Brasil ultrapassou 177 mil vítimas, com 426 registradas nas últimas 24 horas
Por iG Saúde
O Brasil registrou, nesta segunda-feira (7), 20.371 novos casos e 376 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Até agora, foram confirmados 6.623.911casos acumulados e 177.317 vidas perdidas desde o início da pandemia. Já a média móvel de mortes, também verificada pelo boletim, continuou a subir e foi de 600. A média móvel de casos ficou em 41.148.
A contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.
O ranking de número de mortes segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 43.040 óbitos causados pela Covid-19. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 23.151 mortes, seguido por Minas Gerais (10.341), Ceará (9.704), Pernambuco (9.170).
Os estados que registram maior número de casos são: São Paulo (1.288.878), Minas Gerais (442.186), Bahia (424.704), Rio de Janeiro (371.376) e o Ceará (304.714).
Desde o início de junho, o Conass divulga os números da pandemia da Covid-19 por conta de uma confusão com os dados do Ministério da Saúde. As informações dos secretários de saúde servem como base para a tabela oficial do governo, mas são publicadas cerca de uma hora antes.
Mais de 67 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo. Do total de doentes, mais de 1,5 milhão morreram, segundo a Universidade Johns Hopkins. O Brasil segue como o terceiro país do mundo em número de casos de Covid-19 e o segundo em mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.
País tem 176.962 óbitos registrados e 6.602.942 diagnósticos de Covid-19 desde o começo da pandemia
Com Agências
A média móvel de mortes por covid-19 no Brasil neste domingo ficou em 588, a mais alta em quase dois meses. De acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de comunicação, o número é o maior desde 11 de outubro, quando a média foi de 590. Também indica alta de 18% em relação aos últimos 14 dias. O consórcio, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, computou 321 novos óbitos e 26.243 novos casos nas últimas 24 horas no País. O balanço é feito a partir de dados divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde.
Pandemia de covid-19 segue e cuidados devem permanecer © Daniel Teixeira / Estadão Pandemia de covid-19 segue e cuidados devem permanecer
No total, o Brasil chegou a 176.962 mortes e 6.602.942 casos confirmados de covid-19. De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, o País tem 5.776.182 recuperados da doença, enquanto outros 650.417 seguem em acompanhamento médico.
São Paulo
O Estado de São Paulo contabilizou neste domingo 43.015 mortes e 1.287.762 casos confirmados de covid-19. Em 24 horas, foram registrados 46 óbitos e 2.675 casos. Os dados costumam ser mais baixos no final de semana, dado o atraso no registro e em notificações.
A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 55,58% no Estado e de 62,2% na Grande São Paulo. De acordo com o balanço da Secretaria Estadual da Saúde, 4.384 pacientes estão em leitos de unidades de terapia intensiva, entre casos confirmados e suspeitos. Em enfermaria, estão internadas 5.950 pessoas. Ainda segundo os dados, 1.141.481 pessoas já se recuperaram da doença e 138.352 tiveram alta hospitalar.
Parceria
O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia. E se manteve mesmo após a manutenção dos registros governamentais.
Em seu balanço do dia, o Ministério da Saúde informou que o Brasil contabilizou 313 novas mortes por covid-19 neste sábado, além de 26.363 novos casos. No total, são 6.603.540 pessoas com diagnóstico confirmado e 176.941 mortes pela doença.
Presidente disse que discurso do "fica em casa" não deu certo e que governo federal "ultrapassou" a capacidade de endividamento com auxílio
POR MAYARA OLIVEIRA
Opresidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta sexta-feira (4/12) que, caso estados e municípios optem por um novo fechamento de comércio e estabelecimentos em razão da segunda onda da pandemia do coronavírus, o governo não terá mais como socorrê-los com o pagamento do auxílio emergencial.
De acordo com Bolsonaro, o “fica em casa e economia vem depois” não deu certo. Ele disse que as consequências só não foram mais “danosas” porque o governo realizou o pagamento do benefício, mas que a União “ultrapassou a capacidade de endividamento”.
“Os números agora apontam que o Brasil está voltando à normalidade. Mas não podemos fechar de novo tudo. Se fechar, o governo não tem mais como socorrer a esses necessitados [beneficiados pelo auxílio emergencial]. Ultrapassamos a nossa capacidade de endividar”, afirmou o presidente.
A “normalidade” à qual Bolsonaro se refere foi confirmada no dia anterior, depois de o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 7,7% no 3º trimestre, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, confirmando a saída do país da chamada “recessão técnica”.
A expansão da economia foi recorde no terceiro trimestre, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas vistas no ápice da pandemia de coronavírus no país. Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre totalizou R$ 1,891 trilhão.
Vacina eficaz
Durante o evento, Bolsonaro ainda disse que pessoas mais idosas e que possuam alguma comorbidade “devem se cuidar até que apareça uma vacina confiável e certificada” pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou, ainda, um “remédio cientificamente comprovado como eficaz”.
Apesar de a hidroxicloquina não ter a eficácia comprovada contra a Covid-19, o presidente voltou a defender o medicamento.
Na quarta (2/12), ao conversar com apoiadores, Bolsonaro disse que após a compra de uma vacina contra a Covid-19, se alguém tiver algum efeito colateral decorrente da vacinação, não poderá cobrar dele.
“Vamos supor que em uma das cláusulas da vacina que eu vou comprar […], vamos dizer que lá no meio tá escrito o seguinte: ‘Nos desobrigamos de qualquer ressarcimento, de qualquer responsabilidade com possíveis efeitos colaterais imediatos ou futuros. E daí, vocês vão tomar a vacina?”, indagou o presidente aos simpatizantes, no Palácio da Alvorada.
“Eu vou mostrar todo o contrato para vocês. Quem tomar, vai saber o que está tomando e as consequências. Se tiver um problema, um efeito colateral qualquer, já sabe que não vão cobrar de mim porque eu vou ser bem claro”, prosseguiu.
Atualmente, quatro vacinas estão na fase 3 de testagem em humanos no Brasil. São elas:
AstraZeneca + Universidade de Oxford: 70% de eficácia, com uma variação de 62% a 90% de acordo com a dose aplicada.
CoronaVac: ainda sem a taxa de eficácia divulgada.
Pfizer + BioNTech: 95% de eficácia e mais de 94% eficaz em idosos acima de 65 anos, segundo dados preliminares da fase 3.
Janssen: ainda sem a taxa de eficácia divulgada.
Plano de vacinação
Na terça (1º/12), o Ministério da Saúde divulgou os primeiros pontos da estratégia “preliminar” para a vacinação da população. Segundo a pasta, o plano será dividido em quatro etapas:
Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena.
Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos.
Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares).
Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.
Uso emergencial da vacina
Nesta quarta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou que vai aceitar que empresas desenvolvedoras de vacinas contra a Covid-19 solicitem o “uso emergencial” no Brasil. De acordo com a agência, o uso emergencial será restrito a vacinas que já estão em testes no país.
Veja os principais pontos:
Cada pedido deve ser feito pela empresa desenvolvedora e será analisado de forma independente;
Decisão será tomada pela Diretoria Colegiada da Anvisa;
Serão considerados estudos não-clínicos e clínicos (em humanos);
Serão itens avaliados: qualidade, boas práticas de fabricação, estratégias de monitoramento e controle, e resultados provisórios de ensaios clínicos;
Empresa interessada deverá comprovar que a fabricação e a estabilidade do produto garantem a qualidade da vacina;
Estudo clínico na fase 3 – última etapa de testes – deve estar em andamento e conduzido também no Brasil;
Vacina com uso emergencial liberado não pode ser comercializada, ela só pode ser distribuída no sistema público de saúde;
Liberação de uso emergencial pode ser revogada pela Anvisa a qualquer momento.
Apesar dos critérios, a Anvisa ressaltou que a vacina só será liberada para o público previamente definido e testado nos estudos.
A última vez que o país havia contabilizado mais de 750 mortes em um dia foi em 18 de novembro. Desde o início da pandemia, 175.270 pessoas perderam a vida pelo vírus e 6.487.084 de brasileiros foram infectados
Por Maria Eduarda Cardio
O Brasil retornou nesta quinta-feira (3/12) ao triste patamar de 700 mortes diárias pelo novo coronavírus. A atualização do Ministério da Saúde registrou 755 óbitos por covid-19 e 50.434 novas infecções. Com os acréscimos, o país ultrapassou a marca de 175 mil vítimas do Sars-CoV-2. Desde o início da pandemia, 175.270 pessoas perderam a vida para a doença e 6.487.084 foram infectadas.
A última vez que o país havia registrado mais de 750 mortes em um dia foi em 18 de novembro. Com o aumento de casos e mortes vistos nas últimas semanas epidemiológicas, o país se aproxima da marca de 200 mil mortes. Atualmente, somente os Estados Unidos ultrapassaram a marca, ao somar 274.648 óbitos pela covid-19, segundo a Universidade Johns Hopkins.
De acordo com o Portal Covid-19 Brasil, iniciativa formada por pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP), o Brasil deve atingir 200 mil mortos na primeira quinzena de dezembro, no dia 11.
Com os acréscimos diários estabelecidos em um alto patamar novamente, a média móvel de casos e mortes segue crescendo. De acordo com análise do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), por dia, morrem 544 pessoas e há acréscimo diário de 40.409 casos. O acréscimo de casos diários na faixa de 40 mil era visto no final de agosto e início de setembro.
Segundo o Ministério da Saúde, 88,3% dos infectados, ou seja, 5.725.010 de pessoas, estão recuperadas da doença. Outras 586.804 pessoas, que correspondem a 9% dos diagnósticos positivos, ainda estão em acompanhamento.
Boletim epidemiológico
Nesta quinta-feira, em coletiva de imprensa, a pasta voltou a apresentar o boletim epidemiológico. “Quero lembrar que a gente ficou duas ou três semanas sem apresentar o boletim porque tivemos o ataque hacker por volta do final da 45ª semana. E, entre a 46ª e a 47ª, nós ainda estávamos com os dados muitos instáveis para ter uma segurança e esperamos estabilidade”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.
Segundo Medeiros, a queda vista da 44ª semana para 45ª e o aumento da 45ª para 46ª refletem a demora na estabilização da notificação dos dados. No entanto, ao falar sobre a última semana concluída, a 48ª, que abrange de 22 a 28 de novembro, o secretário indicou que houve aumento de 17% dos registros de novos casos em relação à penúltima. Também houve acréscimo de 7% no número de mortes de uma semana para outra.
"Houve um recrudescimento de casos nas últimas duas ou três semanas e isso ficou muito mais sensível em algumas regiões brasileiras, como na região Sul. Portanto, não acho que é uma segunda onda especificamente, mas o recrudescimento de casos em algumas regiões brasileiras", declarou Medeiros.
Dois homens foram presos, incluindo um policial militar de folga
Com Agência da PF
A Polícia Federal (PF), na noite de terça-feira (1/12), executou a maior apreensão de Cloridrato de Cocaína (forma mais pura e valiosa da droga) já realizada no Estado do Rio de Janeiro e uma das maiores do país: um montante de 2,5 toneladas de cocaína. A operação foi executada no município de Duque de Caxias/RJ.
Um galpão na Baixada Fluminense, assegurado por dois homens, guardava a droga sob a forma de cloridrato de cocaína, que, segundo os agentes da PF, é a forma mais pura. Os dois homens foram presos.
Um dos detidos é um policial militar, de 41 anos, que estava de folga e fazia a segurança do galpão. Com ele, foram apreendidos uma pistola, um revólver e um rádio comunicador. O outro preso estava com a droga no interior do galpão. A pena pode chegar a 15 anos de prisão.
Segundo as investigações da delegacia, as substâncias encontradas foram submetidas a uma perícia preliminar, e o resultado foi positivo para cocaína.
De acordo com a Justiça, cada quilo do entorpecente pode ser vendido por US$ 5 mil (R$ 26 mil, na cotação atual) no Rio de Janeiro, e entre € 25 mil e € 30 mil (entre R$ 157 mil e R$ 188 mil) na Europa.
A PF apreendeu, na noite de ontem (1º), cerca de 2,5 toneladas de cocaína, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense/RJ. Trata-se da maior apreensão de Cloridrato de Cocaína (forma mais pura e valiosa da droga) já realizada no Estado do Rio de Janeiro e uma das maiores da país.
— Polícia Federal (@policiafederal) December 2, 2020