Operação mira empresa e envolvidos na compra de kits de robótica entre 2019 e 2022 para mais de 40 municípios alagoanos. Arthur Lira (PP-AL) que informou que não vai se manifestar sobre a operação. Os mandados são cumpridos no DF e em três estados. Segundo a PF, houve suposta movimentação de R$ 8 milhões com as fraudes.
Com Folhapress
A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (1º) mandados de prisão e de busca e apreensão em uma investigação sobre desvios em contratos para a compra de kits de robótica com dinheiro do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação).
Imagens de divulgação da operação mostram a apreensão de um cofre superlotado com dinheiro de um dos alvos da investigação. A PF investiga possíveis fraudes que podem ter gerado prejuízo de R$ 8,1 milhões. São cumpridos 26 mandados de busca e dois de prisão temporária.
O caso teve origem a partir de reportagem da Folha publicada em abril do ano passado sobre as aquisições em municípios de Alagoas, todas assinadas com uma mesma empresa pertencente a aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A investigação começou ainda em 2022 após a revelação da Folha. O pedido de buscas e prisões foi feito pela PF em março de 2023, e as ordens, expedidas pela Justiça Federal de Alagoas.
Como mostrou a Folha à época, os kits foram contratados com recursos, em boa parte, das bilionárias emendas de relator do Orçamento --naquele momento, durante o governo Bolsonaro, Lira era responsável por controlar em Brasília a distribuição de parte desse tipo de verba.
Lira foi um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e teve apoio da base do governo Lula (PT) para ser reeleito presidente da Câmara em fevereiro passado.
Como revelou a Folha de S.Paulo nesta quinta-feira, ele fez chegar a interlocutores do Palácio do Planalto que não irá pautar projetos de interesse de Lula até que os deputados avaliem que o governo ajustou a articulação política e a relação com a Casa.
A empresa fornecedora dos kits de robótica é a Megalic, que funcionava em uma pequena casa no bairro de Jatiuca, em Maceió, com capital social de R$ 1 milhão.
A empresa é apenas uma intermediária, embora tenha fechado contratos milionários, ao menos R$ 24 milhões, e não produz os kits de robótica.
A Megalic está em nome de Roberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda, pai do vereador de Maceió João Catunda (PSD). A proximidade do vereador e de seu pai com Lira é pública.
Além da empresa e de Edmundo Catundo, são alvos da PF outros aliados de Lira em Alagoas.
Na comparação com o mesmo período de 2022, o índice que mede o crescimento da economia teve alta de 4%
Com Secom Br
Um dos principais indicadores da atividade econômica de um país, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas. O percentual foi divulgado nesta quinta-feira, 1/6, pelo IBGE. Na comparação com o mesmo período de 2022, o crescimento foi de 4%. Levando em conta o acumulado dos quatro últimos trimestres, a alta é de 3,3%.
Em valores reais, o PIB no primeiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,6 trilhões. A taxa de investimento foi de 17,7% do PIB. Já a taxa de poupança foi de 18,1%, acima da taxa registrada no mesmo período de 2022 (17,4%).
TRIMESTRE ANTERIOR - Na comparação com o trimestre anterior, houve alta expressiva na Agropecuária (21,6%) e nos Serviços (0,6%) e estabilidade na Indústria (-0,1%). Entre as atividades industriais, houve desempenhos positivos em Indústrias Extrativas (2,3%) e Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (1,7%). A queda foi registrada em Construção (-0,8%) e Indústrias de Transformação (-0,6%).
Nos Serviços, houve crescimento em Transporte, armazenagem e correio (1,2%), Intermediação financeira e seguros (1,2%) e Administração, saúde e educação pública (0,5%), além de variações positivas no Comércio (0,3%) e Atividades imobiliárias (0,3%).
PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2022 – Na comparação com os três primeiros meses de 2022, a Agropecuária cresceu 18,8%. O resultado pode ser explicado pelo bom desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre e pela produtividade.
A soja, principal cultivo, apresentou ganho de produtividade e crescimento expressivo na produção anual, estimada em 24,7%. Com exceção do arroz (-7,5%), outras culturas com safra relevante nesse trimestre também apontaram crescimento na produção anual e ganho de produtividade, como milho (8,8%), fumo (3,0%) e mandioca (2,1%).
A Indústria subiu 1,9%. As Indústrias Extrativas (7,7%) registraram o melhor resultado, sendo afetadas pela alta tanto da extração de petróleo e gás como de minério de ferro. Houve destaque também na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (6,4%) com a melhoria das condições hídricas. A Construção (1,5%), por sua vez, teve sua décima alta consecutiva.
SETOR EXTERNO - As Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 7,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 2,2% no primeiro trimestre de 2023. Dentre as exportações de bens, aqueles setores que com maior contribuição positiva foram: extração de petróleo e gás; produtos alimentícios; extração de minerais; derivados do petróleo e serviços. Na pauta de importações de bens, a alta se deu principalmente por: derivados do petróleo; extração de minerais não metálicos; indústria automotiva e serviços.
Pivô de uma disputa com Arthur Lira (PP-AL), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse ao Painel, da Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (31) que não foi informado do incômodo do presidente da Câmara com a manutenção de seu filho, Renan Filho (MDB-AL), como ministro dos Transportes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
POR JULIANA BRAGA
Como a Folha de S.Paulo mostrou, segundo membros da ala política e parlamentares governistas, Lira fez chegar ainda na noite de segunda-feira (29) ao próprio presidente Lula, à Casa Civil e à Secretaria de Relações Institucionais a reclamação de que estava insatisfeito com mensagens publicadas por Calheiros em redes sociais.
No Twitter, o senador chamou Lira de caloteiro, o acusou de desviar dinheiro público e também de ter batido na ex-mulher Julyenne Lins. O presidente da Câmara mandou recado ao Planalto de que considerava inadmissíveis as declarações do senador da base de Lula e que o governo estava sendo leniente ao manter o filho dele, Renan Filho, à frente do Ministério dos Transportes.
"Eu só não quero que o Arthur deixe de ser nosso adversário em Alagoas. Ele tem sido nosso freguês", alfinetou o senador.
Sobre as publicações nas redes sociais, Renan disse que "tinha que falar". Afirmou que o presidente da Câmara continua "perseguindo Alagoas, tramando contra o governo e dificultando o papel constitucional do Senado".
Na semana passada, o parlamentar e o senador Eduardo Braga (MDB-AM) tiveram uma conversa longa com Lula os principais articuladores do governo sobre as dificuldades que vêm enfrentando no Congresso Nacional.
"O Arthur Lira não quer que o governo tenha maioria. Ele inviabilizou grande parte das medidas provisórias e tem uma entrada na própria bancada do PT. Por isso dissemos a ele que não participaríamos da CPMI de 8 de janeiro: porque ele preparou uma armadilha."
Renan avalia as derrotas sofridas pela gestão petista não deve se repetir no Senado. Em mais uma crítica, diz que o Senado não tem porque "seguir esse rito legislativo da chantagem" de Lira.
Frase do dia:
"Coragem é a resistência ao medo, o domínio do medo, e não a ausência do medo"
Mark Twain
Ex-Pink Floyd rebate críticas sobre seu figurino nazista
O cofundador do Pink Floyd, Roger Waters, afirmou que o uniforme de estilo nazista que ele usou no palco de um show em Berlim, que levou a polícia alemã a abrir uma investigação contra ele, mostrava sua oposição ao fascismo e à intolerância. O músico, de 79 anos, disse ainda que, os elementos de sua apresentação na Alemanha, que foram questionados pelas autoridades eram claramente uma declaração contra o fascismo, a injustiça e o fanatismo.
Bolsonaro está se recolhendo
O ex- presidente Jair Bolsonaro, frustrou o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e desanimou a militância ao informar que vai se recolher, e que não viajará pelo País, para fortaler a oposição, e nem vai mais participar das motociatas em fase de organização. Essa decisão do ex-presidente é motivada pela repercussão negativa dos escândalos das joias milionárias, do seu cartão de vacinação e de sua filha, além da movimentação de dinheiro vivo nas despesas de sua esposa, Michelle, o que provocou a prisão dos seus principais auxiliares. Além disso, ele se mostra muito preocupado com as ações que tem que responder no Judiciário, o que precisará de cerca de dois milhões de reais, recursos que não tem.
Vinicius Júnior fez história
O jogador brasileiro, Vinícius Júnior, do Real Madrid, com uma multa rescisória de cinco bilhões de reais, fez estremecer o futebol espanhol. A sua coragem e ousadia em enfrentar mais um ataque de racismo, mobilizou o governo brasileiro, a ONU, e dezenas de entidades e organizações que atuam em defesa das minorias espalhadas pelo mundo. Além disso, a postura acertiva do futebolista, manchou a imagem da Espanha e forçou LaLiga, organizadora do campeonato do país europeu, e autoridades locais a se movimentarem.
Amigos garantem que Paulo Mourão vai disputar a prefeitura de Porto Nacional
No universo triturador da política, quem não tem mandato está sempre à margem do processo, flertando com o ostracismo. No Tocantins, muitas lideranças que atuaram com expressividade no seu quadrado, estão nessa situação e temem o distanciamento, cada vez maior, da convivência com o poder e suas conveniências, e por isso buscam insistemente um novo mandato. Esse é o caso do ex- deputado Paulo Mourão, que já se candidatou a tudo nos últimos anos, e agora provavelmente disputará a Prefeitura de Porto Nacional. Várias pessoas ligadas a ele garantem que ele vai disputar, e pra ganhar.
Carla Zambelli foi abandonada
A deputada federal Carla Zambelli, está pagando caro por seu extremismo. Ela, principal figura na lista negra do Judiciário por propagar milhares de notícias falsas, além de ameaças à mão armada, fatos que têm resultado em vários processos, pesadas multas e pedidos de casacão de seu mandato, também será abandonada. Pra ilustrar ainda mais o seu inferno, o partido PL, no qual é filiada, já avisou que não a defenderá. Além disso, o bolsonarismo raiz e seu líder maior
mandam avisar que querem distância dela.
Premiê da Espanha dissolve Congresso e convoca novas eleições
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez, anunciou no último dia 29 a suspensão do Congresso e a convocação de novas eleições gerais para o dia 23 de julho. O anúncio ocorreu logo após o desempenho ruim do Partido Sosialista Obreiro Espanhol (PSOE) nas eleições municipais e regionais. Sanchez só anunciou sua decisão após uma longa reunião com o rei Felipe VI, oportunidade em que discutiu com o soberano a humilhante derrota de seu partido.
Uma disputa fúnebre
Naquela segunda metade dos anos setenta, as lideranças mais expressivas do Norte de Goiás, faziam de suas vidas uma batalha diária pela criação do Estado do Tocantins, mas era preciso seguir as regras, e uma delas era votar. Nas eleições de 1978, o MDB de Porto Nacional escolheu Jurimar Macedo para ser o candidato a prefeito pela sigla. Do outro lado, pela Arena, o nome era o de Deijayme Aires, um fortíssimo candidato. A decisão seria voto a voto. Sabedor dessas dificuldades, o candidato emedebista elegeu estratégias variadas para superar o adversário e nelas incluía velórios, lágrimas e muita conversa.
Quando outubro abriu as portas uma nova pesquisa foi divulgada, apontando um empate técnico entre os dois postulantes a Prefeitura de Porto Nacional. Antes que se discutisse esses resultados, Dona Sirína, matriarca de tradicional família portuense, passa dessa para melhor. Só deu tempo de Jurimar Macedo calçar as botinas. Ele foi um dos primeiros que chegou ao local do velório. Ao adentrar a sala principal, além dos familiares em volta do caixão, lá estava Deijayme Aires, contrito, em orações, confortando filhos, netos, genros e noras da defunta. Pra tirar aquela diferença, Jurimar teve que chorar a noite toda. Mas prometeu a forra, e decidido,falou baixinho próximo ao ouvido do adversário:
Deijayme ouviu calado, esboçando um leve sorriso no canto da boca.
No dia seguinte, hora do sepultamento, Jurimar deu o troco. Antes de baixar o caixão à sepultura ele pediu a palavra e fez um emocionante discurso, tirando lágrimas de todos os presentes. Olhando de soslaio para Deijayme, ele percebeu que este ajeitava a garganta para também se pronunciar. Foi aí que valeu a astúcia do candidato do MDB. Ao findar suas palavras, de imediato puxou uma ladainha, ligada a um bendito, no que foi acompanhado por todos. Quando terminou a reza, ele emendou uma cantiga, convocando os presentes às lagrimas, e chorando junto entoou: “Segura na Mão de Deus! Segura na Mão de Deus e vai...”, cantoria repetida por três vezes. Em seguida cantou o Hino Nacional e o Hino de Porto Nacional. Quando o candidato da Arena quis entoar a voz, não havia mais tempo para nada, pois já era noite e imediatamente Dona Sirína foi sepultada.
Por essa e por muitas outras, Jurimar Macedo venceu aquelas eleições.
Texto que definiu estrutura do Executivo federal tem validade até esta quinta-feira; outras seis caducam no mesmo dia
Por Hellen Leite
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31), com alterações, a medida provisória que trata da reestruturação da Esplanada. O texto gera perda de atribuições aos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima e dos Povos Indígenas. A votação contou com 337 votos favoráveis, 125 contrários e 1 abstenção. A aprovação da MP ocorreu apesar da dificuldade de articulação do governo no Congresso e da ausência de acordo entre os partidos sobre o tema. Deputados ainda avaliam destaques.
Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou ministros para uma reunião fora da agenda no Palácio da Alvorada e telefonou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na tentativa de afinar as expectativas sobre a votação.
O texto da MP da Esplanada foi alterado após resistência do governo na comissão mista que analisou a matéria. Com isso, o relatório, de autoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), que foi à votação no plenário, esvaziou os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas.
Por causa da falta de tempo hábil para negociar as alterações, a bancada governista abriu mão de fazer mudanças para resgatar o texto original. A aposta desses parlamentares para devolver as competências aos ministérios enfraquecidos passa a ser nos vetos presidenciais.
Mudanças nos Ministérios
Uma das principais mudanças feitas pelo relator devolve ao Ministério da Justiça e Segurança Pública a atribuição de demarcar terras indígenas. Com a MP, o governo Lula havia transferido essa responsabilidade ao Ministério dos Povos Indígenas.
Outra mudança aconteceu nas competências da pasta comandada por Marina Silva. Pelo texto do relator, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) sairia do Meio Ambiente e Mudança Climática e passaria para o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, de Esther Dweck. O CAR é um instrumento que garante segurança jurídica aos proprietários de imóveis rurais. Pela lei, o cadastro é pré-condição para o ingresso de regularização ambiental e, no futuro, para acesso a crédito.
Além disso, o relatório tira de Marina a supervisão da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e transfere o órgão ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, comandado por Waldez Góes.
Outras MPs que perdem a validade nesta quinta-feira (1º)
O governo ainda lida com a possibilidade de de outras seis medidas provisórias perderem a validade nesta semana. Todas vencem na quinta-feira (1º).
Entre elas, a que mais preocupa o governo é a MP 1160/2023, que retomou o voto de desempate a favor da Receita Federal nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). O texto permite a representantes do Ministério da Fazenda desempatarem votações em julgamentos administrativos de processos tributários, o que renderia cerca de R$ 50 bilhões em arrecadação para o governo em 2023.
Acreditando que o Congresso não vai votar a MP, o Executivo transformou a matéria em um projeto de lei com pedido de urgência na tramitação. No entanto, o tema enfrenta resistência da oposição. Enquanto a proposta não for analisada pelo Congresso, as votações empatadas sobre as infrações tributárias voltam a ser decididas a favor do contribuinte.
Outra medida provisória prestes a vencer e que impacta o Ministério da Fazenda tem a ver com a passagem do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Banco Central para a gestão de Fernando Haddad — a MP 1158/2023. Havia a expectativa de o tema ser incluído na medida que reestruturou a Esplanada, mas a ideia foi rejeitada pelos parlamentares. Com isso, Haddad perde o Coaf, e o órgão volta ao guarda-chuva do Banco Central.
A MP 1156/2023, que extinguiu a Funasa, também pode perder a validade antes de ser votada. No entanto, a autorização para acabar com o órgão foi incluída no relatório da reestruturação dos ministérios, de autoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Com isso, as competências da fundação foram alocadas dentro do Ministério das Cidades e da Saúde.
Confira outras MPs que vencem nesta quinta-feira (1º):
• MPV 1155/2023: adicional complementar do Programa Auxílio Brasil e do Programa Auxílio Gás dos Brasileiros;
• MPV 1157/2023: redução de alíquotas de tributos incidentes sobre os combustíveis; e
• MPV 1159/2023: exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.