Mesmo com expectativas favoráveis, apoio de setores da imprensa e a movimentação para garantir as reformas tão sonhadas pelo ‘mercado’, notadamente a trabalhista e a da previdência, a dupla Paulo Guedes/Bolsonaro não conseguiu fazer a economia andar

 

Por Jose Cassio

 

Pelo contrário: em menos de 14 meses de governo, o país registrou sua maior perda de investimentos num só dia, R$ 3,068 bilhões, na quarta, 26, desde o início da contabilização dos dados, em 1994.

 

No consolidado de 2019 e início de 2020, quase R$ 80 bilhões deixaram o país: 44,5 bilhões ano passado e R$ 34,908 bilhões entre janeiro e fevereiro de 2020.

 

Os investidores estrangeiros, segundo o UOL, retiraram R$ 3,068 bilhões da bolsa no retorno do feriado de Carnaval, em meio ao pânico generalizado com a rápida disseminação do novo coronavírus fora da China.

 

Naquele dia, o Ibovespa fechou em forte queda de 7%, aos 105.718,29 pontos, com giro financeiro de R$ 33,2 bilhões.

 

Em fevereiro, o saldo acumulado de recursos estrangeiros na Bolsa está negativo em R$ 15,750 bilhões, resultado de compras de R$ 190,150 bilhões e vendas de R$ 205,900 bilhões.

 

Em 2020, os estrangeiros já retiraram R$ 34,908 bilhões do mercado acionário brasileiro.

 

O montante já é equivalente ao saldo negativo registrado entre 2 de janeiro e 13 de novembro de 2019.

 

No fechado do ano, a saída de capital estrangeiro da bolsa totalizou R$ 44,5 bilhões.

 

A questão é saber até quando o país suporta a combinação explosiva de falta de credibilidade com desordem social e política e uma economia que não dá sinais de reação.

Posted On Domingo, 01 Março 2020 04:03 Escrito por

Pelo texto aprovado no fim do ano passado, o Congresso teria o controle de R$ 46 bilhões do Orçamento. Após um acordo costurado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, parlamentares cederam e aceitaram devolver R$ 11 bilhões para o controle do Executivo

 

Com Estadão Conteúdo

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), convocou sessão do conjunta do Congresso para a próxima terça-feira, 3, às 14 horas, para votação de vetos presidenciais. Entre eles, o de número 52, que é o veto parcial do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei que inclui o chamado Orçamento Impositivo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

 

Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo no início do mês, líderes de partidos estavam dispostos a derrubar os vetos de Bolsonaro no projeto que obriga o governo a pagar todas as emendas parlamentares neste ano.

 

Pelo texto aprovado no fim do ano passado, o Congresso teria o controle de R$ 46 bilhões do Orçamento. A proposta também previa regras mais rígidas para os pagamentos, como um prazo de 90 dias nos casos de emendas de relator e punições ao governo no caso de descumprimento.

 

Após um acordo costurado pelo ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, parlamentares cederam e aceitaram devolver R$ 11 bilhões para o controle do Executivo.

 

Líderes do Congresso também aceitaram em deixar de fora da lei o prazo de 90 dias e a previsão de punição.

 

Mesmo assim, o acordo foi criticado internamente por integrantes do governo. A crise eclodiu quando o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, acusou o Legislativo de "chantagear" o governo por recursos.

 

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que numa reunião com Bolsonaro ele chegou a falar em "golpe branco".

 

Em reuniões fechadas, Bolsonaro disse que não seria "refém do Congresso", nem uma "rainha da Inglaterra", sem poder de execução do Orçamento.

 

Insatisfeito com os termos do acordo, o presidente determinou uma nova rodada de negociações e ameaçou judicializar a questão, caso seus vetos sejam derrubados.

 

Vem pra Rua

Embora não tenha aderido às manifestações em defesa do governo e contra o Congresso Nacional e Judiciário marcadas para o dia 15, o Vem Pra Rua tem trabalhado pela manutenção do veto presidencial ao Orçamento Impositivo. O grupo, que ganhou projeção com o impeachment da ex-presidente da República Dilma Rousseff, criou o site veto52.com.br para pressionar congressistas a defender o veto de Jair Bolsonaro.

 

"O Congresso não pode tomar o controle sobre R$ 30 bilhões do orçamento. Não seja otário. Acesse", diz o grupo em publicações nas redes sociais.

 

No site, o movimento declara a intenção de "cobrar todos os parlamentares pela manutenção do veto 52" e apresenta listas dos deputados e senadores favoráveis, contrários e indecisos quanto ao veto.

 

A plataforma indica a quem acessá-la os dados de contato dos parlamentares, além dos inquéritos e processos que envolvem os políticos e que correm no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Também expõe em gráfico a evolução patrimonial de cada parlamentar e lista, mês a mês o valor usado pelo congressista da cota parlamentar.

 

 

Posted On Sábado, 29 Fevereiro 2020 07:35 Escrito por

Rendimento foi de R$ 1.438,67 por mês em 2019. No Rio, ganho sobe 11,4% ante o registrado em 2018, a 2ª maior alta, no Tocantins foi de R$ 1.055,60

 

Com Agência Brasil

 

O rendimento domiciliar por pessoa (per capita) do Brasil foi de R$1.438,67 por mês em 2019, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. O valor é 4,78% maior do que o registrado em 2018, sem considerar a inflação, que terminou o ano em 4,31%. Em 12 estados, a renda domiciliar per capita foi menor que o salário mínimo nacional, de R$ 998 no ano passado.

 

O rendimento domiciliar per capita é o resultado da soma da renda recebida por cada morador, dividido pelo total de moradores do domicílio. O cálculo inclui pensionistas, domésticos e seus familiares. Em 2018, 13 estados brasileiros possuíam renda domiciliar per capita menor que o salário mínimo nacional.

 

A desigualdade é explicada por fatores como a estrutura do mercado de trabalho e a taxa de desemprego de cada região (mais altas no Norte e Nordeste), o nível educacional da população e o tamanho das famílias.

 

A desvantagem econômica está concentrada em estado do Norte e do Nordeste, onde há o predomínio da informalidade. No ano passado, 11 estados já tinham mais informais do que formais.

 

Como nos anos anteriores, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento per capita, de R$ 2.685,76 em 2019. O valor mais elevado pode ser explicado pela concentração dos serviços públicos, cujos salários são mais elevados, na região.

 

Já o menor rendimento por pessoa foi observado no Maranhão, de R$ 635,59 por morador, o que representa menos da metade da média nacional.

 

No Rio de Janeiro, a renda domiciliar per capita subiu de R$ 1.698 para R$ 1.881,57 no ano passado, uma elevação de 11,4%. Foi a segunda maior elevação de rendimento entre os estados brasileiros, atrás apenas do Espírito Santo, que registrou de 14%.

 

Em São Paulo, estado mais rico do país, por sua vez, a alta foi de 2,51%, atingindo R$ 1.945,73

 

Os dados fazem parte da Pnad Contínua e servem para o rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), conforme definido pela Lei Complementar nº 143, de julho de 2013.

 

Os valores foram obtidos a partir dos rendimentos brutos efetivamente recebidos no mês de referência da pesquisa, acumulando as informações das primeiras entrevistas dos quatro trimestres da pesquisa.

 

Veja o rendimento nominal mensal domiciliar per capita em 2019, por estado:

 

Maranhão: R$ 635,59

Alagoas: R$ 730,86

Pará: R$ 806,76

Piauí: R$ 826,81

Amazonas: R$ 842,08

Amapá: R$ 879,67

Acre: R$ 889,95

Bahia: R$ 912,81

Paraíba: R$ 928,86

Ceará: R$ 942,36

Pernambuco: R$ 970,11

Sergipe: R$ 979,78

Roraima: R$ 1.043,94

Tocantins: R$ 1.055,60

Rio Grande do Norte: R$ 1.056,59

Rondônia: R$ 1.136,48

Goiás: R$ 1.306,31

Minas Gerais: R$ 1.357,59

Mato Grosso: R$ 1.402,87

Espírito Santo: R$ 1.476,55

Mato Grosso do Sul: R$ 1.514,31

Paraná: R$ 1.620,88

Santa Catarina: R$ 1.769,45

Rio Grande do Sul: R$ 1.842,98

Rio de Janeiro: R$ 1.881,57

São Paulo: R$ 1.945,73

Distrito Federal: R$ 2.685,76

 

Posted On Sexta, 28 Fevereiro 2020 13:49 Escrito por

Campanha nacional vai começar no dia 23 de março; objetivo é facilitar diagnóstico do coronavírus

 

Por Marcos Araújo

 

O Governo federal anunciou, na tarde desta quinta-feira (27), em coletiva de imprensa, que irá antecipar a campanha de vacinação da gripe em 23 dias, com início previsto para 23 de março. A decisão acontece após confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil. Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a importância da vacina contra a gripe está justamente em facilitar o diagnóstico do coronavírus. Segundo ele, os pacientes que já tiverem tomado a vacina, mas apresentarem sintomas gripais, devem procurar as unidades de saúde e fornecer essas informações, o que irá facilitar o diagnóstico do coronavírus, porque as doenças contempladas na vacina não serão consideradas.

Durante a coletiva, Mandetta pontuou que a campanha será realizada em nível nacional e ressaltou que a vacina deixa o sistema imunológico 80% protegido contra cepas virais que estão circulando e que são milhares de vezes mais comuns que o coronavírus. O ministro destacou ainda que, se o paciente relatar para o profissional de saúde, mesmo cerca de dois meses depois de receber a dose, que foi vacinado contra a gripe, irá auxiliar o raciocínio desse profissional para pensar na possibilidade de outras viroses, que não aquelas que são cobertas pela vacina.

Centro de monitoração dos casos de coronavírus

Durante a coletiva, o coordenador do Centro de Contingência montado pelo Governo federal, David Uip, explicou como funcionará o centro para monitorar casos suspeitos de coronavírus. Conforme ele, esse centro está formado por especialistas na área de infectologia. Uip afirmou que a primeira informação colhida é a de que o coronavírus não é novo, mas uma variação genética. “Vivemos isso com H1N1, com a dengue, com o sarampo, então nós estamos preparados para lidar com uma situação que é conhecida”, afirmou Uip, acrescentando que pacientes com complicações respiratórias deverão procurar um serviço de saúde. “A febre foi e voltou? Procure o atendimento. Começou a ter dificuldade para respirar? Procure um serviço de saúde”, completou.

 

Posted On Sexta, 28 Fevereiro 2020 03:48 Escrito por

Dados são referentes ao governo central, que engloba Tesouro, Banco Central e Previdência Social

 

Com  Agência O Globo

 

As contas públicas brasileiras encerraram janeiro com superávit de R$ 44,1 bilhões, informou nesta quinta-feira (27) o Tesouro Nacional. Os dados são referentes ao chamado governo central, que não inclui estados e municípios. O resultado positivo é o maior da série histórica, iniciada em 1997.

 

Tradicionalmente, as contas do governo central, que englobam Tesouro, Banco Central e Previdência Social, fecham no azul em janeiro. No ano passado, o superávit foi de R$ 30,03 bilhões.

Essa é a primeira divulgação do quadro fiscal do país em 2020. Em janeiro, o Tesouro informou que o governo fechou 2019 com um rombo de R$ 95 bilhões. O resultado veio pior que o previsto pela equipe econômica. Mesmo assim, foi o melhor em cinco anos e ficou dentro da meta estabelecida para o ano passado, que era de déficit R$ 139 bilhões. Para este ano, o limite é de R$ 124,1 bilhões.

No ano passado, o comportamento das contas públicas foi influenciado principalmente pelo dinheiro arrecadado com o megaleilão de petróleo na chamada área do excedente da cessão onerosa, que arrecadou cerca de R$ 70 bilhões em novembro.

 

Para este ano, não há previsão de um volume tão grande de receitas extraordinárias. Para equilibrar as contas, o governo conta com a aprovação da chamada proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, que autoriza cortes de salários e carga horária de servidores públicos. O impacto da aprovação da medida chegou a ser incluído no Orçamento aprovado no ano passado

 

Posted On Quinta, 27 Fevereiro 2020 13:56 Escrito por
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