Encontro com ministros aconteceu em julho daquele ano

 

Com Estadão Conteúdo e STF

 

 

Para Jair Bolsonaro, o cenário político do país havia mudado desde 2018, quando venceu as eleições presidenciais. "Vocês sabem o que está acontecendo. Achando que esses caras estão de brincadeira?", disse Bolsonaro, referindo-se a atores da política nacional que estariam corroborando com uma iminente fraude no sistema eleitoral.

 

"Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar, levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?", questionou o então presidente, ao que os presentes no encontro permaneceram calados. Além de exigir ação imediata dos presentes no encontro, Bolsonaro afirmou que, a partir daquele momento, passaria a exigir dos ministros que concordassem com as suas alegações a respeito das falibilidade das urnas eletrônicas. Quem discordasse dele estaria "no lugar errado".

 

"Se não tiver argumento pra me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Tá no lugar errado. Se tá achando que eu vou ter 70% dos votos e vou ganhar como ganhei em 2018, e vou provar, o cara tá no lugar errado", disse o presidente na reunião de julho de 2022.

 

Presidente exigiu 'desvio de finalidade' dos ministros, diz Moraes

 

Para o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou os mandados de busca e apreensão da Operação Tempus Veritatis, a exigência de Jair Bolsonaro aos seus ministros demonstra "total desvio de finalidade" das funções dos cargos públicos. O então presidente estaria, segundo Moraes, ordenando a promoção de "desinformações e notícia fraudulentas" quanto ao sistema eleitoral.

 

"Nesse sentido, o então presidente da República exige que seus ministros - em total desvio de finalidade das funções do cargo - deveriam promover e replicar, em cada uma de suas respectivas áreas, todas as desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistema de votação, com uso da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos e dissociados do interesse público", disse Moraes em trecho do despacho que autorizou buscas nos alvos investigados pela PF.

 

 

Posted On Sexta, 09 Fevereiro 2024 15:01 Escrito por

Podemos, PSB, PP e Rede entraram com ações diretas de inconstitucionalidade no STF contra o atual sistema que define deputados federais

 

Por Isadora Teixeira

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou, nesta quinta-feira (8/2), o julgamento que pode anular a eleição de sete deputados federais. A discussão sobre as ações que questionam a regra atual de distribuição das chamadas “sobras eleitorais” entre os partidos políticos será retomada no próximo dia 21.

 

As siglas Podemos, PSB, PP e Rede entraram com ações diretas de inconstitucionalidade (ADIs) no STF contra o atual sistema de definição dos parlamentares.

 

Os partidos questionam a exigência de desempenho de 80% do quociente eleitoral – número de votos válidos obtidos dividido pelo número de vagas disponíveis – para que as legendas possam concorrer aos postos remanescentes de deputado federal, estadual e distrital.

 

Além disso, a regra atual prevê que os candidatos devem alcançar, individualmente, 20% do quociente eleitoral.

 

O caso começou a ser julgado em abril de 2023, mas acabou suspenso duas vezes após pedidos de vista dos ministros Alexandre de Moraes e André Mendonça. Até o momento, três integrantes da Corte votaram.

 

Relator do processo, o ministro aposentado Ricardo Lewandowski entendeu que a exclusão dos partidos na distribuição das sobras eleitorais por meio da exigência de desempenho “não se mostra compatível com a letra e o espírito do texto constitucional, pois dessa fase deveriam participar todas as agremiações que obtiveram votos no pleito”.

 

Lewandowski, no entanto, votou para que a alteração na lei passe a valer a partir das eleições de 2024, sem afetar o resultado daquelas de 2022.

 

Os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes também votaram contra a regra atual, mas divergiram do relator para defender a aplicação da distribuição das sobras eleitorais de forma retroativa ao pleito de 2022, o que poderia anular a eleição de ao menos sete deputados federais.

Se as mudanças forem aprovadas pelo STF, Câmara poderia ter as seguintes alterações:

 

Sairiam:

Professora Goreth (PDT-AP);

Silvia Waiãpi (PL-AP);

Sonize Barbosa (PL-AP);

Dr. Pupio (MDB-AP);

Gilvan Máximo (Republicanos-DF);

Lebrão (União Brasil-RO); e

Lázaro Botelho (Progressistas-TO).

 

Entrariam:

Professora Marcivânia (PCdoB-AP);

Paulo Lemos (PSol-AP);

André Abdon (Progressistas-AP);

Aline Gurgel (Republicanos-AP);

Rodrigo Rollemberg (PSB-DF);

Rafael Bento (Podemos-RO); e

Tiago Dimas (Podemos-TO).

 

Posted On Sexta, 09 Fevereiro 2024 07:01 Escrito por

Durante quase uma hora, Dino disse que vê com preocupação 'falsas soluções', como o impeachment de ministros do Supremo

 

 

POR THAÍSA OLIVEIRA

 

 

A poucos dias de tomar posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) discursou na tribuna do Senado nesta quarta-feira (7/2) e saiu em defesa da corte e de seu futuro colega de tribunal Alexandre de Moraes.

 

Durante quase uma hora, Dino disse que vê com preocupação "falsas soluções", como o impeachment de ministros do Supremo, e ressaltou que foi o próprio Congresso quem decidiu que o STF tem poder para julgar parlamentares.

 

"Vejo, às vezes, estranhamento com o fato de o Supremo Tribunal Federal julgar parlamentares", disse. "O Congresso Nacional que permitiu que o Supremo processasse e julgasse parlamentares sem a necessidade de autorização da Casa respectiva."

 

Desde a operação da Polícia Federal contra o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ), bolsonaristas têm cobrado uma resposta mais dura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra Moraes e ações de busca no Congresso.

 

 

Posted On Sexta, 09 Fevereiro 2024 06:37 Escrito por

Entre os alvos estão: Valdemar Costa Neto, Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno

 

 

Com iG Último Segundo

 

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação Tempus Veritatis, que mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Entre os alvos estão: o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), o ex-ministro Anderson Torres, e Walter Braga Netto (PL), candidato a vice-Presidência do ex-presidente em 2022.

 

A PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas.

 

A operação investiga “organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder", disse a PF em nota.

 

As buscas acontecem Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. A ação foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal.

Operação

Entre os alvos, estão Braga Netto, Augusto Heleno e o ex-ministro da Defesa Anderson Torres. O ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, Rafael Martins de Oliveira e Bernardo Romão foram presos. A informação foi confirmada pelo Terra.

 

Ao todo, estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As medidas judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal.

 

As investigações apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, para tentar viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

 

Conforme a PF, o primeiro eixo se baseou na construção e propagação da versão de fraude nas Eleições de 2022, por meio de mentiras a respeito de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019, e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022, em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito. 

O segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.

 

O Exército Brasileiro acompanha o cumprimento de alguns mandados, em apoio à Polícia Federal.

 

Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

 

Em atualização...

Posted On Quinta, 08 Fevereiro 2024 08:52 Escrito por

Objetivo foi discutir sobre o funcionamento do sistema judiciário com o Governo do Tocantins

 

 

Da Assessoria

 

O governador do Tocantins Wanderlei Barbosa, recebeu na tarde desta quarta-feira, 7, no Palácio Araguaia José Wilson Siqueira Campos, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, acompanhado do coordenador de inspeções do STJ, desembargador Fábio Uchoa Montenegro. A visita institucional teve como objetivo estreitar os laços entre o Governo Estadual e o Poder Judiciário, visando traçar ações conjuntas em prol da população tocantinense.

 

Durante o encontro, o ministro Luís Felipe Salomão discutiu com o Governador tocantinense e componentes da equipe de Governo o compromisso do Estado em realizar a manutenção da harmonia entre os poderes e garantir o acesso e exercício da democracia para todos.

 

Na oportunidade, o Governador agradeceu a visita e conversou com o magistrado sobre a importância do encontro para o fortalecimento da parceria entre o Executivo e o Judiciário. O Governador aproveitou para falar também sobre as potencialidades do Estado, as ações desenvolvidas pela gestão para melhor a vida do tocantinense, a exemplo da educação, saúde, segurança e infraestrutura e na transparência. O governador Wanderlei Barbosa ainda fez questão de destacar a harmonia entre os poderes, o que vem contabilizando ganhos à comunidade.

 

Encontro visa traçar ações conjuntas em prol da população tocantinense

 

“Agradecemos a visita e estamos sempre de portas abertas. Eu quero dizer que o Portal da Transparência do nosso Governo cresceu três vezes em um ano, porque queremos que os órgãos de justiça tenham acesso a todos os nossos dados, todas as informações que precisam ser dadas. Estamos cuidando da máquina pública, com toda a responsabilidade. Portanto, foi uma oportunidade para dialogarmos sobre diversos temas que englobam as causas sociais que norteiam nosso plano de Governo”, ressaltou o Governador.

 

Por sua vez o ministro Luís Felipe Salomão disse que a visita ao Tocantins teve como objetivo realizar uma inspeção ao Judiciário tocantinense e na oportunidade realizar uma visita institucional ao governador Wanderlei Barbosa, ouvir suas impressões sobre o funcionamento do sistema judiciário, para prestar cada vez um serviço melhor para o tocantinense. “Fomos muito bem recebidos aqui. O Governador contou toda a parte dele que envolve direto ou indiretamente o funcionamento do poder judiciário. Nós tivemos uma excelente visão sobre tudo, recebemos várias contribuições, então saímos daqui com uma visão melhor sobre o Tocantins, sobre Palmas, sobre o funcionamento do sistema judiciário, salientou o ministro.

 

“Nós tivemos uma excelente visão sobre tudo, recebemos várias contribuições, então saímos daqui com uma visão melhor sobre o Tocantins, sobre Palmas, sobre o funcionamento do sistema judiciário, salientou o ministro;

 

Também participaram da reunião o secretário-chefe da Casa Civil, Deocleciano Gomes; a subprocuradora-geral do Estado, Irana Coelho, o comandante-geral da Policia Militar PM, coronel Márcio Barbosa; o presidente do Tribunal de Contas do Estado, André Luiz de Matos Gonçalves; a defensora pública geral, Stellamaris Postal; o procurador geral de Justiça, Luciano Casaroti; e o secretário de Estado da Cidadania e Justiça do Tocantins (Seciju), Deusiano Amorim.

 

 

Posted On Quinta, 08 Fevereiro 2024 06:40 Escrito por
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