Vazamento de emails compromete a credibilidade de Fauci sobre o conhecimento na criação da Covid em laboratório da China
Por PaiPee
O médico Anthony Fauci é considerado o mais importante especialista em doenças infecciosas dos Estados Unidos e está na linha de frente do atual governo de Biden no combate a Covid-19.
Nesta quarta-feira (2), o virologista teve seus emails de 2020 vazados onde o conteúdo revelou seu conhecimento da teoria de vazamento da Covid em laboratório de Wuhan, na China.
Não muito depois de Dr. Anthony Fauci mudar de opinião sobre a possibilidade de a COVID-19 ter de fato sido criada pelo homem em laboratório, mais contradições são reveladas do consultor médico dos Estados Unidos. Uma enorme troca de correspondência de e-mails foram obtidas pelo The Washington Post revelando que Dr. Fauci foi informado em 2020 quanto à possibilidade de que o vírus SARS-COV-2 pudesse ter sido bioengenharia em um laboratório.
Um desses e-mails do Dr. Kristian Andersen, um virologista do Scripps Research Institute da Califórnia, informou a Fauci que ele e sua equipe de cientistas tinham que “olhar bem de perto todas as sequências para ver se alguns dos recursos (potencialmente) parecem projetados.”. O e-mail enviado em 1º de fevereiro de 2020 tinha Andersen comentando que o genoma viral era “inconsistente com as expectativas da teoria da evolução”.
Mais revelador, apesar dessas admissões através de e-mails privados para Fauci, Andersen mais tarde negou que “qualquer tipo de cenário baseado em laboratório seja plausível” em um artigo científico de sua autoria sobre o assunto na prestigiosa revista Nature. Essa negação insincera é consistente com acadêmicos e universidades que recebem financiamento do programa de extensão do Instituto Confúcio financiado pelo Partido Comunista Chinês.
O e-mail de Andersen parecia ter levado Fauci a enviar outro e-mail para seu subordinado, Dr. Hugh Auchincloss, no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID), no mesmo dia. O conteúdo do e-mail de Fauci aparece como controle de danos em resposta às revelações de Andersen. Fauci compartilhou um artigo de 2015 sobre “pesquisa de ganho de função em coronavírus” com seu vice naquele e-mail.
Fauci instruiu Auchincloss a ler o artigo que trata dos vírus de bioengenharia para infectar humanos de forma mais eficaz e realizar tarefas não especificadas associadas ao desenvolvimento. Depois disso, o substituto de Fauci assegurou-lhe que a pesquisa de ganho de função foi feita antes da “pausa” no procedimento perigoso. No entanto, Andersen também o informou que estava procurando evidências que ligassem o NIAID liderado por Fauci com “laços com este trabalho no exterior”.
Embora Andersen tenha sido inteligente ao se abster de especificar o que significa “estrangeiro”, seria negligente ignorar a acalorada discussão entre Fauci e o senador republicano Rand Paul em uma recente audiência no Congresso sobre o COVID-19. O senador Paul interrogou Fauci sobre a teoria do vazamento de laboratório, ao mesmo tempo que apresentava evidências contundentes que mostravam como o chefe do NIAID havia financiado a pesquisa de ganho de função no mesmo laboratório de virologia de Wuhan.
Os e-mails vazados mostram um quadro contundente na credibilidade de Dr. Fauci pois ele rejeitou categoricamente as teorias sobre o vírus ter sido criado pelo homem em laboratório, até que o senador Paul mudou o tom das perguntas apresentando evidências convincentes. Enquanto isso, um grupo de cientistas indianos foi o primeiro a postular que o vírus SARS-CoV-2 poderia ser sintetizado em laboratório por meio de seu artigo de pesquisa pioneiro publicado no início de 2020.
Conteúdo de fact-checking do PaiPee.
Com remessa desta quinta (3), farmacêutica completou 2,4 milhões de doses entregues na primeira semana de junho. Ao todo, 5,8 milhões das 200 milhões de doses contratadas pelo governo federal chegaram ao país
Com Agências BR
O último de três lotes nesta semana, vindos de Miami, com doses da vacina contra covid-19 da Pfizer/BioNTech chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), com 527 mil doses na noite de hoje (3). Somadas às outras remessas, de 936 mil doses cada, que chegaram na última terça-feira (1º) e ontem (2), serão mais 2,3 milhões de doses na semana.
Com o novo lote, mais de 5,8 milhões de doses terão sido entregues ao Ministério da Saúde pela farmacêutica desde o fim de abril. Dessas, cerca de 3,5 milhões de doses de vacinas da Pfizer já foram distribuídas aos estados brasileiros e ao Distrito Federal, segundo informações da pasta.
Nas redes sociais, o Ministério da Saúde divulgou o vídeo com a chegada da nova carga de imunizantes.
Pousou!??
— Ministério da Saúde (@minsaude) June 3, 2021
Acaba de chegar ao aeroporto de Viracopos (SP), o voo com mais 527 mil doses da vacina #COVID19 da Pfizer! ▶️É o 3º carregamento da fabricante que chega dos EUA nos últimos três dias. Os outros dois, com 936 mil doses, cada, chegaram na terça (1º) e na quarta (2). pic.twitter.com/ongGl1zRTf
A Secretaria da Saúde do estado de São Paulo informou em nota que não recebeu ainda nenhuma dose das vacinas da Pfizer que chegaram ontem dos Estados Unidos no aeroporto de Viracopos, em Campinas. Segundo o órgão, sem a entrega, o cronograma de vacinação pode sofrer prejuízo.
Governo distribuiu mais de 100 milhões de vacinas contra covid-19. Brasil é o 4° país com o maior n° absoluto de vacinados
Com G1
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (2), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que todos os brasileiros que quiserem serão vacinados até o fim do ano contra a Covid-19 — durante o pronunciamento, houve panelaços em todo o país.
Até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Até esta terça-feira, 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização.
"O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros que assim o desejarem serão vacinados, vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa", afirmou.
Ele disse que, nesta quarta, o governo atingiu a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas a estados e municípios.
Na sequência do pronunciamento, Bolsonaro mencionou o acordo de transferência de tecnologia entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a AstraZeneca para produção de vacinas.
Segundo o presidente, o acordo permitirá ao Brasil entrar na "elite" de países que produzem vacina.
A Fiocruz já informou que a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima dos imunizantes, começará neste mês e que as primeiras doses 100% nacionais serão entregues em outubro.
"Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia, para produção de vacinas no Brasil, entre AstraZeneca e Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a Covid no mundo", declarou Bolsonaro.
Bolsonaro, que sempre atacou as medidas restritivas necessárias para controle da pandemia, disse no pronunciamento que o governo federal "não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas".
A Organização Mundial de Saúde (OMS) e as entidades médicas preconizam, desde o ano passado, medidas para evitar a disseminação do coronavírus, entre as quais o isolamento social.
"O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição, considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis", acrescentou.
Copa América
Bolsonaro também mencinou no pronunciamento a realização da Copa América de futebol no Brasil.
A escolha do Brasil como sede tem sido criticada por especialistas em saúde pública em razão do atual cenário da pandemia no país.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil soma quase 468 mil mortes or Covid; 92,1 mil casos foram confirmados nas últimas 24 horas, o maior número desde março.
"Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América", declarou Bolsonaro no pronunciamento.
Economia
Bolsonaro também dedicou parte do pronunciamento à economia.
Mencionou o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia; a sanção da lei que tornou permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); e a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.
Embora no pronunciamento Bolsonaro tenha dito que o crescimento do PIB projetado para 2021 seja "superior a 4%", o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, divulgado no último dia 18, estima crescimento de 3,5%. Segundo o Relatório Focus, do Banco Central, a previsão do mercado financeiro é de alta de 3,9%.
O que disse
Bolsonaro elogia Pazuello e Araújo por acordo da Fiocruz e AstraZeneca
Com Agências
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) assinou nesta terça-feira, 1, contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca para a produção de vacina contra a covid-19 totalmente fabricada no país. O contrato formaliza processo já iniciado de compartilhamento de inovações pela AstraZeneca em consórcio com a Universidade de Oxford com a Fiocruz.
No ano passado, o governo assinou um contrato preliminar de encomenda tecnológica que fixou parâmetros para a aquisição de doses da vacina Oxford/AstraZeneca e para a transferência de tecnologia à Fiocruz, que passou a atuar como uma parceira no consórcio.
O 1º lote de doses da Oxford/AstraZeneca foi importado. Em seguida, a Fiocruz passou a fazer o envase e finalização do processo a partir do recebimento dos ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) vindos do exterior, no caso da China.
De acordo com a fundação, a estrutura de fabricação já recebeu certificado de boas práticas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A fase seguinte é o treinamento e preparação do IFA a ser produzido no Brasil, o que deve ocorrer em junho.
Testes
Esses insumos elaborados no Brasil passarão por testes junto a AstraZeneca para aferir se eles garantem a qualidade, segurança e eficácia necessárias da fórmula original do imunizante.
Em seguida, será preciso submeter a documentação sobre o novo processo produtivo à Anvisa para que a agência autorize a alteração no registro da vacina já obtido, que conta com as informações dos IFAs fabricados no exterior.
A previsão da Fiocruz é que a fabricação das primeiras vacinas totalmente nacionais ocorra a partir de outubro.
Avanço da vacinação
Na cerimônia de assinatura, realizada na sede do Ministério da Saúde, o titular da pasta, Marcelo Queiroga, informou que até o momento foram entregues pela parceria entre Fiocruz e Oxford/AstraZeneca 47 milhões de doses. Pelo contrato, seriam disponibilizadas mais 50 milhões de doses.
“Com o avanço da vacinação, demos início à vacinação dos professores. Diante da ameaça de novas variantes, começamos a vacinação de portos e aeroportos. Com mais de 600 milhões de doses encomendadas, nosso objetivo é oferecer até o fim do ano vacinação para toda a população do país”, disse Queiroga.
Conforme o painel de vacinação do Ministério da Saúde, ainda estão previstas 20,9 milhões de doses em junho, 36,9 milhões para o 3º trimestre e 110 milhões de doses para o 4º trimestre do ano, totalizando 210,4 milhões de doses contratadas de diferentes laboratórios.
Números foram divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central. Resultado está relacionado com arrecadação recorde no mês passado e atraso na aprovação do Orçamento de 2021
Por Alexandro Martello
As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 24,255 bilhões em abril, informou o Banco Central (BC) nesta segunda-feira (31). Trata-se do melhor resultado para meses de abril desde o início da série histórica do BC , em dezembro de 2001, ou seja, em 20 anos. Isso significa que, no período, as receitas com impostos do setor público superaram as despesas.
A conta não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública. Os dados englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais. O BC também divulgou nesta segunda (31) que a dívida bruta brasileira caiu para 86,7% do PIB (R$ 6,66 bilhões) (veja mais abaixo).
Em abril de 2020, houve déficit (despesas superaram as receitas) de R$ 94,302 bilhões por conta dos gastos relacionados com a pandemia do coronavírus.
Contas do Setor Público
Em abril, ainda de acordo com o BC:
*o governo federal respondeu por um superávit primário de R$ 16,265 bilhões;
*os estados e municípios apresentaram um resultado positivo (superávit) de R$ 6,972 bilhões;
*as empresas estatais registraram um superávit primário de R$ 1,019 bilhão.
O bom resultado das contas públicas, em abril deste ano, está relacionado com uma arrecadação recorde de impostos, apesar dos efeitos da segunda onda da Covid-19 na economia.
Além disso, como o Orçamento de 2021 foi sancionado somente no fim de abril, os gastos públicos ainda estavam contidos — as regras limitam as despesas até a sanção da peça orçamentária.
Parcial do ano e meta fiscal
No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, ainda segundo o BC, as contas públicas registraram um superávit primário de R$ 75,841 bilhões.
Com isso, houve melhora na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foi registrado um rombo fiscal (déficit primário) de R$ 82,583 bilhões.
Para este ano, o setor público está autorizado a registrar déficit primário de até R$ 250,89 bilhões.
Porém, com a autorização do Congresso Nacional para excluir da meta algumas despesas extraordinárias relacionadas com a Covid-19, estimadas em cerca de R$ 100 bilhões até o momento, o rombo será maior que a meta.
Em todo o ano passado, por influência da pandemia de Covid-19, o resultado negativo bateu recorde ao somar R$ 702,9 bilhões.
Após despesas com juros
Quando se incorporam os juros da dívida pública na conta – no conceito conhecido no mercado como resultado nominal, utilizado para comparação internacional – houve superávit de R$ 29,966 bilhões nas contas do setor público em abril.
Já em 12 meses até abril deste ano, o resultado ficou negativo (déficit nominal) em R$ 827,224 bilhões, o equivalente a 10,76% do PIB – valor alto para padrões internacionais e economias emergentes.
Esse número é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco para a definição da nota de crédito dos países, indicador levado em consideração por investidores.
O resultado nominal das contas do setor público sofre impacto do déficit primário elevado, das atuações do BC no câmbio, e dos juros básicos da economia (Selic) fixados pela instituição para conter a inflação. Atualmente, a Selic está em 3,5% ao ano.
Segundo o BC, no mês passado houve receita com juros nominais somaram R$ 5,711 bilhões, relacionada com a queda do dólar no período - gerando ganhos nos contratos de "swap cambial". Em doze meses até abril, porém, as despesas com juros somaram R$ 282,698 bilhões (3,68% do PIB).
Dívida bruta
A dívida bruta do setor público brasileiro, indicador que também é acompanhado com atenção pelas agências de classificação de risco, recuou novamente em abril.
Em dezembro do ano passado, a dívida estava em 88,8% do PIB, somando R$ 6,61 trilhões. Em março deste ano, atingiu 88,9% do PIB (valor revisado), o equivalente a R$ 6,72 trilhões.
Já em abril de 2021, a dívida bruta brasileira caiu para 86,7% do PIB (R$ 6,66 bilhões), informou o Banco Central.