ANÁLISE POLÍTICA NACIONAL
A semana que se avizinha pode ser uma das mais importantes da história do Brasil. A abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma, mesmo feita de forma hedionda e cheia de oportunismo e politicagem por Eduardo Cunha, deu início a uma corrida de negociações, negociatas e conversas de alcova que nem a grande mídia está conseguindo acompanhar da forma que gostaria.
Por Edson Rodrigues
Enquanto partidos de oposição ao governo se posicionam contra o impeachment, antigos aliados venais se distanciam do Planalto a despeito dos cargos que têm no governo, numa “dança das cadeiras” maluca para definir posicionamentos e dar respostas à opinião pública, que estão deixando os analistas políticos dos principais veículos de comunicação do País sem saber pra quem ligar ou pra que fonte recorrer.
O que era branco, ficou preto, o que era vermelho ficou azul e as cores partidárias vão-se misturando numa paleta de cores tão complexa que nem Picasso saberia a qual nuance recorrer para pintar o “quadro do panorama político brasileiro”.
O Paralelo 13, na busca incessante de deixar seus leitores bem informados destaca neste artigo os principais movimentos dos últimos dias, lembrando sempre ao eleitor que “política é como nuvem. Uma hora está de um jeito e, no momento seguinte, já mudou de forma”.
Então, vamos lá.
EDUARDO CUNHA, O FUNESTO PIVÔ DO IMPEACHMENT
Pela Constituição, coube ao comandante da Câmara dos Deputados aceitar ou negar os pedidos de impedimento apresentados contra o presidente da República. O deputado Eduardo Cunha deu seguimento ao recurso formulado pelo jurista Hélio Bicudo, pelo ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e pela advogada Janaina Paschoal. Eles alegam que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao praticar as chamadas pedaladas fiscais e gastar recursos sem a devida autorização prévia do Congresso. Caberá aos deputados corroborar tais alegações, o que levará à abertura de processo de impeachment contra a petista, ou rechaçá-las, o que resultará no arquivamento do caso. Em tese, será discutida uma questão meramente técnica. Na prática, o impeachment é um processo essencialmente político, que refletirá as convicções de cada parlamentar. Ao fim e ao cabo, são eles que decidirão se Dilma ainda tem condições e autoridade para continuar à frente do cargo para o qual foi eleita com 54 milhões de votos.
Um exemplo do que está por vir no terreno das manipulações pôde ser visto logo nos primeiros minutos após Eduardo Cunha anunciar a admissão do processo de impeachment. O deputado foi chamado de corrupto e chantagista e acusado de agir motivado pelo nada nobre instinto de vingança. Esses argumentos encontram amplo respaldo nos fatos, mas são usados de maneira ardilosa para tentar confundir os brasileiros. Dilma e Cunha são adversários figadais. A presidente disse que não era ladra, numa referência indireta ao fato de o deputado ter sido acusado de embolsar propinas do petrolão. Cunha reagiu, chamando a petista de "mentirosa" por ter declarado que jamais ofereceu a ele um acordo de proteção mútua.
A decisão sobre o futuro da presidente não cabe mais a Eduardo Cunha nem a negociatas de caráter pessoal. A presidente sabe disso e quer que o Congresso analise o seu impedimento o mais rapidamente possível. Os agentes econômicos concordam com esse sentido de urgência. O simples início da tramitação do caso fez a cotação do dólar cair e a Bolsa subir, puxada pela valorização das ações de empresas controladas pelo governo.
Toda essa situação mostra que Dilma está sitiada, acuada principalmente com ações do seu “criador” Lula, que se mostra mais preocupado, agora, em salvar sua tão amada e “ilibada” legenda, o PT.
Essa movimentação interna no PT, muito próxima do “fogo amigo”, indica que dificilmente Dilma permanecerá no poder, pois o apoio de Michel Temer, que a presidente contava como certo, fica cada dia mais longe, uma vez que seu vice-presidente acaba de fechar um acordo com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmim e com os senadores Aécio Neves, José Serra e Aluysio Nunes. Esse acordo inclui a promessa de que, uma vez empossado presidente da República, Teme não se candidataria a uma reeleição, deixando o caminho aberto para o PSDB, finalmente, emplacar seu presidente, ficando o PMDB novamente na situação de coadjuvante do poder e “arrendatário” de cargos e ministérios.
Essa movimentação de Temer mostra que o processo de debandada do PMDB do governo de Dima Rousseff está acelerado e que, mesmo com o monitoramento palaciano sobre a questão, o PMDB já definiu seu posicionamento.
KÁTIA ABREU, A FIEL
A única certeza do Planalto em relação ao PMDB é que a senadora e ministra Kátia Abreu permanecerá como ferrenha defensora do governo de Dilma Rousseff e, talvez, a única interlocutora entre as partes.
Kátia, assim como Marcelo Miranda, representam o Tocantins nesse processo e já manifestaram a sua fidelidade e contrariedade á ação de Cunha, ao impeachment, da maneira como foi colocado. Mas isso não significa que, em o rito do impeachment tendo continuidade, legitimado pela Justiça, ou a ação no TSE apontar para a queda de Dilma, os dois vão fincar o pé no apoio à Dilma.
O posicionamento de Kátia e de Marcelo é perfeito em relação à constituicionalidade e à maturidade política do dois.
Por mais que se tenha pressa em derrubar Dilma, eles estão do lado do respeito à constituição.
Se a situação se mostrar irreversível, eles terão feito sua parte pela democracia e estarão livres para se posicionar de acordo com os rumos da constitucionalidade aplicada ao caso.
AS SEMELHANÇAS COM COLLOR
O cenário do impeachment de Fernando Collor guarda semelhanças com o momento vivido hoje pela presidente Dilma Rousseff. Com a base política em frangalhos, Dilma, assim como Collor, terá de enfrentar um processo de impeachment em meio a uma crise econômica brutal. Em 1992, o ambiente inflamável embalava as manifestações de rua, exatamente como agora. Àquela altura, Collor amargava um índice de aprovação de apenas 9%, o mesmo ostentado por Dilma hoje.
Tal como Dilma e o PT, Collor também se dizia alvo de um golpe, apesar do caráter constitucional do processo. “As manobras para o meu afastamento interessam aos recalcados, complexados e invejosos que formam o sindicato do golpe”, afirmava o então presidente. Líder do PT, José Dirceu assumia postura oposta. “Não se faz impeachment na Câmara e no Senado. Ele acontece na sociedade”, disse o ex-ministro à época num discurso que hoje seria tachado de “golpista” pelos petistas.
Hoje, Dilma alardeia que “não é ladra”, mas há suspeitas de que sua campanha foi irrigada com dinheiro desviado do Petrolão. Mas o que pode derrubá-la é o crime de responsabilidade, fruto das manobras fiscais destinadas a maquiar o orçamento. Responsabilidade também nunca foi um predicado que pudesse ser atribuído a Collor.
A DIVISÃO PARTIDÁRIA
Mais que situação e oposição, o país se divide entre os que desejam e os que não desejam o impeachment de Dilma – e que exercerão pressão sobre o Congresso. Entre os que não querem sua queda estão, claro, os governistas, que desejam continuar no poder. Também grande parte dos oposicionistas – os que apostam numa vitória fácil em 2018, caso o governo mantenha o desempenho desastroso que vem tendo até agora, no segundo mandato de Dilma, com seus baixíssimos índices de popularidade. E também a fatia do setor produtivo que acredita que um impeachment abalaria ainda mais a confiança dos investidores em relação ao Brasil.
Entre os que defendem o impeachment estão os oposicionistas que querem logo assumir o governo, apesar de todos os problemas econômicos e políticos. A fatia do setor produtivo que acha que a falta de confiança no Brasil tem nome e sobrenome, Dilma Rousseff – e que a simples saída da presidente traria os investimentos de volta. E, paradoxalmente, uma fatia do governo que mantém o olho nas eleições de 2018. Eles acham que o impeachment de Dilma geraria uma narrativa conveniente para o próximo pleito, na qual o PT sairia como vítima de uma “conspiração das elites” – e essa narrativa pavimentaria o caminho de Luiz Inácio Lula da Silva de volta ao Planalto.
O país está dividido, e as paixões aflorarão ao longo das próximas semanas. Num momento grave como este, o impeachment repousa nas mãos dos deputados e posteriormente dos senadores, todos supervisionados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Que eles passem ao largo dessas paixões e decidam com serenidade. Manter a serenidade, neste momento, é também a missão da imprensa. Na edição de ÉPOCA desta semana, a partir da reportagem especial desta semana, você encontrará informação abundante para entender o momento histórico que o país vive. Informação que é essencial para formar opinião e também para melhor monitorar as atitudes dos representantes que – gostemos ou não deles – elegemos democraticamente. Eles têm nas mãos o destino do país.
A OPOSIÇÃO CONTRA O IMPEACHMENT
Partidos de oposição ao governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional, a Rede Sustentabilidade e o PSOL não apoiarão o pedido impeachment acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A decisão tem um peso simbólico, já que, juntas, as duas siglas somam apenas dez deputados – ao todo a Casa é composta por 513 parlamentares.
Já o PSB, que conta com 36 deputados federais e indicará quatro integrantes para a comissão que avaliará o impedimento, deve definir sua posição na segunda-feira. A maioria da cúpula do partido e os governadores rechaçam a iniciativa. A posição do líder da bancada, Fernando Bezerra Filho (PE), porém, ainda é uma incógnita. Caberá a ele a palavra final sobre os quatro nomes que representarão o PSB na comissão.
INGERÊNCIA DA JUSTIÇA
O presidente do TSE, Dias Tofolli, está indignado com os deputados do PT que anunciaram ter desistido depois que souberam que o relator do processo, no STF, seria o ministro Gilmar Mendes. Os deputados petistas Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS) tentaram desistir da ação que protocolaram no Supremo, quando o processo já tinha sido sorteado para a relatoria do ministro Gilmar Mendes.
“ É um desrespeito aos ministro do STF, ao próprio STF e ao Pode Judiciário Brasileiro”, condenou Tofolli.
Na sua avaliação, essa prática, de acionar o STF desde que quem ficar com a relatoria seja determinado ministro "é muito triste". Para Tofolli é preciso acabar com essa visão que os ministros do Tribunal decidem politicamente, pois ela é tomada tendo como base as leis e a Constituição.
“A parte não pode escolher o juiz. Tem que acabar com isso”, completou.
APOIO OPORTUNISTA E TROCA DE “ALVO”
Dirigentes dos partidos de oposição se reuniram com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Nela, a oposição teria se comprometido a votar a favor de Cunha no Conselho de Ética.
“O nosso foco é a Dilma. O nosso foco não é o Eduardo Cunha”, afirmou Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), prefeito de Salvador, conforme relato de um aliado do presidente da Casa.
Os líderes da oposição foram cumprimentá-lo pela decisão de aceitar o pedido de abertura de um processo de impeachment. Nessa conversa foi fechado um acordo pelo qual os partidos de oposição ficarão em silêncio e se abster de fazer discursos contra Cunha. Mas o presidente do PSDB, Aécio Neves, de olho na opinião pública, deu entrevista para dizer que o impeachment não muda a posição dos tucanos no Conselho de Ética.
Um dos presentes relatou que estavam nesse encontro os líderes Carlos Sampaio (PSDDB), Mendonça Filho (DEM), Rubens Bueno (PPS) e Paulinho da Força (Solidariedade). Eles avaliam que com o impechment a situação de Cunha vai melhorar.
“ Ele deveria visitar umas padarias para testar sua popularidade”, incentivou Paulinho.
A próxima etapa da campanha da oposição pelo impeachment será pressionar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Depende dele, manter o Congresso em funcionamento e garantir a contagem dos prazos (sessões). Os aliados de Cunha acreditam que Renan não vai assumir esse ônus. Por isso, apostam que ele vai suspender o recesso.
“ Essa decisão não é exclusiva do presidente da Câmara. Ela tem que ser adotada em conjunto com o presidente do Senado”, declarou Cunha em entrevista.
O PT TENTA SE SALVAR ISOLANDO DILMA
Primeiro foi Delcídio Amaral. Agora foi a vez de Cunha. Senadores e parcela dos deputados estão irados com o presidente da sigla, Rui Falcão. O comando petista está de olho na sobrevivência. O Planalto quer a governabilidade. A esquerda petista quer voltar a ter poder. Seus dirigentes estão na ofensiva, atribuem a crise interna à maioria. E sustentam que o PT e o governo Dilma precisam separar o joio do trigo.
“Não é de esquerda a tese segundo a qual, enquanto não restaurar-se a moralidade, locupletar-se é permitido”
Apesar de contar com uma certa maioria no papel, o governo Dilma enfrenta enormes resistências no Congresso. Tem aprovado a duras penas projetos relevantes. E, na reta final do ano, corre contra o tempo para garantir o funcionamento de sua gestão. Por isso, Dilma disse frase surpreendente, ontem, na reunião com líderes. “A gente está igual aos EUA, o Congresso americano parou o país”, afirmou Dilma. Ela fez referência à maioria do Partido Republicano contra o democrata Barack Obama. Os analistas dizem que o atual Congresso americano foi o que menos legislou na História. Por lá, governar com minoria não é um drama. Foi o que ocorreu nos mandatos de Ronald Reagan e Bill Clinton.
A manifestação de Rui Falcão, presidente do PT, deixou Eduardo Cunha, presidente da Câmara, apreensivo. Ele contava com o PT para sobreviver. Aos seus aliados, comentou que não tem dúvidas que Falcão estava a serviço do Planalto.
Os petistas avaliam que o presidente do PT, Rui Falcão, busca estabelecer algumas diferenças entre a sigla e o governo Dilma. Não era o partido que queria preservar Delcídio Amaral nem é quem quer salvar Eduardo Cunha. Os petistas alegam que têm pouca influência no governo e que a máquina está, na maioria dos postos-chave, com o PMDB.
POSSIBILIDADE DE RENÚNCIA
A vontade do PT, para evitar constrangimento, que o senador Delcídio Amaral renuncie ao mandato não é novidade. No governo FH, ACM (PFL) e Jader Barbalho (PMDB) renunciaram aos seus mandatos. O atual presidente da Casa, Renan Calheiros, já abriu mão de presidir o Senado para não ter seu mandato cassado.
Na reunião com a presidente Dilma, o relator Ricardo Barros pediu ajuda para resolver os pepinos do Orçamento. O líder do PMDB, Eunício Oliveira, interferiu: “Cada dia com sua agonia. Hoje, vamos nos concentrar na meta fiscal”.
Na Esplanada, ministros petistas dizem que o PT no Senado não tem condições de exigir nada. Mas eles levaram. Ricardo Berzoini deixou a escolha do novo líder do governo para 2016. O líder no Congresso, o petista José Pimentel, vai acumular. Enquanto isso, ninguém fala em renúncia.
TEMER SE POSICIONA DE FORMA TAXATIVA
A perspectiva de poder tornou o vice-presidente Michel Temer um personagem paradoxal. Ele se recusa a participar de qualquer articulação anti-impeachment. Simultaneamente, assegura: “Nesta situação tensa que existe no momento, não quero praticar deslealdade institucional. Isso eu jamais praticaria.”
Beneficiário direto do eventual impedimento de Dilma Rousseff, Temer se esquiva de tomar parte dos esforços para barrar o processo contra a presidente sob duas alegações: 1) esse tipo de atividade não se insere nas atribuições constitucionais do vice-presidente; 2) como o PMDB está dividido sobre a matéria, não poderia, como presidente da legenda, assumir a posição de um dos lados.
Submetido a uma espécie de degredo político, esquecido em seu gabinete no edifício anexo do Planalto, Temer foi subitamente revalorizado. Neste sábado (5), de passagem por Recife, Dilma dirigiu ao número dois do governo uma cobrança disfarçada de afago: “Espero integral confiança do Michel Temer e tenho certeza que ele a dará. Conheço o Temer como político, como pessoa e como grande constitucionalista.''
Como político, Temer fareja a possibilidade de encerrar uma carreira de três décadas sentado na poltrona de presidente da República. Como pessoa, Temer se envaidece com a possibilidade de ascensão. E parece nutrir uma preferência por substituir Dilma em vez de ajudá-la. Como constitucionalista, Temer enxerga no impeachment uma ferramenta prevista na Constituição, não um golpe.
“Seja sob o império da presidente Dilma ou de qualquer um que chegue ao poder, é preciso reunificar o país”, diz Temer. “Precisamos de uma aboluta pacificação nacional. Todas as mentalidades partidárias deveriam se unir. Seja agora, sob o império da presidente, ou sob qualquer outro império, tem que haver uma coalizão nacional. Até acho que, se a presidente Dilma fizesse essa coalizão nacional, com todos os partidos, o país sairia desse embaraço em que se encontra.”
Temer costuma realçar que o impedimento não é o único risco que ronda o Palácio do Planalto. “Tem também os processos do TSE, que podem cassar a chapa”, afirma, numa referência às ações que correm no Tribunal Superior Eleitoral, tendo como alvo a chapa de 2014, composta por Dilma e Temer. A cassação da chapa ocorrerá se for acolhida a denúncia do PSDB de que o comitê de campanha da presidente abusou do poder político e econômico, borrifando na caixa registradora da campanha verbas sujas da Petrobras.
Temer se equipa para sustentar no TSE a tese jurídica segundo a qual as contas de campanha de Dilma e a sua contabilidade eleitoral deveriam ser apreciadas separadamente. Alega-se que as verbas provenientes de propinas extraídas de negócios com a Petrobras não chegaram às contas de campanha do vice-presidente.
PRESSA NO IMPEACHMENT PARA NÃO SANGRAR
A estratégia do governo de propor o cancelamento do recesso parlamentar, apressando a tramitação do processo do impeachment, tem a ver com a contabilidade de votos pró-Dilma na Câmara. O tempo joga contra ela: quanto mais a comissão processante demorar para fazer seu trabalho, menos chances a presidente tem de manter-se no cargo. O governo ficará “sangrando” até a definição do impeachment.
A abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff já era mais que esperada. Foram muitos os pedidos assim como variadas as teses que os justificavam.
Por Edson Rodrigues
O “escolhido” pelo presidente do Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha foi a apresentado pelos juristas Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo, fundador do PT, certamente o mais bem elaborado entre os 34 recebidos.
A comissão que comandará o andamento do processo será formada hoje e o PT já prepara uma junta de advogados para apresentar a defesa.
Após o anúncio da abertura do processo de impeachment, a presidente deu entrevista coletiva onde se disse indignada com o fato e que o processo é uma tentativa de tirar da presidência quem foi “eleito democraticamente pelo povo”.
Dilma esqueceu que, assim como sua eleição, o processo de impeachment também faz parte da democracia e é inteiramente legítimo.
NOSSO PONTO DE VISTA
O que não é legítimo, em meu ponto de vista, é a forma com que o deputado Eduardo Cunha usou os pedidos de impeachment para se manter no cargo por meio de acordos espúrios e chantagem (não há outra palavra).
Acossado por acusações de enriquecimento ilícito, corrupção e falta de decoro parlamentar por ter mentido em uma CPI, Cunha vem mostrando a face mais podre da política nos últimos dias, desdenhando das acusações que pesam contra ele, fazendo pouco com da Justiça e agindo como se estivesse acima de tudo e de todos.
Na verdade, Cunha é um corrupto que usa seu conhecimento profundo das entranhas do submundo político para manter a cabeça “acima da lama”, na base do “se eu cair, não vou sozinho”.
Um dia depois de abrir o processo contra a presidente, Cunha foi alvo de declarações de ministros do Supremo Tribunal Federal – STF – que afirmaram que o deputado deve ser afastado da presidência da Câmara, pois, ante as acusações que pesam contra ele, não teria condições morais de conduzir um processo de impeachment.
Cunha vinha usando seu poder de abrir ou não o processo de impeachment, como moeda de troca com o PT, para que seu nome não aparecesse com destaque nas investigações da Operação Lava Jato. Por um tempo, Cunha conseguiu seu intento, mas como as investigações correm sem o controle do PT, o presidente da Câmara teve seu nome associado a diversas situações de corrupção, o que levou sua decisão de acatar o pedido apresentado pelos juristas Miguel Reale e Hálio Bicudo, a soar como uma resposta, uma retaliação contra o PT.
É por isso que falo, no título deste artigo, que os fins não justificam os meios.
O processo de impeachment é legítimo. Mas o motivo pelo qual virou realidade, esse é uma vergonha!
Quem viver verá!
Com bens bloqueados, ex-gestores do Igeprev são suspeitos de lavagem de dinheiro e podem ser presos a qualquer momento
Da Redação
Há muito se comenta que as gestões do Instituto de Previdência do Tocantins agiam de forma, no mínimo estranha. Aplicar dinheiro próprio em “fundos podres”, que não dão rentabilidade, é burrice. Mas aplicar dinheiro que serviria para garantir as aposentadorias dos servidores públicos e a tranqüilidade de suas famílias após anos de serviços prestados aos Tocantins, é crime. É amoral. É quase hediondo!
E foi isso que os ex-gestores do Igeprev fizeram com um dinheiro que não era deles. Além dessas aplicações mal intencionadas, alguns chegaram ao disparate de comprar mansões no Rio de Janeiro, adquirir resorts em estâncias turísticas e até comprar plantações de eucalipto no Sul do Brasil.
Desvendado pela Operação Miqueias da Policia Federal em 2013, o esquema foi usado por políticos e empresários para ocultar dinheiro de corrupção, segundo as autoridades. O Ministério Público no Tocantins já conseguiu bloquear R$ 250,8 milhões em bens de ex-gestores e empresas, responsáveis pela aplicação de recursos da previdência em fundos irregulares.
O próximo passo da operação é apresentar provas que levem esses ex-gestores à cadeia.
COMO O ESQUEMA FUNCIONAVA
Uma sindicância interna do Igeprev revela que o Instituto fez investimentos nos fundos sem qualquer análise de risco e fora dos limites permitidos por lei, além da concentração de recursos em fundos do mesmo grupo econômico, a BFG Porcão. Durante os exercícios financeiros de 2011 a 2014, os gestores movimentaram os ativos de toda a Carteira de Investimentos dos recursos do IGPREV-TO, que representaram R$ 3.350.554.087,93. Segundo o documento, 34 fundos eram irregulares.
Entre eles: seis eram fundos de investimento alvo das investigações que levaram a Polícia Federal a deflagar a Operação Miquéias em 2013: Adinvest Top, FI Diferencial, Fidc Trendbank Fomento Multisetorial, Vitória Régia, Patriarca Private. Três ex-presidentes do Igeprev já respondem pelas irregularidades na Justiça. Também são réus em todas as ações e tiveram bens bloqueados nas oito liminares o ex-presidente do Conselho de Administração do Igeprev e atual deputado estadual José Eduardo Siqueira Campos, filho do ex-governador Siqueira Campos.
O relatório também detalha os investimentos do IGPREV no fundo Viaja Brasil, que tinha como um dos principais investidores o doleiro Alberto Youssef, preso pela Operação Lava Jato. Juntos, os dois investidores respondiam por 85,4% do capital votante. Em 2013, o IGPREV investiu 13 milhões de reais no fundo. “Em síntese, tudo indica que os 13 milhões de reais, livres e disponíveis no caixa do IGPREV-TO, foram retirados pelos gestores a época e alocados a esse fundo, não com a finalidade de dar rentabilidade ao investidor, no caso o IGPREV, mas sim com o intuito de favorecer outros interesses, visto que não há registro de nenhuma prática cuidadosa que poderia ter mitigado o risco.”
A Comissão de Sindicância comprovou que “os então gestores compraram e venderam titulo públicos com os piores preços do dia, ou seja, comprando pelo valor maior do mercado e vendendo pelo menor do mercado, o que sugere conduta ilícita no intuito de obtenção de vantagem própria ou para terceiro”.
No total, o Ministério Público já ajuizou 10 ações civis públicas, que visam penalizar os responsáveis pelos investimentos e ressarcir aos cofres públicos.
Em quase um ano de gestão, diante de uma crise financeira no Brasil, bem como no Tocantins, o governo Marcelo Miranda bem mais que pago despesas tem buscado investir em diversas áreas e fomentar a economia do Estado.
Da Redação
Foto Thiago Sá
Em entrevista ao jornal O Paralelo 13, o secretário de infraestrutura, Sérgio Leão detalhou diversas obras que foram executadas, e estão em andamento neste 2015. Para Leão muito foi feito nos últimos meses no que se refere a infraestrutura do Tocantins, no entanto é preciso que a sociedade tome conhecimento das ações e projetos do Governo, só assim se consegue uma gestão democrática e transparente.
Segundo o secretário, a recuperação de rodovias foi um dos compromissos de campanha do Governador, que tem buscado melhorar de norte a sul do Estado as rodovias tocantinense, o que trará segurança e conforto a população. Sérgio Leão detalhou que a ação prioritária do Governo foi realizar operação de serviços tapa-buracos e roçagens. “No início do ano foram mais de 1.200Km em situação crítica. Trechos foram asfaltados, além da manutenção rotineira. A recuperação destas estradas com pavimentação custou cerca de R$ 10 milhões de recursos próprios”, pontuou.
“Recentemente o Banco Mundial autorizou a pavimentação de cerca de 1145km de pavimentação. A previsão é que em 2016 estas obras sejam iniciadas. Para o investimento serão gastos cerca de R$ 300 milhões”, frisou o secretário que explicou ainda que se necessário nestes trechos pontes e bueiros também são construídas.
Estradas Vicinais
Sobre as estradas vicinais, em execução por meio do PDRIS – Programa de Desenvolvimento Regional Integrado e Sustentável o secretário ressaltou que atualmente 42 municípios foram contemplados. “Nessas obras são realizadas todos os investimentos primários, como drenagens, aterros, pontes de 10 e 20 metros, e bueiros”. Além dos municípios os indígenas também receberão investimentos do PDRIS. “Inicialmente os Xerentes receberão ações no valor de R$ 200 mil reais, mas o objetivo é ampliar para todas as comunidades”, frisou. Atualmente são R$ 54 milhões que estão em execução com obras de infraestrutura em todo o estado.
Taipas
Sobre reclamação dos moradores de Taipas sobre as rodovias que ligam Taipas a Dianópolis e Conceição, Sérgio Leão garantiu que o Governo do Estado tem buscado recursos junto aos bancos para que os problemas sejam sanados. A dificuldade de acordo com ele tem sido na variação cambial, mas várias possibilidades são estudadas. “Não posso garantir que resolveremos o problema de imediato, mas temos buscado soluções principalmente junto aos bancos, por tal motivo precisamos aguardar a resposta dos Bancos, mas que certamente será positiva”.
Ponte de Porto Nacional
Sobre a construção da ponte de Porto Nacional, o Secretário explicou que ta burocracia inicialmente dificultou este processo. A licitação para construção da ponte foi iniciada na gestão passada, mas foi suspendida. Atualmente a cassação desta liminar foi suspendida, e os estudos retomados. A empresa esta organizando a documentação necessária, para que os trabalhos sejam iniciados de imediato. Hoje essa ponte tem capacidade para 30 toneladas, com sua reforma chegará a 90 toneladas o que auxiliará consideravelmente no escoamento de produção. A reforma da ponte será de R$ 101 milhões, cerca de 30% de desconto do valor inicial.
Jalapão
A região do Jalapão também será beneficiada, a determinação do Governador Marcelo Miranda é chegar às comunidades mais isoladas, para escoar a produção e fomentar o turismo. As rodovias são cruciais neste processo. Em Brasília estivemos com representantes do Banco de Desenvolvimento da América Latina, que demonstraram interesse em investir no Tocantins e financiar este projeto. São várias rodovias que ligam o Estado aos demais, a pavimentação e manutenção é um investimento vantajoso. Trata-se de um ganho para a região e todo o Estado. Precisamos tirar esses municípios do isolamento.
Os municípios de Mateiros e São Félix por exemplo tem um grande potencial turístico e também de produção de grãos. Esperamos que com a rodovia as riquezas passem por ali. Ainda no projeto está a construção de um aeroporto de aviões de pequeno porte para que o turismo também seja fomentado. Como todos sabemos o capim dourado é uma riqueza natural conhecida em todo o mundo. E a agroindústria tem um potencial enorme. Enquanto gestores comungamos do mesmo sonho do governador que é gerar benefícios para a população.
Nossa gestão é municipalista. O que nós temos a dizer é esperança e otimismo, a situação econômica é a mesma enfrentada em todo o País, MS consolidaremos o progresso e o desenvolvimento. Hoje agradeço a cada servidor do Estado que apesar das dificuldades enfrentadas tem trabalhado para viabilizar vários projetos. Principalmente ao apoio a linha de frente que tem trabalhado na recuperação de rodovias. Para os empresários peço ousadia para investir no Tocantins produzir e ampliar as ares de plantio, porque daremos estrutura para escoarem a produção, concluiu o secretário de infraestrutura Sérgio Leão.
O momento político vivido nos bastidores de Brasília, nesta semana, ganharam ares de tragédia grega com a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do PT no Congresso, flagrado em gravações articulando uma fuga cinematográfica de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, preso pela Operação Lava Jato e um dos arquivos mais valiosos de informações comprometedoras sobre todos os malfeitos do PT.
A gravação, por incrível que pareça, foi feita pelo próprio filho de Cerveró, em uma reunião que tinha como único objetivo tramar uma fuga “seja por que via fosse”, para evitar que o acusado acabasse sendo seduzido pelos benefícios da delação premiada.
Delcídio Amaral era um dos mais renomados quadros do PMDB e trocou o partido pelo PT há alguns anos. Tido como um senador boa-praça, amigo da imprensa, era considerado um dos poucos políticos brasileiros que tinham ar de honestidade e retidão.
Responsável por uma série de acordos e pactos entre o PT e os demais partidos, era o porta-voz do Planalto junto ao Congresso Nacional.
Agora, Delcídio é considerado o “inimigo número um” do PT, por saber demais, por ter intermediado todos os acordos do partido – dos sérios aos escusos, incluindo Petrolão, Pasadena e BNDES. Sua prisão está, literalmente, tirando o sono da cúpula do PT, incluindo o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff.
O grande problema é que Delcídio já se disse abandonado pelos “companheiros”. E tem razão: o ex-presidente Lula já o chamou de idiota por ter sido flagrado em uma escuta e o partido publicou uma nota em que sustenta que o senador deve ser expulso sumariamente do partido.
Analistas políticos avaliam a reação do PT como “mais idiota ainda que a de Delcídio, pois vão criar um clima perfeito para que, abandonado, Delcídio decida falar tudo o que sabe. E ele sabe muito!
Em reportagem na revista Veja que circula hoje, Delcídio é chamado de “a testemunha” e sua esposa já teria pedido que ele propusesse a “delação premiada”, para ter sua pena diminuída.
Traduzindo em miúdos, podem-se esperar muitas surpresas a partir da prisão de Delcídio do Amaral.
BUNLAI
Outra prisão que aumentou o grau de fervura dos nervos da cúpula do PT. Amigo pessoal de Lula e autor de vários “empréstimos” nebulosos que favoreceram o ex-presidente e o governo do PT, José Carlos Bunlai foi preso na última terça-feira. O fato é considerado o sinal mais eloquente, até agora, de que a Operação Lava Jato , conduzida pelo juiz Sérgio Moro , mira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Amigo de Lula e com livre acesso ao Palácio do Planalto, durante os anos em que o ex-sindicalista o ocupou, Bumlai é acusado de participar de fraude envolvendo o contrato de um navio-sonda. “É uma pancada muito forte no governo e no Lula”, afirma o cientista político Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice.
Homem de idade avançada, analistas o avaliam como uma pessoa de pouca capacidade de suportar as pressões de uma prisão e, considerado por quem o conhece como “língua solta”, afeito a bravatas, Bunlai pode soltar o verbo e complicar muito a vida do PT.
LULINHA
O relatório final da Polícia Federal no inquérito da Operação Zelotes que investigou os negócios de Luis Cláudio Lula da Silva, filho do expresidente Lula, concluiu que ele se baseou em "meras reproduções de conteúdo disponível" na internet, "em especial no site Wikipédia", para produzirtrabalhos que, segundo ele alegou à PF, justificariam o recebimento de R$ 2,5 milhões da firma do lobista Mauro Marcondes Machado.Ao final dessa parte da investigação, entregue nesta semana ao MinistérioPúblico Federal, a PF decidiu abrir um inquérito específico para aprofundar a apuração acerca dos pagamentos à empresa de Luis Cláudio, a LFT Marketing Esportivo.
Luis Cláudio entrou no radar da Zelotes após a quebra do sigilo bancário da microempresa do lobista, a Marcondes & Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa. Os registros mostraram pagamentos a partir de 2014 no total de R$ 2,5 milhões e na mesma época em que o lobista recebeu R$ 16 milhões de duas empresas interessadas em benefícios fiscais do governo federal.
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MINISTRO GILMAR MENDES DIZ QUE PAÍS ESTÁ “ÁVIDO POR UMA SAÍDA”
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e vicepresidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, afirmou que é claro que os brasileiros devem estar apreensivos com o momento de crise que vive o País e ávidos por soluções.
"Devemos certamente estar apreensivos no momento atual e certamente ávidos para encontrar uma fuga pra frente", disse o ministro em palestra na Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), sobre reforma eleitoral. Mendes disse que, apesar desse sentimento de busca ávida por adequações institucionais, o País tem um histórico positivo de 30 anos de democracia.
Ele lembrou a fala do expresidente Fernando Henrique Cardoso de que hoje, ao menos, no momento de crise, ouvimos nomes de juízes em vez de ouvirmos nomes de generais, o que é um sinal positivo em termos de fortalecimento das instituições. O ministro avaliou que "talvez o grande desafio hoje esteja concentrado na reforma do sistema eleitoral" e afirmou que falta vontade política aos governos para avançar nesse ponto. "O governo tem outros compromissos e não quer gastar sua energia política com essetema", afirmou, argumentando também que políticos têm "desconfiança" em alterar o sistema que os elegeu, seja em termos de financiamento de campanha ou de sistema de votação passando a distrital ou lista fechada, por exemplo.
Gilmar Mendes disse não ter uma posição se seria melhor o financiamento público ou fechado, mas avaliou que essa definição deveria ser feita depois de se decidir a alteração sobre o sistema de votação. Para ele, se passarmos à votação em lista fechada, o País poderia adotar o financiamento exclusivamente público. "Não podemos desde logo dizer que vamos ter financiamento público e continuar com o sistema de lista aberto que está aí."
E, FINALMENTE, DILMA DÁ A SUA “CONTRIBUIÇÃO”
Mesmo em meio à tamanha desconfiança e insatisfação por parte da população com os políticos, em especial, com o PT e com o Planalto, a presidente Dilma Rousseff resolveu testar a resiliência e a paciência do povo brasileiro: ao invés de cortar gastos públicos – como a compra de talheres de prata para o cerimonial do Palácio do Planalto, no valor de 300 mil reais – ela anunciou um pacote de corte de recursos de 10 bilhões de reais.
Dilma Rousseff editará na próxima segunda-feira (30) um decreto para contingenciar mais de R$ 10 bilhões do Orçamento da União, informou nesta sexta (27) a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. Esse será o terceiro corte no ano.
O governo ainda não divulgou que gastos serão afetados, mas o relatório de receitas e despesas do Orçamento, enviado no último dia 20 pelo governo ao Congresso Nacional, já alertava para o risco de "graves consequências para a sociedade", como a interrupção de serviços públicos, em caso de um novo contingenciamento, e que um corte de R$ 10 bilhões significaria o bloqueio praticamente total de todas as despesas discricionárias (não obrigatórias) da máquina pública.
O novo bloqueio, o terceiro do ano, acontece em meio as dificuldades do governo de garantir no Congresso Nacional a aprovação da revisão da meta fiscal para 2015 e, em afetando serviços essenciais à população, como é previsto, não se sabe qual será a reação pública a mais esta “solução” encontrada pela presidente.
Quem viver verá!