Deixar de escolher um dos candidatos nas eleições deste domingo é se acovardar perante o futuro do Estado e ficar na cômoda situação de apontar o dedo e torcer para que tudo dê errado
Por Edson Rodrigues
Os brasileiros têm vivido de sobressalto nos últimos anos. Quando se pensa que as notícias ruins chegaram ao fim e que a corrupção chegou ao fundo do poço, descobrimos que elas continuam. Daqui a pouco estaremos em uma eleição para presidente da república, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. No Tocantins, neste domingo, teremos a definição da eleição suplementar para governador, entre o senador Vicentinho Alves, político tradicional e tocantinense genuíno, e o governador interino, Mauro Carlesse, que tem se dividido entre questões de campanha e a Polícia Federal nos seus calcanhares.
Toda eleição é uma festa da democracia! Seria uma festa da democracia se pudéssemos ter eleições em que o povo participasse como um ato de civismo, de cidadania, de respeito…
Infelizmente, não será assim. Tenho ouvido muita gente dizer que vai anular o voto ou votar em branco. É gente desiludida com a classe política, com os desmandos dos três poderes, com a impunidade que reina no país, com a falta de respeito com o cidadão, com o trabalhador, com seus direitos, com o dinheiro público. Um caos!
O GRANDE ERRO
Têm razão esses eleitores em estarem desiludidos, mas eles não têm razão quando dizem que vão votar em branco ou anular o voto, com a afirmação de que “ninguém presta”.
O voto nulo já foi bandeira ideológica dos anarquistas no século passado. Votar nulo era considerado um voto de protesto. Já o voto em branco era o voto do conformismo, isto é, aqueles eleitores que se conformavam com qualquer que fosse o eleito. Hoje é diferente! O voto nulo não serve de protesto e o voto em branco não manifesta conformismo. Quando o voto era em cédula, o voto nulo, ou de protesto, era aquele em que o eleitor rasurava e até escrevia o que queria na cédula. O eleitor se sentia “vingado” com seu “protesto”.
Uma outra falácia que se ouve hoje em dia é a afirmação de que, se metade dos eleitores votarem em branco ou nulo, teremos outra eleição, sem a participação dos candidatos daquela eleição. Não é verdade.
Não sei se de propósito ou não, a confusão foi gerada por “intérpretes” do artigo 224 do Código Eleitoral, onde diz que, havendo a anulação de mais da metade dos votos a eleição seria anulada, convocando-se outra. O artigo não fala do voto nulo, aquele em que o eleitor decidiu anulá-lo e sim do voto anulado, isto é, aquele que foi anulado pela Justiça Eleitoral por fraude, problema no registro da candidatura, cassação do diploma do eleito, uso do poder econômico, falsidade, fraude, coação de eleitores, etc.
O voto no Brasil é obrigatório, onde o eleitor é obrigado a comparecer perante a sua seção eleitoral e exercer seu direito do voto. Se não o fizer, precisa justificar-se perante a Justiça Eleitoral. Entretanto, ele é livre para escolher o seu candidato ou não escolher nenhum. Há uma tecla especial para o voto em branco. Para anular o voto o eleitor precisa digitar um número inexistente e “confirmar”.
O que precisa ficar claro é que tanto um como outro voto – branco ou nulo, são totalmente descartados, pois nossa Constituição diz que “é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos”. Antes, os votos em branco eram considerados válidos, contados para o candidato vencedor. Era tido como disse, como um voto de conformismo. Depois da Constituição – 1988, votos brancos e nulos não são contados.
OS EXCLUÍDOS
Essa situação leva a um cálculo que os eleitores precisam fazer, principalmente aqueles que estejam pensando em anular o voto ou votar em branco. A matemática no caso é simples: para ser eleito o candidato a cargo majoritário precisa ter cinquenta por cento dos votos válidos – excluídos brancos e nulos, mais um voto. Assim, quanto menor for o número de votos válidos – aqueles dados a um candidato ou a um partido, menor será o percentual necessário para se considerar vencedor.
Dessa forma, candidatos que eventualmente tenham um eleitorado “cativo”, mas que sua votação não atinja cinquenta por cento, torcem para que tenhamos muitos votos brancos e nulos. O percentual (50% + 1), seria atingido com maior facilidade.
Há quem entenda que o voto nulo ou em branco seja uma opção como outra qualquer. Não é! Os candidatos serão oficializados aos eleitores pelos seus partidos. É a lei. Ninguém pode ser candidato se não for filiado a um partido. Não podemos mudar isso, exceto com uma Constituinte exclusiva, o que não ocorrerá agora. Em 2018 teremos que escolher entre os candidatos que surgirem e a omissão pode beneficiar um candidato indesejável.
Num país onde mais de 30% do povo não sabe quem é o governador do seu Estado e 20% não sabe quem é o presidente da República, segundo o IBGE, estimular o voto branco ou nulo tem sido uma arma daqueles que torcem pelo quanto pior, melhor. Confiam na alienação dos eleitores. Isso é horrível para a democracia!!!
Portanto, caro eleitor, compareça às urnas e escolha entre os dois candidatos aquele que você achar que representa menos perigo para o seu dia a dia, para o seu futuro, para o futuro do seu filho e para o futuro do Estado do Tocantins.
Bom voto!
Senador, que reiterou que acabará com a terceirização no Detran, referiu-se às reportagens da Revista Isto É e o Portal UOL revelando um esquema de uso de laranjas do candidato-governador-interino para esconder patrimônio de R$ 100 milhões
Com Assessoria
Senador e candidato a governador na eleição suplementar do dia 24 de junho, Vicentinho Alves (PR) lamentou a ausência do adversário governador interno Mauro Carlesse (PHS) no debate da Rede Globo/TV Anhanguera, que seria realizado na noite desta quinta-feira, 21 de junho. Com a ausência do oponente, a emissora deixou a cadeira de Carlesse vazia e transformou o evento em uma entrevista de 20 minutos com Vicentinho.
“Mais uma vez, há uma falta de compromisso”, ressaltou Vicentinho. Pelo regulamento, o senador teve direito a fazer duas perguntas a Carlesse para que os telespectadores pudessem ouvir. “Sempre olho nos olhos nas pessoas para conversar, mas vou perguntar. Com certeza você está assistindo ao lado de Eduardo Siqueira Campos e Carlos Gaguim. Depois da PF (Polícia Federal) fazer duas devassas, a investigação por abuso de poder, uso da máquina pública, recolhimento de carros oficiais, a revista Isto É mostra um laranjal. O que o senhor tem a dizer?”, destacou Vicentinho, ao se referir as reportagens da Revista Isto É e do UOL que indicam que Carlesse esconde patrimônio de mais de R$ 100 milhões, com um grande usou de amigos e parentes como laranjas.
A outra pergunta de Vicentinho foi no campo administrativo-político. Na sua propaganda, o senhor diz que nunca precisou de político e na sua família. Por que então nomeou o seu sobrinho secretário? Logo seu sobrinho que já foi alvo de operação com detenção em São Paulo por suspeita de alterar combustível e responde a inquéritos e ações junto com você”, salientou.
Na sequência, Vicentinho pode falar da mudança na sua campanha, do caráter plebiscitário da atual eleição, detalhou os planos na saúde, de gestão pública e de segurança.
Na saúde, o candidato explicou a importância de se mudar radicalmente o atual modelo, fortalecendo os hospitais de pequeno porte para que a rede hospital de grande porte fique para o atendimento de alta complexidade. “A gestante tem que poder ganhar seu filho na sua cidade. Não precisa ir até o hospital regional. Também não faz sentido uma pessoa com dedo quebrado ter que ser atendida no HGP (Hospital Geral de Palmas)”, explicou, ao comentar que a ideia é usar os recursos disponíveis, fazendo gestão e distribuição correta. Entre as novidades, será a implantação de um sistema em conjunto com o TCE (Tribunal de Contas do estado), MPE (Ministério Público Estadual) e Judiciário para comprar remédios. “O promotor vai acessar e se não tem determinado remédio numa cidade, ele pode pegar em outra. Isso evita ações judiciais. Em uma ação judicial, o remédio que custa R$ 100 para o Estado, acaba custando R$ 1 mil. E isso não é culpa do MP, é culpa da má gestão do Estado”, destacou.
Fim da terceirização do Detran O senador também reforçou que vai acabar, com decreto, com as terceirizações do Detran, inclusive com os contratos com a Free Way com a Aliança. Para ele, é um absurdo que o Estado faça a pessoa pagar taxas altíssimas para que as pessoas possam recuperar seus carros. “Uma trabalhadora, com um carro de pouco mais de R$ 20 mil, tem que pagar R$ 7 mil de taxa para essa Free Way? Eu vou acabar com isso”, destacou, ao frisar que quem está no governo tem compromisso com essa terceirização e não vai alterar a situação. “Isso vem desde o tempo do Gago (Carlos Gaguim), passou pelo Eduardo Siqueira Campos, pelo Marcelo Miranda e agora está com Carlesse”, disse.
Fim da gastança pública Sobre equilibrar as finanças do Estado, Vicentinho disse que a primeira obra a ser feita é moral, acabando com a história que só tem bandidos no Tocantins. Ele citou que gastos em alugueis de aviões, diárias, consultorias e outros serão cortados imediatamente, gerando economia de mais de R$ 500 milhões. “Tenho responsabilidade e consciência que vou pegar o Estado na mais profunda crise”, disse.
Segurança Pública e concurso PM Vicentinho também falou de segurança pública, garantindo que a sua gestão terá o Plano Estadual de Segurança Pública, integrado ao Sistema Único de Segurança Pública. Isso possibilitará aumentar, e muito, os recursos para área. “Sem dinheiro, não tem segurança. Nós vamos nos adequar a política nacional e trazer esses recursos”, destacou, ao lembrar que o Estado tem 35 cidades sem nenhum policial militar. Vicentinho afirmou que irá acelerar a retomada do concurso da PM, suspenso por decisão judicial, ressaltando que, antes, fará uma análise minuciosa do concurso para detectar a origem e as causas das possíveis fraudes que levaram a sua suspensão.
Da Assesoria
O último programa de TV da campanha de Mauro Carlesse, coligação Governo de Atitude, neste segundo turno vai ao ar nesta sexta-feira, 22, às 19h20, com a mensagem de otimismo e agradecimento à população que abraçou a candidatura vitoriosa do governador
"Essa foi uma campanha de alegria, de emoção e de amor. E nesse último programa vamos mostrar isso. Será uma mensagem de agradecimento pela forma carinhosa com que a população recebeu nosso candidato e compreendeu a mensagem que ele transmitiu", revela o marqueteiro João Neto
Mauro Carlesse gravou no início da manhã desta quinta-feira, 21, a fala que vai ao ar no último programa de TV. Ele fez questão de realizar a gravação no parque Mutuca, em Gurupi, cidade em que fixou residência ao escolher o Tocantins para viver
Na mensagem, Carlesse fala da alegria de ter participado da eleição suplementar e da satisfação por ter sido compreendido pela grande maioria da população. "Estou muito feliz ao encerrar essa campanha. Fui recebido com respeito e carinho pelas pessoas em suas casas e no trabalho. Agradeço a Deus por essa oportunidade de conhecer tanta gente maravilhosa em nosso querido Tocantins e vamos responder isso com trabalho, com respeito pelo nosso povo e vamos empreender as ações que vão gerar oportunidade para o nosso povo e desenvolvimento para o nosso Estado", finalizou
O deputado Vilmar Oliveira (SD) usou a tribuna na sessão desta quarta-feira, 20, para repercutir uma denúncia do prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner da Gráfica, sobre a interdição do Hospital Municipal Hermínio Azevedo Soares na tarde desta terça-feira, 19. O embargo deve-se a infrações sanitárias em setores da Unidade Hospitalar constatadas por meio de fiscalização da Vigilância Sanitária do Estado.
Da Assessoria da AL
Em defesa do prefeito e da população de Formoso, o deputado Vilmar fez duras críticas ao Governo e lamentou as consequências de tal ato, considerado pelo parlamentar perseguição pelo fato de Wagner não ter apoiado a candidatura de Mauro Carlesse (PHS) ao governo do estado. “Não podemos aceitar que a população fique sem assistência médica por causa de questões políticas” frisou.
Além de Vilmar, os deputados Elenil da Penha (MDB) e Nilton Franco (MDB) criticaram a gestão do Governo na área da Saúde nas cidades de Araguaína e em Palmas. Algumas queixas foram dirigidas à demora na resolução de problemas na estrutura das Unidades e à longa espera de pacientes para a realização de cirurgias.
Para o deputado Junior Evangelista (PSC), os problemas da Saúde são consequências de má gestão de governos anteriores. “Sabemos que tumultuar a gestão neste momento não vai ajudar a população, portanto esta Casa de Leis precisa ser sensata, e deve compreender que o governo atual está interessado em resolver esses problemas e em melhorar a Saúde no Estado”, argumentou o deputado.
O parlamentar Eli Borges (PROS) também fez questão de esclarecer que a medida tomada pela Vigilância Sanitária foi resultado de uma ação ocorrida em 2016, que definiu o prazo para providências da administração municipal em relação à Unidade. A última vistoria já estava agendada desde março deste ano, para verificar se foram realizadas as adequações exigidas pela Promotoria da região.
“Temos certeza que o governo não tem a intenção de prejudicar nenhum paciente, pois a ação já era prevista antes dele assumir o Governo. Ocorre que a secretaria da Saúde teve que interditar lavanderia, cozinha, laboratório de análises clínicas e pronto socorro, devido ao risco eminente à saúde dos usuários. Quanto aos problemas em outros hospitais do Estado o governo terá oportunidade de resolver a partir dos
Próximos meses. E vamos acompanhar de perto todo esse processo”, justificou Eli Borges.
Ainda na sessão, a deputada Valderez Castelo Branco (PP) esclareceu que a Secretaria da Saúde do Estado, por meio da Vigilância Sanitária, já autorizou a desinterdição dos setores da Unidade que passaram por vistoria. Tal Secretaria Estadual atendeu a um pedido da Secretaria Municipal de Formoso do Araguaia, que solicitou um prazo de 45 dias para tomada de providências e adequações.
Candidato a governador pelo PR lembrou que, quando presidente da Assembleia, o governador interino deixou caducar a MP que concedia isenção do diesel para empresas de transporte; sem o benefício, elas agora tiveram que ajustar a tarifa para R$ 3,75
Da Assessoria
O candidato a governador do Estado pela coligação “A Vez dos Tocantinenses”, o senador Vicentinho Alves (PR) afirmou na tarde desta quarta-feira, dia 20, que o governador interino Mauro Carlesse foi “omisso”, “incompetente”, “conivente” e é um dos responsáveis pelo aumento da tarifa de ônibus em Palmas.
“Como presidente da Assembleia, o hoje governador interino deixou caducar a MP [Medida Provisória] que concedia isenção do diesel para as empresas de transporte. A matéria ficou parada lá na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] até perder o objeto. Isso é irresponsabilidade, é maldade com os palmenses”, afirmou Vicentinho. “É fato que como presidente da Assembleia, o senhor Mauro Carlesse achou que os trabalhadores de Palmas não merecem esse beneficio e deixou a MP vencer, sem ao menos ter sido discutida”, complementou.
O reajuste na tarifa dos ônibus de Palmas passa a valer a partir da próxima segunda-feira, dia 25. O novo valor será de R$ 3,75. “O hoje governador interino foi omisso, incompetente e conivente com uma situação que ocorreu lá atrás e que vai estourar agora. E a corda, como sempre, vai arrebentar no lado dos mais fracos, ou seja, do povo, do usuário do transporte coletivo de Palmas”, disse Vicentinho, que nesta tarde cumpre agenda em Araguaína, no Norte do Tocantins.
Na tarde desta quarta-feira, em Araguaína, Vicentinho se reuniu com representantes da categoria dos caminhoneiros e garantiu que, ao assumir o governo do Estado, vai reduzir a alíquota do ICMS do diesel no Estado.
O preço da omissão
De acordo com informações recebidas por Vicentinho, por causa da omissão da Assembleia, as empresas perderam o benefício e tiveram que ajustar a tarifa em R$ 0,25 em Palmas, saindo de R$ 3,50 para 3,75. “Vejam só a situação: De cada R$ 0,25 cobrado, R$ 0,17 vai para o diesel e outros R$ 0,08 que sobram é inferior à inflação no período. Mas, em resumo, é o seguinte: Quando o Carlesse era deputado não se importou em manter a isenção do diesel para as empresas de transporte público urbana, dando, dessa forma, sua contribuição para o reajuste da tarifa pública, que passa a ser de R$ 3,75 em Palmas a partir do próximo dia 25”, finalizou Vicentinho.