osires Damaso sabe que, neste primeiro turno, seu adversário real será o ex-prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, cuja pré-candidatura foi a primeira a ser assumida, logo, está há mais tempo na mente do eleitorado, é um político mais conhecido no Estado, e tem um “gigante” na coordenação da sua campanha.

 

Com esse “alvo” definido, o grupo político de Damaso sabe que precisa, junto com sua equipe de técnicos e profissionais de marketing e comunicação, formatar sua campanha de forma que consiga antecipar os movimentos de Dimas – o que é um desafio considerável, levando-se em conta a presença de Eduardo Gomes na coordenação – ao mesmo tempo em que formata um plano de governo palpável e condizente com as condições econômicas do Estado e com as principais demandas da população.

 

Damaso e Irajá sabem que o desafio será grande e chegar ao segundo turno, em outubro, uma tarefa hercúlea, a se manter as mesmas peças postas no tabuleiro sucessório.

 

O negócio é trabalhar até o sol raiar!

 

Posted On Segunda, 25 Julho 2022 05:11 Escrito por

Por Edson Rodrigues

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 faz, nesta oportunidade, uma análise política totalmente isenta, independente e sem quere agradar ou desagradar ninguém, como sempre foi no passado, é no presente e, certamente, o será no futuro, sempre respeitando as instituições e autoridades e, acima de tudo, os nossos leitores.  Por isso, começamos afirmando que a grande dificuldade de união das oposições ao Palácio Araguaia, é que “sem amor, não há casamento”.  E a “falta de amor” está mais latente que nunca nestas eleições.

 

RONALDO DIMAS

Senador Eduardo Gomes (em pé) e o candidato Ronaldo Dimas

 

Neste último dia 22 de julho, o coordenador político da candidatura de Ronaldo Dimas, senador Eduardo Gomes, esteve reunido, na presença de Dimas, com os candidatos a deputado federal e estadual do seu grupo político, com as presenças do ex-governador Marcelo Miranda, presidente estadual do MDB e candidato a deputado estadual, além dos deputados federais Tiago Dimas e Eli Borges e da ex-prefeita de Palmas, Nilmar Ruiz.

 

Gomes fez uma explanação sobre a estratégias do grupo político a serem aplicadas nas convenções dos partidos que o compõem o grupo político – PL e Podemos – e deixou muito suspense no ar, ao afirmar que muitas novidades – e partidos – estarão compondo com eles na caminhada eleitoral para dois de outubro.

 

O coordenador da campanha salientou a todos a necessidade de manter os trabalhos em um tom respeitoso e ético, como ele próprio fez, abrindo a chance de palavra a todos os presentes na reunião.  Na ocasião, o advogado Dr. Manzano e sua banca fizeram uma apresentação das atividades a serem desenvolvidas por sua equipe, em assessoramento a todos os candidatos – majoritários e proporcionais – do grupo.

 

FREIRE JR.

Eduardo Gomes, que se afastou do Senado para se dedicar exclusivamente à coordenação da campanha de Dimas, já se encontrou com a senadora Kátia Abreu, com o deputado federal e pré-candidato ao governo, Osires Damaso e com o senador Irajá Abreu, para tentar formalizar um pacto político, ou para já ou para o segundo turno.  Nesses encontros, Gomes estava acompanhado de Ronaldo Dimas e do prefeito de Araguaína, Wagner Rodrigues.

 

Eis que surge, então, a indicação do nome do ex-deputado federal, Freire Jr., como o candidato a vice-governador, com a aprovação do presidente do MDB estadual, Marcelo Miranda.  Isso bastou para provocar um racha no MDB.

 

Derval de Paiva, historicamente um dos cabeças do MDB do Tocantins, somou sua voz com a do ex-prefeito de Palmas, Raul Filho, foram para a mídia afirmar que a indicação de Freire Jr. Para vice-governador de Dimas é uma opção pessoal de Marcelo Miranda.

 

Por sua vez, o único deputado estadual do MDB, Elenil da Penha, se declarou fora desse entendimento.

 

Outros emedebistas, também da cúpula estadual, afirmaram, em anonimato, que Freire Jr. é um “soldado de pijama”, que nem mora no Tocantins e foi derrotado inúmeras vezes para deputado federal estadual e prefeito de Palmas.

 

Eles só esquecem que Freire Jr. também tem várias vitórias eleitorais e aceitou essa missão, de ser vice-governador de Ronaldo Dimas para somar forças à candidatura do ex-prefeito de Araguaína e elevar o nível do grupo político.

 

KÁTIA ABREU

Além de tudo isso, o ex-governador Marcelo Miranda, em conversa com o nosso Observatório Político, foi taxativo em afirmar que, caso o grupo de Ronaldo Dimas feche qualquer acordo com a senadora Kátia Abreu, ele está fora de qualquer possibilidade de fazer parte do mesmo grupo.

 

Dando uma olhada no retrovisor da história política do Tocantins, vemos cenas como a senadora Kátia Abreu se elegendo, por duas vezes, fazendo “dobradinha” e subindo no mesmo palanque que Marcelo Miranda. Observando ainda mais de perto, lembramos de Kátia Abreu conseguindo, junto à executiva nacional do MDB, uma intervenção no diretório estadual, presidido, então, pelo saudoso Jr. Coimbra, que pretendia se coligar com a União do Tocantins, do ex-governador Siqueira Campos.  Pois foi Kátia Abreu quem convenceu o comando do MDB a dar a legenda para Marcelo Miranda ser candidato, em uma eleição que ele venceu, com a própria Kátia sendo eleita senadora.

 

Se não houver uma recuperação desse passado de convivência amistosa, a ponto de promover a união das oposições – ou da oposição – ficará muito difícil para o senador Eduardo Gomes ter êxito para levar a chapa que coordena, encabeçada por Ronaldo Dimas, ao segundo turno das eleições de outubro próximo.

 

Vale lembrar que ficar de fora do segundo turno nas eleições deste ano, para quem quer que seja, significa pegar o caminho rumo ao “cemitério político” para todo o grupo político, não só para a chapa majoritária.

 

Sabedor disso, o senador Eduardo Gomes deve intensificar os trabalhos para a formação de uma chapa competitiva o bastante para ´não apenas chegar ao segundo turno, mas para dar respaldo suficiente para a eleição do seu candidato ao governo, Ronaldo Dimas.

 

EDUARDO GOMES

Não adianta tentar “tapar o sol com a peneira”.  A maior liderança política do Tocantins, na atualidade, é o senador Eduardo Gomes, o mais votado no pleito em que saiu vitorioso, líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, parlamentar que mais enviou recursos federais ao governo do Estado e à maioria dos municípios tocantinenses. É esse Eduardo Gomes que, recentemente, pediu afastamento das suas funções no Senado para coordenar a campanha ao governo de Ronaldo Dimas e as chapas majoritária e proporcional que o acompanharão nessa jornada.

 

Essa atitude de Eduardo Gomes, demonstra que ele acredita na capacidade de Dimas e dos demais componentes das chapas majoritária e proporcional, em fazer o melhor trabalho pelo Tocantins e por seu povo. E é essa confiança de Gomes no seu grupo político que estremece a confiança das demais candidaturas ao governo, principalmente a do grupo palaciano, pois Gomes é reconhecido por sua ampla capacidade de traçar estratégias e de fazer articulações que ninguém julgaria possíveis de serem feitas.

 

O senador já realizou a primeira de várias reuniões colocando Dimas frente a frente com os candidatos proporcionais e grande parte dos seus aliados, num esforço milimetricamente planejado para eliminar as picuinhas e promover uma união sólida e definitiva, pois Gomes sabe que nem mesmo sua inteligência política nem seu trânsito livre em todas as camadas dos Três Poderes e nos demais grupos que pleiteiam o governo do Estado, de nada adiantarão se o seu próprio grupo não estiver 100% unido nesta campanha.

 

Eduardo já mostrou para Dimas que precisa do seu empenho máximo, assim como dos seus aliados de Araguaína e de toda a Região Norte do Estado, pois não há “varinha mágica” em eleição.

 

Sem a união, efetiva, de todos, todos estarão derrotados em dois de outubro.

 

Posted On Segunda, 25 Julho 2022 05:00 Escrito por

Partido também chancelou o nome do general da reserva Walter Braga Netto como candidato a vice na chapa

Bolsonaro joga para a base e radicaliza discurso em convenção nacional, dizem cientistas políticos

 

Por Elisa Martins

O PL oficializou neste domingo, 24, a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. Também foi chancelado o nome do general da reserva Walter Braga Netto como candidato a vice na chapa.

 

O anúncio foi feito no momento em que Bolsonaro chegou ao palco do ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, onde ocorreu a convenção do partido para o lançamento oficial da campanha eleitoral.

 

O presidente marcou presença no evento acompanhado de sua esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 

Ao flar sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e convocar apoiadores para protestos no dia 7 de setembro, no discurso da convenção nacional do PL, neste domingo no Maracanãzinho, no Rio, o presidente Jair Bolsonaro seguiu o script dos últimos meses e jogou para a base de seu eleitorado. Segundo o cientista político Carlos Melo, do Insper, em São Paulo, embora Bolsonaro tenha deixado mais implícita desta vez a polêmica das urnas eletrônicas, o presidente escalou o grau de radicalidade ao associar povo a Exército e convocar população às ruas "pela última vez".

 

— Mais uma vez, o presidente falou só com seus eleitores. Foi um discurso para a base, que gosta de ouvir termos como "o Exército é o povo", ou formulações que inferiorizam o Supremo. Mesmo havendo ali uma intenção de acenar para os jovens ou para as mulheres, com (a primeira-dama) Michelle, ele jogou para o próprio público. Bolsonaro foi Bolsonaro — opina o cientista político Carlos Melo, professor do Insper, em São Paulo.

 

Para Melo, Bolsonaro seguiu "o script". Criticou adversários, como o ex-presidente Lula, e o STF, cujos ministros chamou de "surdos de capa preta".

— Ele diminui o STF e diz que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Poder Legislativo. Mas o Executivo não faz as leis. É mais uma provocação, pelo histórico de problemas com o Supremo. E no discurso ele aguça esse conflito — diz o cientista político.

 

Porém, os maiores pontos de alerta do discurso de Bolsonaro são os que ganharam tom de ambiguidade, segundo Melo:

— Quando ele chama o (general Walter) Braga Netto (que deve ser vice na chapa com Bolsonaro) e diz: "Esse é nosso Exército" ele até tem certo cuidado de não repetir uma formulação que usa com frequência, de se referir às "minhas Forças Armadas". Ele desloca a menção ao Exército para "o povo". Mas é importante lembrar que esse povo a quem ele se refere se armou fortemente nos últimos quatro anos. Literalmente. Fica uma interpretação dúbia e perigosa. "O povo é nosso Exército" quer dizer "deixamos as Forças Armadas onde devem ficar", como uma instituição do Estado, ou a referência é a um povo tão armado quanto um Exército?

 

Outro momento de radicalização foi, segundo Melo, quando Bolsonaro convocou seus apoiadores a protestarem no 7 de setembro, dia da Independência.

 

— Mais uma vez foi ambíguo. Dizer aos eleitores "vamos às ruas pela última vez" quer dizer o quê? Que é o último 7 de setembro do mandato? É reconhecer que outro pode ganhar? Ou é ir às ruas de uma vez por todas? Mais uma vez pode ser uma convocação a algum tipo de ação extrema, o que seria muito grave — afirma Melo. — É parecido a quando (o ex-presidente americano Donald) Trump chamou os apoiadores a marcharem até o Capitólio. Depois ele disse que não incentivou.

 

O cientista político lembra ainda que o fato de jogar apenas para o próprio eleitorado pode gerar um problema para Bolsonaro em outubro:

 

— Para ganhar essas eleições, Bolsonaro vai ter que ampliar seu público, falar com a nação, e não só com quem já é seu eleitor. Mas, no discurso dessa convenção, não há nada que permita concluir que ele está nesse caminho. O que ele faz é consolidar o próprio eleitorado, e isso será insuficiente no pleito deste ano — diz o cientista político.

 

A socióloga e professora de opinião pública na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) Jacqueline Quaresemin avalia que, apesar da tentativa da campanha, o discurso de Bolsonaro não irá atrair o eleitorado feminino. A primeira-dama Michelle Bolsonaro chegou a discursar no evento deste domingo, que tocou diversas vezes a música "Mulher Brasileira" com a perspectiva de melhor a aprovação de Bolsonaro entre mulheres.

 

— É uma imagem forte dos dois junto (Michelle e Bolsonaro), passa a imagem da família. Mas se olhar todas as pesquisas, ele já cristalizou a rejeição feminina.

 

Segundo a socióloga, Bolsonaro discursou para inflamar a base. Quaresemin avalia que a tendência é que ele siga nesse discurso até o 7 de setembro. Ela diz que o presidente poderá usar a data em que convocou manifestações para testar a radicalização do seu eleitorado.

 

— A característica do presidente não aceitaria um discurso moderado. O ponto mais crítico é essa provocação para o 7 de setembro. Essa convocação não tem uma proposta patriótica, mas de testar uma estratégia para radicalizar no dia da eleição ou depois.

 

Quaresemin aponta que Bolsonaro usa termos amplos —como ao convocar a população às ruas "pela última vez"—, permitindo interpretações diferentes e possibilitando que ele possa "desfazer" a declaração em caso de “pegar mal” ou não ter engajamento nas redes. Mas diz que a fala para atrair apoiadores ao 7 de setembro remete a discursos de líderes autoritários.

 

Posted On Segunda, 25 Julho 2022 04:57 Escrito por

Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a segurança das urnas eleitorais é indiscutível, e se tornou um dogma sua violação. A birra entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) com TSE, vem de muito tempo e tem gerado tensão desconfiança e insegurança.

Bravatas e soberbas das partes tem demonstrado a não existência de harmonia entre os poderes. É nítido o ativismo do STF e representa risco, assim como a desconfiança do presidente ao sistema de votação e apuração das eleições.

 

Por Antonio Coelho de Carvalho

 

Começando pelo começo, em 2015, Câmara dos Deputados aprovou por 433 votos a favor e 7 contra, a uma PEC (Projeto de Emenda Constitucional ) de autoria do então deputado federal  Jair Bolsonaro, que previa a impressão do voto, que seria depositado em um recipiente acoplado a urna eleitoral.  Apos aprovado também no Senado foi a sanção da então presidenta Dilma Russef (PT), que prontamente vetou o projeto do voto impresso. Posteriormente, o Congresso Nacional decidiu derrubar o veto de Dilma. Com 368 votos de deputados e 56 de senadores, foi derrubado o veto da então presidente Dilma, contrariada ela e seu partido viram a publicação no Diário Oficial da União, e justamente bem ai que começa a enrolação. Como alguém bem disse que é mais fácil enganar uma multidão do que um só homem, começa as duvidas.

 

Como alegria de pobre dura pouco, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou inconstitucional a impressão do voto eletrônico. Bem aqui, cabe a pergunta? Depois de votado aprovado chancelado, carimbado e publicado pela Casa de Lei dos representantes do povo, é inconstitucional uma (PEC) Projeto de Emenda Constitucional tramitada debatida e aprovada por maioria absoluta? Para os ministros do STF a PEC foi declarada inconstitucional por colocar em risco o sigilo e a liberdade do voto. O deputado Jair Bolsonaro, há muito já estava com contrariado com a não aplicação do resultado do referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, onde no final  59 109 265 votos respondendo "não" (63,94%) para a proibição de vendas de armas de fogo. Novamente contrariando a maioria da população dessa vez diretamente, em alguns acenderá um sinal de alerta, desconfiança sobre a aplicação da soberania popular.

 

Eleito presidente da Republica com votação expressiva,  Bolsonaro tem nesses temas uma relação de paixão mal resolvida, não deixou de lado. No ano passado partidos adversários da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), (outra proposta do voto impresso) cinco partidos (MDB, PSD, PL, Patriota e PV)  trocaram integrantes da mais importante Comissão da Câmara dos Deputados,  com o claro intuito de barrar o voto impresso. Outros partidos, PSDB, Republicanos, PSL, Cidadania, PP e Avante, fizerem reuniões para fazer as alterações, na composição da comissão, necessárias até assegurar maioria para derrubar a proposta. O PT e a Rede já tinham se declarado contra a PEC. Há época a presidente da CCJ deputada Bia Kicis (PSL-DF) disse: "Estamos sofrendo campanha e ataque do Judiciário, que está interferindo na missão do Parlamento. Não estou atacando o STF, estou zelando pela independência dos nossos poderes e pela hombridade do Parlamento", apontou.

 

No dia 18 passado o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em uma reunião com embaixadores que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) atenta “contra as eleições e a democracia”. Declarou que o tribunal “tenta esconder” um suposto inquérito da PF (Polícia Federal) sobre uma invasão hacker à rede do TSE em 2018. Bolsonaro é investigado, pelo STF,  por vazar o inquérito sigiloso da PF sobre o ataque ao TSE. Só lembrando que o presidente só pode ser investigado com autorização do Congresso Nacional a pedido da PGR. No entanto existe essa investigação.  Uma boa matéria a respeito do ataque pode ser lida nesse endereço https://www.tecmundo.com.br/seguranca/136004-hackers-invadem-sistema-urna-eletronica-pegam-dados-confidenciais.htm). Bolsonaro durante discurso para os embaixadores, negou que o documento estivesse sob sigilo. Os documentos foram divulgados pelo presidente em agosto de 2021 pelas redes sociais, o que causou mais uma desavença com a STF. O ministro Edson Fachim deu cinco dias para o presidente expor oficialmente suas criticas ao TSE.

 

Com as proximidades das eleições as demanda junto aos tribunais aumentam substancialmente. No passado o PT quando iniciou suas atividades, fez muito uso desse artifício, na época ganhando visibilidade e não e um processo novo das esquerdas quando na oposição. Não e necessariamente essa demando pelo judiciário que o torna ativista político e sim suas decisões e posicionamentos. Não muito longe o Ministro do STF Gilmar Mendes criou comissão para buscar de acordo sobre redução ICMS dos combustíveis. peça que foi votada na Casas aprovadas e em vigor. Pode até a um certo ponto ao ativismo judicial, porem ele em muitas vezes ele se impõe frente a inércia dos demais poderes, na busca da superação das desigualdades de nossa sociedade. E que o entendimento na construção da igualdade e no reconhecimento dos direitos fundamentais posam caminharem juntos. Que  soberbas e bravatas não usurpam as funções da cada um em direção ao livre arbítrio por um amanhã melhor para todos.  Boa semana

 

Por Antonio Coelho de Carvalho é Jornalista

 

Posted On Domingo, 24 Julho 2022 06:10 Escrito por