A chave da sucessão estadual continua nas mãos de Wanderlei Barbosa e a infelicidade de Dorinha Seabra

Posted On Terça, 19 Agosto 2025 06:36
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Por Edson Rodrigues

 

 

O processo sucessório das eleições estaduais de 2026 se antecipou e trouxe estremecimento político dentro da base governista. Ainda assim, o patrimônio político do governador Wanderlei Barbosa lhe garante condições de decidir, até 4 de abril, se permanece no cargo ou se renuncia para disputar uma vaga ao Senado, posição que, pelas circunstâncias, já lhe parece praticamente assegurada no pleito.

 

Com longa trajetória na vida pública, todos os mandatos conquistados pelo voto popular, Wanderlei Barbosa percorreu uma jornada que vai de vereador em Porto Nacional e Palmas, presidente da Câmara Municipal de Palmas, deputado estadual por diversas vezes, vice-governador e, finalmente, governador reeleito. Hoje, goza de uma aprovação superior a 80%, índice que reforça sua imagem de liderança firme e de posição.

 

 Governador Wanderlei Barbosa 

 

Nesse contexto, o governador já tem o seu candidato para a sucessão: o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Amélio Cayres. O parlamentar tem percorrido os 139 municípios do Tocantins, em agendas conjuntas com o governador ou ao lado de outros colegas deputados, participando de inaugurações de obras e assinaturas de ordens de serviço. O movimento deixa claro que o Palácio Araguaia terá candidatura própria em 2026.

 

Amélio Cayres não caminha sozinho. Além do apoio declarado de Wanderlei Barbosa, conta com a maioria absoluta da Assembleia Legislativa, com prefeitos, vereadores e com o respaldo de diversos partidos políticos que sustentam o governo. A soma dessas forças lhe assegura, desde já, um espaço consolidado no inevitável segundo turno das eleições.

 

Áudios de Dorinha vazou por interlocutor

 

 

No entanto, o cenário político ganhou novos capítulos neste último fim de semana. Um áudio, supostamente gravado pela senadora Professora Dorinha Seabra, pré-candidata ao governo, veio a público. Em uma conversa privada, Dorinha mencionou assuntos envolvendo pré-candidatos ao Senado e ao governo, além de temas delicados da política tocantinense. No áudio, citou nominalmente três jornalistas — Cleber Toledo, Luiz Armando e Edson Rodrigues — insinuando que estaríamos sendo pagos, com recursos da Assembleia e do Governo do Estado, para desconstruir sua candidatura e favorecer Amélio Cayres.

 

Em gesto de grandeza, a senadora nos procurou para pedir desculpas pelo episódio e reconhecer o equívoco. Para nós, do Paralelo 13, o assunto se encerra aqui. Mas fica o alerta aos políticos, uma vez que é necessário o máximo de cuidado para não incorrer em infidelidades como essa, que colocam em risco trajetórias e credibilidades.

 

Ressaltamos que os demais assuntos tratados no áudio já são de conhecimento público e não nos cabe explorá-los. O que nos importa é reafirmar a posição editorial do Paralelo 13. Há 39 anos, nossa família, Edivaldo Rodrigues (editor), Edimar Rodrigues (diretora de finanças) e este que vos escreve, presidente do jornal, trabalha com humildade e seriedade, sustentando uma empresa de jornalismo e publicidade que honra seus compromissos: custos de pessoal, impostos municipais e federais, manutenção e parcerias legítimas com Governo, Assembleia, prefeituras e empresários.

 

bandeira de liberdade de expressão é um símbolo de liberdade pessoal utilizado para promover a liberdade de expressão

 

Jamais recebemos imposições de qualquer cliente ou parceiro para desconstruir candidaturas, atacar pessoas ou autoridades. Neste caso, podemos afirmar com veemência que nem o Governador Wanderlei Barbosa, o secretário de Comunicação Márcio Rocha, tampouco o presidente da Assembleia Legislativa Amélio Cayres exigiu qualquer linha editorial contra a senadora Professora Dorinha ou outro pré-candidato ao governo do Estado ou outro cargo. Sempre fomos tratados com ética, parceria e respeito. Não permitimos, e nunca permitiremos, que alguém interfira em nossa linha editorial, algo inegociável. Nas páginas impressas e online do Paralelo 13, a senadora Dorinha sempre recebeu espaço para notícias positivas, assim como qualquer liderança que atue no interesse público.

 

Por isso, escrevemos este Olho no Olho, uma vez que o fato tornou-se público e envolveu nosso nome. Temos, antes de tudo, o dever de dar satisfação aos leitores, colaboradores e parceiros que acompanham nossa história.

 

Seguimos de cabeça erguida, certos de que praticamos jornalismo democrático, com responsabilidade e a plena garantia da liberdade de expressão.

 

 

Última modificação em Terça, 19 Agosto 2025 07:09
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