No processo sucessório que se avizinha há poucas certezas neste pouco mais de um ano até a ida dos eleitores às urnas. Apesar de ser um padrão que se repete a cada eleição majoritária, os melhores conselhos aos candidatos são aqueles que pregam a cautela e o cuidado nas movimentações políticas, acordos, alianças e fechamento de grupo.
Por Edson Rodrigues
De candidatos ao governo até a deputado estadual, passando por pretendentes ao Senado e à Câmara Federal, todos vão precisar estar com suas bases consolidadas, e o cenário do momento mostra a maioria dos prefeitos dos principais colégios eleitorais do Estado em uma encruzilhada. Um caminho os leva aos projetos políticos pessoais – o que pode significar sacrificar as bases e o rompimento com vice-prefeitos, vereadores e lideranças – e o outro leva ao respeito às decisões de grupo, o que muitas vezes pode significar o sacrifício dos planos políticos próprios, de curto prazo.
Por isso, aos candidatos às duas vagas no Senado o melhor conselho é, por enquanto, não tomar partido – ou revelar publicamente seu lado – na briga dos candidatos a governador pelos municípios tocantinenses.
A eleição para o Senado tem a particularidade de permitir dois votos ao eleitor, o que permite, também, aos candidatos, fazer um trabalho inicial para ser o segundo voto dos eleitores, e aguardar para definir com sua equipe de marketing político o momento certo de passar a ser a primeira escolha dos eleitores.
Para isso, há tempo suficientes, após as convenções partidárias, que definirão a composição das chapas, para fechar suas “dobradinhas” com os candidatos a deputado federal e estadual, e trazer para si o apoio dos segmentos religiosos, classistas e desse eleitorado já trabalhado, para chegar no dia da eleição com musculatura política suficiente para competir por uma das vagas ao Senado.
ARAGUAÍNA
O prefeito de Araguaína, nossa Capital do Boi Gordo e do Agronegócio, segunda maior cidade do Tocantins, com mais de 175 mil habitantes e um eleitorado de 118.690, é um dos que estão na encruzilhada ante o cenário político atual. Wagner Rodrigues está com pouco espaço para movimentação, pois está sendo “monitorado” de perto pelas duas “tornozeleiras eletrônicas” que lhes foram impostas.
Uma pelo presidente estadual do MDB, deputado federal Alexandre Guimarães, cujo vice de Wagner era, até a semana passada, seu irmão, Israel Guimarães, que já pediu licença do cargo para assumir um cargo no primeiro escalão do governo do Estado, a convite do governador Wanderlei Barbosa. Ressaltando o importante detalhe de que o presidente da Câmara Municipal de Araguaína, Max Fleury, que, pela Lei, é o primeiro da lista para assumir como vice-prefeito, também é do MDB e aliado de primeira hora de Alexandre Guimarães.
E o Observatório Político de O Paralelo 13 chama a atenção dos leitores, também, para o fato de Wagner Rodrigues ser filiado ao União Brasil, presidido no Tocantins pela senadora Dorinha Seabra, que é candidata ao governo.
Já o deputado federal Alexandre Guimarães é pré-candidato a uma das vagas do Senado, é presidente estadual do MDB e tem fortes laços de amizade com o deputado estadual Amélio Cayres, presidente da Assembleia Legislativa e pré-candidato ao governo, com o apoio do grupo palaciano, e obviamente, do próprio Alexandre Guimarães, com direito a declaração pública, inclusive.
Segundo as informações dos bastidores, Alexandre Guimarães estaria fechadíssimo com a chapa que traz Amélio Cayres para governador e Eduardo Gomes para a primeira cadeira do Senado e o próprio Guimarães para o segundo voto à Casa Alta.
Ou seja, a vida de Wagner Rodrigues, prefeito de Araguaína não está fácil, pois o cenário político dentro do seu próprio município está fora do seu controle ou zona de influência no momento atual, em que o grupo palaciano parece estar muito mais ativo e coeso na escalação do seu “time” em Araguaína. Mas, é sempre bom lembrar que, em se tratando de política, tudo pode mudar.
WAGNER E OS CONFLITOS DE INTERESSE
A outra “tornozeleira eletrônica” usada pelo prefeito Wagner Rodrigues é a pré-candidatura a deputada estadual da sua esposa, a primeira-dama Ana Paula Lopes.
Independente de Ana Paula ser uma ótima pessoa, com extensa ficha de serviços prestados à comunidade araguainense, a sua pré-candidatura cria conflitos de interesse dentro do seu próprio grupo político, onde há deputados estaduais candidatos à reeleição, vereadores na Câmara Municipal de Araguaína que já estão em pré-campanha e outras pessoas com histórico político.
A manter o atual posicionamento e antecipando os problemas que terá pela frente, Wagner Rodrigues deve se preparar para enfrentar o maior embate político do qual já fez parte, principalmente após o seu vice assumir o cargo no primeiro escalão do governo estadual, ainda neste mês de agosto.
E, mesmo assim, apesar de todos os pesares, a pré-candidatura da primeira-dama de Araguaína a deputada estadual, independe de qualquer cenário, acordo ou movimentação política, para já nascer forte e competitiva, podendo se transformar na candidatura mais bem-votada no segundo maior colégio eleitoral do Tocantins.
O Observatório Político de O Paralelo 13 continuará vigilante nos bastidores da política tocantinense e atento, principalmente aos movimentos no cenário de Araguaína, onde o cerco do grupo palaciano está se afunilando.
Até breve!
Deputado diz que manifestação é para ver ministro "atrás das grades"
Com SBT
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Neste domingo (3), durante ato na avenida Paulista, em São Paulo, o parlamentar disse que a manifestação é uma luta para que o ministro "esteja atrás das grades".
"Hoje estamos lutando para que um dia, corruptos usem tornozeleira, para que Lula use tornozeleira, para que Alexandre de Moraes esteja atrás das grades", disse.
O parlamentar falou ainda sobre um pedido de impeachment contra Moraes, que será feito ao Senado esta semana. "Senador Davi Alcolumbre (União-AP), o senhor vai receber essa semana o trigésimo pedido de impeachment de Alexandre de Moraes. Estamos escrevendo o pedido e vai chegar na mesa do Alcolumbre esta semana. O foco está no Senado. Ou vocês expurgam Moraes do STF, ou vamos expurgar vocês ano que vem nas eleições".
Nikolas ainda mandou um recado para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). "Chegou a hora de dividir os meninos dos homens. Não brinque com vida de pessoas presas. Estamos pedindo que paute a anistia. O resto nós vamos fazer."
O parlamentar ainda ligou para Bolsonaro durante o ato. "Bolsonaro não pode falar, mas pode ver."
Elogio a Eduardo
Já o líder do PL na Câmara, deputado federal Sóstenes Cavalcante, pediu a saída de Moraes e elogiou a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O deputado licenciado atua junto ao governo Trump para impôr tarifas aos produtos brasileiros e sanções a Moraes.
"Quero fazer homenagem a Eduardo Bolsonaro: muito obrigado pelo seu trabalho nos Estados Unidos. E à guerreira Carla Zambelli. Bolsonaro disse que usar tornozeleira é motivo de vergonha, e é mesmo, porque tornozeleira é para ladrão, quem deveria estar com tornozeleira é o Lula".
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), também esteve na manifestação. Ele subiu no carro de som, foi aplaudido, mas não discursou.
Pesquisa mostra que desaprovação segue maior com eleitorado de classe média baixa e mais rico, evangélico e sulista
Com Estadão Conteúdo
A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue com reprovação de 40% e aprovação de 29%, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (2). O levantamento foi feito com 2.004 eleitores de 130 cidades do País, entre os dias 29 e 30 de julho, durante a escalada das tensões na guerra comercial com o presidente americano Donald Trump.
Havia expectativa sobre os ganhos de imagem para o petista, mas houve manutenção da avaliação de “ruim/péssimo”, enquanto a de “ótimo/bom” oscilou de 28% para 29% na rodada anterior da pesquisa. A avaliação do governo como “regular” teve variação de 31% para 29% e 1% dos entrevistados não deu opinião.
A pesquisa mostra que Lula segue com maior desaprovação com o eleitorado de classe média baixa (62%), mais rico (57%), evangélico (55%), sulista (51%), mais instruído (49%) e com idade entre 35 e 44 anos (48%).
De acordo com o Datafolha, a esta altura do mandato, o ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava taxas piores. Após dois anos e oito meses de governo, Bolsonaro tinha 24% de aprovação e 51% de reprovação.
A pesquisa divulgada também mostra que 50% dos eleitores desaprovam o trabalho de Lula no Executivo Federal e 46% aprovam em estabilidade estatística em relação ao levantamento de junho segundo o Datafolha.
Deputado federal destaca apoio do Podemos no trabalho para estabelecer justiça e o respeito à vontade popular
Com Assessoria
Eleito com quase 43 mil votos em outubro de 2022, o deputado federal Tiago Dimas (Podemos) assumiu, nesta quinta-feira, 31 de julho, o seu mandato na Câmara. A posse foi em sessão solene virtual e outros seis parlamentares no Brasil também assumiram seus cargos, após dois anos e meio de uma batalha por justiça na discussão sobre sobras eleitorais (https://www.camara.leg.br/noticias/1184072-camara-declara-a-perda-de-mandato-de-sete-deputados-federais-e-convoca-novos-eleitos/).
Tiago Dimas garantiu que, embora esse segundo mandato seja de um tempo mais curto, não faltará trabalho em prol do Tocantins. “Essa posse representa a consolidação de uma vitória nas urnas, da confiança do povo tocantinense e do respeito à democracia. Aqui tem um jovem confiante, determinado e que vai honrar toda a confiança recebida”, ressaltou, ao destacar que não há tempo a perder e o trabalho em prol do desenvolvimento do Estado e da qualidade de vida da população será triplicado. Em 2022, Tiago Dimas foi o sexto mais votado do Tocantins. Este será seu segundo mandato do parlamentar, que de 2019 a 2022 teve um papel muito importante no Legislativo nacional https://www.podemos.org.br/tiago-dimas-presta-contas-e-agradece-tocantins-pela-oportunidade-na-camara
Com quase 37 anos de vida, Tiago Dimas ressaltou que o trabalho em prol do Tocantins se dará em todas as frentes possíveis – destinando emendas, intercedendo junto ao governo federal para obter conquistas para o Estado, atuação legislativa e apoio constante aos municípios.
O deputado agradeceu, ainda, todo o apoio do Podemos e da presidente nacional do partido, deputada federal Renata Abreu (SP), que deram total respaldo na luta para mostrar à Justiça que o mandato tinha de ser outorgado a ele. “Sou muito grato, primeiro, a Deus, à família, ao povo que confiou na gente e ao Podemos como um todo, que desde o começo viu que o Direito estava do nosso lado”, finalizou.
Por Edson Rodrigues
A mesa diretora da Câmara dos Deputados declarou a perda de mandato de sete deputados federais com base na decisão do STF (Suprema Tribunal Federal) a respeito das novas regras sobre as sobras eleitorais. O ato normativo foi divulgado nesta quarta-feira (30).
Segundo o ato, a medida levou em consideração o parecer da Corregedoria Parlamentar. O documento é assinado pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
As sobras são calculadas no chamado sistema proporcional, responsável por definir a eleição de deputados estaduais, federais e distritais e vereadores.ay Video
Os deputados que perderam os mandatos são: Silvia Waiãpi (PL-AP); Sonize Barbosa (PL-AP); Professora Goreth (PDT-AP); Augusto Puppio (MDB-AP); Lázaro Botelho (PP-TO); Gilvan Máximo (Republicanos-DF); Lebrão (União-RO).
Em março deste ano, o Supremo decidiu que a participação de todos os partidos políticos na divisão das sobras eleitorais, e não só dos que atingiram a cláusula de desempenho, vale a partir das eleições de 2022.
No lugar deles, devem entrar Paulo Lemos (PSOL-AP); André Abdon (Progressistas-AP); Rodrigo Rollemberg (PSB-DF); Aline Gurgel (Republicanos-AP); Tiago Dimas (Podemos-TO); Rafael Fera (Podemos-RO); Professora Marcivania (PCdoB-AP).
QUEM GANHA, QUEM PERDE OU DÁ EMPATE?
A volta de Tiago Dimas ao cargo de deputado federal, teoricamente, provocaria movimentações e adequações políticas, já que Lázaro Botelho, do PP, é da base de apoio ao governador Wanderlei Barbosa, enquanto Dimas é filho do ex-prefeito de Araguaína e hoje secretário municipal em Palmas, Ronaldo Dimas, candidato derrotado por Wanderlei Barbosa nas últimas eleições para o governo.
Logo, seria fácil cravar que a base de apoio de Wanderlei Barbosa sairia perdendo, uma vez que um de seus membros foi “substituído” por um integrante da oposição/ Mas, como política não é nem um pouco exata como a matemática, tudo indica que essa troca de deputados federais vai terminar em empate para o Tocantins.
Os bastidores da política estadual estão movimentados por rumores sobre a formação de uma chapa majoritária para a sucessão estadual, que teria o presidente da Assembleia Legislativa, Amélio Cayres como candidato ao governo, tendo Ronaldo Dimas como vice, Eduardo Gomes para o Senado e Alexandre Guimarães, como deputado federal.
Como nenhum dos citados nessa chapa jamais confirmou essas informações – muito pelo contrário, nem sabem que existem – só podemos tratar do assunto como mera especulação dos bastidores.
E, pelo menos até o mês de abril de 2026, como todos sabemos, elas continuarão, apenas, como especulação.
Por hoje é só!