Alguns receberam automaticamente o auxílio por estarem no Cadastro Único ou serem beneficiários do Bolsa Família
Com Estadão Conteúdo
Mais de 70 mil militares receberam o auxílio emergencial de R$ 600 destinado a trabalhadores informais durante a pandemia do novo coronavírus. A informação é dos ministérios da Cidadania e da Defesa. Em nota, as pastas reforçaram que os Comandos das Forças Armadas apuram "possíveis irregularidades" no processo.
"Os Ministérios da Defesa (MD) e da Cidadania (MC) informam que, dos quase 1,8 milhão de CPFs constantes da base de dados do MD, 4,17% (73.242) receberam o auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal. Isso inclui militares (ativos e inativos, de carreira e temporários), pensionistas, dependentes e anistiados", diz o texto.
Ainda de acordo com o governo, as Forças Armadas apuram "individualmente cada caso" e "os valores recebidos indevidamente serão restituídos". Segundo os critérios para o recebimento do auxílio emergencial, o beneficiário não pode ter emprego formal ativo, o que inclui "todos os agentes públicos, independentemente da relação jurídica, inclusive os ocupantes de cargo ou função temporários ou de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração e os titulares de mandato eletivo".
Além disso, para receber o benefício o trabalhador precisa ter renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 522,50) e ter renda mensal até 3 salários mínimos (R$ 3.135) por família. O beneficiário também não pode ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2018.
De acordo com o Ministério da Cidadania e da Defesa, é possível que militares tenham recebido o auxílio emergencial automaticamente por terem o CPF registrado no Cadastro Único ou serem beneficiários do Bolsa Família.
Outra hipótese levantada pelas pastas é que entre os militares que solicitaram o auxílio podem ter pessoas pertencentes a famílias cuja renda mensal está dentro dos critérios solicitados pelo governo, o que pode ter levado com que interpretassem "equivocadamente" as regras de recebimento do benefício.
"Havendo indícios de práticas de atos ilícitos, os Ministérios da Defesa e da Cidadania adotarão todas as medidas cabíveis, mantendo sempre o compromisso com a transparência", afirmam as pastas.
Jornal 'O Estado de S. Paulo' pediu na Justiça acesso aos exames. Presidente tinha anunciado resultados, mas se recusou a mostrar documentos até o processo judicial
Com Agências
O presidente Jair Bolsonaro citou o respaldo da lei mais uma vez para falar sobre a proteção da sua intimidade para justificar o sigilo de seus exames para o novo coronavírus. O jornal O Estado de S. Paulo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para obter o resultado dos exames de covid-19, que o mandatário se recusa a divulgar.
Bolsonaro destacou que mandou entregar os papéis e que agora está "na mão" do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que decidirá sobre o assunto. "Eu estou fazendo valer a lei. Eu e você nós somos escravos da lei e a lei disse que a intimidade, isso aí você não precisa divulgar. Por isso, desde o começo eu me neguei a mostrar", declarou.
Na noite de terça, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que entregou ao ministro os exames que o presidente fez para detectar o novo coronavírus. O gabinete de Lewandowski comunicou que os exames foram recebidos às 22h de terça-feira e que seriam encaminhados para análise do ministro nesta quarta.
"O meu advogado chama doutor José Levi, da AGU. O ministro vai decidir hoje. O Lewandolvisk deve decidir hoje à tarde se dá a liminar, decide se eu entrego ou não, mas já mandamos entregar para ele, e ele decide o que fazer. Está na mão dele", disse.
Lewandowski teria a palavra final sobre uma ação aberta pelo jornal para ter acesso aos testes. A Justiça Federal de São Paulo e o Tribunal Regional Federal da 3ª Região garantiram o acesso aos exames, mas o Superior Tribunal de Justiça acolheu o recurso da AGU na semana passada e manteve o sigilo sobre os documentos. O Estado então fez novo pedido ao STF.
Bolsonaro informou em março que fez dois exames e que ambos deram negativo para covid-19, mas se recusava a apresentar os laudos até esta terça-feira.
"Alguns acham que estou mentindo sobre exame ter dado negativo, já adianto que caíram do cavalo, como vão cair do cavalo sobre o vídeo", disse em referência ao vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. A gravação é objeto de inquérito no STF que apura possíveis interferências de Bolsonaro na Polícia Federal.
Com mais de 18 mil casos confirmados, Rio tem quase 2 mil óbitos
Por Agência Brasil
O estado do Rio de Janeiro registra até esta terça-feira (12) 18.486 casos confirmados de covid-19 e 1.928 óbitos. O boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que existem ainda 927 óbitos em investigação e 172 foram descartados. Entre os casos confirmados da doença, 12.980 pacientes conseguiram se recuperar. Isso significa que 70,2% dos infectados estão curados, maior que a média nacional, que é de 40,9%.
A capital fluminense continua liderando os casos da covid-19 com 10.816 pessoas infectadas. Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, vem em seguida, com 855 casos. Niterói, na região metropolitana, (779), Nova Iguaçu (696), São Gonçalo ( 572) e Volta Redonda, na região do Médio Paraíba, apresenta 420 infectados.
Óbitos por covid-19
O município do Rio de Janeiro tem o maior número de óbitos (1.279). Duque de Caxias (125), Nova Iguaçu (72), São Gonçalo (50), Niterói (45), Belford Roxo (39), São João de Meriti (38), Itaboraí (27), Mesquita (25), Petrópolis (18), Volta Redonda (16), Macaé (14), Magé (13), Maricá (13), Nilópolis (13), Itaguaí (11), Angra dos Reis (10), Teresópolis (10), Nova Friburgo (8) e Rio das Ostras (8).
Os outros 35 municípios têm até sete mortes cada, sendo que a maioria apresenta dois ou um óbito pela covid-19.
Capital
Dos 10.816 casos registrados na cidade do Rio de Janeiro, 7.905 pessoas infectadas pela doença conseguiram se recuperar. O bairro de Copacabana lidera o número de mortos, com 79 vítimas. Em seguida, vem Campo Grande (70), Bangu (62), Barra da Tijuca (45), Tijuca (38), Realengo, (37), Santa Cruz (33) e Botafogo (27). Ao todo, 143 bairros do município tiveram registro de óbitos.
Dados de Covid-19 no Rio de Janeiro
Para mais informações, acesse o painel de monitoramento de coronavírus no estado do Rio de Janeiro ou o painel de monitoramento da prefeitura do Rio, com o gráfico sobre os infectados e óbitos por bairros no município.
Em seu YouTube, o ex-jornalista da Globo comentou o áudio vazado de Giuliana Morrone (veja o vídeo)
Por iG Gente
Depois de ser chamado de "gagá" pela ex-colega de trabalho, Giuliana Morrone , em áudio vazado na internet, Alexandre Garcia finalmente deu sua resposta. “Ela falou para uma pessoa, sem intenção de que chegasse a milhões. Mas, como o telefonema vazou, preciso responder”, escreveu no seu Twitter.
Através de vídeo postado no seu canal no YouTube nesta terça-feira (12), Alexandre Garcia declarou que lamenta o vazamento do áudio da colega e que há inverdades nas declarações de Giuliana. "Eu jamais faria isso", disse ele sobre apoiar que Bolsonaro não renovasse a concessão da Globo.
Sobre o comentário da colega de que ele cobrarava pouco para ser "mestre de cerimônia de vidraçaria", Alexandre afirmou que cobra, sim, pouco para pequenas empresas e que não cobra nada de empresas públicas. "Eu não tenho nenhum preconceito contra vidraceiro", disse.
Por fim, ele ainda disse que ficou surpreso com os comentários dos ex-parceiros de emissora e que "em tempos de ter que usar máscara, às vezes se usa máscara por tanto tempo que ela se esgarça e cai".
Entenda o caso
Giuliana Morrone, apresentadora do "Bom Dia Brasil", surpreendeu a todos ao chamar o ex-colega de trabalho de " gagá ". Em um diálogo que aconteceu na última sexta-feira (8) e que acabou vazando, Giuliana chegou a questionar a sanidade mental do jornalista. A conversa com o comentarista de política da Globo , Gerson Camarotti , ocorreu durante o intervalo do noticiário matinal.
No desabado, Morrone não poupou nem mesmo a atriz Regina Duarte . Durante cerca de 3 minutos, ela e Gerson teceram comentários não muito elogiosos à dupla, publicamente alinhada ao governo de Jair Bolsonaro . "Eu fico pensando assim, se não tá gagá, entendeu? Só pode ser. Tipo a Regina Duarte, né?", questionou.
Governador afirma que medida mais dura visa aumentar índice de isolamento social e revela que não irá seguir decreto presidencial sobre serviços essenciais: 'De maneira alguma'.
Por Sílvio Túlio, G1 GO
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta terça-feira (12) que vai baixar um novo decreto mais “rígido” em relação ao coronavírus e vai liberar somente serviços que ele considera essenciais, como supermercados e farmácias. O documento, ainda sem data para ser publicado, deve ser nos moldes do que foi editado em 13 de março, que determinou situação de emergência em saúde pública.
Em entrevista à Rádio CBN Goiânia, Caiado disse que a medida é importante para voltar a aumentar o índice de isolamento no estado e , assim, evitar a disseminação de coronavírus. Goiás já teve a maior quantidade de pessoas em casa no país, mas foi diminuindo a restrição e, agora, está entre os últimos estados em um ranking feito com base em dados de celulares.
Questionado se a situação no estado voltaria a ser como a estipulada no primeiro decreto, em março, Caiado respondeu: "Exatamente, voltará a ser apenas a parte essencial. Agora, com muito mais estrutura,
com toda minha área de Segurança Pública".
O governador afirmou que o decreto está sendo redigido "rapidamente". Assim que o documento entrar em vigor, ele espera que o isolamento social volte a se aproximar dos 60%.
"Vamos baixar um decreto mais rígido e vamos fazer com que haja um fechamento significativo das atividades econômicas, prevalecendo apenas o que é essencial mesmo, o que significa hospitais, drogarias, supermercados e transformação de alimentos", enumerou.
O governador afirmou que o novo decreto deve ter prazo de 10 a 15 dias. Neste período, vai avaliar a situação dos casos de coronavírus no estado para decidir sobre novas regras de combate à pandemia.
Decreto presidencial
Caiado foi questionado se irá seguir o decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado na segunda-feira (11), o qual inclui na lista de "serviços essenciais" atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes.
O governador afirmou que "não tem a menor hipótese" de acompanhar a decisão de Bolsonaro e fez críticas, especialmente, à liberação de funcionamento das academias de ginástica.
"De maneira alguma [irei seguir o decreto presidencial]. As exceções são em relação a farmácias, aos hospitais, a área de alimentação, de indústrias de transformação. É unicamente isso neste momento", pontua.
"Como você vai colocar uma pessoa convivendo em um ambiente fechado, as pessoas em intensa sudorese, tocando todos os aparelhos? Ali também tem gotículas de saliva, pessoas intercalando cada aparelho de academia. Não tem a menor hipótese, não será de maneira alguma autorizado no estado de Goiás", conclui.
'Fusquinha no Rali Paris-Dacar'
Caiado revelou que vai enviar uma comitiva aos EUA - não revelou a data - para analisar a qualidade e viabilizar a aquisição de respiradores. Ele relatou desconfiança acerca de aparelhos produzidos no Brasil e usou o Rali Paris-Dakar para comparar a qualidade em relação aos estrangeiros.
"Você comprar um aparelho, e ele funciona, um dia, dois dias, três dias. É como colocou um colega meu médico. [Perguntei] Esse aí é bom, esses que estão oferecendo da fábrica brasileira? Ele disse: 'Olha, Caiado, Recife comprou. A mesma coisa de você querer colocar um fusquinha para fazer o Rali Paris-Dakar. Ele não vai chegar nem no final do primeiro dia", disse.
O governador também falou que, neste momento de pandemia, é preciso mostrar "eficiência". Disse ainda que não iria "banalizar a vida", mas considera que o estado tem prestado um bom atendimento de saúde.
"O que temos de ter nessa hora é eficiência, demonstrar resultados. Ter leitos e ter o menor percentual - não gostaria de ter nenhum - de óbitos. Infelizmente, nós já temos 49 óbitos. Não vou banalizar a vida, mas conseguimos até agora dar um atendimento de qualidade a todas as pessoas que foram contaminadas e precisaram de atendimento de qualidade", destaca.
Hospital de Campanha
Caiado também comentou sobre o Hospital de Campanha que foi construído pelo governo federal em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. Ele afirmou que a estrutura já está pronta, mas ainda não entrou em funcionamento.
"Está planejado para que dia 21 seja repassado a nós. Daremos a equipe médica e de enfermagem para funcionamento do hospital de Águas Lindas", afirmou.
O governador falou sobre a preocupação que tem em não receber, no Hospital de Campanha, estrutura para os leitos de UTI que, segundo ele, estavam no planejamento inicial da unidade.
"O governo federal nos entregaria 40 leitos de UTI com monitores, respiradores, e 160 leitos de enfermaria com toda a tubulação montada. Mas a última informação é que vão entregar os 200, mas o único ponto que vão poder sustentar é a canalização de oxigênio", disse.