Ex-senador garantiu não ter cometido infração, mas reconheceu "abalo" em sua imagem e anunciou saída da presidência da InvestSP no fim desta tarde

 

Por iG São Paulo

 

O ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) decidiu deixar a presidência da Investe SP, agência paulista de promoção de investimentos. A decisão foi anunciada no fim da tarde desta terça-feira (19) em reunião com o governador, João Doria (PSDB).

 

Aloysio Nunes foi um dos alvos da 60ª fase da Operação Lava Jato , deflagrada nesta manhã. Em carta entregue a Doria, o tucano assegurou que não cometeu infrações, mas reconheceu que o cumprimento de mandados de busca e apreensão em sua casa configuram "abalo" em sua imagem pública, o que acarreta "incontornável repercussão negativa".

 

"Não tenho, em minha consciência, o que possa comprometer a lisura que sempre mantive com o padrão de minha conduta. Porém, não me iludo quanto ao abalo que essa simples diligência, cercada do alarde que, infelizmente, tem sido regra em casos semelhantes, provocou em minha imagem pública", escreveu.

 

O agora ex-presidente da Investe SP é investigado pela Lava Jato por ter, conforme informações transmitidas pelas autoridades da Espanha, ter recebido cartão de crédito ligado à conta de Paulo Preto , principal alvo da operação desta terça-feira e apontado como operador de propinas de agentes do PSDB.

 

A queda de Aloysio representa a segunda baixa no governo João Doria em razão de suspeitas. No mês passado, apenas três dias após a posse do secretariado de Doria, o então chefe da Casa Civil, Gilberto Kassab, pediu afastamento para enfrentar investigação sobre suposto recebimento de mesada de executivos da J&F .

 

Confira a íntegra da carta de demissão de Aloysio Nunes:

"Como é do conhecimento de V.Exa., fui surpreendido hoje por uma diligência da Polícia Federal em minha casa, em cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça Federal.
Não tive até agora acesso aos autos de inquérito em que sou investigado, mas o fato incontornável é a repercussão negativa desse incidente, que me mortifica a mim e à minha família, e que também pode atingir o governo de V. Exa.

 

Não tenho, em minha consciência, o que possa comprometer a lisura que sempre mantive com o padrão de minha conduta. Porém, não me iludo quanto ao abalo que essa simples diligência, cercada do alarde que, infelizmente, tem sido regra em casos semelhantes, provocou em minha imagem pública.

 

Já mobilizei a competente defesa jurídica que foi orientada por mim a prestrar irrestrita colaboração com as autoridades para cabal esclarecimento dos fatos. Tenho certeza que a verdade me beneficiará, embora somente ao final de um processo de duração imprevisível.

 

Nessas circunstâncias, imperativos de ordem pública e de ordem privada recomendam que V. Exa., me dispense da função de presidente da InvestSP para a qual fui honrado com sua designação.

 

Esteja certo, Senhor Governador, da gratidão e da estima que lhe deve este seu amigo,

 

Aloysio Nunes Ferreira Filho."

Posted On Quarta, 20 Fevereiro 2019 05:35 Escrito por O Paralelo 13

Com foco na programação cultural, educativa, jornalística e infantil, o Tocantins contará com transmissão da programação da TV Cultura a partir do mês de março. Um Termo de Cooperação Cultural, assinado pelo Governo do Tocantins, pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e pela TV Cultura, assegura a retransmissão da programação por meio da emissora de TV da universidade. A vigência é de quatro anos prorrogáveis conforme interesse das partes

 

 

Por Charlyne Sueste

 

 

A assinatura do Termo ocorreu na manhã desta terça-feira, 19, no Palácio Araguaia, com o governador Mauro Carlesse, o reitor da Unitins, Augusto Rezende; e o diretor de Rede da TV Cultura, Fábio Borba.

 

Segundo o reitor da universidade, por enquanto será mantida a retransmissão da programação da TV Brasil, até que todos os equipamentos sejam transferidos para o prédio da reitoria, em Palmas, onde as emissoras educativas de rádio e TV funcionarão. A previsão é de que, no mês de março, já seja feita a mudança na rede, passando para a programação da TV Cultura.

 

O governador Mauro Carlesse parabenizou a Unitins pela iniciativa de se afiliar à TV Cultura e agradeceu pela confiança da emissora nacional em firmar a parceria. “Fico feliz com a iniciativa da Unitins e com as oportunidades que colocaremos ao alcance de quem precisa tanto estudar. Os grandes projetos sempre terão apoio e aprovação do nosso Governo”, declarou o governador. Mauro Carlesse destacou, também, a visibilidade que o Tocantins terá a partir dessa parceria, divulgando todas as suas potencialidades para atrair investidores de diversas áreas.

 

“O Tocantins passa a ter, na TV Cultura, uma grande janela de exibição. A TV Cultura tem o compromisso de levar conteúdo educativo, cultural, turístico e que fale sobre economia”, explicou o diretor de Rede, Fábio Borba.

 

Geração de conteúdo

O Termo assinado trata da retransmissão parcial da programação da emissora nacional, visto que as outorgas para a TV educativa da Unitins são de geradora de conteúdo, de modo que a emissora local deve contar também com programação própria.

 

A programação das emissoras de rádio e TV estão sendo revistas e serão definidas em breve, após discussão conceitual dos veículos de comunicação. Por enquanto, estão mantidas a programação da rádio 96 FM e a retransmissão integral da TV Brasil.

 

Educação com novo alcance no Tocantins

O reitor Augusto Rezende destacou que, “com os meios de comunicação [rádio e TV educativas], esperamos alavancar algumas ações de ensino, pesquisa e extensão da universidade”. De acordo com ele, a proposta é mesclar os recursos da educação a distância e semipresencial, com intuito de disseminar o processo de ensino-aprendizagem ao povo tocantinense.

 

“A Unitins tem a expertise da educação a distância, domina as ferramentas e conhece a proposta pedagógica do ensino utilizando as ferramentas digitais. E, agora, ganha reforço com dois grandes veículos de comunicação do Estado, tanto a rádio quanto a TV”, enfatizou o reitor.

Posted On Terça, 19 Fevereiro 2019 16:30 Escrito por O Paralelo 13

Por Thaís Souza

 

O deputado federal Vicentinho júnior (PR-TO), solicitou ao Presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ), que coloque na pauta deliberativa da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4703/2012. O Projeto altera a legislação do imposto de renda para inserir o lúpus, entre as doenças cujos portadores serão beneficiados com isenção do pagamento do imposto.

 

Vicentinho Júnior, explicou que os custos para o tratamento do lúpus possuem valores elevados. “Tenho acompanhado os obstáculos que passam os portadores da doença, com o preço dos remédios, o que em alguns casos resulta na interrupção do tratamento”, pontou.

 

Maria Lúcia da Silva Resende, portadora do lúpus há 12 anos, destacou que medicação varia de R$ 4.500,00 a R$7.000,00 por mês. “Sofro com dores nas articulações e musculatura. O tratamento traz inúmeros efeitos colaterais como resistência à insulina, osteoporose, alta taxas de colesterol e triglicerídeos, dentre outros. A aprovação desse projeto será uma benção para nós”, concluiu a aposentada.

 

O Projeto altera o inciso XIV do art. 6º da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988, e beneficiará os portadores com a isenção sobre os salários e de aposentadoria. De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de 120 a 250 mil pessoas possuem a doença que afeta principalmente às mulheres.

 

A tramitação do PL4703/2012, solicitada para deliberação em caráter de urgência pelo deputado federal, Vicentinho Júnior, pode ser acompanhada pelo link: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=559435

Posted On Terça, 19 Fevereiro 2019 16:26 Escrito por O Paralelo 13

Paulo Vieira de Souza, operador financeiro ligado ao PSDB, foi preso. Operação 'Ad Infinitum' também cumpre 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo

 

Com G1

 

A Polícia Federal faz nesta terça-feira (19) a 60ª fase da Operação Lava Jato, denominada "Ad Infinitum". A PF cumpre um mandado de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão em São Paulo. O mandado de prisão é contra Paulo Vieira de Souza, operador financeiro ligado ao PSDB, que já foi indiciado em outras fases da Lava Jato.

 

Os mandados são cumpridos em endereços ligados a Paulo Vieira de Souza e ao ex-senador pelo PSDB Aloysio Nunes Ferreira Filho.

 

Depois da prisão ser cumprida, ele deve ser levado à sede da PF em São Paulo e, depois, transferido para a Superintendência da PF no Paraná. Além dos mandados, foram bloqueados ativos financeiros dos investigados.

 

A operação é feita com base em depoimentos de doleiros e funcionários da Odebrecht em fases anteriores da Lava Jato.

 

Segundo as primeiras informações divulgadas pela PF, o objetivo da operação é apurar um complexo e sofisticado método de lavagem de dinheiro envolvendo repasses milionários ao chamado Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. O esquema investigado operou entre 2010 e 2011, para que a empreiteira desse dinheiro a campanhas eleitoras e pagasse propina a agentes públicos e políticos no Brasil.

 

O nome da operação remete ao fato de o caso parecer tratar de mais uma repetição do modo de atuação de alguns integrantes da organização criminosa, remetendo a um ciclo criminoso que nunca termina.

 

Ao todo, 46 agentes da PF cumprem os mandados em dez locais, nas cidades de São Paulo, São José do Rio Preto, Guarujá e Ubatuba, todas em São Paulo. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba-PR. A operação é feita em cooperação com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

Posted On Domingo, 29 Novembro -0001 20:46 Escrito por O Paralelo 13

Confirmada. Com papel de protagonista na eleição de Bolsonaro, Bebianno agora é visto como persona non grata no bolsonarismo. Bolsonaro faz vídeo no qual explica o porquê da exoneração de Bebianno (assista no final da página)

 

Por Fábio Góis

 

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, confirmou há pouco a exoneração do agora ex-ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), um dos principais coordenadores da campanha eleitoral vitoriosa de Jair Bolsonaro. Em nota curta, o presidente se limita a agradecer pela dedicação do ex-aliado à frente da pasta e a desejar "sucesso na sua nova caminhada".

 

Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, Otávio também se restringiu ao anúncio da demissão. "O motivo da exoneração do ministro é motivo de foro íntimo do nosso presidente", declarou, acrescentando que o general Floriano Peixoto Vieira Neto será o substituto de Bebianno. O porta-voz se esquivou ainda de responder, por exemplo, à pergunta sobre a razão da demissão ou sobre as investigações de fraude eleitoral envolvendo o PSL, partido do presidente (leia mais abaixo).

 

Assim, com a chegada de Floriano Peixoto, o governo Bolsonaro chega ao seu oitavo membro das Forças Armadas entre os membros da equipe ministerial – militares, aliás, que têm ampliado espaço no governo. Em 9 de fevereiro, por meio do Twitter, o presidente anunciou o general Jesus Corrêa no comando do Incra o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – órgão que tinha, até a atual gestão, a reforma agrária como uma de suas principais atribuições.

 

Durante o anúncio da demissão, o porta-voz do governo, general Otávio Rêgo Barros, evitou dar detalhes sobre o rompimento da relação entre Bolsonaro e Bebianno. Uma das questões que ficaram sem resposta é a suspeita que recai sobre outro ministro a respeito das práticas eleitorais do PSL.

 

Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL) também é acusado de ter usado candidatas laranjas em benefício próprio em Minas Gerais. Reportagem da Folha publicada em 4 de fevereiro revelou que quatro candidatas do PSL em Minas receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido, por indicação do próprio Marcelo, justamente com o objetivo de disputar a eleição.

 

Marcelo também é presidente do diretório do PSL em Minas Gerais. Daquele total, informa a reportagem, R$ 85 mil foram destinados oficialmente a empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores do ministro. Bolsonaro não apresentou qualquer explicação sobre a razão de não dar tratamento isonômico aos casos, protegendo o ministro do Turismo.

 

A saída de Bebianno é concretizada às vésperas da apresentação da reforma da Previdência. O próprio Bolsonaro, segundo membros do governo, vai ao Congresso entregar o texto de quase 40 páginas com as sugestões de alteração nas regras de aposentadoria. O desafio agora é impedir que o desgaste causado pela crise envolvendo o ministro, suspeito de estar à frente de fraudes eleitorais, contamine o ambiente de votações no Parlamento.

 

Fator Carlos

A exoneração era dada como certa desde a última sexta-feira (15), quando veículos de imprensa começaram a noticiar a irreversibilidade da situação e o acirramento dos ânimos entre os ex-aliados. Bebianno desemprenhou diversas funções durante a campanha presidencial e até poucos dias atrás era um dos principais homens de confiança de Bolsonaro. A importância ficou explícita quando o agora ex-ministro foi alçado, interinamente, ao posto de presidente do PSL de Bolsonaro durante o pleito.

 

Nessa condição, era ele quem tinha a responsabilidade de capitanear o caixa de campanha e o manuseio do fundo partidário, justamente o elemento que culminaria com sua demissão: a acusação de que dinheiro público foi usado para justificar candidaturas laranjas. A denúncia, publicada em reportagem da Folha de S.Paulo, foi o estopim para a entrada do vereador Carlos Bolsonaro, filho de quem o nome sugere, entrar no circuito para desmentir Bebianno.

 

O ministro havia negado, em entrevista ao jornal O Globo, que vinha protagonizando uma crise no Palácio do Planalto em decorrência de denúncia publicada pela Folha. Segundo a reportagem, o PSL criou uma "candidata laranja" para usar R$ 400 mil da verba pública do fundo partidário –, Bebianno garantiu que conversou com Bolsonaro, por meio de mensagens, três vezes na última terça-feira (12).

 

"Não existe crise nenhuma. Só hoje falei três vezes com o presidente", disse Bebianno ao jornal fluminense, acrescentando que a suposta conversa foi por meio de mensagens de WhatsApp.

 

"Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: 'É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo [site] Antagonista'", declarou Carlos por meio do Twtitter. Instantes depois, na mesma rede social, Carlos Bolsonaro postou outro conteúdo (veja abaixo) com um áudio encaminhado por Bolsonaro a Bebianno.

 

 

"Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebianno o assunto exposto pelo O Globo como disse que tratou", reiterou o vereador fluminense. Na mensagem de voz em questão, o presidente se nega a conversar com seu ministro. "Gustavo, está complicado eu conversar ainda. Então não vou falar. Não vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Estou em fase final de exames para possível baixa hoje, tá ok? Boa sorte aí", afirma Bolsonaro no áudio.

 

Diante das mensagens públicas de "fritura" no transcorrer da semana passada, Bebianno passou a se queixar a aliados durante o fim de semana. Segundo os jornalistas Lauro Jardim (O Globo) e Gerson Camarotti (GloboNews), ele disse a interlocutores que se arrependeu de ter viabilizado a eleição de Bolsonaro e que o presidente é "um louco" e "um perigo para o Brasil".

 

Na última quinta-feira (14), em declaração à revista digital Crusoé, Bebianno já havia demonstrado que seria difícil continuar no governo. O ex-ministro disse à publicação que seu chefe vinha lhe dirigindo ataques públicos porque estaria com "medo de receber algum respingo" da denúncia sobre uma candidata laranja em Pernambuco. "Não sou moleque, e o presidente sabe. O presidente está com medo de receber algum respingo", fustigou.

 

Candidata fantasma

A reportagem da Folha informa que o PSL criou em Pernambuco uma "candidata laranja", nas eleições de 2018, para ter acesso a dinheiro público. Ela recebeu R$ 400 mil do PSL durante o pleito. E apenas 274 votos do eleitorado pernambucano.

 

Aos 68 anos, Maria de Lourdes Paixão concorreu ao posto de deputada federal. Desconhecida do público, inclusive regionalmente, ela foi a terceira mais contemplada em todo o país com verba do PSL – nem a famosa "digital influencer" Joice Hasselmann (PSL-SP), a deputada federal recém-eleita na condição de mais votada da história (1,079 milhão de votos), ou mesmo o presidente Jair Bolsonaro foram tão beneficiados quanto Maria de Lourdes.

 

Segundo a reportagem assinada por Camila Mattoso, Ranier Bragon e Joana Suarez, a direção nacional do partido enviou os R$ 400 mil do fundo partidário para a conta da candidata em 3 de outubro, a quatro dias da eleição do ano passado. Naquela ocasião, Gustavo Bebianno coordenava a campanha de Bolsonaro e reverberava as falas do presidenciável a respeito de luta contra a corrupção, honestidade e nova política.

 

"No caso de Lourdes Paixão, a prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL de Pernambuco, estado de Bivar, sustenta que ela gastou 95% desses R$ 400 mil em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos, tudo às vésperas do dia que os brasileiros foram às urnas, em 7 de outubro", diz trecho da reportagem, destacando que a candidata só teve acesso ao dinheiro três dias antes da eleição.

Posted On Terça, 19 Fevereiro 2019 06:24 Escrito por O Paralelo 13